Desculpem lá qualquer coisinha, Camões, Alexandre Herculano, Eça, Ramalho Ortigão, Bocage, Torga, Carlos de Oliveira, Sophia de Mello Breyner Andresen , Saramago, Vergílio Ferreira, Lobo Antunes, João Tordo...
quarta-feira, 6 de novembro de 2013
47.º aniversário do Porto da Figueira da Foz
foto Pedro Agostinho Cruz |
O navio «Santa Maria Manuela» vai estar aberto a visitas no Cais Comercial, este fim de semana, dias 9 e 10 de Novembro, numa acção integrada no programa comemorativo do 47.º aniversário do Porto da Figueira da Foz.
HORÁRIO DE VISITAS:
10.00-12.00 e 13.00-19.00 horas.
10.00-12.00 e 13.00-19.00 horas.
A Figueira já tem um candidato autárquico disponível na linha de partida para daqui a 4 anos - Miguel Almeida
foto Pedro Agostinho Cruz |
Numa entrevista ao DIÁRIO AS BEIRAS/FOZ DO MONDEGO RÁDIO,
que vai ser tornada pública na próxima sexta-feira , o actual presidente
da Concelhia do PSD, Miguel Almeida, afirmou
que gostava de voltar a candidatar-se à presidência da autarquia figueirense.
Apesar de disponível para voltar a ser candidato à Câmara da
Figueira da Foz, daqui a quatro anos, Miguel Almeida reconhece, porém, que será candidato quem o partido entender, na altura, que reúne as melhores condições.
Miguel Almeida, se a sua vida profissional e pessoal o permitir,
vai cumprir o actual mandato de vereador até ao fim.
Miguel Almeida é, nos dias que correm aqui pela Figueira, talvez o político mais experiente no activo.
Mais uma vez permanece fiel à sua postura de sempre: marca o terreno com antecedência.
Pelo que dele conheço, parece-me que nunca fez questão de
ficar conhecido pelo seu particular brilhantismo intelectual; antes, a meu ver,
sempre fez mais questão de se fazer
passar por um resistente – mais concretamente, um sobrevivente à espera da sua hora.
E a sua verdadeira hora, tem hipóteses de chegar daqui a quatro anos.
Infelizmente para a Figueira, como já se está a verificar, a eleição por maioria absoluta de João Ataíde
não deverá representar a concretização dos anseios de todos aqueles
que não se reviam nem nos métodos nem nos resultados da herança santanista .
Se eu fosse militante do PS, com cotas em dia e tudo, seria para
mim penoso dar conta que pouco tempo depois de tomar posse para um segundo
mandato, Ataíde, exclusivamente por
culpa própria, começou o processo que o vai levar a desbaratar o capital de confiança que os
figueirenses nele depositaram.
A actual vereação
camarária figueirense, no seu conjunto – situação e oposição -, já deu para ver, é manifestamente pior
que a anterior, em termos de funcionamento democrático.
Ataíde vai persistir no erro de
desvalorizar os figueirenses, a começar pelos do partido que o elegeu, e vai
acabar por temer ser vítima deles...
Quanto à Figueira ("e modéstia à parte também sou figueirense"), que isso é que me interessa... Esta cidade, merecia mais e muito melhor...
Magusto no Centro Social da Cova e Gala
À semelhança dos anos anteriores o Centro Social da Cova e Gala vai realizar o Magusto no dia 15 pelas 20 horas, tendo como animação cultural o Fado de Coimbra e os Cantares Populares da nossa região com a participação do Grupo “Guitarras de Coimbra” da Associação Menina e Moça e o Grupo de Cantares da Casa do Lavrador dos Casais de Cima de Maiorca.
Os interessados poderão efetuar as suas inscrições até ao dia 13, através de resposta ao e-mail ou pelo telefone 233 431 134.
terça-feira, 5 de novembro de 2013
Um acto de justiça
O grande blogueiro figueirense merece ser citado...
“João Ataíde decide vetar a presença de público numa das
reuniões de Câmara, no momento em que a Câmara é considerada a autarquia mais
transparente do país...”
“O PSD, em vez de se rir desbragadamente do medo do big
brother, ataca violentamente Ataíde, quando na maioria dos municípios
portugueses – como as autarquias PSD de Coimbra e Aveiro - só uma das sessões
de Câmara é pública...”
“Ataíde preencheu o seu gabinete com um secretário que é
jurista de profissão?! O homem esteve, pelo menos, 5 anos a estudar
constitucional, administrativo, reais, obrigações, com alguns dos melhores
lentes de direito do país, e acaba nisto, a escrever cartas para o Sr.
Presidente ...”
