quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Jerónimo de Sousa vai estar amanhã na Figueira

Amanhã, dia 27 de Novembro, o Secretário Geral do PCP, Jerónimo de Sousa desloca-se à Figueira da Foz a fim de participar em duas importantes iniciativas políticas.

A primeira, tem lugar às 16 Horas e consiste na inauguração da Avenida Álvaro Cunhal, situada entre a rotunda Baden Powel e a Escola Infante D Pedro em Buarcos.

A segunda, realiza-se pelas às 20 Horas no Pavilhão dos Caras Direitas, também em Buarcos: é um Jantar, onde o Secretário Geral do PCP fará uma importante intervenção sobre o actual momento político e as perspectivas do PCP quanto ao seu desenvolvimento.

Grande chamada de primeira página!...

"Costa chama cega e cigano para o Governo".


Nunca brinco com as deficiências deste "jornal"... 
Metem-me nojo. 
Deste, dizem, que é o que vende mais...
Deste, dizem, muitos, em voz alta, aliás, não muito alta: que porcaria, que nojo de jornal...
E em voz baixa, aliás, baixíssima, alguns dizem: ora, o que é preciso é fazer pela vida...
Que o mesmo é dizer: nesta sociedade em que vivemos, é preciso é “triunfar”... 
Custe o que custar... 
Que vos faça bom proveito a leitura do "correio da manha"...

A "morte" da rádio na Figueira"...

Ao que parece, discretamente, muito discretamente mesmo, num processo que parece que ainda está longe de ter terminado, a Foz do Mondego Rádio mudou de mãos...
Confesso, que raramente sintonizava a estação emissora (de um grupo...) da Figueira da Foz.
De há anos a esta parte, quase nada havia que captasse a minha atenção e tempo.
Hoje de manhã, por curiosidade, ouvi para aí uns 10 minutos. Continua na mesma, para pior...
Para quem acompanha de perto as fragilidades da comunicação social figueirense, nos últimos 40 anos, "a morte da rádio na Figueira", não é novidade.
Este caso,  até me estava a passar completamente ao lado... E teria passado, não fora uma conversa fortuita com um amigo de longa data.
Há muito que tinha deixado de ouvir este gira-discos radiofónico. Que é o que vai continuar a ser.
Para já, pelo pouco que ouvi, a  Foz do Mondego Rádio, nem ficou nem melhor nem pior... Continua na mesma, isto é, intragável.
Convém é recordar porque chegámos aqui: o oportunismo, o comodismo, a desatenção, o respeitinho pelo poder, o alheamento da tarefa histórica duma rádio figueirense, desembocou nisto que podem ouvir sintonizando, por mera curiosidade, o 99,1...
Os tempos dos leitores e dos ouvintes se deixarem reduzir a simples consumidores de conteúdos, sem qualquer postura crítica relativamente ao menu mediático que lhe é proposto, estão a acabar...

O orçamento da festas de Passagem de Ano: segundo o presidente da Câmara, João Ataíde, ronda os 90 a 100 mil euros...

Para ver melhor clicar na imagem
"D.A.M.A. na Passagem de Ano. 
Jardim de Natal promete animar os mais pequenos".
Numa verdadeira festa surpresa, não devia aparecer o preço... 

OS NAUFRÁGIOS E AS MORTES DE PESCADORES NA FIGUEIRA DA FOZ

A obra do aumento de quatrocentos (400) metros do molhe norte do porto da Figueira da Foz (e com a alteração da sua orientação, de oés-sudoeste [WSW, c.247º] para sudoeste [SW, c.225º]), criou um novo e muito diferente enfiamento da linha de entrada e saída das embarcações, que deixou de ser de oeste [W, 270º], ou oés-sudoeste [WSW, c.247º], e passou a ser de su-sudoeste [SSW, c.202º], e muito mais longa do que era antes… Assim obrigando, portanto, a que as embarcações pequenas fiquem expostas, lateralmente, às vagas da ondulação marítima dominante (que, aqui, na enseada de Buarcos, é de noroeste [NW, c. 315º]… Expostas, de través, numa extensão longuíssima… a sul de uma costa arenosa (areia acumulada…) e com fundos baixos… Expostas, obliquamente, enquanto demandam a barra, não aprofundável, que se situa em cima das lajes de pedra em cujo extremo norte está o Forte de Santa Catarina, na Foz do Mondego.
Uma situação impossível para os barcos pequenos, os de pesca e recreio.

Essa obra foi exigida, anunciada, e aprovada, em 2006, 2007 e 2008; teve início neste último ano; realizou-se ao longo de 2009; e ficou pronta em 2010 — e, por isso, logo a partir desse ano começou a alterar as condições da deriva sedimentar, e com o tempo acumulou as areias, ao longo dos anos (até começarem mesmo a contornar a cabeça do molhe norte…), e esse acrescido assoreamento das areias levou, concomitantemente, ao consequente alteamento das vagas nessa zona.
Um assoreamento que, como era previsível, se avolumou mais e mais, ao longo dos anos. Os resultados não se fizeram esperar. Listemo-los.

