quarta-feira, 20 de novembro de 2013
Meritório Apoio do Instituto Hidrográfico à Arte-Xávega, no Dia Nacional do Mar 2013
"Com a colaboração do CEMAR - Centro de Estudos do Mar (Praia de Mira e Figueira da Foz) e, também, de algumas companhas da "Arte" da Beira-Litoral que para a afinação desse programa igualmente contribuíram (nomeadamente o Senhor José Vieira, da companha do Barco "Alexandre Vieira", da Praia de Mira, ou o Senhor Armando Caiano, da companha do Barco "Voz do Mar", da Costa de Lavos-Figueira da Foz, etc.), o Instituto Hidrográfico da Marinha Portuguesa lançou agora, gratuitamente, na internet, num verdadeiro exemplo de serviço público, o seu "Programa Informático de Previsão de Condições Meteo-Oceanográficas para a Pesca de Arte-Xávega" ["Qual É a Tua Onda… na Arte-Xávega"] (© IH, 2013-…). E escolheu a Praia de Mira para fazer a cerimónia da sua sessão formal de lançamento.
Pela parte da nossa associação científica privada sem fins
lucrativos, dotada de estatuto de utilidade pública, o CEMAR - Centro de
Estudos do Mar orgulha-se de também ter colaborado para a criação deste produto
de grande utilidade, e de grande mérito, que os Pescadores agora ficam a dever
à Marinha Portuguesa. Este Laboratório
do sistema científico do Estado português que é o Instituto Hidrográfico da
Marinha de Guerra Portuguesa criou agora um produto que é um verdadeiro exemplo efectivo, real, eficaz (e não simplesmente folclórico, ritual,
formal ou bizantino) de disponibilização
pública do conhecimento científico ao serviço da sociedade portuguesa, da
actividade produtiva, e da identidade social e cultural local (desde já, desde
Espinho até à Praia da Vieira, e, em breve, também alargado à Costa de
Caparica)."
Um mail recebido do CEMAR que Outra Margem divulga com todo o gosto.
Uma intenção de cariz neoliberal...
foto Figueira na Hora |
Eng. Daniel Santos, hoje na sua crónica semanal no jornal AS BEIRAS:
“A garantia de estacionar num parque de um estabelecimento de saúde por razões que tenham a ver exclusivamente com ela é um dever do Estado, assente na receita proveniente do bolo geral dos impostos que os cidadãos já pagam. Acresce que os utentes do SNS pagam taxas moderadoras recentemente agravadas.
“A garantia de estacionar num parque de um estabelecimento de saúde por razões que tenham a ver exclusivamente com ela é um dever do Estado, assente na receita proveniente do bolo geral dos impostos que os cidadãos já pagam. Acresce que os utentes do SNS pagam taxas moderadoras recentemente agravadas.
Pode então inferir-se que o estacionamento pago no parque do
Hospital Distrital da Figueira da Foz, para além dos problemas operacionais já
tornados públicos, constitui uma dupla (ou tripla?) tributação.
Não é despiciendo que subsista à solução uma intenção de
cariz neoliberal que é a de dissuadir os cidadãos de acederem aos serviços de saúde
a que têm constitucionalmente direito. Porque, para tal, já pagam impostos e outras
taxas.”
Aldeia da Cova-Gala
Como um dia disse Sebastião Salgado: "Uma boa foto é aquela que não precisa de legenda". Foto Pedro Agostinho Cruz Texto daqui |
O seu nome não vem no mapa nem a terra tem qualquer
referência, de área ou de população, nas enciclopédias. E, embora real, porque
existe, vive e pulsa, parece não ter tido passado, nem presente. Contudo, não é
terra morta que se possa assim, tão facilmente, ignorar.
Chama-se Gala. É uma aldeia de pescadores. Ou melhor: pouco
mais é do que uma rua, que vai da Estrada ao Mar, e tem casas de um lado e do
outro. Ao fundo e antes das dunas, que a separam do grande areal da praia,
junta-se intimamente – quer dizer: sem uma nítida separação – a um lugar que
tem o nome de Cova, embora a designação não seja exacta ou própria: as duas
terras estão ao mesmo nível – o das águas do mar, quando estas andam calmas ou
só bramem na ressaca.
