quarta-feira, 17 de julho de 2019

As reuniões de câmara à porta fechada

Este assunto é incomodo. Neste momento, estou em crer, sobretudo para Carlos Monteiro, o presidente que herdou esta pesada herança do seu antecessor - o juiz Ataíde das Neves.

Imagem sacada daqui
O acesso à informação, numa sociedade democrática,  é fundamental. 
Se a autarquia torna tudo secreto, recusando-se a responder aos pedidos de informação da oposição, omite dados ou recorre à mentira, a oposição fica esvaziada, passando para os eleitores uma imagem de incompetência. 
Ninguém se pode opor ao que se desconhece.
Se, ainda por cima,  há reuniões à porta fechada, a opacidade aumenta e a democracia fica mais pobre. Quem desempenha funções públicas, tem de aceitar o escrutínio - ser eleito autarca, não que dizer que se governe o concelho a seu belo prazer e sem riscos de críticas.


Na Figueira, parece que há cada vez mais dificuldade em conviver com a democracia.
Isso tem explicação: quando se tem a noção de que se é incompetente é mais fácil gerir asfixiando a oposição.
Por isso, não me causa o mínimo de admiração quando autarcas locais se manifestam queixosos,  chegando ao ridículo de verbalizarem queixinhas em sessões públicas, como se os figueirenses não pudessem e não devessem ter opinião, e manifestá-la, sobre quem gere os destisnos do seu concelho e da sua freguesia.
Pelo que me toca, tirem o "cavalinho da chuva": por mais que vigiem, por mais que tentem, não irão impedir de ter opinião, mesmo que sujeita às tentativas de asfixia democrática.
Isto começa a ser confrangedor e ridículo demais para ser verdade: parece que há quem confunda as autarquias figueirenses com a uma loja de aventais ou com uma capela de autoflagelação.

A nova piscina...

Carlos Monteiro, na passada reunião de câmara:  “Concelho não é governado por nenhum clube”.

A anunciada construção da piscina municipal coberta na zona urbana esteve em foco na última reunião camarária, realizada na passada segunda-feira.

O vereador do PSD Ricardo Silva apresentou o seguinte requerimento sobre o assunto.