Logo em 26.10.2010 deu-se o naufrágio da traineira "Vila de Buarcos", ali, na entrada da barra do porto fluvial da Figueira da Foz, com dezassete tripulantes. Felizmente, todos se salvaram.
O mesmo não havia contecido com o naufrágio de um pequeno bote com dois pescadores, no local da obra da chamada "Ponte dos Arcos", antes, em 19.03.2007, um desastre em que ambos esses dois (2) pescadores morreram (e do processo judicial que se seguiu veio a resultar, anos depois, em 24.09.2014, que os responsáveis dessa obra sobre o braço sul do Mondego, que havia estreitado o caudal do rio, vieram a ser ilibados, e as famílias vieram a perder a acção que moveram). Este naufrágio havia no entanto ocorrido no interior do estuário do rio, e não na barra (e nada teve portanto a ver com a deriva sedimentar marítima).

Em 06.05.2011, a Marinha Portuguesa, meritoriamente — pois já, sem dúvida, antecipando a possibilidade de problemas que pudessem vir a ser causados pela nova orientação para sudoeste do molhe norte do porto fluvial da Figueira da Foz… —, fez localmente exercícios de treino (fez um simulacro de combate à poluição marítima supostamente causada por um hipotético navio "Mondego" que haveria embatido nesse molhe norte acrescentado e alterado na sua orientação).
E mais tarde, em 17.01.2014, após os desastres seguintes (os do ano de 2013, que já adiante iremos agora listar), a Marinha ainda viria uma vez mais a chamar a atenção, na Figueira da Foz, para as condições de segurança (e para a cultura da segurança…) nas actividades marítimas, quando entregou na capitania local mais uma moderna lancha rápida de socorro a náufragos. Mas, infelizmente, no ano seguinte (2015), continuou sem obter do governo os meios para a disponibilidade contínua, 24 horas por dia, de pessoal para os serviços locais do ISN.

Em 10.04.2013 deu-se o duplo naufrágio, na barra do porto fluvial da Figueira da Foz, do veleiro alemão de recreio "Meri Tuuli" e da lancha da Capitania figueirense que o havia ido socorrer. Morreram dois (2) homens: um dos tripulantes, velejador alemão, e um dos agentes da Polícia Marítima, militar português, que o estava a tentar salvar. O iate alemão estava a tentar entrar a barra, falhou a entrada, e foi arrojado à praia do lado de fora do molhe sul.

Em 25.06.2013 deu-se o naufrágio da motora poveira "Cambola" (depois de falhar a entrada da barra), junto ao molhe sul do porto fluvial da Figueira da Foz. Nenhum tripulante se perdeu, pois foram salvos pela Marinha. Mas essa pequena embarcação de pesca costeira era a mesma que, já antes disso, em Janeiro do ano anterior (2012), havia falhado a entrada da barra e, por isso, havia encalhado no areal junto ao molhe norte desse mesmo porto fluvial (!)… E, depois disso, em Agosto desse mesmo ano de 2012, em mau estado, havia-se afundado quando estava atracada no interior deste mesmo porto…(!). Três vezes…    

Em 25.10.2013, deu-se a tragédia do naufrágio da motora "Jesus dos Navegantes", na saída da barra do porto fluvial da Figueira da Foz. Morreram quatro (4) dos oito pescadores, poveiros (das Caxinas), que vinham a bordo. No seguimento desse naufrágio, e da afirmação logo então feita pelo Secretário de Estado do Mar Manuel Pinto de Abreu na Assembleia da República (que negou qualquer relação com o assoreamento da barra, e "salientou que é necessário que os pescadores promovam a sua própria segurança"), e após o relatório produzido pelo então capitão do porto, o mestre dessa pequena embarcação de pesca poveira, Francisco Fortunato, veio a ser perseguido, pelo Ministério Público português, criminalmente (!), com quatro acusações de "homicídio por negligência" [sic], e o julgamento está neste momento em curso…

Em 19.08.2015 deu-se o naufrágio da motora "Ruben e Bruna", ao largo da Figueira da Foz, com um (1) morto, numa tripulação de cinco pescadores poveiros. Este naufrágio foi  ao largo, e não na barra.

Agora, em 06.10.2015 deu-se a tragédia do naufrágio do arrastão "Olívia Ribau", na entrada da barra do porto fluvial da Figueira da Foz. Morreram cinco (5) dos sete pescadores (seis figueirenses, e um da Praia de Mira).
E logo pouco depois (menos de uma semana depois…!) em 12.11.2015 esteve iminente um novo naufrágio (que, felizmente, não chegou a acontecer, pois foi impedido por outros barcos de pesca que se encontravam nas imediações), de um arrastão espanhol "Catrua", com pescadores galegos de Vigo, nessa mesma barra do porto fluvial da Figueira da Foz (e foi noticiado que o respectivo mestre poderia estar alcoolizado, e foram os outros barcos de pesca que o alertaram, e salvaram).

