quinta-feira, 4 de junho de 2015

João Portugal, deputado do PS, foi a Évora…

“Hoje, vim visitar uma pessoa que considero muito e admiro. Vive hoje um momento difícil da vida, as acredito que o vai ultrapassar rapidamente. Além de um abraço de solidariedade, vim também dizer que acredito na sua inocência. Independentemente do caso ou da pessoa em causa, ninguém deve estar sujeito a um sofrimento de 6 meses de detenção sem saber do que está acusado. Em 2005 fui eleito deputado na primeira maioria de José Sócrates, sendo o seu parlamentar mais jovem. Hoje, como em 2005, quero afirmar que o admiro e anseio que volte rapidamente à política activa, depois de esclarecer todo este equívoco.” - João Portugal, no facebook.
Nada tenho a ver com as visitas que João Portugal faz, ou não faz, aos amigos. 
Porém, como foi João Portugal, deputado do PS, que com uma escrita de uma transparência enganadora e um enredo que não dá tréguas ao leitor, tornou publica a visita que fez ao seu Amigo José Sócrates, apenas tenho a comentar publicamente isto: a solidariedade é uma reacção espontânea e discreta. Seis meses é muito tempo… 
Os políticos não são pessoas simples, porque todos querem a cadeira do poder. Para os políticos, que não são pessoas simples, a amizade é o vento de feição. Navegar à bolina, não é com eles…

Em tempo
Como político, João Portugal irrita-me. 
Porém, não é assim uma irritação lá muito grande. 
Como pessoa até nem deve ser dos piores. 
Bem vistas as coisa, até deve ser um gajo fixe.

quarta-feira, 3 de junho de 2015

"Cada vez que oiço um discurso político ou que leio os que nos dirigem, há anos que me sinto apavorado por não ouvir nada que emita um som humano..." *

Em nome da competitividade e do investimento e da criação de emprego. A juntar à baixa da taxa de IRC. E a nunca esquecida baixa da TSU, para o empregador, em standby. Podia ter acrescentado, mas não. Decerto por esquecimento. Para já "a ideia" do executivo é proteger as empresas. Até 2018. Porque "o roaming com turistas gera uma receita anual de 100 milhões de euros". A repartir no final do ano pelos accionistas. Depois de pagos os salários milionários aos CEO e sortido rico de administradores. Para quem se governa.

* Albert Camus, in Cadernos, "Caderno n.º 1 (Maio de 1935/Setembro de 1937) - Edição Livros do Brasil 

daqui

Era para começar amanhã...

Hoje, no DIÁRIO AS BEIRAS, Carlos Baptista, presidente da Associação da Malta do Viso, esclarece as razões que levaram ao cancelamento do evento.
Tudo deverá ter começado com o desaparecimento de uma ferramenta eléctrica e um  tampo de mesa. 
Estes dois episódios originaram um clima de desconfiança. Segundo Carlos Baptista, o gestor terá levantado suspeitas sobre um sócio da Malta do Viso que também tinha a chave do espaço.
“Miguel Amaral disse que metia tudo na rua”“Tudo”, implicava, também, a Malta do Viso, que tinha a sede no Coliseu. Carlos Baptista afiança que não contou nada aos restantes membros da direcção, “para não incendiar os ânimos”, a cerca de uma semana da festa da sardinha. 
Entretanto, abriu um e-mail enviado por Miguel Amaral com o regulamento para a utilização da praça de touros pela Malta do Viso, que a associação considerou hostil. Esta foi a gota que fez transbordar o copo. 
Na sequência do e-mail, assevera Baptista, “a decisão de cancelar a Festa da Sardinha foi tomada por unanimidade”
E não havia margem para tréguas, evitando, deste modo, cancelar a festa? - pergunta o jornalista.
“Não admitimos que nos queiram pôr a pata em cima. É uma questão de dignidade e verticalidade. Não havia condições para ultrapassar o ambiente que se criou”, respondeu o dirigente da Malta da Viso, afirmando que Miguel Amaral foi a primeira pessoa a ter conhecimento da decisão. 
Os prejuízos ascendem a 1.500 euros. Mas nem tudo está perdido, porque a quermesse deverá realizar-se na Feira das Freguesias, com as receitas a reverterem para instituições sociais do concelho. Entretanto, a Malta do Viso já se retirou do coliseu e, este ano, o seu tradicional convívio de 15 de agosto será realizado “num local a anunciar oportunamente”.
Miguel Amaral, abordado pelo DIÁRIO AS BEIRAS disse que “o coliseu não tem mais nada a dizer”, remetendo para o comunicado da administração do Coliseu Figueirense:“foi com grande surpresa que tomou conhecimento da decisão da Associação Malta do Viso, a quatro dias do início da Festa da Sardinha, através de informação por esta dirigida à comunicação social”Sem pormenorizar, informa ainda que “é exactamente devido ao bom relacionamento que sempre foi mantido” entre as duas partes que “tem sido possível assegurar a continuidade da realização desse grande evento figueirense, não obstante o facto de surgirem algumas tentativas, vindas do exterior, de quebrar a tradição”A terminar,  lamentou “profundamente” a decisão, “face ao grave prejuízo que tal medida provoca na cidade e na região”, e disponibiliza o espaço para o regresso do evento.

