domingo, 26 de maio de 2013
sábado, 25 de maio de 2013
O esplendor da direita…
Ricardo Salgado: “Portugueses preferem o subsídio de desemprego” …
Em tempo.
Nos tempos que correm em Portugal, as castas iluminadas – de que fazem parte os banqueiros, gestores e
economistas de topo, membros de conselhos de administração, governantes, e afins -, que, todos juntos, não devem ser mais que um por cento da
população, ganharam o hábito de chamar
privilegiados à maior parte dos restantes 99 por cento.
Daqui, estranhamente, está a dar-se uma inversão do sentido de privilegiado.
Hoje, chama-se privilegiado a alguém que tenha perdido o emprego,
e esteja a receber subsídio.
Este mero facto é a ilustração grotesca de quão baixo e
mesquinho descemos em Portugal…
A continuar assim, a breve trecho, serão "privilegiados" todos
aqueles que não estiverem a morrer de fome…
Curiosamente, porém, nunca são estes que trazem o tema do
privilégio para a praça pública. Os desempregados não atacam o privilégio de se
ter um emprego; querem apenas conquistá-lo.
Mas um banqueiro como este Salgado, que tem poucas oportunidades
de ficar desempregado, defensor da
liberalização dos despedimento em Portugal - a benefício, supostamente,
dos desempregados – ainda tem o desplante de dizer o que diz…
Aliás, é vulgar nos jornais, facilmente encontramos senhores que podem determinar o valor das
suas pensões ou aumentar-se legalmente a si mesmos, que acusam o cidadão
comum de, com os seus “privilégios”, estar a colocar em risco a sobrevivência
de Portugal.
A esses senhoritos aproveito para
lembrar o que dizia o padre António Vieira: “se é preciso muito peixe miúdo
para alimentar um peixe grande, somente um peixe grande bastaria para alimentar
muitos pequenos.”
Chegados aqui em que é que ficamos?
Ficamos a pensar, o
que já não é pouco, - não sendo embora um “privilégio” - nos cerca de 500 000 desempregados que não têm direito a subsídio...
Uma palavra para o Miguel
Na Figueira, a vida democrática tem existido com alternância de
poder, e é por isso que andas por cá a mostrar a mensagem que queres passar.
"O Miguel está aqui, anda a ver tudo. E vai tomar conta de tudo.
Comigo, o futuro da Figueira brilhará…
E brilhará de todas
as maneiras possíveis, até ao infinito."
Felicidades Miguel.
A Figueira merece-te.
E tu mereces a Figueira.
Vai ser difícil?
Vai… Mas se calhar, mais uma vez,
estarei errado...
A direita no seu esplendor...
"Nem todos tiveram a oportunidade de assistir ao debate, há uns dias, sobre uma proposta de resolução dos Verdes que recomendava ao Governo o acesso à Constituição (CRP) por todos os alunos e a inserção do ensino da mesma nos programas curriculares.
Naturalmente, caberia ao Governo a concretização da recomendação. Não se tratava de pedir a alunos de 15 anos que estudassem a lei das leis como a mesma é estudada numa disciplina de direito constitucional no curso de Direito.
O que estava, e bem, em causa era permitir que os estudantes concluíssem a sua escolaridade com uma capacidade de cidadania acrescida. Saberem o que é a CRP; conhecerem os seus princípios básicos, como o da igualdade; conhecerem os (seus) direitos e deveres fundamentais; perceberem o sistema político no qual estão integrados, desde logo pelo direito ao voto; nesse sentido, por exemplo, ser-lhes facultado o estudo dos órgãos de soberania e das respetivas competências fundamentais; enfim, isto.
Para surpresa de toda a esquerda, a direita levantou-se como um equinócio contra a proposta. Como se a CRP fosse esquerdista ou ideológica ou rígida e aleijasse menores.
Sendo a CRP naturalmente de todos e tendo a direita votado favoravelmente todas as revisões constitucionais, desde logo ao lado do PS, a argumentação no debate foi um embaraço.
Um Deputado do PSD explicou como, noutras disciplinas – como a de história – se ensina a evolução constitucional portuguesa desde 1822. Sim, dizia, os alunos sabem que depois houve a Carta de 1826 e – pasme-se – também estudaram a primeira Constituição republicana, a de “1933”. O Deputado, provavelmente escutado por jovens, não sabia que deu-se o caso de uma revolução republicana em 1910 e de uma consequente e primeira Constituição republicana, a de 1911. Parece que o republicanismo constitucional se iniciou, então, com uma Constituição fascista.
Dir-se-á que erros acontecem, mas os Deputados escolhidos para intervir devem ser os mais preparados na matéria em questão."