As conclusões destes números são espantosas. Pelo que agora, por fim, veio a ser noticiado (até televisivamente… por exemplo em "Barra da Figueira da Foz É Armadilha Mortal para os Pescadores", RTP, 30.10.2015), dos trinta (30) mortos em naufrágios (em Portugal inteiro), onze (11) deles — mais de um terço…! — ocorreram todos no mesmo local: na barra do porto da Figueira da Foz…
Houve nove (9) naufrágios na Figueira da Foz, com catorze (14) mortos. E oito (8) desses naufrágios foram na barra, perdendo-se aí onze (11) vidas.
Aconteceu o que, infelizmente, havíamos (em 2006) alertado que ia acontecer.
E não só alertámos, então, atempadamente, como também, depois, pela nossa parte (do pequeno CEMAR-Centro de Estudos do Mar), continuámos a fazer o que nos competia, e fomos nós que, a posteriori, ao longo destes anos 2006-2015, coligimos toda esta informação e documentação, e a deixamos para o futuro organizada, e passível de poder ser recordada pelos vindouros.
Toda a informação acerca destes naufrágios sucessivos na barra do porto fluvial da Figueira da Foz, tal como de muitas outras matérias de interesse marítimo, está conservada (e só por isso pôde ser agora aqui lembrada, reunida e publicada…) no nosso ABCD-Arquivo Biblioteca e Centro de Documentação do CEMAR (Centro de Estudos do Mar), na Figueira da Foz (Buarcos).
Alfredo Pinheiro Marques

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Caiu mais um "mito urbano"...

Em 25 de Setembro de 25, poucos dias antes das eleições.
"Governo português estima que em 2016 conseguirá devolver 35,3% da sobretaxa de IRS, revela o comunicado das Finanças sobre a execução orçamental."
Em 25 de Novembro, um dia antes deste governo deixar de existir, Núncio admite que cálculo mensal do crédito fiscal deu «percepção errada»...
"A manter-se a receita do IVA e do IRS como em outubro, não existirá qualquer devolução em 2016".
E a devolução vai ser: ZERO!..

“Quando tudo se torna digital”, a sociedade fica mais vulnerável, avisa Cavaco...

Cá está uma magistral tirada de um "peixe" completamente fora de água: basta ir ao site da Presidência.
É lá que está a verdade de Cavaco...

Paulinho, mais uma vez, campeão do mundo

Paulinho e João Gregório, acompanhados pela técnica Joana Agostinho,
no  passado dia 20, na estação de Aveiro, de partida para a África do Sul
Dois atletas portugueses subiram ontem ao pódio dos 1500 metros no decorrer do campeonato do mundo para atletas com síndrome de down, que se está a realizar na África do Sul. 
Paulo Henriques é, de novo, campeão do mundo e João Gregório conseguiu o terceiro lugar. Os dois atletas do CASCI, de Ílhavo, que integram a delegação portuguesa subiram ao pódio para receber medalhas na primeira prova em que participaram. 
O Campeonato do Mundo de Atletismo, para Pessoas Portadoras do Síndrome de Down, está a decorrer na África do Sul. 
Hoje, Paulinho vai disputar a prova da estafeta 4×400 metros. Amanhã, quinta-feira, último dia dos Campeonatos do Mundo, o Paulinho volta à pista do Estádio de Bloemfontein para correr os 800 metros.
A comitiva estará de regresso a Portugal no próximo sábado.

Actualização, via Anddi Portugal
Portugal soma mais 9 medalhas Estafeta Masculina dos 4x100m de Ouro e com Recorde do Mundo Portugal soma e segue no 3º Campeonato do Mundo de Atletismo IAADS que decorre em Bloemfontein, na África do Sul. Nove, foram o número de medalhas alcançadas pelos bravos atletas lusos no 2º dia de provas em solo africano (2 ouro, 2 prata e 5 bronze). O grande destaque do dia vai para a estafeta masculina dos 4x100m T21 composta por João Machado, Nuno Fernandes, Nelson Silva e Luís Gonçalves que venceram a medalha de ouro e bateram o Recorde do Mundo com 60.49, à frente dos italianos que realizaram a marca de 60.80. A outra medalha de ouro desta 2ª jornada foi alcançada por Francisco Gouveia nos 1.500m Marcha Mosaico com 10.23.59 também com Recorde do Mundo. Em evidência esteve também Nuno Fernandes nos 400m T21 que obteve a medalha de prata e o Recorde da Europa com o tempo de 72.96. A vitória foi do superfavorito costarriquenho Hector Garcia que com os 69.05 retirando o Recorde do Mundo ao italiano Simone Nieddu (73.08). A outra medalha de prata foi alcançada por Helena Soares nos 1.500m Marcha T21 com 13.07.53, sendo que os bronzes foram para André Silva também nos 1.500m Marcha T21 com 11.17.90, para João Machado no lançamento do peso T21 com 9.60 e consequente Recorde da Europa, ainda para Francisco Gouveia também no peso mas para mosaicos com 5.56, para Luís Gonçalves no salto em comprimento T21 com 3.61 e, por fim, para a estafeta feminina dos 4x100m composta por Helena Soares, Elsa Taborda, Susana Castro e Jennifer Nogueira com 1.30.81. Ao fim do 2º dia de provas Portugal segue em 2º lugar na Classificação Coletiva com 157 pontos e 15 medalhas (4 ouro, 5 prata e 6 bronze), atrás da África do Sul com 193 pontos e à frente da Itália com 122 pontos.

