terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Marques, mentes?

JOANA AMARAL DIAS 
Professora universitária
O Dr. Marques Mendes tem muito azar.

"Onde está uma empresa duvidosa, ele está. São vistos gold, imobiliárias, acções. Às vezes não se lembra muito bem de ter colaborado. Noutras ocasiões, explica que esteve mas pouco. Também já aconteceu ganhar milhões mas não saber como. A sua vida está cheia de mal- -entendidos, águas passadas. Trivialidades para um comum mortal. Pelo meio, só se pode concluir que há muitas sociedades recheadas de sócios importantes mas sem actividade ou muitos sócios importantes que se deixam associar porque acham que as sociedades estão inactivas e, embora possam gerir a coisa pública, disso de sociedades não percebem nada.

Isto é pessoal? Não, é político. O sistema está cheio de marqueses mentes, alimenta e alimenta--se deles, da casta que circula no triângulo das Bermudas que eclipsa o nosso dinheiro – governo, negócios e comunicação social (para defender os dois anteriores). Não, não é pessoal. É mais ou menos como o título do livro do próprio ex-ministro: É o estado em que estamos."

Natal...

"Quero lá saber que os tugas sejam muito generosos e solidários, sempre dispostos a contribuir em peditórios que enchem os bolsos dos merceeiros do Continente e do Pingo Doce.
Quero lá saber que os tugas adorem aliviar a consciência, brincando à caridadezinha. 
Qual é a importância desse gesto se depois reagem violentamente contra aqueles que fazem greves para defender o seu ganha pão (e às vezes os interesses  do país) e não terem de viver do subsídio de desemprego ( quando há...) nem da caridade dos outros?"

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Esta noite das 21 às 22 horas...

«Venha quem Vier», com António Agostinho, no FMR.
Esta noite, das 21 às 22h00, «Venha quem Vier» vamos até à «Outra Margem», com o blogger António Agostinho, com paragens obrigatórias nas memórias do Barca Nova, do PREC, da luta dos trabalhadores da Fontela e da erosão nas praias do sul do Concelho. 
Faz-nos companhia?
(Andreia Gouveia)

Recordando a mania das grandezas da elite local...

primeira página do jornal 
barca nova de 26 de de Junho de 1981 
A meu ver, para a elite local que ascendeu ao poder depois da implantação da democracia, que continua a gostar de tudo converter em negócio, a edificação de grandes obras representou sempre uma manifestação de megalomania.
Como a memória é curta, recordo que o ódio contra as monarquias se construiu, também, com este tipo de argumentos...
Se conhecermos, minimamente, a tradição local edificadora dos que acreditam numa dimensão superior da governação, a edificação desses projectos megalómonos não tinha por objectivo servir os figueirenses.
Recordo os ainda pouco distantes e “saudosos tempos de Aguiar de Carvalho e de Santana Lopes, dos objectivos grandiosos de um magnífico aeroporto, de um moderníssimo comboio TGV em monocarril a ligar Figueira a Fátima ou de um grandioso estádio para o europeu de futebol de 2004...” 
Confesso que foi o que agora senti com a apresentação do projecto para o reordenamento do areal urbano da Figueira da Foz e Buarcos, apresentado pelo arquitecto Ricardo Vieira de Melo, vencedor do concurso de ideias para esta zona de praia, lançado pela autarquia em 2011, nas palavras do presidente João Ataíde, “um ponto de partida para a municipalização desta zona tutelada por várias entidades.” 
Quem é velho, e consegue manter a memória, sabe que isto não passa de conversa da treta, que, aliás, já vem de muito longe.