"Exmo. Senhor Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz
Dr. Carlos Monteiro, anunciou recentemente que a Câmara Municipal iria construir uma Piscina Municipal.
Na reunião 19 Junho questionei se a piscina iria ser construída no “topo norte” do estádio, conforme o Presidente Socialista da junta de Freguesia tem sugerido nos canais de propaganda.
Se existe uma piscina na zona urbana foi graças a um clube desportivo que a construiu e a inaugurou em 1972!
Em 2001, foi o PSD que construiu e inaugurou as Piscinas das Alhadas e Paião. Recordo o Dr. Carlos Monteiro que nessa época o País era Governado pelo Partido Socialista.
Em 2000, o então Secretário de Estado do Desporto Dr. Vasco Lince, quando presidiu a cerimónia do 105º aniversário do Ginásio Clube Figueirense afirmou publicamente da urgência da construção da nova Piscina. Nesse mesmo ano, foi assinado um acordo de intenções entre o Município e o Ginásio com a finalidade de criar condições para a construção da nova Piscina.
Em 2001, foi feita a pré-candidatura ao QCA III- desporto, o Ministro José Lello visitou as instalações velhas e foi apresentado o estudo prévio para a construção do novo equipamento.
Em 2004, foi celebrada a escritura de doação pela Câmara Municipal do terreno para a nova Piscina.
Em 2007, o Secretário de Estado da Juventude e do Desporto, Dr. Laurentino Dias (Governo Socialista), lançou a primeira pedra da nova piscina e apresentou o Programa “Um compromisso Nacional – Medida 5 – Clubes Históricos, Clube de Praticantes"; em 12 de Maio do mesmo ano, foi celebrado Protocolo com o Instituto do Desporto para construção da nova Piscina, homologado na mesma data pelo Secretário de Estado.
Em 2008, dado aos atrasos da abertura da candidatura ao novo Quadro Comunitário (QREN), foi anulado o concurso concepção e construção.
Em 2009, foi submetida a candidatura ao Programa Operacional de Valorização do Território 8 (POVT) Em 2009 também, já num mandato do Dr. Carlos Monteiro, como Vereador deu entrada na Câmara Municipal o projecto de Arquitectura da nova Piscina.
Em 2010, a Gestora do Programa Operacional de Valorização do Território, comunicou ao Ginásio a não aceitação da candidatura, uma vez que só estavam a aceitar candidaturas cujas obras já estivessem em curso!
Em 2010 também, o Vereador do Desporto, à época o Dr. Carlos Monteiro, na tentação do Partido Socialista de tudo controlar, até mesmo asfixiar um clube centenário como o Ginásio Clube Figueirense, deixou de conceder qualquer tipo de apoios para a manutenção da Piscina, cancelando o Protocolo de apoio que tinha como contrapartida a frequência por turmas de alunos de Estabelecimentos de Ensino, o qual estava em vigor há 15 anos.
Três governantes de Governos Socialistas e dois Quadros Comunitários... A zona urbana continua sem Piscina.
Se hoje a Figueira da Foz não tem uma Piscina na zona urbana, foi devido à falta de capacidade negocial e de influência da Câmara Municipal junto do poder central.
A falta de ideias e o populismo eleitoral do Dr. Carlos Monteiro anunciou a construção de uma Piscina Municipal na zona urbana.
Para ter feito o anúncio sem sequer saber qual o terreno onde quer fazer, o Sr Presidente demonstra que seu único objectivo é HUMILHAR uma das INSTITUIÇÕES mais prestigiosas e com RELEVANTISSIMOS serviços prestado à Figueira da Foz!


Serve o presente para requerer os seguintes elementos:
Quando vai ser construída a nova Piscina?
Onde vai ser construída a nova Piscina?
Como vai ser financiada a nova Piscina?
Quanto custa a nova Piscina?
 

Mapas dos custos mensais das Piscinas Municipais das Alhadas e do Paião."
Figueira da Foz, 15 de Julho de 2019, Vereador PSD, Ricardo Silva

Notas via transmissão directa da reunião camarária na internet e via Diário as Beiras:

O presidente da câmara, Carlos Monteiro, não apreciou a acusação e respondeu com argumentos sobre os apoios atribuídos pela autarquia ao clube, incluindo terrenos para a construção de uma nova piscina. 
A intervenção de Ricardo Silva mereceu ainda críticas dos restantes vereadores eleitos pelo PSD, Carlos Tenreiro e Miguel Babo, ambos com a confiança política retirada pelo partido.
Aquilo que disse é que é prioritário construir uma piscina coberta na zona urbana. Pensei que o PSD era a favor, porque doou um espaço nobre para [o Ginásio] construir essa piscina. Hoje, ficámos a saber que é contra”, disse Carlos Monteiro. “O vereador Ricardo Silva vem a reboque das declarações da presidente do Ginásio”, afirmou também o presidente. 

A reunião conheceu alguns momentos de crispação e debate aqueceu. “O concelho não é governado por nenhum clube, é governado por pessoas democraticamente eleitas!”, sublinhou  Carlos Monteiro. E acrescentou: “Qualquer clube desta cidade é da maior importância para nós, [mas] nenhum clube vai sobrepor-se aos interesses dos figueirenses"
A vereadora do pelouro, Mafalda Azenha, tentando apaziguar disse: “As pessoas reclamam uma piscina na zona urbana, porque a que existe não é suficiente. Há espaço para as duas”.
Miguel Babo: “Está a ser jogado o nome de um clube que não está aqui para se defender”.
Carlos Tenreiro foi mais contundente: “Com que direito vem aqui falar em nome do Ginásio?!”, perguntou, dirigindo-se a Ricardo Silva.
E o mesmo Carlos Tenreiro, nitidamente em apoio da câmara, acrescentou:  “é salutar a forma vincada da câmara em avançar com um projecto que é da necessidade de toda a população da zona urbana”. 