Chegou a hora...

O combate de António Costa, Primeiro Ministro de um Governo PS com o apoio do BE e do PCP, começa agora. 
Como se pode ler no DN, "António Costa garantiu que, a qualquer momento, poderia apresentar um governo e assim foi."
Mas isto não vai ser fácil: até o mano já pede sangue!..
Em tempo.
Os 17 de António Costa:
Primeiro-ministro – António Costa
Ministro das Finanças – Mário Centeno
Ministro Adjunto – Eduardo Cabrita
Ministro dos Negócios Estrangeiros – Augusto Santos Silva
Ministra da Presidência e da Modernização Administrativa – Mª Manuel Leitão Marques
Ministra da Justiça – Francisca Van Dunem
Ministra da Administração Interna – Constança Urbano de Sousa
Ministro da Defesa – Azeredo Lopes
Ministro do Planeamento e Infraestruturas – Pedro Marques
Ministro da Economia – Manuel Caldeira Cabral
Ministro da Trabalho, Solidariedade e Segurança Social – José António Vieira da Silva
Ministro da Saúde – Adalberto Campos Fernandes
Ministro da Educação – Tiago Brandão Rodrigues
Ministro da Ciência Tecnologia e Ensino Superior – Manuel Heitor
Ministro do Ambiente – João Pedro Matos Fernandes
Ministro da Agricultura – Capoulas Santos
Ministra do Mar – Ana Paula Vitorino
Ministro da Cultura – João Soares
Secretária de Estado Adjunta do Primeiro-ministro – Mariana Vieira da Silva
Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares – Pedro Nuno Santos
Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros – Miguel Prata Roque

O Bairro Novo e a pesada herança do edifício "O Trabalho”... (IV)

Ontem o jornal AS BEIRAS, citando a vereadora Ana Carvalho, dava conta que a seguradora Açoreana não tenciona reabilitar o Edifício O Trabalho. 
“Parecem-me manobras dilatórias, para não fazerem nada, que é o que têm feito estes anos todos”, disse a autarca do executivo camarário socialista da Figueira da Foz, reconhecendo a destreza da empresa na utilização das “ferramentas legais”
Este assunto, que já se arrasta há demasiados anos, volta não volta, vem à colação na discussão da política da local.
Desta vez, foi por iniciativa da vereação na oposição, que o edifício do Bairro Novo regressou à reunião de câmara. Nove meses depois de terem indagado a maioria, os vereadores do PSD, pela voz de Ana Catarina Oliveira, quiseram saber em que estado se encontra o processo. 
O estado do imóvel, esse, é o que sabemos: "está cada vez mais degradado", segundo também constatou o presidente da câmara, João Ataíde. 
Entretanto, ficou a saber-se que o dono do edifício levantou uma licença de construção, com validade de 18 meses, que se encontra no prazo de validade. Por outro lado, recorde-se, foi apresentado, nos serviços da autarquia, um projecto de reabilitação integral do imóvel, aprovado em janeiro de 2013. Porém, Ana Carvalho não se mostrou convicta que a Açoreana vá meter mãos à obra. 
Por sua vez, João Ataíde defendeu que deve aguardar-se pelos resultados da reabilitação financeira do Grupo Banif, ao qual pertence a seguradora!
O jornal AS BEIRAS tentou, sem sucesso recolher declarações da Açoreana... 

Em tempo.
Senhora vereadora: "manobras dilatórias"?
Isto não é uma questão semântica: é a continuação da  demonstração do que tem sido o poder político na Figueira: fraco com os fortes e forte com os fracos.
A questão, para os figueirenses é esta: "...  não conseguimos perceber como pode a Açoreana, empresa proprietária do chamado edifício "O Trabalho", fazer perpetuar e permitir a degradação constante do mamarracho que todos conhecemos, para mais situando-se numa zona nobre da cidade e de grande fluxo de turistas e locais..."
Acabei de citar o seu colega vereador António Tavares, numa crónica publicada no jornal AS BEIRAS, na terça-feira, 11 de março de 2014.
Como em tempos escrevi aqui, "A Figueira é mesmo uma cidade que não se leva a sério..."
Como sublinhou numa crónica no jornal AS BEIRAS, o vereador Somos Figueira, Miguel Almeida - e ele sabe muito bem o que escreve sobre este tema, pois este problema já se arrasta desde os executivos PSD -  este é "um Edifício que é um Trabalho"!
Afinal: "para que serve um vice-presidente de câmara?.."

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Que belo exemplo: quando a utopia entra na vida passa a ser realidade...