Muito embora sem nome no mapa, a Gala está bem situada. Fica
do lado sul da foz do Mondego. E, como as terras que seguem um rio até ao mar,
é um prolongamento do Cabedelo – ou seja, aquele cabo de areia que se forma à
barra dos rios. Do lado norte, há uma cidade e essa vem registada nos mapas de
terra e nas cartas de mar – chama-se Figueira da Foz.
terça-feira, 19 de novembro de 2013
E pronto...
Agora, resta ao Blatter dar o prémio ao Messi, para mostrar, de uma vez por todas, a bosta que a FIFA é...
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Venceremos?..
Hoje, o país está vidrado no futebol.
Segundo A Bola, “o dia amanheceu nublado em Estocolmo, com a
Seleção Nacional remetida à tranquilidade da unidade hoteleira onde se encontra
instalada para o decisivo encontro desta noite frente à Suécia (19.45 horas).”
Pronto, podemos estar sossegados e descansados.
Eu, aliás, já estava.
Na minha relação com o futebol, em 2013,
domina a apatia de quem, nesta altura da
vida, se sente – e se sabe - a salvo de
emoções extremas.
Esta selecção de
Paulo Bento ainda não me cativou.
Se for ao Brasil, óptimo.
Se não for, a vida
continua.
Não vejo em Paulo Bento uma qualquer ideia futebolística e, muito
menos, discursiva, que me empolgue.
Não vejo nesta selecção de futebol, algo que me possa elevar às alturas de uma
entrega passional, nenhuma adesão a uma "sensibilidade
estético-futebolística", como
aconteceu com os “Magriços”, em 1966.
Agradeço a Paulo
Bento e a esta selecção, neste meu tempo
que passa, a serenidade de uma vida destituída de pressões e de paixões futebolísticas.
Não que os possa culpar por tudo. Mas têm ajudado.
O mar português
A Sociedade de Geografia de Lisboa, a Câmara Municipal de Mira, o Instituto Hidrográfico, o Centro de Estudos do Mar e a Confraria Marítima de Portugal promoveram uma jornada comemorativa do Dia Nacional do Mar de 2013, sob o tema “O Oceano: Literacia e Cidadania”, cujo programa se repartiu por dois locais: em 16 de novembro, sábado passado, os trabalhos decorreram na Praia de Mira (Museu Etnográfico e Posto de Turismo e Centro Cultural e Recreativo); hoje, têm lugar na sede da Sociedade de Geografia de Lisboa (Rua das Portas de S. Antão, 100).
Posso estar enganado, mas pareceu-me que o acontecimento
passou ao lado da maioria dos portugueses.
O mar português, para
quem os portugueses tanto olham no verão, é uma enorme riqueza potencial, que quem tem mandado em Portugal nas últimas
décadas tem desconhecido.
A economia do mar, essa descoberta recente dos políticos –
até o presidente da câmara da Figueira, quando apareceu na política, veio falar
numa coisa – a famosa Aldeia do Mar, lembram-se, que nunca ninguém verdadeiramente soube o que era - deveria ser há muito uma prioridade nacional.
Todavia, infelizmente, isso, como vimos recentemente por cá, não tem passado de retórica política para entreter e caçar o
voto à plebe em época de eleições.
E, no entanto, o sector merecia outro olhar e outra atenção dos governantes.
Lembre-se: o valor económico das actividades ligadas ao
mar consideradas na economia portuguesa ronda os 2% do PIB e emprega directa e
indirectamente cerca de 100 mil pessoas.
O que muitos agora chamam - até o nosso presidente da Câmara - de
hypercluster da Economia do Mar, tem de deixar
de ser apenas uma frase pomposa, para
passar a ser uma força catalisadora, capaz de organizar e dinamizar um conjunto
de sectores com elevado potencial de crescimento e inovação e capacidade para
atraírem recursos e investimentos de qualidade, nomeadamente externos.
A Figueira tem potencial neste sector. Mas, neste momento, o
sector da pesca está asfixiado e vive dias difíceis na nossa
cidade.
