terça-feira, 9 de setembro de 2014

Uma história figueirense: o outro lado do oásis... (II)

Na passada segunda-feira, dia 28 de julho, morreram muitos patos no Oásis da Praia da Figueira da Foz.
No dia seguinte, "fonte da autarquia figueirense contactou o Figueira Na Hora para esclarecer que o número de patos mortos ronda os 25 e não os cerca de 150 conforme avançado no local por populares e residentes nas imediações que foram acompanhando os trabalhos.
Quanto à causa da mortandade, a mesma fonte adiantou que só se irá pronunciar após conhecimento do resultado das autópsias que deverão acontecer amanhã."
Miguel Almeida, na reunião de câmara realizada ontem,  questionou o executivo acerca dos exames aos quais foram submetidos alguns dos patos que morreram no Oásis, conforme noticiado na comunicação social. O vereador da oposição procurou assim obter uma resposta conclusiva sobre a mortandade dos animais, dadas as várias versões e justificações que circularam sobre o acontecimento, estranhando a demora na divulgação dos resultados. 
Na ocasião, o presidente da Câmara e o vereador Carlos Monteiro esclareceram que ainda não há resultados das autópsias, mas que as análises feitas às águas do local não revelaram quaisquer substâncias ou valores que pudessem justificar a morte dos patos. 
Quando é que vai terminar o mistério da morte dos patos do oásis figueirense?

O comentário do dia...

Volto a utilizar apenas, e só, o espaço para lhe fornecer mais uma útil informação sobre as eleições intercalares da Aldeia/Vila. 
Como é sabido decorreu hoje pelas 14h no Tribunal da Comarca o sorteio das listas concorrentes ao acto de 19 de Outubro. 
Foram aceites 4 listas CDU, MRPP, PSD e PS. 
Após o escrutínio o Boletim de voto terá a seguinte composição: 
PS 
CDU 
MRPP 
PSD 
Seguir-se-à a verificação e legalidade dos respectivos candidatos e forças politicas para o processo ficar concluído. 
Em nota de rodapé duas observações a destacar... 
- a novidade da lista do MRPP, nunca concorreu á freguesia de S. Pedro. 
- o desaparecimento da coligação Somos Figueira. Evaporou-se mais depressa que o fumo. 

Não quero colocar "foice em seara alheia" fica para o amigo interpretar como entender. Os dados estão lançados, vai caber aos cidadãos de S. Pedro a melhor maneira de interpretar os beligerantes. 
Um Abraço 
Agostinho Cruz

Por ser verdade e para que conste...

Este, é um espaço de liberdade e reflexão, um espaço de debate aberto desde o seu primeiro dia – 25 de Abril de 2006.
O que, desde então, foi escrito, é público e está acessível.
Nunca me considerei o detentor da verdade, total e absoluta, seja ela qual for. 
Aos 60 anos, tenho mais dúvidas que certezas e mais perguntas que respostas.
É, sobretudo por isso que continuo por aqui.
Admito perfeitamente que muitos não gostem do mundo como o vejoque não gostem da minha visão ácida, mas alcalina...
Será ilegítimo fazer perguntas, só porque não se sabem as respostas?...
Será ilegítimo pensar que as coisas, concretas, não têm que ficar infinitamente na mesma?
Ou pensar que se algo está mal ou não funciona bem deve haver um culpado ou uma causa concreta e tangível?  
Carimbem-me como quiserem, mas carimbem-me por aquilo que escrevo não pelos clichés com que outros, mais ou menos ressabiados, seja por questões políticas,  ou reles dor de cotovelo, me pretendam atingir.
Já escrevi inúmeras vezes que não percebo nada desta política. Essa é a verdade.
Na minha vida tive dois desvios importantes: em 1985, quando a Aldeia ascendeu a freguesia, concorri numa lista independente e ganhei. Fiz parte, por isso, durante 4 anos do primeiro executivo de junta de freguesia de São Pedro. Com muita pena  e ao arrepio da minha vontade, sou bem capaz de ficar na história da Aldeia; em 2005, num acto eleitoral em que havia unanimidade na Aldeia em torno da lista do "regedor" (todos os partidos do sistema o apoiaram...), para não haver lista de partido único, concorri numa lista patrocinada pela CDU e fui eleito para a Assembleia de Freguesia.
Em quase 30 anos, estas foram as minhas únicas participações na política activa.
Não sei porquê, mas quando há eleições na Aldeia, muita gente acha que vou ser candidato.
É o que está acontecer, neste momento, em que está a decorrer a processo da eleição intercalar para a junta de freguesia de S. Pedro.
Ainda ontem na Figueira, uma jornalista conceituada, me disse - não perguntou - que eu era o cabeça de lista de uma lista!..
Negativo: neste processo não sou candidato a nada.
Entendam isto de uma vez por todas
Só avanço em condições muito excepcionais...
Eu continuo a ser o que sempre fui: um palerma na Aldeia.