Senhores autarcas figueirenses e covagalenses: queremos um país que dê a todos os jovens uma educação de qualidade, a oportunidade para se qualificarem para serem cidadãos conscientes, activos, participativos, inovadores? Tenham paciência, mas V. Exas. estiveram mal, pois esse objectivo passa por isto...
Ontem de manhã, a Cova-Gala viveu uma jornada ímpar na sua existência de 200 e tal anos: realizou-se a plantação de 1.000 pinheiros mansos, junto à praia da Orbitur, numa cerimónia simbólica, no Dia da Floresta Autóctone.
Apesar da Câmara Municipal da Figueira da Foz e da Junta de Freguesia de S. Pedro terem sido convidadas, não estiveram presentes, nem justificaram a ausência. Contudo, os 1 126 pinheiros foram plantados por cerca de 110 crianças da Escola da Gala (Agrupamento de Escola da Zona Urbana da Figueira da Foz) que irão prestar, no âmbito do projecto eco-escolas, um acompanhamento directo, assegurando o crescimento dos pinheiros.
“O futuro aconteceu”. O objectivo foi alcançado:  “a mensagem da sensibilização para a importância dos problemas da erosão costeira passou.”
Sobre a ausência de representantes da autarquia figueirense e Junta de Freguesia de S. Pedro, nada há a comentar. Apenas a registar, para memória futura, que foi o culminar de um comportamento triste e miserável desde o início até ao fim de todo este processo.

Na vida política da Aldeia nada aconteceu, nem acontece, por acaso, apesar dos imponderáveis que o acaso dita, e das idiossincrasias, por vezes bizarras que, em cada mandato, os dirigentes políticos que a representam, ostentam. 
Pela minha parte acredito que a liberdade política, a democracia, como regime da livre escolha dos autarcas pelos cidadãos, como dizia Churchill, é a pior forma de governo imaginável à excepção de todas as outras.
Eu sei que isto é uma aparente banalidade, mas, por vezes, parece que alguns dos nossos mais próximos políticos perderam a noção do valor inestimável da liberdade, relativizando essa conquista das sociedades onde nos acomodamos (mas isso fica para outra ocasião!..) valor esse que, do meu ponto de vista, é dos poucos que continuam a merecer uma boa luta política.

Ontem, mesmo à beirinha do local onde há poucos meses este nosso mar, o oceano atlântico, invadiu território da Aldeia, em toda a sua plenitude, à nossa vista e ao alcance do nosso nariz, ainda lá estava entranhado na terra o cheiro intenso a maresia.
O mar, este nosso mar que banha e causa erosão costeira na orla marítima da Aldeia, é forte e possante quando batido pelo vento.
A vida é feita de mudança. Por exemplo, de mentalidades. Se olharmos para o futuro o mundo avança.
Temos de dar um passo qualitativo: deixar de nos preocupar em parecer bem e preocupar-nos mais em fazer obra.
Temos de deixar de ter medo de tomar posição. Temos de arriscar mais nas empreitadas do progresso.

Ontem, de manhã, tive oportunidade de verificar, mais uma vez, que há muitos que falam nos cafés, mas continuam a esperar que os outros avancem e que a obra surja feita.
Tomar posição e fazer obra, para a generalidade dos covagalenses, continua a ser algo estranho e potencialmente perigoso.
Mas, não há outro caminho, se queremos colocar em causa o equilíbrio necessário ao triunfo do espírito matreiro e conservador dos governantes locais.
No nosso concelho, os executivos camarários e das juntas de freguesia, querem-se modestos nos grandes desígnios e sem vistas largas, não vá o desenvolvimento, logo, o engrandecimento do concelho e da freguesia, molestar as cordatas relações de poder com as grandes famílias instaladas e fazer perigar as dependências face aos interesses em vigor a nível local.

Sabemos que vivemos num concelho, numa cidade e numa Aldeia, onde falta músculo democrático e massa crítica à inteligência. Dito doutra maneira: o que falta, em regra, é decência aos dirigentes, civismo, cidadania, educação e cultura – no que, no geral, são acompanhados pelo povo que neles vota e os elege.
Por mim a escolha está feita há muitos e longos anos: prefiro a liberdade. Mesmo se a justiça não for feita, a liberdade garante e preserva o poder de protesto contra a injustiça e salva a comunidade, mesmo se a comunidade persistir em continuar a mostrar que não está interessada em dar passos em relação ao futuro.
Mas, como o futuro se constrói com futuro, terá de ser à nossa custa que aprenderemos, contrariamente ao que por vezes pensamos, que o espírito nada pode contra a espada, mas também que o espírito unido à espada sempre vence a espada que se ergue em prol de si mesma e dos interesses da casta que defende.

Foi a "saca-rolhas". E, mesmo assim, Cavaco só indicou: António Costa é o novo primeiro-ministro de Portugal

"Cavaco criou uma crise política idiota, conduziu a crise de forma idiota, fartou-se de ouvir idiotas e como não podia deixar de ser acabou por fazer o que há quase dois meses se sabia que ia fazer, isto é, acabou a crise de forma que se calhar não foi tão idiota assim, nos próximos tempos saberemos que mais negócios para além da TAP foram feitos por um governo artificialmente mantido durante todo este tempo.

Mas o mais divertido deste espectáculo está na dificuldade de Cavaco em indigitar António Costa e a verdade é que não o indigitou. Ao contrário do que sucedeu com o seu afilhado Cavaco recusou-se a usar um tempo do verbo indigitar em relação a António Costa, em vez disso diz que "indicou". Enfim, deve ter-se virado para  o Nunes Liberato e apontando o dedo para o António Costa deve ter dito "Ó Zé, diz aí ao pessoal da guarda que esse gajo aí vai ser primeiro-ministro!".