Via Aspirina B
sexta-feira, 24 de maio de 2013
Mais uma contrariedade para a Naval: terreno onde esteve durante décadas a sede da Associação Naval 1º de Maio foi penhorado e vai ser vendido em hasta pública
Para ler clicar em cima da imagem. Outros pormenores aqui. |
"Houve corrupção no jogo entre Naval e Moreirense, disputado em 29 de Abril de 2011"…
Peço desculpa pela publicação consecutiva de posts pouco motivadores...
Mas, entre a corrupção na futebol, a evolução da
economia nacional e o decorrer da pré campanha autárquica na nossa cidade, estou
com alguma dificuldade em encontrar razões para andar sorridente.
Valha-nos o tempo, que parece estar a aquecer e a consequente inflexão no
peso total da indumentária feminina, que
o calor costuma provocar...
Ideologia territorial
Aos que insistem em achar que não apoiar a candidatura de
Miguel Almeida é um preconceito ideológico e que defendê-la é pragmático, eu
respondo: defender a candidatura de Miguel Almeida é fragilizar gravemente a coesão territorial do concelho da Figueira da Foz.
Conscientemente, ou deliberadamente, para um figueirense haverá algo mais ideológico
que isto?
E assim aconteceu...
“Em circunstâncias normais, o Presidente da República já devia ter mandado o Governo para as urtigas”.
Quem o disse foi Freitas do Amaral, na Figueira da Foz.
daqui
Quem o disse foi Freitas do Amaral, na Figueira da Foz.
daqui
Curiosidades marginais (I): Já sabem quem é o pai do Oásis?...
Pedro Pinto, um inventor português, natural de Leiria e,
actualmente, a residir em Mafra, acha-se com direito à autoria original do
«Oásis» da praia da Figueira.
A «bronca» deu-se na reunião Camarária do passado dia 15 de
Setembro de 1999, quando Pedro Pinto questionou a actual vereação, ao afirmar
ter entregue em 1996 na autarquia figueirense um projecto com o mesmo nome e
localização. Segundo o inventor, no projecto entregue há três anos constava a
«construção de um corredor perpendicular à praia e outro paralelo à marginal,
este último com passagens inferiores aos passadiços que são usados pelos
banhistas».
Os corredores seriam destinados ao transporte de turistas a camelo,
para a praia e vice-versa, e passeios ao longo do areal. Este projecto,
entregue em 1996, contemplava ainda «um lago com repuxo com cascata baixa, uma
zona arborizada, bar, jardim tipo oásis com rio e lago pequeno e uma possível
discoteca /bar subterrânea». Uma fase posterior, contaria também com «um ou dois
bares ao longo do corredor paralelo à marginal».
Sendo verdade que Pedro Pinto apresentou o projecto na
Câmara em 1996, mas que o mesmo foi indeferido pelo facto do «areal da praia
fazer parte dos designados espaços naturais, sendo também área da REN, de
acordo com o estipulado no PU em vigor», pergunta um leigo: o que é que,
entretanto, foi alterado para obviar estas dificuldades processuais e
implementar a execução em tempo record do oásis figueirense?
Será por o actual projecto – o que foi realizado – ter
eliminado os camelos?
Com animais típicos do Norte de África, ou sem animais
típicos do Norte de África, a dúvida subsiste:
Quem é o verdadeiro pai do oásis?
É que, pelos vistos, afinal havia outro ?!..
Em tempo.
Crónica Marginal de
António Agostinho, 19 de Setembro de 1999, publicada no jornal Linha do Oeste
António Gil Cucu ganhou um prémio há um ano. Para todos estes obcecados que confundem coração, cabeça e estômago com a carteira, um estudante de Latim, ainda que internacionalmente reconhecido, nunca será um empreendedor, porque estas coisas da cultura não dão dinheiro, não têm mercado, não geram emprego. António Gil Cucu, com tantos defeitos, ainda pode vir a doutorar-se, que é meio caminho para que o mandem calar.
Há cerca de um ano, um jovem de 16 anos ganhou um concurso internacional de Latim, graças ao seu próprio esforço, à competência dos professores, ao acompanhamento dos pais e apesar do desinteresse do Ministério da Educação, talvez porque o dito concurso se relacionava com um assunto estranho ao referido ministério: a Educação.
Esta semana, outro jovem ganhou notoriedade por, na opinião de muitos, ser um exemplo de empreendedorismo e por, para cúmulo, ter conseguido calar Raquel Varela, uma doutorada que acumula, ainda, o defeito de ser de esquerda.
