A austeridade serve
para tudo, até para fulanos como
este, nos contarem
“estórias” de terror…
Felizmente, ainda há quem nos abra os olhos…
Leiam o que se segue. São 2 minutos…
“Há uma crise mundial e há uma crise especificamente
europeia, muito distintas embora com uma raiz comum. A mundial, que deflagrou
vai para seis anos ao rebentar a bolha do subprime, não tem uma única origem,
mas várias. Uma das mais relevantes é o elevadíssimo nível de dívida acumulado
pelas famílias, pelas empresas e pelos estados. (…)
Abolindo-se como se aboliu a distinção entre banca comercial
e banca de investimento e admitindo-se ao mesmo tempo níveis baixíssimos de
autofinanciamento das instituições financeiras, criou-se a montanha de dívida
que agora pesa sobre todos nós.
Se as economias crescessem, gerar-se-iam recursos
suficientes para pagá-la. Mas de onde virá o crescimento, se nem famílias, nem
empresas, nem estados têm condições para gastar mais? Exigir-se que a dívida
seja inteiramente paga equivale, portanto, a condenar a economia a permanecer
estagnada durante uns vinte a trinta anos.
Parece inegável que o desbloqueamento das economias
ocidentais exige uma desvalorização generalizada da dívida, seja através de
negociações caso a caso, seja através de um aumento generalizado dos preços
(vulgo inflação). Uma operação desse tipo implicaria, porém, uma massiva
redistribuição de rendimentos dos credores para os devedores, razão por que é
obstinadamente recusada por quem detém as rédeas do poder político e económico.
Viremo-nos agora para o outro lado do problema, ou seja,
para a crise especificamente europeia. Ao contrário da anterior, esta é, na sua
essência, uma crise política com um pretexto económico, fabricada de todas as
peças pelo governo alemão coadjuvado pelo BCE (…)”…
Em tempo.
E não me agradeçam a mim.