"Aluimento na A14 não significa falta de segurança nas autoestradas"!..
A reflexão é de Carlos Matias Ramos, bastonário da Ordem dos Engenheiros, que considera que não houve falhas e que o problema estava detectado.
Sobre as estradas municipais, a avaliação é bem diferente.
Claro que isto não significa falta de segurança nas nossas autoestradas!..
E nem é preciso ser bastonário dos engenheiros para o saber...
A realidade aí está para o provar: uma cratera do tamanho desta, tão grande, e, felizmente, não ficou lá nenhum carro!..
Aí está a prova que não foi o carro que fez o buraco, foi a água que está dentro do buraco!..
Isso também prova a competência, conhecimento vasto e basto dos terrenos e de engenharia dos responsáveis pela construção de vias onde passam largos milhares de viaturas por dia!..
Felizmente que, neste caso, nenhum veículo teve problemas de maior.
Os carros que passaram não caíram, mas a falta de competência e conhecimentos desta ordem ficou bem patente nas palavras do eng. Carlos Matias Ramos.
Ainda bem que na vida existe o factor sorte...
Entretanto, a A14 continua interdita à circulação automóvel, na zona de Maiorca.
A EN111, que deveria funcionar como "alternativa natural" à auto-estrada A14, está também interrompida ao trânsito, nos dois sentidos, devido a obras na zona das Pontes de Maiorca, estando o tráfego entre a Figueira da Foz e Coimbra a processar-se por vias secundárias, num percurso de 12 km entre Quinhendros (Montemor-o-Velho) e Maiorca, onde regressa à EN111.
O director de comunicação da Brisa reafirmou que o prazo de intervenção na A14, para reparação do aluimento verificado, cujas obras se iniciaram ontem, é de seis a sete semanas, se tudo decorrer como o previsto.
Segundo as últimas notícias, a autarquia da Figueira da Foz está a equacionar a hipótese de a ponte militar prevista para ser instalada na EN 111 poder vir a ligar directamente a auto-estrada A14 àquela via, mantendo as obras em curso no local.
Esta possibilidade foi ontem adiantada num encontro que juntou técnicos da autarquia e da protecção civil municipal da Figueira da Foz e representantes do Exército, Brisa e da empresa responsável pela intervenção na A14.
"Toda a gente acha que a solução é equacionável", disse Carlos Monteiro, vereador com o pelouro das obras municipais, que informou também que não existindo qualquer problema técnico que a inviabilize a opção de "ligação directa" à auto-estrada permite continuar a obra de construção de uma ponte em betão na estrada nacional (EN) 111 "e terminá-la o mais cedo possível".
A opção ontem discutida, passa pela instalação de uma ponte militar com 55 metros de comprimento e 40 metros de vão entre a A14 e a EN 111, por cima da chamada Vala Real, junto ao nó da auto-estrada em Santa Eulália. A concretizar-se, como que recupera o anterior percurso daquela estrada nacional, existente naquele local antes da construção, em 1994, do IP3 (actual A14).
Carlos Monteiro alertou, no entanto, que a opção está dependente da "articulação" com a empresa Infra-estruturas de Portugal, proprietária dos terrenos e da própria Brisa, a quem caberá a "palavra final", mantendo-se os prazos de instalação da ponte militar - até aqui prevista apenas para o troço em obras da EN 111 - que deverá iniciar-se na quarta-feira e decorrer durante sete a nove dias.
"Queremos manter o prazo, não se está a inventar nada para protelar, esta alternativa não pode ser mais morosa", frisou Carlos Monteiro.
Ainda segundo o vereador figueirense, a opção por uma ponte de 55 metros, ao invés de outra, de 36 metros, é para permitir o trânsito de veículos pesados.