O caso de Martim Neves, o jovem empreendedor, tem sido aproveitado por uma certa direita muito marialva para reforçar a comunicação de algumas ideias. Por outro lado, alguma esquerda distraída criticou o tom doutoral da doutorada ou a falta de oportunidade da sua intervenção. Entre defesas e contra-ataques respigados aqui e ali, foi possível assinalar as seguintes atitudes/afirmações:
- Martim Neves é virtuoso, porque soube aproveitar uma oportunidade e ganhar dinheiro com isso, factores que dispensam qualquer reflexão ética, moral ou social;
- é a inveja que move os críticos de Martim Neves;
- Martim Neves é extraordinariamente inteligente, apesar de ser jovem, e deve ser preservado das críticas ou da obrigação de reflectir sobre as suas responsabilidades de empregador porque é jovem;
- Martim Neves, alegadamente, cria emprego, ao contrário de todos os inúteis que o criticam, o que é razão suficiente para retirar razão aos críticos;
- se o crítico de Martim Neves é funcionário público, incorre em três pecados capitais num mundo em que só o empreendedor é virtuoso: o funcionário público inveja o empreendedor, o funcionário público não cria emprego e o funcionário público é, por definição, preguiçoso;
- se o funcionário público for professor, qualquer defeito típico do funcionário público sofre um aumento exponencial, porque não há ninguém mais invejoso, infértil de empregos e preguiçoso do que o professor;
- Raquel Varela não tinha o direito de chamar a atenção de Martim Neves para as condições de trabalho dos operários, porque, muito provavelmente, ela própria poderia estar a vestir uma peça feita na Índia ou poderia estar a usar um computador montado na China;
- do ponto anterior, conclui-se que, a partir do momento em que, por distracção, inércia ou outra razão qualquer, tenhamos na nossa posse um objecto que resulte da exploração de trabalhadores, ficamos impedidos de ter uma opinião negativa sobre a exploração de trabalhadores;
- de qualquer modo, Raquel Varela, como esquerdista limitada, é incapaz de perceber que o empreendedor não tem de se preocupar com problemas laborais;
- Martim Neves comportou-se como Jesus entre os doutores, ao calar a doutorada Raquel Varela com o argumento de que é melhor ganhar um ordenado mínimo do que estar desempregado;
- do ponto anterior, deduz-se que a opinião do empreendedor sobre a vida de quem ganha o salário mínimo é muito mais importante do que a da própria pessoa que ganha o salário mínimo;
- à semelhança do que acontecia noutros tempos, a pessoa que receba o salário mínimo deve limitar-se a agradecer a oportunidade de receber o salário mínimo, porque há sempre a hipótese de estar pior;
- subentende-se, aliás, que quem ganha o salário mínimo, tal como quem não arranja emprego, só está como está porque não quer estar melhor.
As vergonhas que o Partido Socialista passa…
Que os rapazinhos das juventudes socialistas não saibam quem é o Cónego Melo, dá para perceber...
Pelo caminho
que isto leva qualquer dia pensam que o Tratado de Tordesilhas foi assinado
pelo Durão Barroso.
Que o Mesquita Machado, esse exemplar do empreendedorismo
avant la lettre, queira fechar com chave de ouro a sua presidência da Câmara,
também não é assim tão surpreendente...
Afinal, parece que é mesmo como ele diz e foi assim que, ele, como tantos, subiu na
vida: "não tem qualquer tipo de significado a ideologia da pessoa”.
Em tempo.
"O patriotismo é o último refúgio de um canalha",
Samuel Johnson.
quinta-feira, 23 de maio de 2013
Querida Europa…
Como diria o meu saudoso o
querido Zé Martins, “anda tudo doido”!...
Tributo a Georges Moustaki
Ontem, dia 23 de Maio de 2013, morreu o cantor anarquista Georges Moustaki - o Estrangeiro -, judeu errante e grego de Alexandria, nascido em 1934 no Mediterrâneo; poeta, amante, e habitante, de Edith Piaf e de outras Mulheres, e do coração de Paris, e de outras Ilhas, e da França da Liberdade; e que, ao longo das décadas do século XX, nos acompanhou, a todos nós, nos tempos das nossas vidas.
Em tempo.
Os meus agradecimentos ao Professor Alfredo Pinheiro Marques e ao Dr. Luis Pena pela informação.
Pondo de lado a demagogia - desculpem, aliás, a ideologia…
imagem sacada daqui |
“Não tenho problemas ideológicos”, disse um dia destes o
candidato Miguel Almeida.
E acrescentou: “Somos Figueira, por convicção, não me
posso barricar unicamente no meu partido”.
E assim vamos indo, de pragmatismo
em pragmatismo, metendo a ideologia de parte...
Todas as cautelas são poucas - da ideologia a malta, sem pensar, poderia passar a valores…
Todas as cautelas são poucas - da ideologia a malta, sem pensar, poderia passar a valores…
E daí a princípios (poderia ser apenas um pulito)…
"Amarrado", ideológica e partidariamente a este Governo, está a tentar fazer o óbvio - enveredar pelo
caminho mais fácil: "saltar
fora"…
Será que o Miguel, se
tivesse tido um lugar elegível nas listas
do PSD por Coimbra, em 2011 – ele, anteriormente, foi candidato e deputado, lembram-se?.. - não teria tomada posse como deputado e não estaria, neste momento, a dar apoio, explícito
e implícito, ao Dr. Passos Coelho e às
suas políticas?..
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