terça-feira, 20 de maio de 2014

Momento alucinópolítico do vazio...

Ontem, António Costa abriu as portas dos Paços do Concelho para a bola
Nas comemorações do 5 de Outubro, foi tudo à porta fechada...

Os políticos e as campanhas eleitorais

Durante a visita de ontem de manhã à lota do porto da Figueira da Foz, no âmbito da campanha para as eleições europeias, António José Seguro, Francisco Assis e Maria João Rodrigues escutaram as preocupações dos que ali trabalham. 
Numa das conversas, um cidadão explicou que estava ali como solução de recurso, depois de ter saído de uma fábrica de celulose da região. 
"Vamos trabalhar para que as pessoas possam trabalhar onde gostarem", garantiu o líder do PS.  
O Secretário-geral e os candidatos foram também confrontados com queixas de peixeiras e de pescadores, ou pela falta de poder de compra dos cidadãos, ou pela estratégia de preços seguida pelas grandes superfícies comerciais. 
"Sei do que me está a falar. Sei que isso acontece na agricultura e na pesca", respondeu António José Seguro, sublinhando depois: "Sem contacto com os problemas reais dos cidadãos, a política não faz sentido"
Como bom  e experiente político do chamado “arco do poder” em campanha eleitoral, António José Seguro faz o óbvio: nestas alturas, o trabalho deles é dizer aquilo que o povo quer ouvir
Infelizmente, para eles, será, também, depois de eleitos, fazer o que se espera deles... 
Todos nos lembramos, certamente,  do mais recente exemplo, protagonizado por um politico do "arco da tragédia deste poder"...  
Passos Coelho, depois de eleito,  fez exactamente aquilo que disse que não faria na campanha eleitoral de 2011...

Uma ficção distópica: a trapalhada do estacionamento pago no HDFF ...

Ontem, na reunião do executivo figueirense João Ataíde, que preside ao conselho de administração da empresa municipal Figueira Parques, concessionária do parque de estacionamento, anunciou que o novo tarifário mantém a primeira hora gratuita, e que daí em diante, em vez dos 60 cêntimos actualmente praticados por períodos de 60 minutos, a segunda hora baixa para 20 cêntimos e a partir da terceira hora o preço é de 40 cêntimos, mantendo-se gratuito no período nocturno, a partir das 22:00.
O autarca disse ainda que foi proposto à administração hospitalar o aumento do prazo de concessão de cinco para dez anos, mas que esta recusou a proposta.
Segundo o autarca, caso o hospital pretenda revogar o acordo, a empresa municipal “está disponível para sair da parceria”.
Se a administração do hospital quiser, saímos já amanhã. Retiramos as máquinas e vamos embora”, alegou João Ataíde, frisando que a Figueira Parques “tem a venda do equipamento garantida”, recebendo, desse modo, os 80 mil euros investidos.
Na resposta, Miguel Almeida, da coligação Somos Figueira (PSD/CDS-PP/MPT-PPM), desafiou João Ataíde a “sair já” da parceria, argumentando que as declarações do presidente da câmara denotam que a questão “não é financeira” e que “não faz sentido” a autarquia estar envolvida.
Não tenho dúvida nenhuma de que já se arrependeu mil vezes de ter entrado naquele negócio”, afirmou Miguel Almeida.
Recorde-se: a polémica em redor do estacionamento no Hospital Distrital da Figueira da Foz subsiste há mais de seis meses, após a Figueira Parques ter assumido as obras de requalificação do espaço, com colocação de um sistema de cancelas à entrada e saída que, na prática, coloca a unidade de saúde dentro do parque de viaturas.
O tarifário, agora novamente alterado, começou por ser gratuito nos primeiros 15 minutos e de 60 cêntimos nas horas seguintes – mais caro que o praticado em todos os parques públicos da cidade.
Foi depois alterado, em janeiro, mantendo os 60 cêntimos por hora mas passando os primeiros 60 minutos a serem gratuitos, assim como a maioria do período nocturno.
P.S. -
As informações sobre a reunião camarária de ontem foram obtidas aqui.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Mérito cultural para Azenha Gomes!..

