terça-feira, 25 de junho de 2019

Portanto, é dia de aguardar por uma longa tradição: esperar que o Cristo desça de novo à Figueira e resolva os nosso problemas duma vez por todas...

Estamos em Portugal...


"A medida arranca no início de julho. Os emigrantes ou luso-descendentes podem receber um apoio superior a 6.500 euros para voltarem e trabalharem em Portugal Continental. IEFP conta gastar 10 milhões."
Estamos em Portugal, local desertificado da Europa,  com resorts de luxo, onde os endinheirados virão passar uns dias...
Um médico português, que ganha 10 mil euros mensais no Reino Unido, ou um enfermeiro que ganha 8 mil na Suíça, ou um e um engenheiro que ganha outro tanto no Luxemburgo, ainda vão ficar indecisos e a  pensar no que estavam por lá  a fazer!..

O que é ofensivo, no meio disto tudo, é que somos nós, todos os que permanecemos por cá, apesar da degradação de cuidados de saúde e de serviços públicos, mas a pagar impostos, e muitas outras taxas exorbitantes, incluindo as moderadoras, que damos possibilidade destes desvarios dos políticos: subsídios de regresso, isenção de impostos a emigrantes, benefícios a estrangeiros residentes, etc., etc. 
Ainda vou equacionar emigrar para ver se o meu País me considera e tem algum respeito pela pessoa que eu sou...

Cuidado: alguns lambe-cus entram por vezes em desgraça, sobretudo quando, dominados por uma pulsão exibicionista denunciam em público os cus que andaram a lamber...

Via Público

No Portugal antigo, nos tempos da sociedade rural e do paroquialismo, era a “graxa” que dava “lustro” aos mais poderosos. Mais tarde surgiram os “lambe-botas”; e actualmente, é o tempo dos “lambe-cus”

Sabem porque é que não se construiu um terminal de cruzeiros na Figueira?

Já tinham pensado nisto, depois das resmas de cruzeiros que nos últimos anos demandaram a Figueira!..
A Figueira chegou a estar fortíssima no turismo de cruzeiros: teve até um navio de passageiros com a lotação de um autocarro!..
Aliás, uma cidade como a Figueira, servida por várias autoestradas, comboio e porto de mar que até já recebe cruzeiros, só pode aspirar a voos mais altos.
E o futuro, que vai ser ser risonho, está já aí.  “O aeroporto virá a seu tempo”. Segundo  João Ataíde “há aceitação - por parte da Força Aérea - para se criar uma gare civil na base aérea de Monte Real, desde que haja uma empresa que a queira explorar”, disse em maio de 2015 o anterior autarca da Figueira da Foz visivelmente satisfeito com os resultados da passagem dum cruzeiro pelo porto da cidade de que, então, era “mayor”.
Entretanto, os figueirenses, continuam ver passar os navios e os aviões.
Quem perdeu foram os turistas: onde é que se podem apreciar as nossas Brisas, beber chá de Limonete e apreciar os dotes artísticos do anterior "mayor", a não ser na Figueira!..

Mas, vamos ao essencial: sabem porque é que não se construiu um terminal de cruzeiros na Figueira?
Para evitar as más notícias: a Figueira, com o incremento que o turismo de cruzeiros estava a ter, neste momento, provavelmente já seria a sétima cidade portuária da Europa! Lisboa é a sexta cidade portuária da Europa com mais emissões poluentes, a sexta mais poluída por causa dos cruzeiros.
As emissões de óxido de enxofre na costa portuguesa causadas pelos navios de cruzeiros são 86 vezes superiores às dos automóveis.
Ao contrário do que aconteceu em Lisboa, o anterior autarca, actual secretário de estado do ambiente, decidiu não construir o terminal na Figueira, porque como grande e reputado especialista, especialmente em problemas ambientais, certamente já estava a par dos malefícios com a poluição que a construção de um terminal de cruzeiros traria à Figueira!
Note-se, as preocupações que Carlos Monteiro herdou com o ambiente, a descarbonização e alterações climáticas. Está aqui a justificação dos milhões que estão a ser investidos no concelho - Buarcos, casco velho da cidade e Cabedelo são exemplos disso. Percebem agora porque é que não quiseram  trazer para o coração da Figuiera uma fonte poluente da dimensão de um terminal de cruzeiros.
Por outro lado, mesmo em termos económicos,  é previsível que, devido a preocupações ambientais, de governos e cidadãos, os cruzeiros tendam a declinar.
O que nos vale é termos autarcas de grande visão estratégica. Foi isso, que  evitou não só um enorme prejuízo financeiro, mas também um elefante branco à beira Mondego.
Finalmente e não menos importante: os figueirenses vão deixar de poder surpreender os ilustres visitantes com um jogo de futebol, disputado num pelado pré-histórico que já não existe em lado nenhum, até dentro em breve no campo do Cabedelo...