A talhe de foice, recordo uma célebre reunião de 18 de Junho de 1981 realizada no auditório do Museu Municipal, por iniciativa do executivo camarário de então, para debater o "Projecto da marginal oceânica".
Recordo que a noite estava bastante quente. Dentro das sala abafava-se. Mesmo assim, e a constatar o interesse que para os figueirenses sempre teve a urbanização daquele imenso areal (o areal tornou-se naquele monstro após a construção dos molhes que fixaram a barra), estiveram presentes mais de cem pessoas.
O Presidente da Câmara abriu a sessão. Depois de apresentar a mesa que ia dirigir os trabalhos (além dele, era formada pelo engº Muñoz de Oliveira, Director-Geral dos portos; eng. Nelson Gomes e arquitectos Alberto Pessoa e Mário Pereira da Silva), proferiu algumas palavras  introdutórias breves ao assunto que se ia debater.
O eng. Muñoz de Oliveira usou a seguir da palavra para fazer um resenha sobre a alteração das correntes marítimas na costa portuguesa e as respectivas transformações que daí advieram.
Os arquitectos Alberto Pessoa e Mário Pereira da Silva forneceram algumas informações sobre o projecto popularmente conhecido como de urbanização do areal da praia.
De forma sucinta recordo e realço os seguintes pontos.
Dos (então existentes) 680 metros do areal da praia, só poderiam ser aproveitados para este projecto 350; não se encontrava prevista a construção de nenhuma avenida no areal da praia, por não se verificarem condições de segurança para a sua protecção posterior à fúria do oceano. A única via a instalar no local ligaria a Ponte do Galante ao Forte de Santa Catarina, ficando paralela à Avenida 25 de Abril; no local seriam erguidas algumas construções: parque infantil, campos de jogos, zona comercial, piscinas, coreto, etc.. Ali, ficaria também instalado o Pavilhão de Congressos. Ainda segundo o que foi sublinhado na altura, o acesso  de peões a esta nova área urbanizada far-se-ia através de túneis subterrâneos, que seriam implantados na marginal.
A terminar, o dr. Joaquim de Sousa, presidente da Câmara na altura, referiu que este projecto poderia sofrer algumas alterações de pormenor.
Na ocasião foi dito pelo dr. Joaquim de Sousa que esta obra iria ser construída a longo do prazo.

Percebem agora o "Blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá... ou um caso clínico?.."
No fundo, na Figueira nada de novo acontece... 
A história, simplesmente, repete-se... 

Quem tem mais influência sobre o Conselho Geral da RTP?..

"Para Poiares Maduro é o Bloco de Esquerda"!.. 
As rasteiras que a vida nos passa!..
A figurinha que um ministro faz, por andar por aí, com a benevolência dos "jornalistas", a dizer baboseiras ao nível dos comentários nas caixas de comentários dos jornais online! 
E o mais verdinho deles, logo havia de ser o maduro!..

domingo, 21 de dezembro de 2014

Bom Natal

Encontramo-nos na época de usar e abusar do Natal.
Este, é o momento do ano em que o exercício da hipocrisia, ou do supérfluo consumismo, é usado e abusado.
Contudo, não podemos generalizar.
Ainda quero acreditar que existam pessoas preocupadas genuinamente com o seu semelhante - próximo ou distante.
Gostaria que este fosse o tempo para dar ânimo e conforto aos fracos e para dar visibilidade a minorias silenciadas e oprimidas.
Mas, sei que depois deste hiato, a partir de janeiro tudo vai continuar na mesma.
Até ao próximo Natal.
Não me movendo por nenhuma fé, ficam os votos de um Bom Natal.
Sobretudo, para o quem quiser viver ou desejar viver no próximo ano "DOZE NATAIS*".


LOURDES DOS ANJOS - IN NOBRE POVO - EDIÇÕES GAILIVRO

A luta na Soporcel


sábado, 20 de dezembro de 2014

O antigo DDT... ("O pior gestor do mundo, em Portugal continua a ser rei, no meio da podre política nacional")

"Na Comissão Parlamentar de Inquérito, Salgado só falou do que quis. 
Até porque ninguém lhe colocou questões incómodas."

Interessante e gostoso de ler...

"O PS e a esquerda" (II) por MANUEL LOFF.

 "Afinal, o Bloco Central é bom. Ou foi, e durante uma crise, precisamente: em 1983-85, o de Soares e Mota Pinto teria sido um exemplo de “capacidade de mobilização do país para vencer a crise” (António Costa, Expresso, 17/12/2014). 
Quinze dias depois da “viragem à esquerda”, o PS voltou a ler a história como sempre a leu. 
... aqueles que repetem que é por culpa do PCP e do BE que o milhão de portugueses que votam à esquerda do PS não contribuem para uma alternativa de governo cometem um erro central de análise histórica (e política) porque partem do princípio que o PS é um partido de esquerda conjunturalmente obrigado a governar à direita. 
Na verdade, o PS comportou-se sempre, nos últimos 40 anos, como uma força do campo social-liberal: com políticas económicas liberais, tomando o partido dos empregadores e do capital contra o trabalho, porque os julga os motores do desenvolvimento e os verdadeiros produtores da riqueza; social apenas quando o crescimento/acumulação da riqueza daqueles permita gastar um pouco com aqueles a que Passos chama “o mexilhão”. 
O PS não é um partido socialista como os outros. Ele é, em Portugal, o herdeiro histórico mais próximo do reformismo republicano. 
O seu coração bate mais depressa pelo 5 de Outubro do que pelo 25 de Abril."

