segunda-feira, 6 de julho de 2020

As reuniões da câmara municipal da Figuiera da Foz e a ligeireza com se tratam os assuntos...

Hoje, de manhã, até onde me permitiram, estive a acompanhar a reunião da câmara municipal da Figueira da Foz. Começa a ser uma tarefa cada vez mais penosa, por mais compreensivo, tolerante e positivo que um cidadão tente ser, tal a ligeireza com que é tratada a coisa pública
A democracia representativa, na Figueira, bateu no fundo. 

A democracia directa é uma exigência da dignidade. A mediocridade dos eleitos no quadro obsoleto da democracia representativa estão aí e são gritantes. Os cidadãos têm de recuperar o poder de sufrágio real e a soberania política, usurpada pelos directórios partidários nacionais e locais e sujeita a fidelidades secretas. 

A dignidade  exige a intervenção dos cidadãos na escolha livre dos eleitos. A dignidade reclama a maioridade dos cidadãos, pois sem isso não é possível o desenvolvimento de qualquer cidade, vila ou aldeia.

Dignidade,  é o valor da pessoa. Toda a  pessoa tem valor, tem dignidade. A dignidade é uma condição pessoal. Sem dignidade, o homem não o é.

O caminho da valorização da dignidade humana conduz à democracia directa. 
Não é um objectivo de um partido. Passará por um movimento abrangente e alargado da sociedade civil. Só assim, será possível a reforma do sistema político que promova a reconcialiação do povo com o Estado. Só assm será possível renovar a esperança. Para Portugal. Para a Figueira. Para todos nós.

Há lodo no cais

Via Domingos Pereira
Não há águas paradas. Mas, há botes do rio assentes no lodo.

“Se homens fossem anjos, nenhum governo seria necessário”?

Para que servem as campanhas publicitárias?..

Para tentar criar uma ideia de paraíso, de fantasia, de irrealidade, para contrastar com a realidade que é a miséria em que vivemos.
Umas conseguem. Outras não...

Cabedelo antes do Covid19?..

Obras do Ténis Clube, um assunto que já vem de longe...

Via Diário as Beiras

Obras do Ténis Clube da Figueira da Foz continuam embargadas

"A construção de dois campos de padel e um bar, pelo Ténis Clube da Figueira da Foz (TCFF), está embargada desde o início do ano. O embargo foi acionado pela autarquia na sequência de uma denúncia à Direção Geral de Cultura, por tratar-se de uma zona contígua a um monumento classificado, o Forte de Santa Catarina, que, portanto, necessitava de uma licença específica.
Neste momento, ao que o DIÁRIO AS BEIRAS apurou, o dono da obra continua à espera da autorização do referido organismo público, para poder retomar os trabalhos, que já se encontravam em avançado estado de construção, no que diz respeito aos campos de padel.
Para poder suportar os custos das obras, 260 mil euros, o clube de ténis lançou um concurso público para a construção e exploração dos campos de padel e do bar, que estará aberto ao público, mas não apareceram propostas.
A alternativa foi a constituição de uma sociedade por quotas, a MPJR, cujos sócios são três elementos da direção e um da mesa da assembleia geral de sócios do clube."

domingo, 5 de julho de 2020

O urbanismo figueirense deu-se mal com o regime democrático....

"Eu não gosto de falar de felicidade, mas sim de harmonia: viver em harmonia com a nossa própria consciência, com o nosso meio envolvente, com a pessoa de quem se gosta, com os amigos. A harmonia é compatível com a indignação e a luta; a felicidade não, a felicidade é egoísta."
Saramago
O pluralismo, ao contrário do que muita boa gente pensa, não é um jornal publicar ao longo da semana, todos os dias, uma coluna de opinião.
Uns dias, de afectos ao PS; outros, de afectos ao PSD; resta um dia para o PCP e outro para o BE. 
O pluralismo não é isso. É outra coisa: consiste  em retratar as fracturas de opinião realmente existentes, por exemplo, numa sociedade como a Figueira.

Duarte Pacheco só fez o que fez em Portugal, porque tal aconteceu no Portugal do Estado Novo. O que ele fez, só era possível em ditadura e com a subordinação da propriedade privada, não à cidade, mas a uma cidade monumental de inspiração nas obras públicas do fascismo italiano. 
É isso que querem, hoje, para a Figueira? Se calhar, é ainda este modelo que, inconscientemente, povoa os sonhos de grandeza dos políticos que ocupam o poder na Figueira.

