Década de mudança?
"Políticas sérias de defesa da qualidade de vida dos cidadãos deste concelho, é o meu desejo para 2020.
Há muitíssimo a concretizar, desde definir o que é “qualidade de vida”, para nós e para as gerações futuras(responsabilidade geracional), até o que estamos dispostos a fazer para melhorar a qualidade do ar que respiramos, a água que bebemos, a comida que ingerimos (menos pesticidas) e a paisagem que queremos preservar. Uma comunidade vital discute-se, renova-se e define objetivos comuns. E assim progride e avança para patamares mais elevados de felicidade e justiça social e ambiental. Falta concretizar esse desiderato, colocar em causa velhos tabus e reformular a maneira como definimos a palavra “desenvolvimento”.
O orçamento municipal é legítimo se não inclui uma parcela visível para a mitigação e adaptação às alterações climáticas? Mais asfalto e mais espaço para estacionar é progresso? Os modelos de manutenção dos espaços verdes são ainda vá-lidos? O desperdício alimentar nas escolas e instituições é aceitável? Em 2020, gostaria que a câmara municipal e o seu executivo fossem mais disruptivos. Temos que adotar novos paradigmas e modelos de gestão, abandonando completamente os antigos. Isto faz-se com a promoção de novos líderes internos, gente com ideias arrojadas e capaz de entender os desafios que se colocam, hoje, em 2020.
Assistimos, nos últimos anos, precisamente ao contrário: há uma promoção do “imobilismo” na liderança local, e, em alguns setores, uma reversão do que foi feito pelo PS até 2017, nos primeiros mandatos de Ataíde. Renasce o aumento do desperdício de milhões de euros, replicando más práticas de um passado recente (exemplo: jardim municipal).
O princípio da honestidade intelectual aplicado à governança da Figueira, é outro desejo a concretizar em 2020. O pior que nos pode acontecer é ter políticos que dizem uma coisa e depois fazem outra."
Via Diário as Beiras