Entretanto, até ao momento, depois de toda esta discussão pública, que não passou, no essencial, de mais uma demonstração da desgraça política em que a Figueira vive, ficou por saber aquilo que verdadeiramente interessa ao cidadão que se dá ao trabalho de assistir às reuniões camarárias. A saber:
"Quando vai ser construída a nova Piscina?
Onde vai ser construída a nova Piscina?
Como vai ser financiada a nova Piscina?
Quanto custa a nova Piscina?"

Depois do "lixo", uma "benção" para os ouvidos (continuação...)


Cada vez é mais gostoso estar só. Já não tenho pachorra para o esforço de ser social. A paciência não abunda. Neste momento, nem estou interessado sequer em testá-la. As despedidas querem-se breves. Há momentos que não devemos prolongar, pois só assim é possível que deles perdure a melhor memória.
Há momentos assim: prazenteiros, agradáveis, gratificantes e simpáticos. 

terça-feira, 16 de julho de 2019

Mais do mesmo...

Mais uma incompetente na mais elevada posição da UE


Zensursula eleita presidente da Comissão Europeia. Com o apoio do PiS e Fidesz
Nada para admirar para um cargo que já acolheu nódoas como o Barroso.
Registe-se.
Foi eleita por 9 votos: 383 (eram necessários 374).
Teve 327 contra, 22 abstenções e 1 voto nulo.

É isto a Europa unida?

Piscina

"E veja-se o resultado"!...

...certamente, pessoas que sobrevivem e deviam ter ido desta para melhor!..

Uma besta é uma besta, é uma besta




"O ódio ao bem-estar e à qualidade de vida, adquirida pelos portugueses nestes anos de democracia, é de tal ordem que a desonestidade [e a raiva] do senhor lhe dá para invocar um país onde o Estado não existe, quanto mais o Estado social, imagem de marca da Europa das liberdades, direitos e garantias."

Reunião de câmara: projecto do jardim municipal


Ontem, acompanhei via internet a reunião de câmara. Assisti em directo à apresentação do projecto para o jardim municipal. Assisti, não é bem assim: via internet, não se conseguiu ouvir nada do que disse o engenheiro apresentador do projecto. Não sei se foi falta de microfone ou qualquer outra razão. Sobre o projecto, ontem à tarde, depois de uma seca que durou dezenas de minutos, fiquei a "zeros"...
Registo o que consegui ouvir de
Carlos Monteiro: "não há situações ideias, mas queremos tirar os carros junto da zona do parque infantil, que vai ter baloiços como antigamente"... 
Remodelado em 2005, o jardim municipal e a zona envolvente vão ser alvo de requalificação. Via jornal Diário as Beiras, fiquei a saber que de acordo com o projecto apresentado ontem na reunião de câmara, o arruamento do topo norte vai desaparecer e as obras no jardim municipal vão permitir abrir um corredor verde entre o rio e o parque das Abadias.

segunda-feira, 15 de julho de 2019

O atraso da Figueira

Via Diário as Beiras

Promessas, promessas e, até agora, nada... Mas, nunca é tarde!