“João Portugal, o político que passou 4 anos a difamar João
Ataíde, não teve vergonha nenhuma e acabou vereador de Ataíde! E o Presidente,
em vez de colocar o rapaz a trabalhar – já é tempo! – transforma-o num vereador
sem tempo e sem pasta...”
"P.S. - Sabem como é que o gabinete de João Ataíde descreveu
as parcas atribuições de João Portugal no Executivo? Desta forma: João irá
coadjuvar nas “questões de promoção e apoio a medidas e acções visando o
desenvolvimento do comércio e da qualidade da oferta turística do município”.
Perceberam?! Existe a Associação Comercial e Industrial da
Figueira da Foz, mas será o inefável João Portugal a desenvolver o comércio figueirense!
E quanto à “qualidade da oferta turística do município”, o que irá fazer
Joãozinho?! Vai inspeccionar a qualidade de todos os quartos de hotel, pensões
e residênciais do burgo?! Vai provar todas as iguarias servidas à turistada nos
restaurantes do concelho?!
Há momentos em que fico com pena que a Câmara da Figueira
seja considerada a mais transparente do
país; porque é que esta frase tonta não ficou guardada a sete chaves?!”
Gosto de estar aqui. Por isto mesmo: para registar a «estória»...
Figueira da Foz, 4 de novembro de 2013.
Um dia diferente e importante.
Neste dia, realizou-se a
primeira reunião de Câmara, depois de Abril de 1974, à porta fechada, mas com nota de imprensa!
(«A Câmara Municipal da Figueira da Foz reuniu hoje pelas
15h00 no Salão Nobre do Município. No período antes da ordem do dia,
salientam-se os seguintes assuntos:
1. A vereadora Anabela Marques Tabaçó assinou hoje o seu termo
de posse como vereadora não executiva eleita pela coligação Somos Figueira;
2. O vereador do PS João Portugal levou a conhecimento da
Câmara um estudo que classifica a Figueira da Foz como o 4.º melhor destino
turístico de Portugal de acordo com a Trivago;
3. O Sr Presidente informou a Câmara das diligências tomadas
junto da CP no sentido de agilizar e corrigir os horários dos comboios que
fazem a ligação Figueira – Coimbra;
4. O Sr. Presidente apresentou o estudo que classifica o
município da Figueira da Foz como o mais transparente de Portugal;
5. Aproveitando este último assunto, o Sr. Presidente
informou que a Câmara Municipal está em via de ver aprovada uma candidatura de
cerca de 500.000€ tendo em vista um plano de reforma administrativa municipal
que prevê a criação de um Balcão Único. O Sr. Presidente informou ainda que se
está a desenvolver um trabalho que visa a alteração do site institucional do
município;
6. O Vereador António Tavares louvou o empenho e dedicação
dos funcionários do Museu e do CAE na organização e promoção do evento
denominado noite dos esqueletos que recebeu cerca de 500 visitantes;
7. O Presidente informou a Câmara Municipal que enviou um
voto de pesar às famílias dos náufragos que lamentavelmente perderam a vida na
passada
8. Informou ainda que está a acompanhar junto das entidades
responsáveis as questões relativas às condições de navegabilidade da barra
marítima;
Dentro do Período da Ordem do Dia, salientam-se os seguintes
aspectos:
1. Relativamente à taxa da derrama a aplicar para 2014, o
executivo apresentou uma proposta de manutenção das taxas aplicadas no ano
anterior, ou seja, 1,5% de taxa máxima e 1% de taxa reduzida;
2. A coligação Somos Figueira apresentou uma proposta complementar
que prevê a taxa máxima de 1,5%, a taxa reduzida de 0,5% e uma isenção total
para todas as empresas que se vierem a instalar em 2014 e que criem, no mínimo,
3 postos de trabalho;
3. Recebida a proposta, o Sr. Presidente decidiu adiar este
ponto para a próxima reunião de câmara e solicitar aos serviços um estudo de
impacto económico dessa proposta e se a mesma põe em causa o Plano de
Saneamento Financeiro em curso;
4. O Sr. Presidente deu conhecimento à Câmara da nomeação do
Sr Vereador António Tavares como Vice-Presidente».)
E pronto.
Confesso que estou deveras animado.
Esperam-nos 4 anos (quatro)
de comédia, nesta valente e nobre
Figueira...
segunda-feira, 4 de novembro de 2013
"A vitória de Pirro"
foto sacada daqui |
ANTÓNIO TAVARES É, A PARTIR DE HOJE, O VICE-PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DA FIGUEIRA DA FOZ
Primeiro dia em que se paga estacionamento no Hospital Distrital da Figueira da Foz, na Gala
À primeira vista, esta foto obtida há poucos minutos, poderia induzir-nos
no erro de estarmos em pleno verão, dada a quantidade de carros estacionados no parque exterior ao Hospital da Figueira, que no verão serve como apoio para estacionamento aos utilizadores da praia.
