quarta-feira, 18 de setembro de 2013
115 minutos, quanto a mim, bem aproveitados...
registo fotográfico de Pedro Agostinho Cruz, sacado daqui |
Gostei da forma como
decorreu o debate autárquico da tarde de ontem no auditório da Incubadora de
Empresas, no Parque Industrial da Gala, com os 5 candidatos à Câmara, sobre o
tema "Figueira, que futuro".
A organização deste debate foi da Consultraining e a
moderação de José Cardoso Bernardes.
Embora a estrutura fosse a mesma, a diferença, pela positiva, esteve no
moderador, que ao trazer questões concretas, tornou o debate mais interessante e
esclarecedor.
João Paz Cardoso, que me tinha impressionado positivamente
no debate do CAE, esteve, desta vez, uns furos abaixo, perdendo-se em respostas
globais e genéricas.
Um exemplo: “Tivemos uma frota pesqueira importante e é bom
não esquecer que Cavaco Silva foi o agente funerário do sector. A União
Europeia continua a prejudicar-nos e a enterrar-nos”.
Jorge Monteiro, entrou mal no debate. Logo na intervenção
inicial, graças a uma péssima gestão do tempo ao seu dispor, gastou os 5 minutos
sem dizer nada de concreto. Depois, com o decorrer do debate melhorou a prestação.
Um exemplo.
“Nem sempre a relação entre o trabalhador e o
empregador é a mais saudável. A Câmara pode mostrar que as pessoas são a
primeira razão de ser da sua candidatura. Eu hoje vejo que as pessoas estão
paradas, à espera de algo. Falta-lhes um líder que diga «vamos por aqui»”.
João Ataíde, pareceu-me numa posição defensiva, de quem vem essencialmente
para prestar contas.
Um exemplo.
“Este é
um processo e uma candidatura de continuidade e da necessidade de concluir
alguns projectos.
Ao longo deste ano exercemos uma actividade discreta e não
discutida ou anunciada nos jornais. Recordo a negociação com os Estaleiros
Navais. Não se perdeu uma unidade, mas lamento que não tenha cumprido o que
prometeu. Lamento ainda que o ministro da Economia não tenha tido a coragem de
avançar para uma ruptura de contrato.
Tudo isto, porém, não pode andar na praça pública, há que ser
discutido com moderação. Há muito a fazer, quero envolver-me mais nesta tarefa
de desenvolvimento local. E farei sempre de forma discreta”.
Miguel Almeida, no essencial, veio a debate para tentar explicar o
Compromisso Eleitoral, que pretende transformar, em caso de vitória, no programa de governo
municipal.
A meu ver, neste debate Miguel Almeida melhorou o
desempenho. Sobretudo, o que me agradou sobremaneira, pareceu-me mais autêntico
e sincero na defesa das suas posições.
Um exemplo.
“A resolução da acessibilidade marítima é uma questão
prioritária. Não é preciso fazer guerra, mas há momentos para tudo e em alguns
deles temos de levantar a voz. A administração portuária passou para Aveiro e
não temos um figueirense lá. A questão de fundo é esta, da questão da entrada
da barra. A dragagem é estruturante para a Figueira”.
(Abro um parêntesis, para lembrar ao Miguel Almeida que
houve, em devido tempo, quem alertasse para as consequências do prolongamento
do molhe norte. Neste blogue tem muitos exemplos, basta colocar no canto
superior esquerdo as palavras “erosão costeira” e clicar. Só para avivar
a memória, fica uma carta do SENHOR MANUEL LUÍS PATA,
publicada no dia 26 de Março de 2007, no “Diário de Coimbra”, pág. 8, na secção
Fala o Leitor, com o título “Erosão das
Praias”, que pode ser lida clicando aqui).
Falta referir a prestação de António Baião.
O candidato da CDU, que também esteve francamente melhor neste
debate, mostrou ter feito “o trabalho de casa”. Trouxe questões concretas à
discussão, logo na intervenção de abertura - saúde, escola, transportes
públicos...
Sempre alinhado e fiel à linha partidária que apoia a sua candidatura,
falou uma linguagem directa, simples e facilmente percetível.
Um exemplo.