“Por unanimidade, foi hoje aprovada em reunião de Câmara a atribuição da medalha de mérito cultural em prata dourada a António Azenha Gomes.” 
A verdade é sempre tirânica, na política e fora dela. 
A verdade é o contrário da discussão. 
Mas, a discussão é que é o horizonte humano. 
A verdade esmaga. 
Fugimos do conflito, mas o conflito liberta. 
Parafraseando um vereador do actual executivo camarário, conhecedor profundo, atento e interessado, do associativismo figueirense, torno a deixar uma pergunta: “o que é que Azenha Gomes fez pelas Colectividades do nosso Concelho?”

Finalmente um assunto verdadeiramente importante para debater...

Paulo Bento acabou de anunciar os eleitos para o Mundial.
Guarda-redes: Beto (Sevilha), Eduardo (Sp. Braga) e Rui Patrício (Sporting);
Defesas: André Almeida (Benfica), Bruno Alves (Fenerbahçe), Fábio Coentrão (Real Madrid), João Pereira (Valência), Neto (Zenit), Pepe (Real Madrid), Ricardo Costa (Valência) 
Médios: João Moutinho (Mónaco), Miguel Veloso (D. Kiev), Raul Meireles (Fenerbahçe), Rúben Amorim (Benfica) e William Carvalho (Sporting);
Avançados: Cristiano Ronaldo (Real Madrid), Éder (Sp. Braga), Hélder Postiga (Lazio), Hugo Almeida (Besiktas), Nani (Manchester United), Rafa (SC Braga), Varela (FC Porto) e Vieirinha (Wolfsburgo).

Há frases assim, que “são todo um programa” (da troika)...

Passos Coelho: “Demos conta do recado”

Que me acompanhe sempre a resiliência no tempo que me resta ...

“O eleitorado exige que o discurso político seja claro, sucinto e sincero...
Tal como o país, a Europa precisa de se redefinir, no sentido de saber como e para onde quer caminhar.”
Miguel Almeida, vereador Somos Figueira, hoje no jornal AS BEIRAS.

Em tempo.
A quantidade de gente que todos os dias se descobre pela leitura dos jornais, que considera que Portugal e a Europa têm sido tão mal governados !..
Jurar não juro, mas, até ao princípio desta manhã, antes de ler As Beiras, não fazia ideia de que era assim e,  muito menos, por culpa de quem!..
O que vou fazer, no próximo dia 25, com a informação adquirida, ainda não sei, mas aceito palpites...

Esta nossa barra... (IX)

Ontem, numa reportagem emitida pela RTP, "os armadores e os pescadores da Figueira da Foz queixaram-se da falta de segurança na entrada e saída das embarcações na barra. Dizem que o prolongamento do molhe do porto obriga os barcos a enfrentar ondas perigosas." 
As preocupações causadas por esta nossa barra, tal como tínhamos previsto, continuam presentes e a acompanhar-nos em 2014 e seguintes... 
Num país a sério, já teria sido mandado abrir um inquérito para apurar o que se passa, na realidade, com a barra da Figueira da Foz...  
Quantas pessoas é preciso morrer ainda para que tal aconteça?.. 
Para a Administração do Porto da Figueira da Foz (APFF), o porto está “a atingir os objectivos que tinham sido projectados para o seu crescimento”. Pelo caminho, vão ficando as pessoas que vão morrendo nos acidentes marítimos à entrada da barra. 
Mas, isso, é só um pormenor que preocupa alguns patetas como eu,  filho, neto e bisneto de pescadores. 
O importante são os números das toneladas.

"O senhor colectividades", um filme protagonizado por Azenha Gomes...