O sistema...

“Aos poucos, a palavra voltou: “Sistema”.
Dantes, se por detrás de nomes pomposos de organismos vários se escondiam entidades abstractas e frias a palavra que acima cito, supera tudo. Quando nos enredamos em burocracias inultrapassáveis, é o Sistema ou, se enfrentamos injustiças clamorosas, é o Sistema.
Vai um caso. 1,40 euros de portagem; o visado não é notificado durante anos, mas um dia fica a saber que está a ser executado em 180 euros; reclama que não foi notificado e prova-o. Não adianta. O visado sofre uma penhora a dobrar: retiram-lhe dinheiro do reembolso do IRS e ao mesmo tempo do vencimento.
Vai às finanças e reclama. Pois, foi o Sistema!
Entretanto, chegam os custos administrativos no valor de 2,54 euros que, com juros, se transformaram em 49,66 euros. Ora, um 1,40 euros de uma portagem numa SCUT transformou-se num “roubo” de 229,66 cobrados a dobrar. E pergunta, ingenuamente, o visado: e quando me devolvem o retirado a dobrar? Ah, o Sistema não sabe! E devolvem com juros? Reclame! Mas já fiz várias reclamações e não me responderam, suspira o visado. Já viu o que era o Sistema estar a responder a tudo?
Imaginamos que o Sistema é uma máquina poderosa ramificada em muitas outras a arrematar cobranças para impressão, papéis absurdos que seguem para moradas que não interessa saber se existem ou não. Na altura da execução, saber-se-á onde está a vítima. O Sistema não falha!”

Crónica do vereador António Tavares, no jornal AS BEIRAS.

Em tempo.
O elemento primordial do controle social é a estratégia da distracção que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e económicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundações de contínuas distracções e de informações insignificantes. A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir o público de se interessar pelos conhecimentos essenciais na área da ciência, da economia, da psicologia, da neuro biologia e da cibernética. Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem qualquer tempo para pensar; de volta ao pasto como os outros animais (citação do texto «Armas silenciosas para guerras tranquila»)".

P.S.:
- é precisamente para isto que servem os carnavais, as passagens de ano e outras festas com que enchem as nossas vidas.

A inocência

saio hoje ao mundo,
cordão de sangue à volta do pescoço,
e tão sôfrego e delicado e furioso,
de um lado ou de outro para sempre num sufôco,
iminente para sempre


A poesia de Herberto Hélder, nos dias dilacerados que  correm na Aldeia, é das poucas coisas positivas que restam a quem por aqui vive. 
Servidões, além de um maravilhoso  livro de poemas, é também um extraordinário momento e uma celebração à vida. 
Aqui, ditos por Fernando Alves (a voz dos "Sinais" na TSF), ficam alguns poemas.
Não percam. 

Perante a realidade, percebem a complexa teia de interesses e dependências estabelecida entre particulares, partidos políticos e o próprio poder em exercício?..

"PSD foi o partido que mais tempo governou nas câmaras falidas. 
Nas 19 autarquias em crise, PSD venceu 95 eleições desde 1976. Socialistas surgem logo a seguir, com 90 mandatos conquistados. 
Jaime Marta Soares saiu da Câmara de Vila Nova de Poiares a garantir que não tinha quaisquer responsabilidades na situação financeira do município. Esteve lá 40 anos. 
Mas o social-democrata é apenas um exemplo da responsabilidade dos dois principais partidos na situação de iminente ruptura de 19 autarquias do país - dos 209 mandatos sufragados desde 1976 nas câmaras em ruptura iminente, PS e PSD governaram 90% do tempo. 
O i analisou os resultados eleitorais nas duas centenas de municípios a braços com uma dívida que está, no mínimo, 300% acima da receita média anual dos últimos três anos. PSD e PS são os principais responsáveis pela bancarrota em que as câmaras municipais mais endividadas do país se encontram. Somados entre si, os dois partidos conquistaram o poder 185 vezes."

Férias... Falta de senso! Ou uma questão lateral? No fundo é isto: os políticos pedem sacrifícios mas não dão o exemplo...