Portugal, um país genial e sem igual!..

Capas de jornais de hoje....(os amigos do Povo têm sido os governantes!.. Que ricos meninos...)


O embargo a Cuba, decretado pelo presidente Eisenhower em fim de mandato, ficará para a história como uma manifestação de abuso de poder de um país sobre outro, em violação do direito internacional e de várias recomendações das Nações Unidas. Nada de que um país que se reclama da liberdade e da democracia se possa orgulhar.

"Cuba - Estados Unidos, um afastamento contra natura".

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

No Natal, o meu estado de espírito costuma ser como o do peru: passar tormentos (por se ter transformado num ritual que, duvido, a maioria dos católicos perceba...) III

"Notícias da quadra" ... "Desesperos"...
O Rato engole o Coelho, mas sem Caldas. É o desespero do CDS...

No Natal, o meu estado de espírito costuma ser como o do peru: passar tormentos (por se ter transformado num ritual que, duvido, a maioria dos católicos perceba...) II

"um postal de natal".

Que feliz que eu estou...

Estou a acompanhar, em directo, o debate na Assembleia da República.
Já não me sentia assim, tão feliz, há muito tempo.
E a razão é simples...
No parlamento, a ministra Maria Luís Albuquerque e os deputados da maioria que já usaram da palavra, estão a tratar-me como se eu fosse uma criança... 
Estamos alegremente, cantando e rindo, levados a caminho de uma miragem do que foi, um dia, um País!..

"Ora, agora que o processo foi arquivado, e após o ufa que deves ter soltado, e bebido o champanhe para este dia guardado no largo por onde tantas caldas de donativos passaram, enfim liberto, vê lá se te lembras dos teus votantes, dos portugueses, e finalmente soltas o teu grito de liberdade e te demites..."

"É agora Paulo Portas".

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Eu sei que é Natal...

"Cavaco recebe homens que devolveram envelope com dinheiro na Póvoa de Varzim"...

Recorde-se.
O município já atribuiu um voto de louvor aos três trabalhadores. O envelope continha um depósito no valor de 4.407 euros e foi encontrado quando os funcionários procediam à separação do papel. 

Recordar é viver... (II)

Recorde-se.
"Duas requisições civis marcaram os últimos quase 40 anos da TAP. 
Em 1977, os trabalhadores foram requisitados 15 dias, em 1997, um mês - o de agosto."
Continue a recordar-se.
"O diploma de 1997 dizia que todos os trabalhadores, incluindo os que estão no estrangeiro, estavam convocados para esta requisição civil, enquanto em julho de 1977, o Governo – liderado por Mário Soares – considerou que uma greve da TAP degradava “a sua imagem como companhia internacional, na fase de franca recuperação económica em que se encontra”.
Se o argumento na década de 70 foi a recuperação económica, em 1997, o verão – em pleno mês de agosto – e os emigrantes pesaram na decisão do Governo. Na resolução do Conselho de Ministros de então lê-se que a TAP representava “uma das principais modalidades utilizadas pelos emigrantes portugueses que aproveitam a época estival para estreitar os laços de solidariedade que unem as comunidades portuguesa”.
Vamos acabar com as recordações.
"portaria 643-A/97, que convocou a requisição civil de 1997 foi assinada por António Sousa Franco, então ministro das Finanças de um governo PS, que tinha como primeiro-ministro António Guterres...
Já a portaria n.º 475-A_77, foi assinada por Mário Soares, então primeiro-ministro..."
Em ambos os casos, quem não cumprisse a requisição estava obrigado às penalizações dos funcionários do Estado. Em 1997 essa lei chamava-se Estatuto Disciplinar dos Funcionários e Agentes da Administração Central, Regional e Local e em 1977 Estatuto Disciplinar dos Funcionários Civis do Estado.