Ao longo dos anos, Azenha Gomes tem desempenhado vários cargos na direcção local do PSD, que lidera a coligação Somos Figueira.
Na última reunião de câmara, os vereadores desta coligação “incentivaram o executivo camarário a reflectir acerca da atribuição de uma distinção oficial do município” como forma de homenagem a Azenha Gomes, refere em nota de imprensa esta força política. Os autarcas da oposição consideram que o “percurso de vida deste destacado figueirense” é “merecedor de uma homenagem promovida pela câmara”.
A maioria socialista concordou e a proposta foi aprovada.
A Figueira é assim mesmo. Uma parte essencial da saloiice indígena é a mania do prestígio.
Vivemos numa terra com défice de confronto.
Por todo o lado, no poder, na oposição, pelos jornais, nos blogues, nota-se aquele cuidado hipócrita em não ferir susceptibilidades.
Como o concelho é pequenino e toda a gente está mais ou menos comprometida com toda a gente e deve favores a toda a gente, a amabilidade impede que as relações, públicas ou privadas, sejam adultas.
Só a ruptura e a desmesura valem a pena. São um sinal de maturidade e de responsabilidade contra a trivialidade da vida quotidiana falsamente "animada" pelos amáveis de serviço.
Por isso, pessoalmente, ignoro a maioria das "figuras públicas" e a sua hipocrisia. 
Tenho por hábito respeitar as opiniões, mesmo que contrárias às minhas. Acostumado a estar do lado minoritário no plano político, mas nem por isso com qualquer sentimento de solidão, fui ganhando a paciência necessária para perceber que aquilo que hoje não é "certo" amanhã o pode ser e que as modas políticas são a coisa mais fútil e efémera que pode existir.
E, como ao longo dos anos fui ganhando paciência, vou continuar a esperar também a dos outros, para entenderem quem se mantém firme nos seus princípios.
Parafraseando um vereador do actual executivo camarário, conhecedor profundo, atento e interessado, do associativismo figueirense, deixo uma pergunta: “o que é que Azenha Gomes fez pelas Colectividades do nosso Concelho?”

domingo, 18 de maio de 2014

Viva a taça

Em 22 de Junho de 1969 a taça não foi entregue pelo presidente Américo Tomás. 
Estiveram lá muitos milhares de pessoas, não por causa do Benfica nem do jogo, mas em solidariedade com a luta académica de Coimbra.
Foi um grande dia de luta.
O país está óptimo, o Benfica foi vencedor de quase tudo (e ganhou também hoje, com um golo de Gaitán)...
Reclamar porquê e contra quem?

Convenhamos que era difícil concentrar numa única frase tanto disparate!..

Eles lembram-me um dos vossos compatriotas mais prestigiados: Cristóvão Colombo. 
Quando partia nunca sabia para onde ia, quando chegava nunca sabia onde estava, e era o contribuinte que pagava a viagem.
É desta forma que procedem os socialistas dos nossos dias” -  Jean-Claude Juncker.
Que frase mais disparatada e infeliz deste senhor, pago com os nossos impostos!..
Coitado: desde confundir Portugal com Génova e Espanha, até a esquecer o pormenor de as viagens de Colombo terem sido o investimento mais rentável da História de Espanha, tudo lhe aconteceu...
Este senhor, calado, deve ser um poeta!

O meu agradecimento...


Tal como na aldeia isolada de Astérix, ainda andam por aí uns guerrilheiros do verbo, acolitados em blogues que só denigrem a imagem de pureza, desta gente de qualidade extraordinária que nos saiu em rifa...
Os bloggers, nesta democracia, são a fonte de todo o mal, para estes acólitos e demais sabujos do tacho e do emprego refastelado.
Por conseguinte, nesta Figueira e neste País, provinciano e medíocre, nada mais natural que ser encarado como inimigo de classe.
Estou a referir-me, obviamente, a gente que, há uns anos, de vez em quando, debatia comigo os mais variados assuntos figueirenses. Dos outros, nem sequer quero falar...
Depois de chegados ao pote, passaram a incluir-me, de um modo geral, no grupo das "bestas", dos "imbecis" e dos “ignorantes”.
Não foi a primeira vez que «descobri» esta amável esquizofrenia, digamos assim.
Veio mesmo a calhar: assim, ninguém perde tempo e fiquei ainda mais isolado. O que é ó
ptimo!..
Durante alguns anos fui jornalista. Por aqui, já navego há mais de 8 anos.
Conheço os dois lados. Já deu para notar que os políticos e os jornalistas não convivem bem com os bloggers que dispensam a «boa e controlada imprensa»Como que os estranham...