Perante a realidade e a  hipocrisia, valha-nos a ironia com os dentes afiados...

Ramalho Eanes

Via Diário de Notícias
Ramalho Eanes.

A corrupção é uma "epidemia que grassa pela sociedade" e isso em parte deve-se não só a uma "cultura de complacência" mas também a um sistema partidário que escolheu a via do "encastelamento", onde "o mérito foi substituído pela fidelidade partidária" e no qual "a administração pública foi colonizada" pelos partidos, sobretudo pelos do "arco do poder" ("PS e PSD, mas também ocasionalmente o CDS").
Os deputados, disse, são no Parlamento "mais delegados dos partidos do que representantes dos eleitores". Em consequência, "muitos eleitores não se sentem representados no poder político". Isto, somado ao clientelismo partidário, gera então o tal problema "epidémico" de corrupção. E como exemplo de "colonização do Estado" pelos partidos, falou explicitamente do "exemplo da Caixa Geral de Depósitos", com os respetivos "custos diretos e indiretos na modernização do país".
Mas, segundo fez sempre questão de sublinhar, o problema da corrupção não se centra exclusivamente no sistema político - contando antes, para se poder desenvolver, com uma sociedade civil fraca. "Quando a moral pública enfraquece, fragiliza-se o interesse coletivo", afirmou. E assim "abrem-se portas à corrupção".

Perguntas figueirinhas

Se as trotinetes existem por causa da «mobilidade», porque é que elas retiram a mobilidade aos peões, ocupando os passeios, as esplanadas, as praças, as ciclovias e as ruas?..

segunda-feira, 24 de junho de 2019

A questão das taxas moderadoras

"PS aprovou o fim das taxas moderadoras sem faseamento e depois recuou?"

Vivemos, com a GERINGONÇA, numa prática capitalista,  pretensamente com uma cultura de esquerda.
Vejamos, por exemplo, o que se passa na saúde. O PS não quer acabar com as apetitosas e suculentas negociatas e, ao mesmo tempo, diz que quer um SNS tendencialmente gratuito.
Com o PSD e o CDS, sabemos com o que podemos contar: passamos  a viver numa cultura capitalista - cada um trata de si e a Igreja trata dos pobres. 
Com o PS, nunca sabemos. Definam-se de uma vez por todas: ou enveredam na saúde por  uma verdadeira prática socialista, ou acabam com os sonhos...
Qualquer das opções envolve riscos para os socialistas...
Esse, é o problema de António Costa.

24 de junho de 2019, Dia da Cidade...

Hoje, as comemorações das Festas da Cidade – S. João 2019 iniciaram-se com a cerimónia de entrega de distinções honoríficas, pelas 11h00 horas, no Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz.
Estão ser entregues cerca de 60 distinções repartidas entre funcionários do município, entidades e personalidades figueirenses, PMEs Líder e PMEs Excelência 2018.

Nota OUTRA MARGEM:
Para evitar secas, como a que está a acontecer nesta manhã, proponho que se faça, com carácter de urgência,  um estudo para a criação de um guichet para recepção de comendas na Câmara Municipal. Além disso,  para maior comodidade dos laureados, proponho que tal também seja possível na Loja do Cidadão do Mercado Municipal, também para lhe dar alguma utilidade, para além de servir para pagar a água... 

Propõe-se que baste entregar o comprovativo do prémio alcançado e na hora, repito na hora, receberá a comenda em troca.
Simplex.
Espero que este estudo, dado o desconforto porque passam neste exacto momento largas dezenas de cidadãos, não demore tanto a realizar como o estudo do by pass.