Blatter abdicou, resignou, retirou-se, demitiu-se, vai-se embora...

imagem sacada daqui

X&Q, nº1240


Antes da apresentação do novo formato de ALERTA COSTEIRO 14/15…

O Pedro fotografou o que viu. 
A sua arte é filha da memória…
ALERTA COSTEIRO 14/15, "é um trabalho informativo, foto documental, que retrata a realidade costeira, na Freguesia de São Pedro, dos últimos dois anos" (...)

Continuam os negócios da china...

"O Novo Banco deverá ficar em mãos chinesas".

terça-feira, 2 de junho de 2015

Isto anda tudo tão viciado...

Conceição Baptista foi a inspectora, nomeada pela Inspecção Geral de Finanças (IGF), para avaliar a investigação à lista VIP. Sabe-se agora que foi adjunta do secretário de Estado da Administração Pública, José Leite Martins, tendo ilibado Paulo Núncio.

A tarefa de investigar a lista VIP coube a Conceição Baptista, inspectora-chefe das Finanças. Veio a concluir-se que a lista existiu. Do relatório produzido e datado de 19 de maio, a lista foi considerada “não fundamentada, arbitrária e discriminatória” e que o secretário de Estado Paulo Núncio, não saberia da sua existência. Conflito de interesses
Sabe-se agora que a inspetora das Finanças foi, até novembro passado, adjunta do secretário de Estado da Administração Pública, José Leite Martins, que por si só, criaria um potencial conflito de interesses, levando a que ficasse impedida de conduzir uma investigação ao Governo, avança o jornal Público.

“Existe conflito de interesses sempre que os trabalhadores tenham ou possam vir a ter interesses privados ou pessoais em determinada matéria que possa influenciar directa ou indirectamente, ou aparente influenciar, o desempenho imparcial e objectivo das respectivas funções”, pode ler-se no Código de Ética da IGF, citado pelo mesmo jornal.
Inspectora assinou declaração de incompatibilidades
O mesmo código estabelece um período de três anos, de separação entre a atividade do IGF e outras entidades para as quais os seus trabalhadores tenham prestado serviços.

Contudo, e segundo avança o jornal Público, Conceição Baptista assinou uma “Declaração de inexistência de incompatibilidades e impedimentos”. Por sua vez, o Ministério das Finanças diz que não há conflito no facto da inspetora das finanças ter sido encarregada de avaliar as responsabilidades funcionais de um organismo tutelado pelo mesmo ministério do qual fez parte.
Ministério diz que não há conflito de interesses
Em resposta às questões enviadas pelo Público, o Ministério das Finanças disse que “a inquiridora não se considera impedida, nem integra qualquer situação de conflito”, acrescentando que o secretário de Estado Leite Martins, que Conceição Baptista assessorou, “não tutela a Autoridade Aduaneira, não tem competência sobre a matéria objecto de inquérito, nem sobre a IGF.

Na Aldeia do respeitinho…

Há semanas que é assim: está uma tarde com um sol maravilhoso.
Porém, consigo pressintir nuvens carregadas de negrume, que influenciam e condicionam as atitudes dos figueirenses.
Ainda estamos na primavera. Espero que o que vem aí não dê lugar à tristeza.
Numa esplanada, frente ao mar do Cabedelo, deleito-me com uma litradra e meia de água que vou bebendo em pequenos goles. 
Tempo é o que não falta. Pouso o copo na mesa e estendo o olhar e o pensamento pela praia a sul do estuário do Mondego, em direcção às dunas a sul do quinto molhe.
Lá longe, entre o Largo da praia da Cova e a Costa de Lavos, recordo a erosão e os alertas que foram feitos ao longo dos anos.
Olho com mais atenção e dou comigo a pensar que a esperança pode ser uma borboleta com asas.
Sinto no ar a correr uma ténue aragem da esperança. 
Os longos ciclos, nunca iludem as necessidades e as expectativas do homem da Aldeia que gosta de viver o seu e no seu tempo concreto. 
Temos para viver a ilusão ou a desilusão. A revolta ou o acomodamento. Nós, só temos de escolher.
Evidentemente, os que têm estofo para conseguir escolher...