Setembro de 2009. O Esperança inaugura o novo piso do Campo Comendador Eduardo Brito.
Depois de Adémia, Brasfemes, Eirense e Souselas, chegou  a vez da equipa de S. Martinho do Bispo beneficiar do "pacote" dos sete campos sintéticos que estão a ser implementados no concelho de Coimbra.
Quanto à utilidade do dinheiro investido pela Câmara de Coimbra, neste e nos outros recintos, essa é inquestionável. Os atletas do Esperança – um Clube que tal como o Grupo Desportivo Cova-Gala tem uma obra a todos os títulos meritória na formação - vão ter melhores condições e mais qualidade para poderem evoluir como futebolistas e como homens.
Por outro lado, as novas condições de trabalho constituem importante incentivo para atrair novos atletas para os diversos escalões do Clube, o que facilita e alarga as possibilidades de recrutamento.
Na Figueira, é o que sabemos. Os dois Clubes que vão disputar a Divisão de Honra, a prova máxima da AFC – Cova-Gala e Praia da Leirosa – vão receber os seus adversários nos seus campos de piso de terra batida. O que é caso quase único entre as formações que disputam a prova, pois para além das equipas do concelho da Figueira da Foz, apenas o Carapinheirense (até Dezembro próximo) e o Moinhos têm “pelados”.
E, isto, não se deve ao acaso. É assim, porque no concelho da Figueira, nunca existiu uma politica desportiva planeada, nem fomento desportivo. Em todas as modalidades.
Para além do obsoleto Estádio José Bento Pessoa, onde a Naval realiza os jogos e alguns treinos, é o deserto no que diz respeito a espaços desportivos. O que se passa no atletismo figueirense, até faz doer a alma …
São Pedro, freguesia e vila, por enquanto, tem o campo do Cabedelo, que apesar de todas as lacunas e carências que apresenta, está como está, graças ao empenho e carolice dos seus dirigentes e sócios.
São Pedro, “a vila modelo”, só existe na imaginação do actual presidente da junta, e nas campanhas publicitárias nos jornais distritais, pagas com o dinheiro da junta, isto é, de todos nós.
Recorde-se: nesta altura, em 2009, o PSD estava no poder há 12 anos. Neste momento, o PS está há 10. A esperança é que resolva o problema nos próximos dois!..

Relvado sintético para o Campo do Cabedelo acabou de ser aprovado em reunião camarária

Última hora:


No decorrer da reunião camarária que está a decorrer foi aprovado por unanimidade a instalação de um relvado sintético no Campo onde joga o Grupo Desportivo Cova-Gala há mais de 42 anos.
O Cova-Gala vai ter de arranjar 20 mil euros. A junta de freguesia de S. Pedro entra com 15 mil e a câmara  municipal da Figueira da Foz comparticipa com 155 mil. 
Registe-se que não está incluída nesta fase a remodelação dos balneários.

As reuniões à porta fechada...

foto sacada daqui
Neste momento, na reunião camarária que estou a acompanhar em directo, via internet,  está a decorrer uma intervenção de Miguel Babo, que tem a ver, no fundamental, com as reuniões à porta fechada e os mal entendidos que daí podem resultar...
É evidente que as reuniões à porta fechada não servem a ninguém.
A última coisa que devemos recear é a liberdade. Isso está mais que provado.
Só com  liberdade encontraremos o caminho do equilíbrio.
Entretanto, "vamos andando, vamos andando e vamos ver qual é o futuro"...

Carlos Monteiro, actual presidente da câmara, como político experiente e experimentado vai acabar por perceber o óbvio.
Uma Câmara Municipal é um órgão democrático do Poder Local...

Novo mobiliário urbano?

... uma crónica de Teotónio Cavaco, hoje publicada no Diário as Beiras.

Da série depois do "lixo", uma "benção" para os ouvidos (continuação...)

Este ano em julho, no Cabedelo, até o verão foi de férias. Escusam de fazer
férias em Dezembro, pela fresquinha: as praias, por aqui, nesta altura estão desocupadas...
Entretanto, continuo a dar-vos música... Espero que continuem a gostar.