O Arquitecto Ribeiro Teles teve sempre  críticos das suas posições sobre a cidade. Só que esses, na Figueira, não perderam tempo a contestá-lo: o que foram fazendo ao longo dos anos, foi contra tudo aquilo que foi a luta da sua vida.
Na Figueira, sempre houve bom e mau urbanismo. Basta olhar para os últimos cem anos. O Parque das Abadias, vem do tempo do Estado Novo. Deve-se à visão do eng. Coelho Jordão, um presidente de câmara escolhido pelo regime anterior ao 25 de Abril. 
De 1974, para cá, recordo-me bem o que se tem passado. Os últimos 40 e tal anos de Estado Democrático deram muito de mau urbanismo à Figueira. 
Basta, para perceber isto, ir dar um passeio à marginal. 
Pode-se começar frente ao Mercado Municipal, olhar, com olhos de ver, para o Forte de Santa Catarina - que embora de pouco valor ou relevo para a história militar portuguesa, teve um papel fundamental na defesa da Figueira, bem como na explicação da sua formação e história - e prosseguir até às muralhas de Buarcos...

aF313

MAGOITO: ontem, 4 de Julho, a praia esteve assim... Bom domingo

Vídeo sacado daqui

sábado, 4 de julho de 2020

Antigo quartel dos Bombeiros Municipais da Figueira da Foz (7)

"Nas últimas semanas os temas que aparecem nesta rubrica do Diários as Beiras aguçam a nossa imaginação para ideias que recuperem e dinamizem os inúmeros espaços e monumentos que existem na Figueira da Foz e que estão inutilizados. Surgem-me duas questões fundamentais ao pensar em mais um edifício por revitalizar. A solução deve ser enquadrada na forma como o executivo do partido socialista tem idealizado o concelho? Ou devo-me fundamentar na solução que era suposto avançar naquele local? Se vamos por pressupostos, e respondendo à minha segunda questão, bem podemos esperar sentados. Um tributo às artes gráficas e visuais naquele espaço deve ser difícil de concretizar. Já que nos últimos anos, a Figueira “vive” de promessas! Mas se falarmos numa solução à imagem dos que mandam ocorre-me a ideia de existirem novos serviços camarários naquele local, e passo a explicar: Num concelho em que nos deparamos com as verdadeiras obras de “Santa Engrácia”, onde os projetos estão sempre a sofrer alterações devido a marcas de estacionamento que não estão bem, passeios que estão mal projetados, negociações em “cima do joelho” com proprietários de negócios que de repente estão a atrapalhar os planos, atribuição de indemnizações para acelerar processos, muros de betão em zonas costeiras, achados arqueológicos, alterações de estátuas que estavam em determinada posição com um propósito, enfim... poderia estar aqui eternamente a elencar as várias peripécias que têm transformado locais como Buarcos, a baixa da cidade e o lado sul do concelho em verdadeiros estaleiros. Neste sentido porque não criar no edifício do antigo quartel dos bombeiros um Gabinete de crise para o desenvolvimento das obras municipais? Podia ser que se resolvesse muitos dos problemas atuais. E já agora, como se verifica um grande interesse por parte do executivo municipal no que é escrito no “mundo virtual”, porque não criar um Gabinete de gestão de redes sociais e Blogues figueirenses? E se estas soluções não agradarem, que venha mais uma “mercearia”. Um El Corte Inglês não ficava nada mal, ainda por cima não temos nenhuma deste género para a colecção. Tudo soluções à imagem de quem manda! Que dizem?"
Via Diário as Beiras

Antigo quartel dos Bombeiros Municipais da Figueira da Foz (6)

