quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Covardia cívica é que não...

Há algo, de profundo, na sociedade figueirense que tem causado danos irreparáveis ao funcionamento da democracia: a ideia que, também aqui, os políticos são todos iguais
A aparente inocência deste pensamento contém, porém, em si um dos aspectos mais negativos no plano democrático: sendo todos iguais, não vale a pena escolher
Daí, as taxas de abstenção que, eleição após eleição, terem vindo a subir na Figueira.
Claro que os políticos figueirenses são como os outros...
E, também, como os outros, povoaram os lugares com gente da sua confiança: preferiram, em muitos casos,  “yes, man” em vez do mínimo de competência. 

Repare-se, no entanto, que bastou ao PS mudar um pouco de rumo (com a célebre GERINGONÇA) para que a direita viesse, alarmada e temerosa, proclamar o fim do mundo e a chegada do diabo.
No fundo, o medo deu-se porque a direita temia que se viessem a notar as diferenças profundas entre uma coligação para empobrecer os pobres e enriquecer os ricos (Passos + Portas) e uma convergência para devolver rendimentos e para estancar a política de empobrecimento geral (PS + CDU + BE + Verdes).
Num mundo em que os tubarões são protegidos para comer os pequenos, na linguagem do grande português, Padre António Vieira, há um impulso primário para fugir à realidade e poder escapar a essa crueldade contra a qual parece não haver antídoto.
No entanto, interiorizar que os políticos são todos iguais, traduz a ausência de qualquer disponibilidade para contribuir para mudar a sua própria vida e aceitar que os outros decidam por si.
Isso tem nome: é um acto de covardia cívica, na medida em que se pretende justificar uma conduta com a dos outros. É a afirmação de que não vale a pena escolher. É uma forma consentida de auto-alienação do que se passa na freguesia, no município e no país

Porém, quando ouço dizer aos políticos que estão na política apenas por serviço à sociedade torço o nariz. 
Atitudes dessas levam-me ao desprezo. 
Mais valia assumirem o óbvio: fazendo da política profissão desejam, também, contribuir para a sociedade. 
Ninguém vai para uma empresa porque a quer ver melhor.
Vai porque será o seu emprego.
Depois se verá, ou não, se terá um contributo válido. 
É assim também na política.
Escusavam de ser hipócritas...

Conhecemos a competência desta direita, e, quanto a ética, estamos conversados...

"... Quanto a Santana Lopes, que provou não saber governar na Figueira da Foz, em Lisboa, e no País, pode saber governar-se, mas sabe dissipar melhor. É, aliás, o único populista do PSD com idade e currículo para prosseguir um projeto xenófobo, antieuropeísta e reacionário para a qual minguavam qualidades ao ora Doutor Passos Coelho."

Nobidades do láre... (18)

terça-feira, 7 de agosto de 2018

Figueirenses: crise é isto...

Quando a Câmara colapsou a máquina de propaganda preocupou-se com as “redes sociais”!..
Portanto: a primeira prioridade na Figueira é combater a crise institucional...

Apitó comboio!


"O serviço prestado pela CP tem-se degradado de forma acelerada, numa prova de total desrespeito pelos clientes. Refiro-me aos horários, mas também ao equipamento e à qualidade do serviço.
O CDS  aproveitou de imediato para  pedir a presença do ministro na AR para explicar a situação (como se não soubéssemos que o propósito do CDS não é a melhoria do serviço, mas criar condições para a privatização da CP)...
De imediato, PS e PSD começaram a trocar acusações, responsabilizando mutuamente o adversário pelo estado de degradação a que o serviço chegou.  
Na verdade, a degradação da CP começou há várias décadas,  com  Cavaco Silva e  prosseguiu com  os governos  seguintes, que abandonaram a via férrea e apostaram no asfalto.  Não há inocentes nesta matéria. Nem Sócrates que apostava no TGV como um negócio rentável, mas sem visão de desenvolvimento, promoção da vida no interior do país, ou rentabilidade da empresa.
Há muitos anos que Portugal está em contraciclo com o que se passa na Europa, onde o transporte  ferroviário voltou a ser uma aposta no desenvolvimento.
Em Fevereiro fui de comboio a Barcelona, pude comprovar a degradação do serviço do SudExpress e comparar com a aposta feita em Espanha. Quando em Madrid   mudei de comboio, tive a sensação de  estar a mudar de planeta, tal a diferença na qualidade do equipamento e do serviço prestado." 
Carlos Barbosa de Oliveira

