"Na sua primeira aparição pública após a confirmação dos resultados, Bolsonaro montou um circo evangélico, que muito terá agradado aos fundamentalistas religiosos que o financiaram."
Dizem que foi o medo.
Que foi o medo que os levou a votar num fascista.
O medo da violência. O medo do vizinho. O medo da rua. O medo dos “comunistas vermelhos”. O medo das armas. O medo dos assaltos.
No entanto, quem votou no Haddad di-lo baixinho por medo. Quem votou no Bolsonaro di-lo alto sem medo.
Uma coisa é inquestionável: Jair Bolsonaro chegou ao poder, via voto democrático.
Portanto, isto tem de ser saudado e ficar registado.
A sua ascensão ao topo do poder político no Brasil, aconteça o que acontecer, foi democrática, livre, soberana.
Jair Bolsonaro, como já aconteceu antes na história da Europa, não tem de ser um democrata, nem de se comprometer na defesa da democracia, para ganhar uma eleição e receber o respeito dos democratas na hora da sua vitória.
Jair Bolsonaro, um dia deixará de ser o presidente do Brasil.
O que o Brasil for nesse dia, depende de muita coisa.
Nomeadamente, do que os democratas conseguirem fazer com a sua inalienável liberdade, aconteça o que acontecer, neste imprevisível e preocupante ciclo que se inicia.