Basta passar pelo porto de pesca e ver o número
irrisório de unidades de pesca que utilizam o nosso porto, comparativamente com
anos atrás. E a causa é bem fácil de explicar, basta falar com os homens do
mar: a barra está a afastar os pescadores, pois está cada vez mais insegura e
perigosa. Se alguém duvida disto é fácil de o tirar a limpo – basta falar
com os homens do mar. “A barra nunca
esteve tão má para nós” – é o que de certeza vão ouvir da boca dos pescadores,
que são aqueles que a conhecem melhor do que ninguém.
Seria necessário e justo, que quem anda a pensar na estratégia portuária,
aqui pela Figueira, tivesse sempre a pesca em grande conta, pois o potencial está cá - e continua bem vivo e presente, no seio das
comunidades piscatórias locais.
segunda-feira, 18 de novembro de 2013
Estacionamento pago no Hospital da Figueira da Foz: a procissão ainda vai no adro...
No decorrer da reunião camarária realizada hoje, compreendi melhor a trama em torno do
caso do estacionamento pago no parque do Hospital da Figueira.
Pelo que tive oportunidade de ouvir até o presidente já está farto deste caso. E a
procissão ainda vai no adro.
"Não me agrada nada taxar ali o estacionamento",
admitiu o presidente da autarquia. O projecto resultou da "pressão" da
administração do Hospital para a regulação do estacionamento, num investimento
que rondou os 50 a 70 mil euros, custeados
pela Figueira Parques.
Logo a seguir, porém, Hugo Rocha, da empresa municipal Figueira Parques, convocado
pelo presidente para prestar explicações,
informa que os custos já vão em 80 mil euros, havendo um acordo com a
administração do Hospital com a duração de cinco anos, para a Câmara tentar ser
ressarcida do investimento (o que neste momento é uma completa incógnita...) prazo findo o qual o equipamento reverte para
o HDFF. A ideia é a de, no final do ano, em função da receita que entretanto
conseguir arrecadar, ver se os cinco anos são suficientes para garantir o
retorno.
Tudo isto, ao que tive oportunidade de ver em directo na
internet, me pareceu infeliz e confrangedor, por diversos motivos.
1. Uma Câmara que não tem dinheiro para nada, investe 80 mil
euros numa obra que deveria ser realizada pela Administração do Hospital da
Figueira da Foz.
2. Ainda por cima, cria polémica - o que era de todo dispensável.
Ao situar, com as obras realizadas, um
hospital dentro de um parque de estacionamento, colocou na ordem do dia pertinentes questões de operacionalidade da unidade hospitalar, pois, como as
coisas ficaram, não está "salvaguardada a entrada de quem se dirige ao hospital em
emergência, mesmo que não numa ambulância", como muito bem referiu Miguel
Almeida.
3. Também, desde o início, tal como Miguel Almeida hoje acentuou
“tenho dificuldade em perceber qual é o
argumento para ter o parque a pagar todo o ano", uma vez que a praia
adjacente, de setembro a junho, está praticamente deserta.
O parque exterior, frente ao mar, e as ruas em torno do
hospital têm agora muitas viaturas, porque os utentes do hospital passaram a estacionar por
lá para fugir ao pagamento no interior do parque do hospital.
4. Será que nos meses de praia, a Câmara vai colocar
estacionamento pago nestas zonas, pois vai haver outro problema: onde vão os
veraneantes (e sabemos como o turismo é importante para o pequeno comércio da Cova-Gala...) colocar os veículos, se os lugares que existem para o efeito estão
ocupados pelos utentes do hospital?..
Ataíde e esta maioria absoluta do PS recentemente eleita, têm um lindo problema para resolver com esta
história do estacionamento pago no Hospital Distrital da Figueira da Foz.
Como é que uma Câmara, que não tem dinheiro para fazer
cantar um cego, avança com 80 mil euros para resolver um problema que não é seu,
que na melhor das hipóteses prevê recuperar em cinco anos, metendo-se num
enorme imbróglio, isso, confesso, faz-me uma enorme confusão!..
Vamos esperar pelos próximos capítulos, pois pelo que
presumo a procissão, neste caso, ainda vai no adro.
Um partido, dois jotas, uma carreira...