«Figueira da Foz. Memória de um mandato e os anos perdidos» - novo livro de Joaquim de Sousa, foi ontem apresentado... (2)



Vídeo sacado daqui
"Se este livro não der polémica é porque a cidade morreu"- Fernando Cardoso 

Recordo parte de uma postagem, "Joaquim de Sousa, um ex-edil figueirense ao raio x", publicada no OUTRA MARGEM, em 8 de outubro de 2016.
"...era assim a Figueira e o concelho há 35 anos. Joaquim de Sousa, então um político profissional, passados 6 anos depois do 25 de Abril de 1974, depois de 5 anos como deputado e membro do governo, sentia "uma profunda desilusão e um desencanto enorme". Segundo o que ele, na altura, confidenciou numa entrevista que deu, em Maio de 1981, ao Director do Barca Nova, o falecido jornalista José Martins, "conhecer o poder por dentro não é agradável". "Sabes?", desabafou a determinado ponto da conversa com o Zé Martins, "não tenho feitio para prostituta, nem mesmo por obrigação. O poder não é tão poder como as pessoas pensam".
O que Joaquim de Sousa, naquela altura, estava a gostar era de ser presidente de câmara: "agora sim, apesar das muitas vicissitudes por aqui e por além, sinto que o cargo que ocupo na Câmara me está a proporcionar dos momentos mais felizes da minha vida".
Durou foi pouco como presidente de câmara: fez apenas um mandato, que decorreu de 1979 a 1982...
O que valeu ao doutor Joaquim de Sousa, é que gostava de ser professor, que era a sua profissão..."

Voltando a Agosto de 2018, passo a citar, via AS BEIRAS, "O repto!", uma crónica de Isabel Maranha Cardoso, economista. 
"Foi a 31 de Julho apresentado o livro “Figueira da Foz – Memória de um Mandato e os Anos Perdidos”, mais um livro de Joaquim Barros de Sousa que enriquece o património bibliográfico figueirense e a história da cidade. Não pude estar presente, tive pena… Mas, chegando-me às mãos, de imediato me pus a lê-lo. Trata a narrativa do mandato autárquico a que presidiu entre 79 e 82. De escrita simples, clara e com uma objetividade quase matemática, fazemos uma viagem por 3 anos cruciais da história do desenvolvimento da Figueira, explicando-nos a estratégia subjacente às opções políticas adoptadas, fazendo ainda em todos os capítulos uma análise comparada com a situação presente (incómoda para alguns, certamente!). A sua leitura é uma viagem guiada pelos diversos departamentos da acção autárquica e pelos dossiers da cidade, muitos deles hoje ainda “em aberto” e sem resolução- apesar das panaceias que se vão aplicando! Da sua leitura resulta ainda a constatação das oportunidades perdidas e da imperiosa necessidade de os decisores políticos locais não poderem ignorar a história e o sentido do caminho já percorrido para podem raciocinar o futuro. Este livro torna-se, assim, num documento de leitura obrigatória para futuros decisores políticos locais. Alguém muito próximo contou-me o que havia dito na sua apresentação “se este livro não suscitar polémica, então a Figueira está morta”
Aceite-se o repto, mostremos que a Figueira está viva!"

Que legenda colocaria nesta imagem?..

Lisboa, Avenida Fontes Pereira de Melo. Via Delito de Opinião.
Nota de rodapé.
A minha legenda seria tão simples como isto: quero mentiras novas.

"Comboio avaria em Beja e deixa passageiros sujeitos a calor extremo"

O que se está a passar na CP não é suficientemente grave para levar à demissão da Administração da empresa e do ministro da tutela repescado do consulado Sócrates?..
O problema é a oposição que (não) temos.
E a informação que (não) temos...
O que diz muito da classe política e de quem ainda manda na comunicação social...

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Mistério dos mistérios...