Numa cidade com uma praia de paisagens bucólicas e pastoris, só se consegue ser vereador com um sentido de humor e um coração maior que o mundo…

Em tempo.

1. Como sabemos, quase todos os políticos têm menos sentido de humor e um coração mais pequeno que uma lentilha.
Uma lentilha, para quem não sabe, é uma planta cuja semente, do mesmo nome, é comestível. 
Dá para fazer sopa, salada, puré e mais outras coisas. 
É um bom substituto do feijão e do grão. 
A lentilha - convém ter presente - é importante porque é rica em proteínas, vitaminas, minerais e fibras e traz benefícios ao organismo que vão para além de uma dose suplementar de sorte.
Não é que a lentilha tenha  sentido de humor ou coração…

2. Para ler a crónica hoje publicada pelo vereador António Tavares no DIÁRIO AS BEIRAS, basta clicar em cima da imagem.

Coisas que eu gosto de valorizar: a Liberdade, a responsabilidade e a dignidade

A vida, pelo menos no meu entendimento, é feita de opções.
Foi isso a minha vida: bem cedo, fiz as minhas opções.
Desde os meus 20 anos que coloquei acima de muitas coisas o prazer de ser livre e viver com dignidade.
Foi com essa idade que tive a felicidade de presenciar a libertação do meu país. Foi com essa idade que decidi que, a mim, ninguém mais fecharia “as portas que Abril abriu”.
Ser, em 2015, menos jovem é o que de mais importante me poderia ter acontecido, pois isso permitiu-me viver o 25 de Abril de 1974, que trouxe algo de verdadeiramente novo para a vida dos portugueses.

A Liberdade, nessa altura, estava a chegar por aqui e,  eu, então um  jovem de 20 anos e  perante a grandeza  do momento, também cresci.  Aliás, não tinha alternativa: poucos dias depois, a 6 de Junho desse mesmo ano de 1974 morreu o meu Pai e eu vivi um momento marcante, por ter sido o mais amargo da minha existência até ao momento.
Só o futuro, porém, me  ajudou  a entender a verdadeira amplitude desse “dia inteiro e limpo”

Nesse dia, fui trabalhar - nessa altura era empregado de escritório numa empresa de pesca – mas estive sempre com o ouvido no RCP,  a escutar a voz grave e única de Luís Filipe Costa,  que começava sempre os comunicados do MFA desta forma: “Aqui posto de comando das Forças Armadas”.
Desse dia 25 de Abril de 1974 no trabalho, recordo  o alvoroço, o regozinho e o entusiasmo pela nova era de alguns colegas, quase todos felizmente ainda vivos. 
Lembro, sobretudo,  a expectativa de um futuro  livre, sem palavras proibidas – nesse momento, a mudança anunciava-se incontida.

Portugal, nessa altura, era uma sociedade a preto e branco, como um livro de colorir - a preto e branco, como todos os livros de colorir.
Portugal, nessa altura, apresentava-se apenas com contornos desenhados à espera de ser colorido, como todos os livros de colorir.
Foi isso que eu entendi logo em 25 de Abril de 1974. E foi por isso, que decidi, que era importante, tentar colorir a minha parte.
Como nunca tive muito dinheiro, só consegui comprar um simples lápis de cor – verde, que é a cor da esperança.

Mas, as cores são muitas e outros com outros meios e outros poderes, têm colorido o meu país de rosa e de laranja -  e no meu País voltou a haver iniciativas condicionadas.
Como a minha vida sempre foi feita de opções, eu continuo a preferir palavras bonitas como liberdade e igualdade, a palavras feias como censura.
Abril (embora já distante - 41 anos depois daquele Abril de 74), Sempre!

6 praias figueirenses têm água com qualidade "Ouro"

foto António Agostinho
A Quercus – AssociaçãoNacional de Conservação da Natureza, volta a identificar em 2015 as águas balneares em Portugal classificadas como tendo qualidade “Ouro”, com cinco anos de análises “excelentes”
São 314 praias que este ano reúnem esses requisitos em Portugal, menos 41 que no ano anterior.  
A Figueira da Foz contabiliza seis praias: Costa de Lavos, Cova-Gala, Figueira da Foz, Leirosa, Quiaios e Tamargueira
Esta avaliação efectuada pela Quercus é mais limitada em comparação com os múltiplos critérios para atribuição da Bandeira Azul, ao basear-se apenas na qualidade da água das praias – apesar de ser mais exigente neste aspecto em específico – para além de incluir todas as águas balneares, não envolvendo qualquer processo de candidatura.