"Em boa hora, o município construiu um novo quartel para os bombeiros sapadores. Ao contrário do antigo, este novo local apresenta agora excelentes acessibilidades, permitindo que, em poucos minutos, um carro de emergência consiga colocar-se em qualquer ponto do concelho, e é, estruturalmente, um edifício funcional, cumprindo todos os requisitos necessários para garantir a operacionalidade dos nossos bombeiros e proteção civil.
Claro que o novo não tem a história, a beleza arquitetónica e a importante envolvência do edifício original e é por isso que este último merece ser preservado e ter uma nova vida e uma nova função.
Tal como referido na semana passada, o município está a desenvolver, no núcleo antigo da Figueira da Foz, um Plano Estratégico de Reabilitação Urbana que, para além do que já está a ser levado a cabo no espaço público, tem também como desiderato a reabilitação de alguns edifícios municipais.
Destaco o antigo quartel dos bombeiros municipais, o edifício do Sítio das Artes, o antigo terminal rodoviário (já debatido neste jornal), o antigo edifício da PSP, bem como a reconversão do seu extenso quintal traseiro num parque de estacionamento de apoio aos residentes e clientes do comércio local.
O parque de estacionamento já está construído e, tanto quanto se esperava, é bastante utilizado. Quanto ao antigo edifício da PSP, que alberga a associação CASA no piso térreo, será reabilitado para acolher outras associações que sairão do edifício do Sítio das Artes. Por sua vez, este será transformado pelo IEFP num Centro de Formação Profissional. 
Finalmente, a reabilitação do antigo quartel, cuja obra se encontra atualmente em curso, passa pela sua reconversão num edifício dedicado à imagem: fotografia, cinema e multimédia. 
Além de ser destinado aos serviços municipais, nomeadamente ao serviço de Arquivo Fotográfico Municipal, integrará laboratórios de imagem e multimédia, salas de projeção, salas de exposição polivalentes em complementaridade com espaços para empreendedores que poderão utilizar as sinergias colaborativas criadas para que surjam novos negócios e projetos nestes domínios tão eminentes na Figueira da Foz."
Via Diário as Beiras

Montagem mural A FAMÍLIA na Rua de Buarcos

"Assassinato de paisagem em Piodão"...

Via Rita Ferro
"A Aldeia Histórica do Piódão constitui um conjunto arquitetónico de rara beleza pelo seu enquadramento natural, mas também pela sua antiguidade, unidade e estado de preservação das construções, sendo apelidada por muitos como “aldeia presépio” dada a sua configuração que se espraia pela encosta do monte com as casas em xisto e lousa e as janelas e portas pintadas de azul, em anfiteatro.

Enquadra-se na tipologia das “Aldeias Históricas”. Sabe-se que a aldeia do Piódão serviu de abrigo a muitos que se pretendiam esconder ou por questões políticas em épocas mais severas, ou por questões jurídicas. No entanto, não foram só foragidos que a procuraram. No século XIX, o Cónego Manuel Fernandes Nogueira, fundou um colégio que preparava alunos para a entrada no seminário. Muitos rapazes da Beira Interior passaram pelo colégio entre 1886 e 1906.

A história da aldeia perde-se na noite dos tempos. Poucos são os vestígios que permitem reconstruir a história, no entanto, os achados arqueológicos de Chãs d’Égua são um importante testemunho da possível antiguidade da aldeia.

A povoação de Piódão está classificada como Imóvel de Interesse Público pelo Decreto n.º 95/78, DR, I Série, n.º 210, de 12-09-1978".
Via Arganil Muncípio

Centenas de pessoas em festa na Embaixada dos EUA em Lisboa....

...foi em Lisboa, mas em território americano. Para ver a reportagem da TVI, clicar aqui.

Há Homens assim: "bons e generosos"

António Filipe (um homem visível e discreto)

Via Luis Osório
"1.
Na passada semana, numa comissão parlamentar, um dos deputados pediu que fosse assinalado o aniversário de João Cotrim de Figueiredo, líder da Iniciativa Liberal. O conjunto dos deputados presentes na sala aplaudiu.
O político que lembrou o aniversário chama-se António Filipe, é comunista e um dos deputados que ficará certamente para a história do parlamentarismo português.

2.
António Filipe, doutorado em Direito Constitucional numa universidade holandesa, é um senhor – como sempre me habituei a ouvir. Mas um senhor que é firme na defesa das posições do Partido Comunista.
É absolutamente discreto, mas não deixa de surgir e de dar o corpo às balas.
É um diplomata e respeitado por todas as bancadas. Mas toda a gente sabe que nele a civilidade não se confunde com amiguismo ou necessidade de ser amado.
É um homem de pontes e um comunicador em quem se confia, mas nele não existe ponta de vaidade ou excesso de protagonismo.