“Ironia do destino” passamos de um dia de Sol, Praia e Mar para um dia “Farrusco” de agosto e o resultado está à vista, “NÃO HÁ TURISTAS“.
Este é o resultado de os mentores do turismo regional serem tudo menos especialistas de Turismo, temos juristas, arquitectos, engenheiros, gestores, professores de tudo menos turismo, políticos e até boys curiosos e oportunistas que continuam a não fazer o trabalho de casa. Todos sabemos que a costa Atlântica não é um destino de Praia.
Não se prepara a época porque “pode ser que o verão seja bom e uns arraiais com uns artistas avençados façam a festa”.
NÃO MEUS SENHORES, não resultou mais uma vez, o Atlântico é mesmo assim, não tem cor política nem se controla.
O que é preciso é estudar e trabalhar muito, trazer operadores turísticos que promovam e programem a partir da Figueira para fora que fixem os turistas na cidade e façam os “Tours” a partir daqui, que aproveitem o sol e à praia quando está bom mas que tenham alternativas quando não está. Estamos no centro de Portugal a 1 hora de tudo, desde Aveiro até Fátima passando por Viseu e tantos outros destinos alternativos (é apenas um exemplo, não uma lição).
Os operadores, os comerciantes locais e a povo devem ser acarinhados, escutados e apoiados (essa regra é de ouro) deixem os tronos dourados que vocês foram eleitos para servir não para governar e trabalhem todos os dias em prol da Região que tanto precisa.

Via António Maia

Um aeroporto em águas de bacalhau?..

Autarquias da zona Centro querem e estão dispostas a financiar aeroporto na região...
Em setembro, a Câmara Municipal de Coimbra vai entregar ao Governo dois estudos para ajudar a determinar a melhor opção para que a região passe a ser servida por um aeroporto comercial, avança o “Jornal de Negócios” esta segunda-feira.

A primeira opção passa pela reconversão do Aeródromo Municipal Bissaya Barreto, em Coimbra; a segunda, pela construção de uma nova infraestrutura aeroportuária capaz de servir o eixo Coimbra-Leiria/Fátima - neste momento, o estudo desta possibilidade está a cargo de uma equipa de que faz parte a Conprojur, ligada a Manuel Queiró, ex-deputado do CDS e ex-presidente da CP.

Segundo o matutino, a segunda opção é a mais provável, mas a autarquia tem ainda de decidir.

Para conseguir um aeroporto para a zona Centro, as autarquias da região estão dispostas a financiar o projecto “do próprio bolso”.

Para a reconversão do Aeródromo Municipal Bissaya Barreto deverão ser, em princípio, necessários cerca de 10 a 12 milhões de euros, valor que seria assumido na totalidade pela Câmara de Coimbra.

Já no segundo cenário, ou seja, a construção de uma nova infraestrutura aeroportuária a despesa seria assumida em exclusivo pelas Câmaras abrangidas, aqui segundo uma lógica de partilha de responsabilidades.

“A intenção passa por recorrer aos fundos europeus do Portugal 2030 para pagar parte do custo de um novo aeroporto, ficando as autarquias envolvidas encarregues de suportar o custo restante”, disse Manuel Machado, autarca de Coimbra, em declarações ao matutino.

Mais importante que a quantidade, importante é a qualidade...

"Aos que se preocupam, não morri. Ainda. Até tenho andado menos mal, dadas as circunstâncias. Mas o que me chega do rumor do mundo tem-me acabrunhado. E, como não tolero repetir-me, tenho adiado constantemente a actualização deste pobre e inútil blogue.

Muitos falam da banalidade do mal como um sinal dos tempos. A verdade porém é que sempre foi assim. Muitos anos antes de Hanah Arendt já Eugene Delacroix o tinha constatado: “o horrível está por toda a parte”, decretava ele, desolado, no seu diário.

E, no entanto, há sempre quem (mesmo entre os que têm fácil acesso aos grandes meios de comunicação) não se ache confortável diante deste triunfo ufano da estupidez e faça questão de o dizer - por escrito - num jornal de grande circulação. Como outrora o escritor Emile Zola. E, como agora, o maestro Daniel Barenboim."
 

Fernando Campos

Muito mais?