Política: Socialistas Tiago Castelo Branco e João Portugal querem a liderança da Concelhia
No próximo dia 14 de dezembro, realizam-se as eleições para a Comissão Política Concelhia da Figueira da Foz do Partido Socialista que, desta vez e fruto das alterações estatutárias, elegerá os órgãos locais para um mandato de 4 anos.
No próximo dia 14 de dezembro, realizam-se as eleições para a Comissão Política Concelhia da Figueira da Foz do Partido Socialista que, desta vez e fruto das alterações estatutárias, elegerá os órgãos locais para um mandato de 4 anos.
Tiago Castelo Branco (actual chefe de gabinete do presidente
da Câmara) e João Portugal (vereador e deputado à Assembleia da República) são, para já, os dois candidatos conhecidos.
Hoje a reunião de Câmara é aberta ao público e aos jornalistas
Para que conste aos passantes por este espaço.
Existirão muitas formas de actuar na blogosfera.
Esta, é a minha: trata-se de uma forma de poder espernear e não
mais do que isso.
Esperneio sem agenda, apenas mais ou
menos ao sabor do dia a dia.
Espernear cada vez
mais é o que nos resta, tamanhas são as dificuldades pelas quais vamos passando
e, seguramente, tanto
individual, como colectivamente, ainda iremos passar.
Como diria Baptista
Bastos, “deixámos cair
a cultura da revolta. Não falamos de nós. Enredamo-nos na futilidade das coisas
inúteis, como se fossem o atordoamento ou o sedativo das nossas dores. E as
nossas dores não são, apenas, d’alma: são, também, dores físicas.”
Mas, deixemo-nos de paleio e vamos ao que, hoje, interessa na Figueira.
Não esqueçam: a segunda reunião camarária do mês de novembro,
a tal que o senhor presidente e a maioria que o apoia permite que seja aberta
ao público e à comunicação social no nosso concelho, é mais logo, pelas 16H00.
Relembrar Manuel António Pina
“Coisas sólidas e verdadeiras”
O leitor que, à semelhança do de O'Neill, me pede a crónica que já traz engatilhada perdoar-me-á que, por uma vez, me deite no divã: estou farto de política! Eu sei que tudo é política, que, como diz Szymborska, "mesmo caminhando contra o vento/ dás passos políticos/ sobre solo político". Mas estou farto de Passos Coelho, de Seguro, de Portas, de todos eles, da 'troika', do défice, da crise, de editoriais, de analistas!
O leitor que, à semelhança do de O'Neill, me pede a crónica que já traz engatilhada perdoar-me-á que, por uma vez, me deite no divã: estou farto de política! Eu sei que tudo é política, que, como diz Szymborska, "mesmo caminhando contra o vento/ dás passos políticos/ sobre solo político". Mas estou farto de Passos Coelho, de Seguro, de Portas, de todos eles, da 'troika', do défice, da crise, de editoriais, de analistas!
Por isso, decidi hoje falar de algo realmente importante:
nasceram três melros na trepadeira do muro do meu quintal. Já suspeitávamos que
alguma coisa estivesse para acontecer pois os gatos ficavam horas na marquise
olhando lá para fora, atentos à inusitada actividade junto do muro e fugindo em
correria para o interior da casa sempre que o melro macho, sentindo as crias
ameaçadas, descia sobre eles em voo picado.
Agora os nossos novos vizinhos já voam. Fico a vê-los ir e
vir, procurando laboriosamente comida, os olhos negros e brilhantes pesquisando
o vasto mundo do quintal ou, se calha de sentirem que os observamos,
fitando-nos com curiosidade, a cabeça ligeiramente de lado, como se se
perguntassem: "E estes, quem serão?"
Em breve nos abandonarão e procurarão outro território para
a sua jovem e vibrante existência. E eu tenho uma certeza: não, nem tudo é
política; a política é só uma ínfima parte, a menos sólida e menos veemente,
daquilo a que chamamos impropriamente vida.
domingo, 17 de novembro de 2013
Futuro do Livre, vai ser o quê?..
O “livre” Rui Tavares, como de resto qualquer cidadão, tem
todo o direito e toda a liberdade de formar um novo partido.
Gostava é que explicasse coisas simples, como por exemplo, onde
fica o lugar “no meio da esquerda”!..
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