Aristóteles, esse grande filósofo, ao ter dito, um dia, que o
homem é um animal político,
indicou-nos que a verdadeira natureza humana só se encontra na
cidade - na polis.
Podemos deduzir, portanto, que para o filósofo, aquele que vive fora
da cidade e sem dela depender ou é um deus, ou uma besta.
Eu,
porém, como homem da Aldeia, penso que a verdadeira natureza humana
está fora da cidade.
A polis,
a meu ver,
condiciona o homem ou, por outras palavras, a sociedade agrilhoa o
homem.
Na
Aldeia, durante 20 anos, o Estado foi a Junta de Freguesia.
Raros,
muito raros, eram aqueles que aqui viviam sem depender do Estado local.
Estamos
na hora de mudar.
Contudo, sabemos que não é fácil.
Somos animais de hábitos: estamos sempre à espera de ter a vida em ordem, para pôr alguma ordem na vida, esquecendo que é cumprindo os pequenos gestos que se vai restituindo o equilíbrio.
Contudo, sabemos que não é fácil.
Somos animais de hábitos: estamos sempre à espera de ter a vida em ordem, para pôr alguma ordem na vida, esquecendo que é cumprindo os pequenos gestos que se vai restituindo o equilíbrio.
A
natureza humana parece ser, para Santo Agostinho, produto da nossa
orientação para Deus criador.
Mas,
estaremos todos igualmente orientados para Deus?
Penso
que sim.
Apenas
os caminhos são percorridos com desvios próprios, intensidades e
tempos diferentes e percursos irrepetíveis - consoante a pessoa que
caminha.
Quer
dizer: a orientação existe; mas, a vontade de caminhar varia.
A
descoberta da natureza humana deverá ser uma descoberta pessoal,
própria do solitário caminho de cada um, para não perturbar o
entendimento de certas nuances que variam de pessoa para pessoa, como
ramos diferentes de um mesmo tronco.
Neste
momento, a meu ver, a partida para a descoberta de uma nova vida para
a Aldeia, passa pelo voto na CDU no próximo dia 19 de outubro do ano da graça de 2014.