O mundo que temos é este em que vivemos. Portanto: «não importa para onde tentamos fugir, as injustiças existem em todo o lado, o melhor é encarar essa realidade de frente e tentar mudar alguma coisa.» Por pouco que seja, sempre há-de contribuir para aliviar...
"Com mais de mil anos, este castanheiro de 21 metros de altura e um tronco com perímetro de 14 metros é a Árvore Portuguesa de 2020 e está a medir forças durante este mês de fevereiro com mais quinze árvores de outros tantos países.
A organização do concurso nacional está entregue à UNAC – União da Floresta Mediterrânica que, no próximo dia 14 de fevereiro, irá deslocar-se ao local do Castanheiro de Vales para proceder à entrega do prémio nacional que valoriza o património natural e que contribui para o desenvolvimento da comunidade local. O Castanheiro de Vales está classificado como Árvore de Interesse Público pelo ICNF – Instituto de Conservação da Natureza e da Floresta sendo considerada uma «das árvores mais grossas de Portugal», dentro da sua espécie, Castanea Sativa Miller. A árvore eleita para representar Portugal no 10º Concurso Europeu de Árvore do Ano consegue produzir duas qualidades de castanha, a Côta e a Longal que são as mais típicas desta região, totalizando uma produção de cerca de 250 kg deste fruto de outono. Fernando Marques, o produtor e proprietário do souto, está a plantar vários exemplares para dar continuidade à espécie de castanheiro na aldeia de Vales, freguesia de Tresminas, concelho de Vila Pouca de Aguiar. As votações decorrem até ao próximo dia 29 de fevereiro e para votar tem de selecionar duas árvores, confirmando o voto através de link que recepcionará na respectiva conta de correio eletrónico."
"A Figueira da Foz e a sua costa desde sempre tiveram um vínculo estreito ao oceano, principalmente pelas actividades piscatórias, da longínqua pesca do bacalhau nos mares gelados do norte, passando pelo arrasto, pelas traineiras de relativa proximidade, não esquecendo as artes e a pesca fluvial, a curta distância da foz do rio, também ele “mar”, misturadas as suas águas com as salgadas que o recebem no final da “viagem”, e também por via do turismo. A existência de um museu que recolha o espólio relacionado com a ligação umbilical que temos ao mar, é um imperativo e a ideia da sua implantação só peca por tardia mas muito bem vinda e desejo ardentemente que realidade a curto prazo. Onde “nascer”? Recentemente assistimos a contradições por parte de dirigentes autárquicos sobre o assunto, dando-se a impressão de que cada um “puxa a brasa à sua sardinha”, rivalizando incompreensivelmente. O futuro museu do mar e o próprio mar não são propriedade exclusiva de ninguém, mas património de todos. Então a localização da estrutura deverá acontecer num sítio que sintamos também como património comum. Nenhum local me parece ter este carisma que não o Cabo Mondego. Quando pisamos aqueles lugares sentimonos em casa. Parecem-me os mais adequados para o propósito, criando-se um sítio museológico de larga importância, com a rota dos dinossauros ali patente, condições de excelência. Entendo que a distância do núcleo urbano e as acessibilidades poderão constituir dificuldades mas havendo genuína vontade, do longe se faz perto, do difícil se faz fácil. Necessário será um esforço financeiro mas tal não pode levantar-se como entrave. Falamos de cultura e não de simples entretenimento. Não poderão ser esquecidas as facetas menos felizes da nossa ligação marítima, designadamente as memórias das tragédias, do naufrágio do “Nova Leirosa” ao “Olívia Ribau”. Outro factor a acautelar será a preservação do Núcleo Museológico do Mar, em Buarcos, peça emblemática da cultura do município, com tantas provas dadas, nomeadamente no seu serviço educativo."
Normalmente, costumo ver o jornal da noite da TVI às segundas. Concordando ou discordando, gosto de ver Miguel Sousa Tavares opinar e debater sobre a espuma dos dias. Ontem, contudo, por terem anunciado a presença de André Ventura no jornal da noite, propositadamente passei ao largo. Hoje, porém, alguém ligado à política, disse-me que o André Ventura deu uma coça ao Miguel Sousa Tavares. Despertou-me a curiosidade. E fui ver... O resultado foi o que esperava. Não percebi o que pretendia Miguel Sousa Tavares ao dar palco a Ventura. Se pensava que ia desmascarar o fascista e populista, a coisa saiu-lhe como tinha de sair: mal. André Ventura não olha a meios para atingir os fins: não respeita nada.
Mas Ventura não se atrapalhou: atropelou o MST, deixou-o na valeta. E, pelo que me disse hoje à tarde, alguém ligado à política, deve ter passado o seu discurso demagógico, populista e trauliteiro para o grande público. É verdade que Miguel Sousa Tavares tentou fazer o contraditório às afirmações de André Ventura. Todavia, caiu na armadilha. O palco que lhe foi dado na TVI, na longa entrevista dada no telejornal, serviu às mil maravilhas para o que Ventura, "meio comentador de futebol e meio político", quer fazer passar para o eleitorado que quer captar: mostrar que está sozinho num dos lados da barricada e que é único na luta, contra tudo e contra todos.
