Por vezes, dou por mim a pensar que, certos figueirenses,
olham a Figueira, como eu jogo no euromilhões: deixo a mão ser comandada por essa outra
qualquer coisa que me é alheia.
Até hoje, os números por mim escolhidos não têm sido mais
que sequências frustradas, semana após semana, ou quando me lembro de tentar a
sorte.
No entanto, nas vezes que jogo, tenho esperança que esses palpites me levem um dia a um porto desconhecido.
Abastado, sem dúvida alguma.
Temos de continuar a confiar na sorte.
Como eu entendo certos figueirenses…