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Tem apenas o natural grau de exigência de um homem exigente, que gosta de uma moral que não é moralista, uma moral prática que ele desejava ver corporizada numa classe de jornalistas independentes e comprometidos (aqueles que “tomam partido”, sem se tornarem “partidários”).
Na década de 80 do século passado, enquanto chefe de redacção do jornal Barca Nova, um jornal figueirense de esquerda daquela época, apontei uma utopia que foi o caminho para um jornalismo local emancipado do poder do dinheiro e que assumisse a sua vocação de farol cívico.
Com o fim do jornal, numa altura em que por necessidade da minha sobrevivência económica - já era pai de uma miúda - vi-me obrigado a investir numa carreira alternativa.
A carreira de jornalista ficou para trás, porque, no meu entender, a intransigência ética é um bem precioso num jornalista.
E a Figueira não se compadecia, na altura, nem actualmente, com princípios éticos na informação.