"Ou porque é preciso fazer uma “prova de vida”, ou para criar um “facto político”, ou porque se julga mais fácil e eventualmente menos impopular tentar justificar o erro com uma distração do que reconhecê-lo, ou ainda porque a opinião pública fica efetivamente convencida de determinada realização, não quando ela o é de facto mas apenas porque foi (sucessivamente) anunciada, nesta Figueira política já deixou de ser surpreendente a pirueta, a inércia e a leviandade, até porque o povo (o que ainda vai votar) parece gostar e estar satisfeito. Entendo que uma forma séria de abordar a questão da instalação de um Museu do Mar não pode começar pelo local, mas pela resposta assertiva às seguintes perguntas prévias: Há um claro e estratégico consenso no concelho da Figueira sobre o que deve ser, hoje, um Museu? Há um espólio, material e imaterial, que justifique um Museu do Mar “da Figueira”? Há uma vontade política, social, económica e cultural abrangente, que envolva todos os players, relativamente à necessidade de construção de um Museu do Mar? Já foi feito algum estudo sobre o esforço necessário para a concretização deste desiderato e respetivo impacte (económico, fi nanceiro, cultural, social)? A CIM-Região de Coimbra é/fará parte do projeto? O Turismo Centro Portugal já foi contactado? E o Ministério da Cultura, sabe? Algum dos pré-auto-envolvidos na “discussão” (os presidentes das Juntas de Buarcos e São Julião e de São Pedro e o presidente da Câmara), além de terem divulgado “que já têm um local”, realizou alguma reunião (de trabalho, estratégica ou sequer para auscultação) sobre o assunto? Não tenho dúvida em afirmar que a resposta é um “não” a (quase) todas as perguntas atrás formuladas, pelo que mal vai um concelho no qual a falta de desígnio proporciona a continuação desta tendência para começar a casa pelo telhado, com as consequências que todos estamos a ver."
Via Diário as Beiras
Nota via OUTRA MARGEM. Na altura, comprar o Palácio de Maiorca, o Convento de Seiça e fazer o Caríbe foram as prioridades... Estávamos em 1998 na Figueira da Foz. Santana Lopes tinha tomado posse de presidente da Câmara Municipal há poucos meses. Com o apoio do Centro de Estudos do Mar - CEMAR, uma comissão de cidadãos (constituída por Manuel Luís Pata
- que, então, estava a publicar os seus livros sobre a Figueira da Foz e
a Pesca do Bacalhau, e já era associado do CEMAR - e pelos últimos
Capitães figueirenses desse navio: o Capitão Marques Guerra e o Capitão Abreu da Silva)
desenvolveu esforços para tentar salvar da destruição e da sucata o
último de todos os navios bacalhoeiros da Figueira da Foz (o "José Cação", antigo "Sotto Mayor"). Com
o declínio das pescas portuguesas, fruto em grande parte da adesão à
União Europeia, após o falhanço da tentativa levada a cabo nos anos de
1998 e 1999 de transformar este navio em museu - a Câmara da Figueira
presidida então por Santana Lopes não apoiou a iniciativa da sociedade
civil - o “José Cação” acabou na sucata por volta de 2002-2003. Recordo, um pequeno excerto de uma interessante crónica de Manuel Luís Pata, publicada no jornal O Figueirense, em 2.11.207. "A
pesca do bacalhau foi a indústria que mais contribuiu para o
desenvolvimento da Figueira da Foz. Nas campanhas de 1913/14 foi este o
porto que mais navios enviou à Terra Nova (15 navios), ou seja, quase
metade de toda a frota nacional. Hoje o que resta? Nada de nada!” Foi
assim que as coisas se passaram, mas tudo poderia ter sido diferente.
Recordo as palavras do vereador então responsável, Miguel Almeida de seu
nome: “esta proposta (a oferta do navio que o dr. António Cação fez
em devido tempo à Câmara Municipal da Figueira da Foz, presidida na
altura por Santana Lopes) foi o pior que nos podia ter acontecido”. Como disse na altura Manuel Luís Pata, “nem toda a gente entende que na construção do futuro é necessário guardar a memória”. E, assim, o “José Cação” foi para a sucata. Como sublinhou Álvaro Abreu da Silva, o seu último Capitão, "foi
e levou com ele, nos ferros retorcidos em que se tornou, a memória das
águas que sulcou e dos homens que na sua amurada se debruçaram para
vislumbrar os oceanos”.
"O desfile carnavalesco, genuinamente português, que sairá à rua no domingo, dia 23, e terça-feira, dia 25, contando com a presença de 13 associações e colectividades, e a aguardada presença dos Cardadores - com os seus urros, danças e a típica cardação -; são motivos suficientes para se poder apreciar a memória e os costumes das gentes de Vale de Ílhavo, onde se incluem as Padeiras e o seu tradicional Pão."