O jornalismo é o espelho da sociedade

Segundo a edição de hoje do Diário as Beiras, "o  vereador Miguel Babo (eleito pelo PSD, com a confiança política retirada pelo partido) defendeu, numa reunião de câmara realizada à porta fechada, a criação de um provedor municipal para a comunicação social."
Continuando a citar o mesmo jornal, "terá, ainda, posto em causa a selecção das notícias publicadas sobre as reuniões públicas do executivo camarário".
Miguel Babo admitiu que tomou a iniciativa de abordar aquele tema para estimular uma reflexão. “A qualquer provedor cabe, por meios informais, defender os direitos, liberdades, garantias e interesses legítimos do cidadão”, defendeu. O vereador ressalvou que lançou o tema quando falava sobre a falta de condições de trabalho – falta de assessorias, por exemplo – com que se depara a oposição para melhor poder exercer e comunicar a sua actividade autárquica.
Miguel Babo defende a existência de um provedor municipal para a comunicação social.
O vereador (e presidente da Concelhia do PSD) Ricardo Silva tem uma posição contrária:  “o PSD nunca foi, nem será, favorável a medidas que condicionem a liberdade de imprensa”.
O Sindicato dos Jornalistas, por seu turno, através da dirigente Paula Sofia Luz, considera “ilegítima a sugestão do vereador em causa”. Por outro lado, acrescentou, “lamenta que, 45 anos em liberdade, não tenham  bastado  ainda  para que Miguel Babo perceba que os jornalistas devem apenas obediência ao seu Código Deontológico e Estatuto do Jornalista, devidamente acompanhadas por órgãos como a Comissão da Carteira Profissional de Jornalista e pelo Conselho Deontológico dos Jornalistas”.
“O vereador Miguel Babo lamentou o facto da comunicação social não veicular (na sua óptica) alguns assuntos de grande importância que são  tratados  naquelas  reuniões".  Porém, “tratou-se, tão-somente, duma opinião de ensaio, merecedora  de  todo  o  meu respeito democrático.  Assim como, da minha parte e do vereador Miguel Babo, é merecedor de todo o nosso respeito democrático o critério editorial dos media na selecção dos assuntos que publicam”, disse ainda Carlos Tenreiro.
Contactado pelo DIÁRIO AS BEIRAS, o gabinete da presidência  da  câmara  (de  maioria  socialista)  afirmou: “Ouvimos a sugestão, mas, para nós, não faz sentido”.

Notas OUTRA MARGEM.
1. Partindo do pressuposto que existe o problema apontado por Miguel Babo na comunicação social figueirense, a solução não passa pela criação de um provedor municipal, pois isso,a meu ver,  não é possível, por ser ilegítimo.
2. Continuando a admitir que o problema existe, isso corresponde a um espelho da sociedade figueirense: o que importa é sobreviver, de preferência bem, onde a qualidade não é fundamental para o brio profissional de muitos. Isto é tolerado pela maioria. No tempo que passa,  com a mania dos políticos e outros propagandistas fazerem notas de imprensa,  o jornalista apenas a copia como notícia. Isso é preocupante: piorou não só a qualidade do texto e da informação, mas inclusive a sua credibilidade.
3. Percebemos que a degradação do jornalismo atingiu níveis alarmantes quando verificamos falta de exigência profissional, esvaziamento das bases culturais, a perda de referências históricas, a incapacidade de formular raciocínios e exprimir ideias que ultrapassem o patamar das conversas de café. Este - não tenhamos ilusões - é um dos principais motivos do crescente divórcio entre jornais e leitores. Se enquanto consumidor regular da Internet posso ter mais e melhor leitura, sem gastar dinheiro e sem sair de casa, por que motivo me darei ao trabalho de adquirir um jornal que ainda por cima me trata como se eu fosse intelectualmente inferior?
4. O que levou a isto? Certamente falta de muita coisa: falta de exigência, falta de cultura, falta de rigor, falta de brio, falta de memória, falta de investimento nas redacções.
5. Vivemos numa época em que o jornalismo de qualidade ainda existe, mas é residual.  O que é preocupante: um  jornalismo de qualidade residual, numa sociedade em que  os valores também parecem ser residuais, contribui para aquilo que, a meu ver, é verdadeiramente preocupante:  estarmos condenados a viver num cidade onde a democracia também acaba por ser residual. O que, a meu ver, deveria  constituir motivo de preocupação e reflexão para todos nós, pois esse é o verdadeiro problema.

domingo, 14 de julho de 2019

«Para Além da Memória» - um filme de Miguel Babo...