Via AS BEIRAS.
"Na Figueira, o argumentário de quem apoia os que nos têm governado nos últimos nove anos radica invariavelmente nas seguintes ideias-chave para tentar justificar a inércia, a qual nos tem conduzido, nalguns sectores, ao retrocesso (população, ensino superior, eventos-âncora, comércio tradicional…) noutros a uma confrangedora estagnação (indústria, transportes públicos, …): 

1. Herdámos dívida (era por todos conhecida e tal não impediu promessas megalómanas); 
2. A Câmara não tem jurisdição sobre as áreas nas quais é urgente intervir (nem tem tido figuras com peso político para influenciar decisões); 
3. Os problemas da Figueira são os mesmos de outros concelhos portugueses (que alguns têm resolvido); 4. As verbas e as parcerias necessárias para a resolução dos problemas exigem uma resposta nacional e até europeia (porque é que não se prepara candidaturas?); 
5. A iniciativa privada é pouco dinâmica na Figueira (porque não se discutem com os agentes económicos políticas amigas do investimento?); 
6. O voto popular legitima a actuação deste executivo camarário (e de quem não concorda com ele, apesar da diferença abissal de meios). 
Nos últimos dias, a suspensão da aplicação do Plano de Saneamento Financeiro e o consequente aumento da maturidade da dívida (pagar a um ritmo mais lento e, portanto, pagar-se mais parece menos importante do que libertar verbas imediatamente…) acrescentou uma exigência: a Figueira vai ter agora, finalmente, condições para ver cumprido tudo o que foi prometido ao longo destes anos! E muito mais!..."
Nota de rodapé.
Na Figueira, continua tudo na mesma - muitas promessas, muitos milhões anunciados mas pouca concretização e, pior ainda, desperdício do dinheiro, de todos, para proveito de uns poucos (muito poucos)...
Entretanto, quem pode, põe e dispõe como muito bem entende e sabe que está  isento de escrutínio.

A capacidade de síntese de Joaquim Namorado

"No tempo em que os animais falavam
Liberdade!
Igualdade!
Fraternidade"


Sempre admirei da capacidade de síntese dos poetas: de como são capazes de dizer tanto, utilizando poucas palavras.
Joaquim Namorado,  é um dos  melhores exemplos que conheço.
"Foi afixado
nos locais do costume
que É PROIBIDO MENDIGAR.

Logo mão que se descobre
escreveu a tinta por baixo
MAS NÃO É PROIBIDO SER POBRE."

Joaquim Namorado, tem poemas curtos e únicos.
Eu sei que há quem não concorde com este meu gosto.
Felizmente os gostos podem-se discutir (ao contrário do que se diz por aí), mas não é por isso que mudam...
Já agora: quando é que a comissão de toponímia pretende dar o nome de Joaquim Namorado à toponímia figueirense...
Esta história da integração do nome de Joaquim Namorado na toponímia figueirense não é tão antiga como a Sé de Braga, mas já vem do tempo em que as coisas em Portugal ainda custavam em escudos!..
“Metam O burro na gaiola
de doiradas grades
e tratem-no a alpista
se quiserem
- é só um despropósito
Mas esperar dele o trinar
Do canário melodioso
É simplesmente tolo.”

A importância de ter adversário em política

Mais importante do que a ideia que temos das coisas, é a sua imagem em concreto...
A ausência de adversários políticos é uma questão com que a actual comissão de gestão da Figueira, no poder há 9 anos, se continua a debater.
Não é uma questão insignificante. Em política, é essencial ter inimigos que sirvam de bode expiatório para os problemas que certa administração não pode – ou não consegue, como é o caso da Figueira... – resolver.
O inimigo externo ao partido - neste caso o PS... - é essencial para que os efeitos políticos e eleitorais de problemas internos sejam amenizados.
Faz falta e faz jeito, pois representa aquela ameaça à unidade partidária socialista para contribuir para manter e amplificar a unidade que foi necessária para a conquista do poder, em 2009, 12 anos depois de o ter perdido, não para o PSD, mas para Santana Lopes, tendo em vista a causa da sobrevivência em 2021.
A sua ausência, neste momento, é um problema para o PS/FIGUEIRA que precisa de ser resolvido.