3.
Não é nada fácil fazer que ele faz, ocupar o lugar que ele ocupa.
Ele é visível e discreto.
Ele é elogiado sem dar nenhuma importância aos elogios.
Ele fala como se tivesse todo o tempo do mundo, mesmo que apenas tenha dois minutos.
Ele tem poder pessoal, mas o poder em que acredita é coletivo.
Ele tem carisma, mas quando o dia termina desaparece para a vida que lhe importa, junto da família ou do seu partido.

4.
Há muito que procurava um pretexto para lhe escrever um postal.
Poderia ter tido pretextos mais fortes, mas esta semana, com o episódio de Cotrim de Figueiredo, António Filipe foi o de sempre, um homem bom e generoso para os outros sem deixar de ser comunista em todas as facetas que definem um comunista."

"Eu e tu: milhões!"...

Joaquim Namorado


Nunca fui, não sou e posso dizer que nunca serei, pessoa de vinganças.
Todavia, sou de lembranças.

Todos os nomes são bonitos. Dora (diminutivo de Dorati), que é o nome da minha Mãe, é o nome mais belo que conheço. Quem o escolheu, fê-lo com carinho. 

Quando  alguém insulta a  pessoa que mais amamos na vida, ainda por cima depois dela já não ser desta vida, sentimos algo que nunca tínhamos sentido antes: que há coisas para as quais não há perdão.

Conheci pessoas que encerraram blogues com um argumento simples: tenho uma vida. Que eu saiba, uma vida temos todos. Alguns, porém, conseguem apenas o esboço de um projecto...

OUTRA MARGEM, anda por aqui, com  regularidade, desde 2006. Seria estultícia da minha parte, não reconhecer que, isto, já é um vício. Faz, como qualquer outro, parte da minha vida, com quem gosto de conviver de modo limpo, mesmo que, por vezes, utilize o vernáculo.

Conheci alguns que encerraram blogues. Partiram e nunca mais dei conta deles. As partidas são incertas. No mínimo, menos certas que o regresso.

Registe-se, "para já, o silênco da Direcção do Ténis Clube e dos sócios da empresa", no fundo algumas das mesmas pessoas...

Via Diário as Beiras

sexta-feira, 3 de julho de 2020

Antigo quartel dos Bombeiros Municipais da Figueira da Foz (5)

"O quartel dos bombeiros municipais, recordo com saudade as visitas àquela instituição na época natalícia para observar o magnífico presépio que produziam anualmente. Hoje, os bombeiros já não estão no centro da cidade, felizmente criou-se o novo quartel dos bombeiros num local central do concelho, que permite um acesso rápido às principais vias de mobilidade.
No que toca ao aproveitamento do antigo espaço dos bombeiros municipais, considero que os recentes executivos municipais fi zeram uma escolha bastante acertada no que toca ao futuro daquele espaço. No seguimento do sucesso que foi o espaço de Coworking “Mercado de Ideias” o quartel municipal de bombeiros apresenta-se com um complemento fundamental na estratégia de criar um ecossistema empreendedor na Figueira da Foz.
Se por um lado o mercado de Ideias oferece um espaço de trabalho diferenciado, que motiva o empreendedor a criar sinergias com os seus colegas, este novo espaço dedicado à imagem e vídeo, permite utilizar ferramentas essenciais para vingar no exigente espaço digital.
Acredito, que este deva ser o mote do futuro quartel de bombeiros requalificado. Um espaço que ofereça as mais modernas ferramentas para filmar, fotografar e editar aos utilizadores inscritos no espaço, um modelo todo ele semelhante ao “Mercado de Ideias”.
Porque hoje, o conhecimento técnico de criar vídeo e imagem está bastante mais acessível do que aquilo que era há 20 anos, aquilo que continua a ser pouco acessível são as câmaras, os computadores e os estúdios. Assim, considero que esse deva ser o mote, permitir a várias pessoas utilizar estas ferramentas.
Não para se dedicarem exclusivamente às áreas mas como complementos de comunicação aos seus negócios.
Porque hoje é imperativo que o nosso concelho procure soluções que motivem os jovens a residir no concelho. Como já o disse noutras colunas de opinião, somos exímios a dar asas aos jovens estudantes do concelho, porém, ainda não conseguimos criar as condições para que a maioria retorne à terra que os viu crescer. Assim, considero que este projeto seja parte da solução para resolver este desiderato."
Via Diário as Beiras