A bem da Figueira
António Agostinho, criador, editor e responsável único do blogue OUTRA MARGEM.

domingo, 23 de junho de 2019

Quadras soltas em época de santos populares... (3)

Meu rico São João,
esta chuva será culpa do governo?..
Que malvado este Centeno,
que até nos cativou o Verão!..

Esqueçam o facebook, se querem ter uma carreira na política figueirinhas...

Diz a lenda, que certo aspirante a político na minha Aldeia era um potencial  talento: sabia estar calado em nove línguas, incluindo o chinês. Suspeita-se, até, que talvez o conseguisse em muitas outras.
Até que um dia - há sempre um dia -  foi posto à prova.
E o desastre aconteceu. Naturalmente.


Disse ao jornal Diário as Beiras, no início de Abril passado, entre outra coisas, o seguinte: “apresentei a proposta para ser militante do PS porque, embora continuando a lutar pela freguesia de São Pedro, entendi que este é o momento próprio para me fazer militante”. Deduz-se das suas palavras, que nem sequer foi convidado: foi ele que apresentou a proposta!..
Quem desconhece a palavra grandeza, só conhece a palavra poder. Quem desconhece a palavra dignidade, só conhece a palavra arrogância. Quem desconhece a palavra humildade, só conhece a palavra vingança.
Se a mudez voluntária sugere quase o infinito, o verbo precipitado anula efémeros encantos.
Vivemos numa Aldeia, em que as barracadas acontecem por causa do poleiro. Por isso, as eleições internas são importantes: são elas que  dão a possibilidade de se obterem cargos. Não me digam que ainda pensam que determinado indivíduo, e a sua equipa, concorrem a uma freguesia  só porque gostam da Aldeia e do partido?
Se assim fosse, nunca mudavam de partido…
As movimentações, por causa do protagonismo, nem que isso se resuma a um universo que se limita à junta de freguesia,  ou pelo lugar de assessor camarário, acontecem nos bastidores...

sábado, 22 de junho de 2019

Quadras soltas em época de santos populares... (2)

Meu rico S. João,
Santo milagreiro:
evita mais uma decepção,
mal por mal, conserva o Monteiro.

Repara S. João:
se a Figueira está um chiqueiro,
imagina como seria o trambolhão,
com o Tenreiro!..

A homenagem que faltava fazer na Figueira, apesar do significado das homenagens estar tão banalizado por aqui... Tenho pena, acreditem-me...

"BREVE"...

Trotinetes: entre carreira e carteira existe a diferença de uma letra...

Uma crónica de opinião hoje publicada no Diário as Beiras:

"Fiquei entusiasmado quando vi as as trotinetes parqueadas junto ao Museu Municipal. Pensei, é agora que me vou aventurar! Pensei ainda, finalmente a Figueira aproxima-se de Lisboa e vamos ter meios suaves e alternativos para ir de A a B. E daí tentei fazer o download da aplicação para o meu “smartphone”. Não funcionou, é demasia-do velho (2016 ) e não suporta a aplicação da CIRC – empresa que explora as trotinetes.Tentei obter informação através do site da Câmara Municipal da Figueira da Foz. Nada. Zero. Nem uma linha sobre as trotinetes, como se não fosse nada com eles. Isto, depois do pre-sidente ter feito gala das trotinetes: “mais uma peça da estratégia municipal para a mobilidade suave”. Mas, na prática a Câmara está alheada do fenómeno. O Pedro Silva já mostrou (crónica de 3ªfeira) a necessidade de haver mais informação aos munícipes. A trotinete é legalmente um meio de transporte público, partilhado, com direitos e deveres no uso da vida pública. A Câmara parece não ter consciência deste facto jurídico. Aliás, a nossa Câmara está-se borrifando para a mobilidade suave, o fim abrupto da primeira ciclovia em Buarcos (junto ao parque infantil) é mostra que as obras centraram-se no estacionamento dos carros. Adicione-se a passividade perante os carros mal estacionados (em cima do passeio, nos espaços verdes, nas rotundas, em cima das passadeiras...). 
Portanto, bem-vindas sejam trotinetes, com um cartão vermelho à Câmara Municipal da Figueira de Foz nada faz pela mobilidade suave, nem sequer as trotinetes apoia!"
Nota OUTRA MARGEM:
Tal como numa vida em destruição, também num concelho em destruição, os dias são acidentes de percurso para acontecer  à espera de vez...