Japoneses de férias na Figueira

"Ontem, e pela primeira vez, vi um casal de turistas japoneses na Figueira. Logo vieram à tona todos os meus preconceitos sobre “os asiáticos na Europa”, eternamente “perdidos” e com um ar tão ingénuo quanto fascinado sobre as coisas que observam. Olhavam para um roteiro, tentando perceber onde estariam e o que os rodeava. Foi à entrada no Bairro Novo, junto ao decrépito edifício “O Trabalho”, o tal monumento ao mau urbanismo dos anos 80. O casal de japoneses de visita a Figueira certamente com um objectivo específico: vieram admirar a “Arte Nova e Deco”? Ou ver o maior areal da Europa, fruto de um erro de engenharia? Gostaria de os ter abordado e perguntado, porque vieram à Figueira?

Quem cá reside todo o ano perde a noção do que é “turístico e atraente na Figueira”. Por exemplo, os turistas japoneses estariam a olhar para algumas belas fachadas da rua Cândido dos Reis, e à procura da famosa “street art” dos famosos artistas contemporâneos Mário Belém, D, Eime ou K. d’Enfer, e eu quando os vi, fui atraído para o pior edifício da cidade. Lamentei aquilo que todos lamentamos, problemas de urbanismo por resolver, falta de capacidade de intervenção do poder político para demolir o que nasceu torto.
Nota: a apresentação sobre a Figueira que consta no site Turismo de Portugal (http://www.centerofportugal.com/figueira-da-foz/) começa mal, com uma fotografia de uma paisagem pobre, areia, candeeiros e uma passadeira com um mar desfocado ao fundo. Merecemos melhor."

Via jornal AS BEIRAS

domingo, 5 de agosto de 2018

Mãos...

Estas mãos não são jovens..
São mãos velhas e delicadamente rudes.
As mãos velhas e rudes, delicadamente ou não, são, apenas, uma consequência e um meio para que a beleza idealizada interiormente possa ser transportada para os olhares dos outros.
São mãos delicadamente rudes, estas de uma personagem que eu conheço bem...
Falta aqui o quê?
O óbvio: outro par de mãos.
Na ternura do encontro, dão-se as mãos como um princípio do corpo!
É tocar o outro tornando-nos um.
É sentir a entrega. É a partilha sublime.
Pode ser, também, uma fome de pele, um desejo anunciado, uma ternura que se exibe.
Pode ser, ainda, um sorriso mostrado através das mãos.
Um amparo possível.
Ou, apenas, um ténue assomo de felicidade...

Aos 102 anos de idade, faleceu esta manhã, em sua casa, no Paião, Pedrosa Veríssimo

Não chateiem!

Se o que Louçã fez é uma desonestidade intelectual, Catarina Martins superou o seu mentor...
... "se o que Louçã fez é uma desonestidade intelectual, Catarina Martins superou o seu mentor. No domingo, em defesa do seu camarada e primeiro vereador eleito pelo BE em Lisboa, Catarina Martins aplicou as piores técnicas demagógicas e populistas. Indignou se contra as alegadas mentiras que os jornais escreveram sobre o impoluto Robles — pois claro, quando as notícias não nos agradam, mata-se o mensageiro.
Catarina Martins teve o topete de atirar lixo para cima do Presidente da República. Reivindicou, como sendo do BE, o conteúdo de uma lei que o deputado do PCP António Filipe já esclareceu resultar de uma alteração na especialidade proposta por si. Atirou se contra o PSD, acusando este partido de, ao ter pedido a demissão de Robles, liderar uma campanha para destruir a luta política do BE no domínio da habitação — uma luta que o próprio Robles enterrou sozinho, sem precisar de ajuda de ninguém, e com direito a toque de finados e missa do sétimo dia.
Já agora, quando a deputada socialista Helena Roseta há décadas carrega esta bandeira da habitação praticamente sozinha e na legislatura em que o Governo do PS avança com medidas para sanar o sector, não é despudor Catarina Martins erguer o BE como mártir e baluarte desta causa?
Catarina Martins teve mesmo o descaramento de dizer que Robles agiu de forma legítima, pois a sua propriedade ia ser alugada a preços acessíveis e não vendida. Uma tese arranjada pelo próprio empresário de imobiliário na sexta -feira à tarde, depois de a notícia rebentar, para remendar o facto de ter tido o edifício à venda durante meses com o lucro potencial de 4,7 milhões de euros.
Só resta um comentário: não chateiem!"