Domingo há eleições

"O espectáculo da campanha vai ser triste, mas o que será mais desolador será ver a quantidade de votos que os partidos do Governo vão, apesar de tudo, recolher, ilustrando as limitações da democracia."
 


Em tempo: 

 - programas e listas para as eleições europeias 2014. Aqui

Bom domingo

sábado, 17 de maio de 2014

Saída limpa

Quase todos os dias cruzo com alguma coisa da qual deixo aqui nota, para um dia recordar...

PS, PSD e CDS são hoje Dupont e Dupond...

José Pacheco Pereira, no Público:
«Nas eleições europeias não se discute a Europa porque a Europa que existe não interessa aos seus apoiantes que seja discutida. E a discussão da Europa que se pretende fazer, nas candidaturas do “arco da governação”, na comunicação social ainda mais europeísta, nos meios dos negócios, no “arco dos fundos”, não tem objecto, nem existe, é uma fábula. É a Europa virtual do wishfull thinking para os bem-aventadados e aquela cuja retórica serve os empregos e os negócios dos que estão “por dentro”. (...)»

Os stewards e os bombeiros....

“O que mais me surpreende não é a composição daquela figura, nada tenho também contra as mulheres de pelo na venta o que surpreende é que logo tenha recomeçado o coro das propostas fraturantes firmando-a como a “vitória da diversidade e da tolerância”
A “mulher barbuda” de feira popular era degradante e um atentado à dignidade humana a “mulher com barbas” Conchita Wurst é a afirmação da diferença do género, claro! 
Propostas fraturantes? Não me fraturem! 
Depois da ressurreição da mulher barbuda só tenho que tecer loas à nossa Susy e à sublime obra poética de Emanuel!” 
Joaquim Gil, advogado, hoje no jornal AS BEIRAS 

Em tempo. 
Se o assunto fosse futebol, diria que os stewards não são menos intervenientes no jogo do que os bombeiros. Se o bombeiro entra em acção para retirar o jogador lesionado, o steward entra, por exemplo, para retirar alguém que pode lesionar o jogador. 
Considerando o que tenho considerado sobre a canção da Suzy ("uma coisa importante para a Figueira", na opinião do poder!.. Vá lá, na minha, para ser bonzinho, entre as coisas pouco importantes com que o poder se deveria preocupar...), confesso que perante o que acabei de ler na crónica do advogado e cronista Joaquim Gil, hoje, estou dividido na hierarquia da canção que deveria ter ganho a Eurovisão, se houvesse justiça neste mundo. 
Mas, quem havia de advinhar que iríamos ter de perder, assim?.. 
Não liguem, isto passa!

Adeus troika?..

imagem daqui
Hoje, a troika vai embora? 
E o futuro? 
A austeridade nunca produziu milagres e Portugal não é excepção. Cortar salários não resolveu o problema porque o problema nunca foi os salários altos. Cortar pensões não trouxe sustentabilidade ao sistema, porque não é essa a causa da insustentabilidade. Cortar a eito no Estado Social não melhorou a sua eficácia, porque a ineficácia, além de estar por comprovar, não vem com certeza do sobrefinanciamento. A austeridade produziu outras coisas. Produziu a pobreza, o desemprego e a emigração que minam a sustentabilidade do Estado Social e da economia. Produziu ainda dívida pública, e com ela os oito mil milhões de euros de juros que todos os anos voam para fora do país, agravando a nossa Balança de Pagamentos com o exterior muito para além do que os tais vistos dourados podem compensar. 
Hoje, cumpre-se finalmente Portugal. Um novo 1640! 
Não, não chega, é preciso mais. Sim, um novo 25 de Abril!