Já gostei muito do mês de Junho na Figueira.
Isso aconteceu no
tempo em que o mês de Junho, na Figueira, tinha noites quentes e os cheiros das
flores do Jardim Municipal.
Na Figueira, era no mês de Junho que se começava a sentir no ar a animação da cidade e a aproximação da “época alta”, que se prolongava por Julho, Agosto e iria terminar em
Setembro com o Festival de Cinema.
Isso era no tempo em que o mês de Junho, na Figueira, tinha
noites quentes e os cheiros das flores do Jardim Municipal.
Na Figueira, no mês de Junho
começava a sentir-se a animação e todos queríamos ser felizes e sentíamos que podíamos conseguir
ir perto disso.
Hoje, na Figueira, Junho
já não tem noites quentes e até os cheiros das flores do Jardim Municipal - que no
mês de Junho se começavam a sentir no
ar, como pequenos vestígios da beleza à
nossa passagem por um espaço bonito e nobre como era então o Jardim da
Figueira - já não são os mesmos.
Hoje, na Figueira, no Jardim já nem um dos mais
bonitos coretos que conheci existe!
Hoje, na Figueira, sobrou Junho, o primeiro mês da desilusão e da nostalgia do tempo em que
o mês de Junho, na Figueira, tinha noites quentes e os cheiros das flores do
Jardim Municipal.
Na Figueira, Junho era então o mês em que se começava a sentir no ar a animação da cidade e a chegada da “época alta”, que se prolongava por Julho, Agosto e iria terminar
em Setembro com o Festival de Cinema…
Agora, na Figueira, apesar do que nos querem vender, vivemos uma farsa e não sobrará mais que as memórias, vividas e compreendidas por alguns, mas ao alcance de poucos.
Estamos em Junho de 2015, as noites frias tropeçam nos dias e enchem a cidade de petulância, vaidade, presunção e ignorância.
Estamos em Junho de 2015, as noites frias tropeçam nos dias e enchem a cidade de petulância, vaidade, presunção e ignorância.