Enfim, mais uma inovação pacóvia. Cavaco recusou-se a indigitar António Costa, preferiu apontar!"

Via jumento

Protecção Civil figueirense: “Não há razões para temer algum factor de menos segurança”, dissse João Ataíde. Registe-se a garantia do presidente da câmara sobre o assunto...

O presidente da Câmara da Figueira da Foz pronunciou-se, ontem, sobre as críticas da Concelhia do PSD sobre a ausência de reuniões da Comissão Municipal de Protecção Civil (CMPC) nos últimos dois anos (ver aqui).
Segundo AS BEIRAS, João Ataíde levou o assunto à reunião de câmara “para serenar alguns mal-entendidos sobre esta matéria”.
“Foi referido que não houve reuniões”, por várias razões, sobretudo por ainda não haver Plano Municipal de Segurança e Protecção Civil, concluído em setembro e entretanto homologado, introduziu o autarca.
“Podia ter-se reunido, mesmo sem o plano”, reconheceu. Não obstante, salvaguardou: “para que fique claro, não houve descuido”.
Abro aqui um parênteses para recordar uma passagem do comunicado do PSD figueirense: "em reunião de Câmara o Sr. Presidente respondendo ao Vereador do PSD Miguel Almeida, informou que “a última reunião do Conselho Municipal de Protecção Civil se tinha realizado há 2 anos” justificando-se que tal só sucedia “porque estava à espera (há 2 anos!!!) da elaboração do Plano Municipal de Emergência”. Perante tal afirmação pública questionou a Deputada Municipal do PSD, Ana Oliveira, os serviços competentes sobre esta temática tendo obtido a resposta, “a última reunião da Comissão Municipal de Protecção Civil tinha ocorrido em Novembro de 2011” ou seja há 4 anos!!! e não 2 como o Sr. Presidente afirmara."
Convenhamos senhor presidente: para compreender um lapso de 2 anos, "se não houve descuido", houve, pelo menos, problema com a contagem da passagem do tempo... 
O que é perfeitamente compreensível. A mim, por exemplo, aconteceu-me um dia destes o seguinte: há tanto tempo que já não ia ao cinema que ainda nem tinha visto que o Casino da Figueira tinha encerrado as salas...
O que é obra.

Mas continuando.
João Ataíde afiançou que se realizaram várias reuniões para a definição dos diversos planos de emergência, criados planos para todas as escolas e outras intervenções. Sobre a prevenção de incêndios florestais:  houve reuniões semestrais. Por outro lado, e foram feitas “reuniões sistemáticas” com outros agentes da Protecção Civil.
“Houve, também, uma grande preocupação em dotar os Bombeiros Municipais com meios necessários”.
 “Não houve reuniões [da CMPC], mas estabeleceram-se, pontual e individualmente, planos de acção” com todos os intervenientes.
João Ataíde aproveitou para sublinhar que a Figueira da Foz é um dos poucos municípios do país com Plano Municipal de Segurança. Entretanto, adiantou o autarca socialista, as reuniões da CMPC vão ser retomadas.
Abro o segundo parênteses para tranquilizar o senhor presidente Ataíde. 
Por mim não haverá problema: nasci no tempo da escassez, sou um “baby boomer”. 
Para quem não sabe, eu explico: nasci poucos anos a seguir à segunda Grande Guerra Mundial.

A terminar: recorde-se que os vereadores PSD  abordaram o assunto na sequência do naufrágio do arrastão “Olívia Ribau”, no dia 4 de outubro último, com cinco pescadores mortos.
“Quando se levantou aqui a questão, foi pela estranheza de um órgão como este estar tanto tempo sem se reunir. Nunca houve a intenção de apontar uma quebra grave da protecção civil”, esclareceu  o vereador do PSD João Armando Gonçalves.
Será que este filme vai terminar aqui?

Senhores autarcas figueirenses e covagalenses: queremos um país que dê a todos os jovens uma educação de qualidade, a oportunidade para se qualificarem para serem cidadãos conscientes, activos, participativos, inovadores? Tenham paciência, mas V. Exas. estiveram mal, pois esse objectivo passa por isto...

Diário de Coimbra
"Crianças da Cova-Gala concluíram ontem o “projecto” de Pedro Cruz, ao plantar 1026 pinheiros comprados com a verba angariada na “exposição”.
A mata junto ao parque de Orbitur na Cova-Gala “cobriu-se” ontem de alegria com mais de uma centena de crianças da escola básica da Cova-Gala, a colaborarem no projecto “Alerta Costeiro”, do fotojornalista Pedro Agostinho Cruz. Sensibilizados pelos professores, que inseriram a iniciativa no programa “Eco-Escolas”, os mais pequenos “adoptaram” os pinheirinhos e prometem tratar deles nos próximos anos. O director do Agrupamento de Escolas da Zona Urbana Adelino Matos, explicou que os docentes «vão criar áreas específicas da escola (diferenciada da dos adultos) para as pessoas perceberem que as crianças estimam mais a natureza e vão tratar dos pinheiros»."