“Sei os problemas por
que passam os pescadores, o que ganham e como vivem, como é feita a má distribuição
da riqueza. Sei como funcionam os armadores.
Sobre o molhe norte, antes de o construírem, talvez
devessem ter falado antes com os homens do mar”.
terça-feira, 17 de setembro de 2013
Maria Luís
Eu, se fosse mulher, ficava lixada se a imagem da
mulher-moderna estivesse a evoluir num sentido negativo, como em minha
opinião, nos últimos meses, tem vindo a acontecer relativamente ao aspecto sentimental,
emocional, afectivo, relacional.
Claro que isto, a meu ver, está intimamente ligado com a permanência de Maria Luís Albuquerque no actual governo.
Entretanto, tenho pena que tenhamos tido tão pouca sorte nas escolhas...
Todos conhecemos Ruy de Carvalho, aquele actor sagrado e consagrado que se atirou aqui há atrasado ao governo.
Mas, «porque acredita nesse tipo de formatação política», afinal não renegou o padrinho...
Deve
ter tido apenas uma branca, ou estava a ensaiar Brecht e saiu-lhe aquela carta.
Entretanto, como a foto sacada daqui mostra, enquanto não
lhe cortam outra vez a reforma, recolhe votos para o PSD/CDS entre os fregueses
de S. Domingos de Benfica.
Algo de novo na politica figueirense
A campanha eleitoral, oficialmente, começou hoje.
Como já explicou aqui, o meu Amigo Fernando
Campos não é imparcial.
Por isso mesmo, o seu blogue também vai
à luta.
Só que o Fernando, “como não sabe fazer discursos (cada
um é para o que nasce), faz desenhos. A partir de hoje, editará onze vinhetas
(ou cartazes digitais, ou lá o que é - uma por dia até ao dia 27) com outros tantos motivos visuais para tentar convencer o eleitorado a
votar (ou não votar) na CDU, a coligação cujas listas integra".
Ora cá está algo de novo na politica figueirense:
uma campanha criativa feita sem meios financeiros.
Vou estar atento.
Recomendo que façam o mesmo, pois
conhecendo o Fernando como conheço, afirmo desde já que vai valer a pena.
Feito ao bife...
2013, apesar de tudo, pelo menos para mim, tem passado muito depressa.
Parece que o dia 1 de Janeiro ainda foi ontem e eu passeava
alegremente pela baixa da Figueira, feliz por viver numa cidade com sol e uma
brisa fresca a dar as boas-vindas ao novo ano.
E agora, assim tão depressa, o ano já está velho e gasto,
com pouco de novo para revelar.
Pelo andar da carruagem, a não ser ainda mais desgraças.Como esta...
"Touros fugitivos de Viana: um está em parte incerta, outro está feito ao bife"...
segunda-feira, 16 de setembro de 2013
Igual a si próprio...
O Porto tem três tipos de campanha: as controladas, as mais humildes e a de Luís Filipe Menezes.
Que raio: mas o que é isto?..
Toca o telefone.
"Boa tarde", diz a voz de uma simpática menina do outro lado da linha, "fala de uma consultora. Importa-se de responder a um inquérito sobre a Câmara Municipal da Figueira da Foz?"
"Com certeza", respondo eu. "Mas, primeiro, pode dizer-me o nome da consultora?"
"De momento não posso", retorquiu do outro lado da linha a simpática menina.
"Então, assim sendo, não respondo. Se me informar para quem estou a prestar informações, terei todo o gosto em responder..."
"De momento não posso", foram as últimas palavras da simpática menina do outro lado da linha...
E desligou...
Aconteceu há pouco mais de 5 minutos...
Que estranho!..
"Boa tarde", diz a voz de uma simpática menina do outro lado da linha, "fala de uma consultora. Importa-se de responder a um inquérito sobre a Câmara Municipal da Figueira da Foz?"
"Com certeza", respondo eu. "Mas, primeiro, pode dizer-me o nome da consultora?"
"De momento não posso", retorquiu do outro lado da linha a simpática menina.
"Então, assim sendo, não respondo. Se me informar para quem estou a prestar informações, terei todo o gosto em responder..."