Hoje, contudo, como sabemos, está um dia
desagradável, ventoso, escuro, a ameaçar chuva. Um dia de outono carregado...
Então, estarão a interrogar-se os leitores: “a
que se deve tal quantidade de viaturas estacionadas naquele local, num dia destes”?..
Fácil de responder: hoje, é o primeiro dia em que se paga estacionamento
no parque que serve o Hospital Distrital da Figueira da Foz.
As pessoas podem apanhar frio, vento, chuva, areia na cara,
mas, sempre poupam os trocos do estacionamento...
Isto, vai sendo possível, enquanto os senhores da Câmara, via Figueira Parques,
não vêm este parque de estacionamento como mais um fonte de criação de riqueza
municipal!..
Se querem saber, em boa verdade, na Figueira já me admiro com muita pouca
coisa.Actualização:
Comentário oportuno e genial do meu Amigo Eng. António Guimarães, na minha postagem no Facebook.
Agora o argumento foi de que os banhistas ocupavam os lugares dos utentes do hospital. No verão o argumento será de que os utentes do hospital ocupam os lugares dos banhistas, indispensáveis à economia da Figueira. Assim, passarão a pagar os utentes do hospital e os banhistas. Dinheiro em caixa, plim!
A banalização da fome
Em 2010 o Arnaldo Antunes, um professor de profissão que vinha aqui desabafar do seu quotidiano profissional, escreveu um artigo intitulado A Fome nas Escolas onde narrava o seu encontro com uma mãe com “2 litros de leite e meia dúzia de batatas para dar aos dois filhos.“
O que foi escândalo em 2010 banalizou-se em 2013. A fome anda por aí, divertindo-se nas ruas, escalando as sopas dos pobres, descendo aos hospitais e às escolas, fazendo a alegria de tanta católica que finalmente tem pobrezinhos em abundância para a sua esmolinha dar.
Via Aventar
Neste ano da graça de 2013 a Carla Romualdo veio denunciar outras fomes que descobriu num Hospital público e central:
era frequente as visitas comerem as refeições destinadas aos doentes. Sentavam-se ao lado dos pais, avós, irmãos, maridos ou mulheres e iam debicando do seu prato, ou ficando com a parte de leão.
A fome é a fome e é a fome, não há fomes mais fomes do que outras...O que foi escândalo em 2010 banalizou-se em 2013. A fome anda por aí, divertindo-se nas ruas, escalando as sopas dos pobres, descendo aos hospitais e às escolas, fazendo a alegria de tanta católica que finalmente tem pobrezinhos em abundância para a sua esmolinha dar.
Via Aventar
Esta nossa barra (V)
Hoje de manhã, ao fazer o meu percurso pela beira mar da freguesia de S. Pedro, ao deparar com estas redes que pertenceram ao "Jesus dos Navegantes", dadas à costa alguns dias depois do naufrágio ocorrido à saída desta nossa barra, onde se perderam quatro vidas, lembrei-me disto que havia escrito há poucos dias neste blogue.
Quantas pessoas é preciso morrer ainda para que tal aconteça?.."
Antes da divulgação da nota de imprensa
No seguimento do post anterior, e propositadamente antes da
divulgação da nota da imprensa que há-de dar conta do que se passou na reunião
camarária de hoje, acrescento o seguinte.
A Câmara Municipal da Figueira da Foz vai ser ultrapassada pelos acontecimentos, eventualmente sem o perceber.
O que não vai ser positivo.
Se devido à falta de seriedade de uma parte significativa da
comunicação social figueirense a Câmara tivesse
de mudar para uma estratégia de defesa, obrigando-a a fechar-se para conseguir alguma tranquilidade,
isso poderia ser tido em conta. Mas, não me parece que tal tenha acontecido alguma vez.
Os tempos, hoje, passados 40 anos sobre o 25 de Abril de
1974, são e estão diferentes.
As coisas mudaram e em certo sentido para melhor.
As pessoas – pelo menos aquela minoria que ainda se vai
interessando por estas coisas – habituaram-se
até a aproveitar essa grande ferramenta que é a
internet para acompanharem as reuniões camarárias. Maus hábitos democráticos, pelos
vistos...
Apesar da eficiência
com que conseguiu terminar o primeiro mandato, João Ataíde não pode alhear-se
da realidade dos tempos que passam.
A realidade, em breve, vai provar-lhe isso mesmo.