As Beiras

"O “alerta” foi dado por Pedro Agostinho Cruz, através da sua exposição em formato de jornal, em junho deste ano. A fase final do projecto “Alerta Costeiro 14/15” decorreu ontem, no pinhal da Cova Gala, e reuniu mais de uma centena de crianças, entre outros. No total, foram plantados 1026 pinheiros mansos. “O objectivo foi sensibilizar os mais novos para a questão da erosão costeira e o avanço do mar. Acho que a mensagem passou”, disse o fotojornalista Pedro Agostinho Cruz. O projecto está, agora, nas mãos de quem se quiser associar. “Não posso dizer que tem um fim. Os pinheiros terão acompanhamento, garantindo uma maior taxa possível de sucesso”, acrescentou o fotojornalista. “Espero é que haja outras pessoas com responsabilidade a fazer algo por isto. Obviamente que devia ser feito há mais tempo, peca por tardio”, sustentou. Pedro Agostinho Cruz enalteceu o apoio da editora Palmier Books e do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, que através dos seus técnicos e engenheiros preparam o terreno para a plantação. Entretanto, o Agrupamento de Escolas da Zona Urbana da Figueira da Foz (AEZUFF) que se fez representar pelos alunos da Escola da Cova Gala, integrou o “ Alerta Costeiro 14/15” no programa Eco Escolas. O AEZUFF irá também acompanhar o crescimento dos pinheiros.
Recorde-se que o projecto de Pedro Agostinho Cruz esteve marcado para ser apresentado, em fevereiro do corrente ano, no Mercado Municipal de São Pedro. No entanto, o presidente da junta, António Salgueiro, não quis que uma das fotografias integrasse a exposição. O fotojornalista não baixou os braços e deu o “alerta” em formato de jornal. Pedro Agostinho Cruz transmitiu ontem que os convites para a acção de reflorestação foram feitos. “As pessoas foram convidadas por escrito. Não acho estranho, não estarem cá. Para mim é mais estranho nunca terem feito nada”, disse o fotojornalista, sustentando que “houve um choque de ideias em prol da freguesia de São Pedro”. 
“Tudo o que existe é um acto de cidadania. Se as pessoas não tiveram cá é porque não quiseram”, rematou." 

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

ALERTA COSTEIRO 14/15: MISSÃO COMPRIDA E CUMPRIDA. PARABÉNS PEDRO CRUZ E QUEM TE APOIOU...

Foto António Agostinho. Mais fotos aqui.
Os 500 jornais impressos foram vendidos e juntaram-se outros apoios monetários que permitem a plantação de 1.000 pinheiros mansos junto à praia da Orbitur, uma cerimónia simbólica que aconteceu hoje de manhã, no Dia da Floresta Autóctone.
Os pinheiros foram plantados por cerca de 110 crianças da Escola da Gala (Agrupamento de Escola da Zona Urbana da Figueira da Foz) que irão prestar, no âmbito do projecto eco-escolas, um acompanhamento directo assegurando o crescimento dos pinheiros.
“A mensagem da sensibilização para a importância dos problemas da erosão costeira passou. O que estamos aqui a fazer é um acto de cidadania que só perca por tardia”, disse Pedro Cruz.
Sobre a ausência de representantes da autarquia e Junta de Freguesia de S. Pedro, “foram todos convidados, mas não acho estranho que cá não estejam. Estranho é nunca terem feito algo neste sentido. Nem na preparação dos terrenos aqui vieram, nunca os vi cá. Houve um choque de ideias, mas mais importante do que eu, é a causa que aqui abraçamos, que é bem maior do que outras questões", considerou Pedro Cruz.

Pedro Cruz tem já em mente outro projecto direccionado para a comunidade, onde deixa mais um alerta para uma situação triste recentemente vivida.

É hoje

"O que sabe o Senhor Presidente da Câmara sobre a Protecção Civil Municipal?", pergunta o PSD/Figueira da Foz em comunicado

"Como é do conhecimento público, a Comissão Municipal de Protecção Civil, é uma estrutura que, entre outras competências, tem a responsabilidade de assegurar o funcionamento e coordenação de todos os organismos municipais que intervêm nesta área. Nos termos legais a sua presidência está acometida ao Sr. Presidente da Câmara Municipal.
Sucede que, em reunião de Câmara o Sr. Presidente respondendo ao Vereador do PSD Miguel Almeida, informou que “a última reunião do Conselho Municipal de Protecção Civil se tinha realizado há 2 anos” justificando-se que tal só sucedia “porque estava à espera (há 2 anos!!!) da elaboração do Plano Municipal de Emergência”. Perante tal afirmação pública questionou a Deputada Municipal do PSD, Ana Oliveira, os serviços competentes sobre esta temática tendo obtido a resposta, “a última reunião da Comissão Municipal de Protecção Civil tinha ocorrido em Novembro de 2011” ou seja há 4 anos!!! e não 2 como o Sr. Presidente afirmara.
Das duas uma: ou mentiu descaradamente numa reunião de Câmara, o que é lamentável e grave ou, desconhece completamente o funcionamento da CMPC, demonstrando um desinteresse e um alheamento pela segurança municipal, o que é gravíssimo. Ao invés de utilizar o infeliz acidente ocorrido no nosso concelho para vir proferir palavras sobre matéria que não domina e, pior, que não lhe dá a devida importância, seria bem preferível que se tivesse remetido ao silêncio.
A Comissão Politica de Secção do PSD da Figueira da Foz manifesta a sua profunda preocupação pela postura do Sr. Presidente da Câmara Municipal, responsável máximo pela Protecção Civil no concelho. Não é aceitável que alguém que se encontra à frente dos destinos do concelho há seis anos, desconheça em absoluto os meios e a forma de resolver situações de emergência que possam ocorrer, não tenha ainda aprovado um plano de emergência, e como se tudo isto já não fosse bastante, prima pela ausência de reuniões de um órgão a que preside, e no qual deveriam ser abordadas matérias cruciais no domínio da prevenção e da segurança.
Apela-se assim, que o Sr. Presidente se retracte em reunião de Câmara (Aberta ao público), na Assembleia Municipal e perante os Figueirenses, repondo a verdade e preocupando-se efectivamente com a Protecção Civil Municipal que deveria ser uma das prioridades do seu cargo, sendo certo que se tal não suceder será devidamente e em sede própria responsabilizado."