"De momento não posso", foram as últimas palavras da simpática menina do outro lado da linha...
E desligou...
Aconteceu há pouco mais de 5 minutos...
Que estranho!..
E se a democracia funcionasse?..
Andam para aí a espalhar que a democracia é cara.
Eu atrevo-me a dizer mais:
a democracia, além de cara, é complicada.
A democracia precisa
de pessoas conscientes, que sejam saudáveis, tenham passado pela escola e tenham trabalho.
Numa democracia ideal
(eu sei que não existe...), o cidadão com
direito ao voto, também deveria estar em condições de ser ele o eleito e poder estar à
frente dos destinos de uma freguesia, de um concelho ou mesmo do País.
Mas, para isso, era necessário vivermos numa sociedade onde
o direito à saúde, à educação e ao
trabalho fosse acessível a todos.
Só assim será talvez possível um dia termos cidadãos saudavelmente democratas e em condições de promoverem e defenderem a democracia.
Por isso, é preciso uma sociedade onde haja Liberdade a
sério (como disse o Sérgio Godinho: com paz, saúde, habitação, educação,
trabalho...)
Os grandes capitalistas nacionais e internacionais, latifundiários,
generais e ditadores não precisam da democracia para nada - só os atrapalha, prejudica e ameaça.
As sociedades pobres e miseráveis, como a que está a ser
reconstruída em Portugal por este governo - e isso é perigoso - não sabem
sequer para que serve a democracia.
Daí, como dá conta quem anda no dia a dia pela Aldeia e pela
cidade, os danos que todos os dias são infligidos à democracia no nosso país.
Algumas pessoas
chegam ao ponto de abominar a democracia...
Oxalá me engane, mas vamos todos ver os números da abstenção nas eleições de 29
de setembro próximo.
Este é um caminho perigoso. Cada vez os portugueses - nós todos – estamos mais à mercê dos
tiranos, dos brutamontes e dos
desesperados.
Todos os partidos políticos, a meu ver, têm culpas no cartório, pois nunca
se preocuparam em promover a pedagogia
do pensamento crítico no seu interior. Mais ainda: cedo fazem sentir a quem
ousar colocar “pedras na engrenagem da máquina partidária”, que esse produto (a
critica...) deve ser usado com muita moderação e parcimónia. Aliás, o mesmo se passa na
sociedade civil. Quem ousa promover o debate, colocar questões ou exprimir discordância com
o pensamento dominante não é lá muito
bem visto pelos poderes...
Aqui, convém colocar um ponto de ordem ao texto: uma democracia
precisa dos partidos.
Porém, o combate ao populismo, à demagogia, ao oportunismo, aos
aproveitamentos pessoais, enfim, tudo o que tem sido normal na vida política em
Portugal nas últimas duas décadas, pelo menos, combate-se com a limpeza e higiene intelectual em todos os partidos. Ser
inteligente não é ser da esquerda ou da direita...
Ser inteligente é tentar contribuir, dentro das suas
possibilidades e limitações, para que a democracia funcione o melhor possível.
Temos homem?
foto sacada daqui |
Não acredito no "pai natal", mas ainda não estou incrédulo de todo...
Mesmo um líder fraco, perante uma situação difícil, pode ver-se obrigado a
tomar medidas fortes, para não se mostrar fraco...
Vejamos o que Paulo Portas afirmou ontem.
Por outras palavras.
Querem ver que a “troika” que hoje aterra , mais uma
vez, em Portugal, dificilmente
terá possibilidade de escapar à fúria de Portas!..
Será que temos homem?
"A ver vamos", como diria o ceguinho...
"A ver vamos", como diria o ceguinho...
Idiotas úteis...
Este governo especializou-se na arte de declarar guerras aos portugueses, em nome da paz, bem estar e do progresso da Pátria.
Nem se enxergam...
Por enquanto ainda são os que fazem o turno de serviço como idiotas úteis...
São os que, no actual momento, fazem o trabalho sujo dos poderes ocultos.
Dentro em pouco, outros serão os escolhidos...
Faltam 13 dias para as autárquicas...
"PSD quer reforço de apoio social aos idosos"
- Marco António Costa, Vice-Presidente do partido que lidera a coligação que sustenta o actual governo!..
