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"Muito raramente se pergunta alguma coisa aos alunos.
Foi isto que o Governo, pela mão do Secr. Estado João Costa, decidiu fazer associando-se a um projeto da Fundação Maria Rosa. Os resultados foram apresentados esta semana e só provam o que temos andado a perder por “procurar a resposta no sítio errado” (ou pelo menos, não procurando nos sítios todos). Os mais de 2500 jovens consultados em 50 escolas do país não referem sequer a necessidade de melhorar as condições físicas das mesmas.
O seu foco vai para o melhorar das relações entre professores e alunos (querem deixar de “ser invisíveis”), para aulas mais curtas (50 minutos) e mais dinâmicas (diversificadas), para salas de aula dispostas de maneira diferente (porquê sempre em plateia?), para avaliações que valorizem mais o que se faz a cada aula (e não se concentrem apenas em testes), no interesse em abordar os assuntos do quotidiano (ou ligar o que aprendem com o que se está a passar à sua volta), entre outras.
Quem tem interesse nos debates e inovações que se vão fazendo na educação formal por esse mundo fora sabe que estes são os caminhos que os tais investigadores e técnicos apontam. Se tivéssemos começado por ouvir os principais interessados na educação talvez tivéssemos poupado algum tempo."
"Ouvir as soluções". Via AS BEIRAS.