Afinal, a entrevista era para falar da erosão costeira a norte do estuário do Mondego, ou para lançar a candidatura de José Esteves a Buarcos e S. Juliãio (a freguesia com mais eleitores) e Carlos Monteiro à câmara, nas autárquicas de 2021? Caramba: a Figueira continua com Galamba! Como todos sabemos, na política não há almoços grátis. Muito menos, feijoadas de búzios presidenciais.
..."fiz ontem este video que demonstra a atual condição da nossa barra. "Apreciem" a força da natureza mas, acima de tudo, a enorme bravura de todos estes Homens que fazem do mar a sua vida."
"Existem valores que falam mais alto. E a luta pela dignidade não conhece castigos."
"Todos os fins-de-semana os campos de futebol dos clubes mais recônditos
enchem-se de pais, treinadores, jogadores e dirigentes assanhados.
Violência verbal, violência física. Tudo vale num estado quase
hipnótico, esquecendo que na relva falsa estão crianças e jovens a
praticar desporto. Tudo vale no chamado “futebol de formação”. Compra de
resultados, aliciamento de árbitros, sorteios viciados, fugas fiscais,
branqueamento de capitais, apadrinhamentos, ofensas verbais, ofensas
corporais e ofensas racistas. Tudo vale e tudo assobia para o lado.
Todos os maus exemplos do futebol sénior são implementados no “futebol
de formação”. E quem pode acabar com isto de uma vez por todas? O Moussa Marega já lançou a semente."
DISCUSSÃO PÚBLICA | Delimitação da ARU de Quiaios e respectiva operação de reabilitação urbana (ORU) do tipo sistemática orientada por um Programa Estratégico de Reabilitação Urbana — PERU. O Município da Figueira da Foz torna público que, em reunião pública de dezasseis de dezembro de 2019 deliberou submeter a discussão pública a delimitação da ARU de Quiaios e respectiva operação de Reabilitação Urbana (ORU) do tipo sistemática orientada por um programa Estratégico de Reabilitação Urbana — PERU, de acordo com previstos nos artigos 13.º, 33.º e n.º 4 do artigo 17.º do Decreto-Lei n.º 307/2009, de 23 de outubro, na atual redação da Lei n.º 32/2012 de 14 de agosto, a qual será promovida nos termos do disposto no artigo 89.º do Regime jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial (RJIGT), aprovado pelo Decreto -Lei n.º 80/2015, de 14 de maio. O período de discussão pública, com duração de 20 dias (úteis), nos termos previstos no disposto no n.º2 do artigo 89.º do RJIGT, terá início amanhã, terça-feira, 18 de fevereiro e prolonga-se até 16 de março. Durante este período, os interessados poderão apresentar as suas reclamações, observações ou sugestões por escrito devidamente identificadas e dirigidas ao Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz ou para o correio eletrónico:participacaopublica.du@cm-figfoz.pt. Mais se informa que o documento da proposta se encontra disponível para consulta, nos dias úteis das 9.00h às 16:30h no serviço de atendimento ao público da Divisão de Urbanismo e ainda no link https://www.cm-figfoz.pt/pages/724
Contributos de José Augusto Marques - parte I "(Enquadramento escrito em janeiro de 2008 para folheto do CD do R.F.R. Quiaios) Nota - Quem conhecer alguns aspetos de Quiaios e consultar o documento a consulta pública perceberá facilmente o porquê deste enquadramento." Para ler clicar aqui. - parte II "Carta enviada em 24 de setembro de 2019 às entidades abaixo mencionadas. Volvidos que são quase cinco meses apenas a CDU da freguesia de Quiaios respondeu ao signatário. E depois dizem que os assuntos do município e freguesias não são para discutir nas redes sociais!… Apesar de ser longa, julgo que as pessoas que gostam verdadeiramente de Quiaios, devem fazer o sacrifício de a ler até ao fim." Para ler clicar aqui. - parte III
"Na sequência missiva de 24 de setembro de 2019, já publicada na parte II, enviada à Câmara e Assembleia na semana antes da sessão de setembro, e também da interpelação de um eleito na reunião da Assembleia Municipal, o Sr. Presidente respondeu o seguinte." Para ler clicar aqui. - parte IV "Se tivessem acordado quando deviam, em plena negociação do quadro de apoio 2020, os vários núcleos urbanos tinham sido alvo de estudo e projeto de reabilitação em devido tempo, como foram noutros concelhos, evitando assim projetos feitos em cima do joelho para ir buscar fundos e fazer obra a qualquer preço. A isso chama-se planeamento. Não foi à falta de sugestões feitas por simples presidentes de junta, que na opinião de alguns só servem para decorar. A intervenção que se segue, feita em 23 de fevereiro de 2006, é a prova que já naquela altura, há 14 anos, havia gente que sabia o queria e não estava no poder pelo poder.
É caso para perguntar: o que andaram a fazer estes anos todos". Para continuar a ler clicar aqui.