Na Nota de Imprensa da coligação «Somos Figueira», que pode ser lida aqui, referente à reunião de Câmara de ontem, vedada à intervenção do público e sem a presença da comunicação social, pode ler-se a dado passo.
Coligação critica férias em simultâneo do presidente e vice-presidente
O vereador Miguel Almeida lamentou o facto de ter havido um período do mês de Agosto em que houve apenas um vereador executivo em exercício, sendo inadmissível ocorrer a ausência simultânea do presidente e do vice-presidente. O vereador da coligação considerou que a Figueira da Foz é um concelho que vive do turismo e que na época alta não se pode admitir que o executivo se comporte dessa forma, dadas as responsabilidades que tem.

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Na Aldeia... (XIV)

Freguesia de São Pedro, na Figueira da Foz:

"PCTP/MRPP entregou lista candidata às eleições intercalares"!..

E esta? Alguém estava à espera?.. 

"O Partido, que havia concorrido nas últimas eleições autárquicas de 2013 à Câmara Municipal e Assembleia Municipal da Figueira da Foz, decidiu candidatar-se a estas eleições intercalares, tendo entregue no dia 5 de setembro de 2014, no Tribunal da Figueira da Foz, a respectiva lista de candidatos.

Esta lista, composta por sete homens e cinco mulheres, é encabeçada pela camarada Maria Isabel Costa, parteira aposentada."

É só derrotas....

"O espectáculo a que se assistiu este fim-de-semana, quando foram conhecidos os resultados dos actos eleitorais nas federações do Partido Socialista, seria simplesmente ridículo se não fosse também patético. De um lado da barricada reclama-se uma vitória 10-9 (federações), do outro também (maior número de votos). Tema transcendente, que deve ter tirado o sono a meia dúzia de devotos enquanto o país vociferava contra a Albânia e contra Paulo Bento"...
"PS: a guerra das vitórias." Para continuar a ler, clicar aqui.

A Figueira reafirma-se como um dos grandes viveiros de talentos para o bodyboard nacional, fruto do intenso trabalho de formação feito pelo clube local, um dos maiores do país, a ABFM...

foto Pedro Agostinho Cruz

Chuva...

foto António Agostinho
Neste verão, há muito que nos sentíamos já a caminho do Outono.
O sol, de vez em quando,  surpreendeu-nos com um fim-de-semana radiante. 
A chuva desta manhã recorda-nos apenas que estamos a caminho do outono.

Este ano foi, apenas, ainda mais visível...

Marcelo Rebelo de Sousa e a Festa do Avante 2014, ontem na TVI:
«Festa única na vida política portuguesa, com pouco eco na comunicação social este ano»...    
(Por volta do minuto 25 no vídeo, que pode ser visto clicando aqui)

domingo, 7 de setembro de 2014

Com um departamento clínico destes nem à Albânia ganhamos!..

Nada de novo: a Figueira, em matéria de obras, continua a não poder dar lições a ninguém...




"As fortes chuvadas ocorridas hoje na Figueira da Foz, entre as 07H00 e as 09H00, provocaram inundações em habitações, espaços comerciais e ruas. Segundo o comandante operacional dos serviços municipais de Protecção Civil e comandante dos Bombeiros Municipais da Figueira da Foz, Nuno Osório, as zonas mais afectadas foram a rua da República, na Baixa da cidade, e Buarcos."
Texto e foto: jornal AS BEIRAS


Na Aldeia... (XIII)

A exigência é inimiga da popularidade.
Na política, como aliás em tudo na vida - no cumprimento do trabalho, nas relações sociais e mesmo afectivas - ser exigente é não ser popular.
Quem quer ser popular - na realidade, apenas bajulado – só tem que cultivar a facilidade, o deixa andar, o porreirismo - é garantido.
Nem todos servimos...

Muita coreografia, muitos efeitos especiais, mas pouca substância...

"Confesso: quando ouço as “análises” de Marques Mendes, eivadas da sua irreprimível vocação de bufo, nasce em mim uma náusea que, tenho a certeza, é tão ampla que se deixa partilhar por gente muito diversa, podendo chegar a incluir os próprios governantes. Uma bosta é uma bosta, seja quem for que a olhe e cheire." (daqui)

"O que devia ser dito aos portugueses pela Administração do Novo Banco, pelo Banco de Portugal ou pela ministra das Finanças é esclarecido pelo "companheiro" Marques Mendes no seu tempo de antena na SIC." (daqui)

X&Q1215


Bom domingo