Via PSD/Figueira

domingo, 22 de novembro de 2015

ALERTA COSTEIRO: uma história que pode muito bem resumir-se numa história para crianças

Vivemos numa Aldeia difícil. A primeira coisa, porém, é nunca desesperar. 
Há profetas que se consideram imprescindíveis. Mas, de imprescindíveis, como sabemos, estão os cemitérios cheios.
As Aldeias são resistentes: não morrem assim tão facilmente.
É  verdade que vivemos numa época trágica. Contudo, nunca podemos confundir o trágico com o desespero. 
"O trágico", tem de ser encarado positivamente: tem ser uma espécie de pontapé dado na falta de visão
Este pensamento, sempre conduziu a minha vida e tem sido saudável e positiva a sua  aplicação no meu dia a dia. 
E há muitas coisas, na Aldeia, que merecem esse pontapé.
Não há vida sem diálogo. Todavia, o diálogo é uma coisa; a  polémica é outra
O diálogo, porém, só é possível com quem o cultiva com civilidade e elevação. 
Nunca, com quem prefere a difamação e o insulto. 
Nunca, com quem considera que quem pensa diferente não é opositor, mas inimigo: isso, é uma simplificação perigosa. 
Aqueles que preferem a calúnia e o insulto, têm de ser contrariados com civismo, determinação e sensibilidade.
Aqueles que ficam quase cegos por obra e graça do seu radicalismo (quem não é por mim é contra mim), e deixaram de  viver entre os homens, mas num mundo de sombras, temos de responder com inteligência.
Foi isto que senti, depois de ler a carta a uma criança - que pode ser a filha que o PEDRO AGOSTINHO CRUZ um dia pensa vir a ter - que passo a transcrever na íntegra:

Maria do Mar:
Esta é a primeira carta que te escrevo e ainda não existes…
Vou contar-te uma história triste, mas com um final feliz – ALERTA COSTEIRO 14/15.
Quando o pai, aos 25 anos, decidiu espreitar pela janela e lembrou-se de registar aquilo que o preocupava, o avanço do mar e a erosão costeira em São Pedro, na Cova-Gala, local onde poderás, quem sabe, um dia viver, estava longe de imaginar o episódio político que os que mandam por cá criaram e alimentaram…
Na altura uma colega do pai “apelidou-o” de “fotógrafo inconveniente”, mas calma, tudo isto porque o pai pratica o seu trabalho de uma forma transparente, independente e fala sem rodeios das coisas que são para falar baixinho, ou ao ouvido, ou simplesmente não se deve falar, percebeste?! 
A exposição foi inicialmente cancelada! Não aceitei retirar uma fotografia que fazia parte da história. Que ideia mais parva retirar uma página do teu livro de histórias, por exemplo, não era?
Mais tarde, criei com uns amigos a exposição em formato jornal, foi apresentada no dia mundial do Oceanos, dia 8 de Junho. O jornal foi distribuído gratuitamente e conseguimos arranjar dinheiro para plantar 1000 pinheiros mansos no pinhal da Cova-Gala. Fixe, não achas?
Amanhã, dia 23 de Novembro, dia da Floresta Autóctone, vamos finalmente plantar os pinheiros mansos. Vai ser divertido, vamos praticar uma boa acção. Como vês, por vezes, temos que saber lidar com aqueles que não percebem que o mundo é muito maior do que as suas preocupações pequeninas e os seus egos… eles andam por aí, mas não plantam nada, sabes? Só querem cortar raízes, esquecendo-se de que somos todos, tu também, sementes. 
Esta é a maneira mais simples que encontrei para te contar esta história ALERTA COSTEIRO 14/15
Olha Maria, espero que nunca tenhas medo de olhar pela janela, mas se algum dia tiveres medo, pensa que o mundo que vês lá fora ainda pode ser ainda mais perigoso, triste e complicado do que aquele que avistas… e ainda assim vale a pena, vale a pena lutar para que seja melhor.