Aqui Sou Feliz!
“Figueira da Foz, Aqui Sou Feliz” é o tema da Exposição Coletiva de Fotografia que vai ser inaugurada sexta-feira, 20 de setembro, pelas 10:30, e que ficará patente até 20 de outubro no Mercado Municipal da Figueira da Foz.
A iniciativa de organizar esta exposição partiu da Página da Figueira da Foz no Facebook, com o apoio total da Divisão de Cultura da Câmara Municipal, tendo por objetivo reunir e promover num mesmo espaço, de forma despretensiosa, o trabalho fotográfico de diversos profissionais e amadores, verdadeiros embaixadores do concelho nas diversas redes sociais e mais relevantes sites especializados na área da fotografia.
Em exposição vão estar fotos de Bianca Nerlich, Celso Silva, Cíntia Sofia, Filipe Brás, Jaime Albarino, João Silva, Jorge Ribeiro, José Alberto Ferreira, Luís Cavaleiro, Luís Pessoa, Nestor Santos, Miguel Madureira, Paulo Madureira, Pedro Agostinho Cruz, Pedro Martins, Rui Paulo Gonçalves, Rui Santos, Sérgio Vieira, Susana Cardoso e Susana Monteiro.
Ordenamento da orla costeira
foto Pedro Agostinho Cruz |
Os trabalhos decorreram no Arquivo Biblioteca e Centro de Documentação do
CEMAR-Centro de Estudos do Mar, onde teve lugar uma sessão de trabalho e filmagem
para o canal de televisão franco-alemão ARTE (dir. Christina Dengen
[MedienKontor]), com a participação de vários intervenientes ligados ao
Património Natural e Ambiental, ao Surf, à Pesca, e à História e Cultura
Marítima, das regiões portuguesas da Beira Litoral, Foz do Mondego, Mira,
etc..,
Neste encontro, que o CEMAR teve muito gosto em albergar - no âmbito das suas colaborações especializadas, nesta área cultural e
científica, com todas as entidades locais, nacionais e internacionais -, marcaram
presença, nomeadamente, Sérgio Barroso (CEDRU), coordenador da revisão do POOC
- Plano de Ordenamento da Orla Costeira de Ovar à Marinha Grande, José Vieira
(pescador da Praia de Mira), presidente da Associação Portuguesa de
Arte-Xávega, Miguel Figueira (O Mar à Cidade) e Eurico Gonçalves (SOS
Cabedelo), surfistas e ambientalistas da Figueira da Foz, Rosa Amélia, figura
da comunidade piscatória de Buarcos, Armando Caiano e outros elementos da
companha do "Voz do Mar", "Barco-da-Arte" da Costa de Lavos
(Figueira da Foz), Alfredo Pinheiro Marques (Centro de Estudos do Mar - CEMAR).
Os temas tratados foram, sobretudo, os sociais e históricos,
das condições actuais, e das dificuldades, das comunidades dos pescadores
dedicados à pesca de cerco e alar para terra (actualmente, em Portugal,
designada legalmente como "Arte-Xávega"), ou os ambientais, das
condições actuais, e das dificuldades, dos litorais arenosos onde na Beira
Litoral são praticadas as actividades marítimas como o Surf ou a Arte-Xávega
(as dificuldades devido à erosão do litoral e ao assoreamento que se estão a
avolumar cada vez mais). Afigurou-se portanto agora muito interessante, e
meritória, a oportunidade de contribuir para um espaço de diálogo, de
reconhecimento mútuo, de troca de experiências, e de divulgação pública dos
seus pontos de vista, entre quem planeia e ordena o "Mar Português" e
quem o utiliza nas actividades de ondas (como são o Surf e a Arte-Xávega). E
esse encontro e esse diálogo eram mais do que necessários, e já desde há muito
desejados, e por isso fazem-se votos de que dele possam sair frutos para o
futuro, e estas actividades venham a ser devidamente tidas em conta no Plano de
Ordenamento da Orla Costeira, e soluções possam ser encontradas para a
sustentabilidade dos litorais onde são praticadas.
domingo, 15 de setembro de 2013
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