Quem publica assim não é "rato", nem é gago...

sexta-feira, 21 de junho de 2019

Com a máxima cordialidade: à especial atenção do Dr. Carlos Tenreiro (já agora, também do Dr. Miguel Babo)...

O Dr. Carlos Monteiro respondeu aqui, à chamada para uma postagem publicada neste blogue:
Mais uma superfície comercial: ALDI das Abadias, junto à Avenida Dr. Joaquim de Carvalho...
.
A proposta de revisão do Plano Diretor Municipal (PDM) foi aprovada  na reunião de câmara  realizada em 22 de junho de 2017,  com cinco votos a favor do PS e três votos contra e uma abstenção do PSD.
Quem se absteve foi a vereadora Ana Catarina Oliveira, sem ter feito declaração de voto.
O PDM foi o assunto que dominou o debate político da sessão camarária de ontem, ou não se tratasse de um processo que se prolongou durante 20 anos!..
O horto municipal mantém-se como espaço para equipamentos, que o mesmo é dizer, ficou como estava, isto é, significa que se pode construir lá.
A ameaça permanece...
O responsável por este blogue, embora sabendo que seria apenas para memória futura, foi à reunião de Câmara realizada na cidade da Figueira da Foz, na tarde de quinta-feira, dia 22 de junho de 2017, para colocar aos autarcas que o poderiam fazer (Presidente da Câmara e seu vice, vereadores da situação e da oposição) o seguinte desafio:  levar àquela reunião de câmara duas propostas concretas para preservar o  horto. 
Uma, clara e límpida, a colocar a área do Horto, definitivamente, como zona verde!
Outra, a integrar, definitivamente, o mesmo terreno na área do Parque de Campismo!

Esta foi uma das tomadas de posição que tomei contra a revisão do Plano Directo Municipal actualmente em vigor no nosso concelho.
O Dr. Carlos Tenreiro, na altura, era membro da Assembleia de Freguesia de Buarcos e São Julião. Certamente que o PDM foi discutido nesse órgão autárquico. Terei todo o gosto em publicitar as tomadas de posição do Dr. Carlos Tenreiro nesse órgão autárquico, pois as suas posições de luta devem constar das actas, que certamente terá em seu poder.

Pela minha parte, convido-o a clicar aqui pois terá abundante informação do meu comportamento, enquanto cidadão activo e lutador, no decurso da discussão do Plano Director Municipal aprovado em 22 de junho de 2017.

Dr. Carlos Tenreiro: Parecer favorável para a construção de um Aldi nas Abadias... (a propósito do PDM feito à medida... Vamos então continuar a discutir?).
Isabel Maranha Cardoso, via DIÁRIO AS BEIRAS
"... a propósito das decisões que vêm sendo tomadas em matéria de ordenamento de território e planeamento urbano, quer na localização de superfícies comerciais quer de unidades produtivas localmente indesejadas, sempre com o argumento “legalmente não se pode recusar pois o Plano Director Municipal (PDM) permite”

Dum PDM que se revelou robusto e sobreviveu mais de vinte anos, passámos a um PDM, por este executivo camarário da Figueira da Foz revisto, permissivo, frágil e sem a necessária blindagem desprotegendo, ou desistindo dos interesses da cidade e dos figueirenses, quando tudo deixa instalar! Então qual foi a escolha política?"

Entretanto, nem tudo é bom...

Foi inaugurado esta manhã o novo Centro Escolar de S. Pedro, uma obra orçada em cerca de um milhão e 300 mil euros, já incluindo os prejuízo. A reportagem, com fotos e tudo, pode ser lida clicando aqui.
Aquilo está tudo um binquinho, toda a gente gostou a cerimónia foi linda, contudo, algumas coisas são mesmo  ridículas...
Atentem nesta:

Carlos Monteiro, mostrou-se optimista pela intervenção em curso no 5º. molhe. Eu, nem por isso...