Uma antestreia nacional que contará com a presença de grande parte do elenco. Dia 20 de julho, às 22h00, no Centro de Artes e Espectáculos.
Para Além da Memória, é um filme que evoca as presenças e ausências de uma doente de Alzheimer.
Argumento e Realização: Miguel Babo
Montagem - Talentilicious - Miguel Babo e Timelapse-media - João Traveira, Luís Pereira
Direção de Fotografia e Imagem - Timelapse-media João Traveira & Luís Pereira
Participação especial: Soprano: Carla Bernardino, Piano: Cláudio Vaz
Elenco: Lídia Franco, Gabriela Moreyra, Teresa Côrte-Real, Miguel Babo, Álvaro Faria, Ângelo Torres, João Damasceno, Joaquim Guerreiro, Carolina Pascoal.

Da série, sobre esse tema tinha tanta coisa que contar...

José Augusto Marques: você é bruxo?..

... é um estranho estado de direito, este que se vive na Figueira, que se entorta conforme a malta gosta, ou não gosta do chefe... Ou, queria ou não,  fazer-lhe uns "bicos"...
Eu, cá por mim, que até nem gosto de chefes, acho todo este carnaval porreirinho... 

Como sabemos isto não é novo: tem sido sido assim ... 
Desde tempos imemoriais...

Histórias do quotidiano da política profissional na Figueira...

A Figueira está cheia de exemplos de lambe-botas, normalmente gente medíocre, que arrasta para a lama as botas que lambem...

Nota OUTRA MARGEM:
Um texto de José Ribeiro Ferreira, A Democracia na Grécia Antiga, publicado pela Minerva, em Coimbra, em 1990. Pp. 161-162.


"(...) dificuldades económicas e (...) conflitos sociais; tanto no campo como na zona urbana, passa a existir uma população miserável mais interessada na procura do sustento quotidiano do que nos destinos da democracia.
Daí que o século IV se caracterize por demissão política do demos que perde interesse em participar na condução dos negócios da pólis - desinteresse que já começa a aparecer no decorrer da Guerra do Peloponeso. As sessões da Assembleia têm cada vez menos elementos e há dificuldade em perfazer o quórum. Ainda se tenta incentivar, como vimos, a participação com a distribuição de um salário aos presentes na Ecclesia - o misthos ecclesiasticos -, mas em grande resultado.
Se na primeira metade do século IV o demos ainda manifesta empenho, quando se tratava de decidir sobre uma guerra que a seus olhos possa ser frutuosa, na segunda metade já nem isso desperta o seu interesse. Essa apatia está bem visível na luta contra Filipe da Macedónia e nos apelos angustiados de Demóstenes.
A pólis grega caminhava para o fim.
Como resultado da demissão do demos, aparece com uma insistência cada vez maior a profissionalização e a especialização de funções.
Homens saídos da classe endinheirada - banqueiros, industriais, comerciantes - que não precisam dedicar-se a uma actividade manual e recebem consideráveis rendimentos dos seus negócios, tornam-se verdadeiros profissionais da «política». Com meios de fortuna, adquirem junto de «professores» de retórica a arte de falar e de convencer que lhes permite atrair a multidão e manobrar a Assembleia."

Na Figueira, não foi só uma...

Da série "os figueirenses gostam de ser gozados?.. (continuação)

 Na Figueira começa a ser difícil ser original...

Via Daniel Santos: "Conforme publicação anexa, já em 1940 o Presidente da Câmara da Figueira anunciava uma piscina. Aguardemos pois!.."