Na Figueira, a primeira reunião camarária à porta fechada, depois do 25 de Abril de 1974, realiza-se hoje...
foto sacada daqui |
Hoje, é um dia que
vai ficar na história da democracia da nossa cidade: realiza-se a primeira
reunião da Câmara da Figueira da Foz à porta fechada desde o 25 de Abril de
1974.
Tal, registe-se, fica a dever-se à maioria absoluta
de João Ataíde obtida nas autárquicas do passado dia 29 de setembro.
As forças políticas com assento na assembleia municipal, mas
sem representação na vereação camarária, por unanimidade, em declarações hoje
publicadas no jornal AS BEIRAS, estão contra a decisão da maioria absoluta de Ataíde e dos
seus vereadores.
António Baião, dirigente local do PCP e candidato que ficou
a cerca de 40 votos de ter sido eleito vereador:
“Sendo a decisão apenas justificada com os dossiês reservados,
não concordo nem compreendo, porque todas as matérias devem ser do conhecimento
dos munícipes. Portanto, não compreendo a necessidade de se realizarem reuniões
de câmara à porta fechada.”
João Paulo Tomé, deputado municipal do Bloco de Esquerda:
“Não concordo. As reuniões de câmara até deviam ser mais
públicas do que são.
Até parece que as pessoas (os decisores) têm coisas para
esconder… Pondo-me na posição de quem tem a responsabilidade de governar o
concelho da Figueira da Foz, governaria à frente de toda a gente, para não haver
dúvidas e em nome da transparência.”
Vânia Isabel Batista, deputada municipal do CDS/PP, eleita
na lista da coligação “Somos Figueira”.
"Não concordo com a decisão.
Respeito-a, porque é legal e o executivo tem maioria
absoluta, que lhe foi dada pelos figueirenses nas eleições autárquicas.
No entanto, não consigo descortinar a necessidade de fechar
as reuniões ao público. Este tipo de decisões afasta cada vez mais os eleitos
dos eleitores."
Mesmo no seio da maioria socialista, a medida gerou alguns incómodos. Sabe-se que
até no executivo, dois vereadores
e também militantes do PS - Carlos
Monteiro e António Tavares – revelaram discordância,
no recato dos bastidores da vereação socialista, tendo, no entanto, votado a
favor da proposta do presidente Ataíde na reunião de câmara do passado dia 24
de outubro - que é aliás a sua única
tomada de posição pública conhecida.
Também na oposição camarária, logo na primeira reunião, deu
para notar algumas divergências...
Miguel Almeida, foi o
único a votar contra. João Armando
Gonçalves e Azenha Gomes, optaram pela abstenção. Anabela Tabaçó, esteve
ausente.
E pronto.
Hoje, vai ficar
consumada a vontade de João Ataíde: fechar a primeira das duas reuniões de
câmara mensais ao público e aos jornalistas.
Se a medida vai ter caráter
experimental, ou vai vigorar no decorrer de todo o actual mandato, é o que
veremos nos próximos capítulos.
Entretanto, aos poucos que ainda se interessam pelo que se passa na sua cidade, resta aguardar pela divulgação da prometida nota de imprensa, sobre a primeira reunião camarária fechada da história da
democracia figueirense pós 25 de Abril de 1974.
Para memória futura: tal fica a dever-se a uma maioria absoluta do
Partido Socialista.
Terá o dr. Mário Soares, o Patriarca do PS, e um apoiante interventivo na eleição desta maioria absoluta alcançada por João Ataíde, conhecimento do facto?
Será com decisões destas que se vai conseguir reforçar a participação dos figueirenses na vida colectiva da sua cidade?
As pessoas, como sabemos, cada vez comparecem em menor número aos actos eleitorais.
E se os políticos sempre pensassem nisso - principalmente, fora das campanhas eleitorais!..
Será com decisões destas que se vai conseguir reforçar a participação dos figueirenses na vida colectiva da sua cidade?
As pessoas, como sabemos, cada vez comparecem em menor número aos actos eleitorais.
E se os políticos sempre pensassem nisso - principalmente, fora das campanhas eleitorais!..
domingo, 3 de novembro de 2013
A Figueira profunda
De 4 em 4 anos temos campanha eleitoral autárquica.
Pouco tempo depois, pelo que tenho observado nos últimos 10 dias,
já deu para constatar que a campanha
eleitoral para as autárquicas, de setembro passado, aqui na nossa cidade, foi, provavelmente, o momento colectivo em que a comunidade de
destino comum, que somos, ficou mais à mostra nos últimos tempos.
Entretanto, para o
bem e para o mal, já deu para ver um pouco de tudo.
E - o que é mais
preocupante, se pensarmos em termos do nosso futuro colectivo - sobretudo, muito de nada.
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