A liberdade de ir ao mar e voltar, devolve-nos a nós mesmos.
Faz-nos ser o que somos. Fazer o que queremos.
E o que gostamos.
Este é o nosso trabalho. O nosso destino. A nossa faina.
A nossa luta pela sobrevivência, é uma vida dura, mas libertadora, que nos alivia e protege dos olhares dos outros – os que ficam por terra.
O mar tem poder – um imenso poder, tão imenso que pode provocar mesmo a mudança dentro de nós.
O mar, este mar da Figueira, é como a alma da sua gente.
Limpo.
Pelo menos era assim que as almas deviam ser.
Gentes do mar, pescadores - é o que somos.
Temos a liberdade de fazer o que queremos e gostamos.
De viver e morrer nesta vida que a gente transporta dentro de nós.
Que vai e volta.
Sobre as ondas do mar.
Nota:
O texto acima, foi escrito por mim, de propósito, para uma Exposição fotográfica do meu sobrinho Pedro Agostinho Cruz, que decorreu entre 14 de Maio e 12 de Junho de 2011, no CAE.
Foi escrito por um filho, neto e bisneto de pescadores. Foi neles que me inspirei.
Na foto do lado direito está o meu Pai, José Pereira Agostinho, náufrago três vezes na pesca do bacalhau, falecido em 6 de Junho de 1974, aos 47 anos de idade.
O Pedro, nascido em 1987, não conheceu o avô. Aliás, como as outras três netas: a Joana, minha filha, e as minhas sobrinhas, Vanessa e Beatriz.
Uma coisa, porém, eu garanto: se o meu Pai fosse vivo, seria um velhinho babado e orgulhoso com todos as netas. E, naturalmente, também com o neto Artista. Que, ao que consta, tem o mesmo olhar do avô...
O texto acima, foi escrito por mim, de propósito, para uma Exposição fotográfica do meu sobrinho Pedro Agostinho Cruz, que decorreu entre 14 de Maio e 12 de Junho de 2011, no CAE.
Foi escrito por um filho, neto e bisneto de pescadores. Foi neles que me inspirei.
Na foto do lado direito está o meu Pai, José Pereira Agostinho, náufrago três vezes na pesca do bacalhau, falecido em 6 de Junho de 1974, aos 47 anos de idade.
O Pedro, nascido em 1987, não conheceu o avô. Aliás, como as outras três netas: a Joana, minha filha, e as minhas sobrinhas, Vanessa e Beatriz.
Uma coisa, porém, eu garanto: se o meu Pai fosse vivo, seria um velhinho babado e orgulhoso com todos as netas. E, naturalmente, também com o neto Artista. Que, ao que consta, tem o mesmo olhar do avô...