Isto é apenas uma das cenas do filme da manipulação dos números...

"IEFP anula desempregados não subsidiados sem aviso prévio".

segunda-feira, 1 de junho de 2015

FANTÁSTICO!..

* "De 15 em 15 chamadas oferecemos um exemplar do livro. Custo de chamada 0,60€+IVA. Ao participar aceita as condições do regulamento" 

Em tempo
Fernando Pessoa: "I know not what tomorrow will bring… " ("Não sei o que o amanhã trará").

Cabecinha pensadora!..

"Taxa dos sacos de plástico leva a despedimentos e menos facturação. 
Não há menos plástico no lixo, nem o Governo arrecadou as receitas pretendidas. 
Mas, há indústrias em dificuldades e uma nova fonte de receitas na Grande Distribuição..."

Em tempo.
A isto chama-se  inteligência, neste caso, política, colocada ao serviço da Pátria e da economia, via taxas e taxinhas…

Crianças...

Os adultos deviam ter brincado no momento certo e no local próprio: quando eram crianças
Brincar,  é a melhor coisa que as crianças podem fazer.
Brincar às eleições, que é o que os adultos têm andado a fazer nos últimos 30 e tal anos, tal como o tabaco, tem prejudicado gravemente a saúde dos portugueses, em geral, e a minha, em particular.
Infelizmente, porém, com muita pena minha e sorte para os políticos do "arco do poder",  as crianças não podem votar…
Num ambiente beato,  onde a religião é uma âncora fundamental e a visão do pecado uma pesada herança do Estado Novo, ao contrário dos adultos, há crianças em Portugal que sabem distinguir o básico: a diferença entre o bem e o mal.

Em tempo.
1 de Junho, continua a ser  o dia da criança.
Nesta data, tenho sempre o mesmo problema: nunca  sei o que hei-de oferecer à minha personalidade.

aF245


A pesca da sardinha está reduzida a mínimos históricos…

Neste momento, a sardinha é o assunto que está na ordem do dia na Figueira.
Como divulgámos neste espaço na madrugada do passado domingo, a Associação Malta do Viso e a gestão do Coliseu Figueirense não se entenderam e a 29.ª edição do certame não se vai realizar.
A Câmara ainda tentou mediar o consenso para evitar o cancelamento do evento. Porém, como tal não foi possível, a 29.ª Festa da Sardinha, que se deveria realizar entre 4 e 6 de Junho (nesta semana, entre quinta-feira a sábado), pelo menos no Coliseu, não se realiza em 2015.
Mas, a sardinha, na Figueira e no País, neste mês de junho que começa,  está na ordem do dia por outras e mais gravosas razões.
Segundo o jornal Público, “Portugal consome 13 sardinhas por segundo em junho”, o mês dos Santos Populares: Santo António, São João e São Pedro.
“Parece um número astronómico, mas na verdade nunca foi tão baixo. A sardinha desapareceu da costa portuguesa e os cientistas esforçam-se para explicar porquê.”
O jornalista Ricardo Garcia assina uma oportuna reportagem sobre os graves problemas que Portugal enfrenta na gestão e conservação dos stocks de sardinha. Fica um cheirinho.
 “Trabalhos mais recentes apontam outros factores. Um estudo de 2013, de investigadores do IPMA e da Universidade da Califórnia, sugere uma relação entre o declínio da sardinha e a abundância da cavala na costa portuguesa. Parte da explicação é ambiental e está relacionada com o aumento da temperatura do mar nas últimas décadas. Águas mais quentes não são boas para a reprodução da sardinha. Mas são mais atraentes para a cavala, uma espécie subtropical que está em expansão para norte.
Também há razões biológicas. As larvas e juvenis de ambas as espécies competem pelo zooplâncton, o seu alimento. E ambas predam-se mutuamente, com vantagem para a cavala, que, além dos ovos, alimenta-se também de juvenis de sardinhas. Outro detalhe: a sardinha tem comportamentos canibalísticos e come os seus próprios ovos no Inverno, quando há menos alimento disponível.
A pesca é o factor humano a pesar sobre essas flutuações naturais. Em momentos de baixo sucesso reprodutivo, capturas elevadas podem ser desastrosas. E foi isso o que aconteceu recentemente.”
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