sábado, 23 de fevereiro de 2013
E assim se consegue atingir o limite máximo de dedução à colecta de IRS relativo a 5% do IVA suportado e efectivamente pago…
Somos portugueses…
Somos “piegas”, “malandros”, “desorganizados”, “bananas”?...
Há quem diga que sim…
Mas, em criatividade e “malandrice” ninguém nos bate…
Ah… E somos “ratos” e temos cá um sentido de humor - mesmo nas épocas mais difíceis.
Somos portugueses!
Ponto final.
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013
A lei do álcool explicada a atrasados mentais?..
"Seria um excesso da parte do Estado proibir um jovem de 17 anos de beber uma imperial".
Este foi um dos argumentos do secretário de Estado do Conselho de Ministros, Luís Marques Guedes, para justificar a diferenciação entre vinho, cerveja e bebidas espirituosas prevista na lei do álcool.
Via Expresso
Este foi um dos argumentos do secretário de Estado do Conselho de Ministros, Luís Marques Guedes, para justificar a diferenciação entre vinho, cerveja e bebidas espirituosas prevista na lei do álcool.
Via Expresso
Ainda há “boas notícias”…
Governo baixa taxa de
desemprego, e, ao mesmo tempo,ainda contribui
para elevar a média dos salários dos trabalhadores
portugueses…
Aprendam com quem
sabe: basta ser empreendedor e tem-se emprego garantido e bem pago.
Continua o festival de Gaspar de previsões ao lado…
Embora, em estilo de “comediante”, Vítor Gaspar acha um
"estímulo" ser comparado a meteorologista...
Isso é preocupante, pois pura e simplesmente, não consegue acertar uma.
Até “os laranjinhas” já estão a notar…
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013
ESTADO DA NAÇÃO
Por razões pessoais, sou um consultor assíduo do site do Instituto de Emprego e Formação Profissional.
Algumas das ofertas de emprego são de bradar aos céus, mas dizem muito do desconchavo que por aí vai nas cabecinhas dos empreendedores portugueses neste tempo de vacas magras...
Acedam à Oferta Nº: 587970507, leiam com atenção, mas, por favor, não riam que o caso é mesmo sério...
“FUNÇÕES DE INTÉRPRETE EM NEGÓCIOS COM OUTROS PAÍSES (NOMEADAMENTE O IRÃO) E RELAÇÕES PUBLICAS. DISPONIBILIDADE PARA LONGAS VIAGENS INTERNACIONAIS (PERIÓDICAS) EM REPRESENTAÇÃO DA EMPRESA. TRABALHO DE SECRETARIADO (GESTÃO DE ENCOMENDAS). TRABALHO DE DESALFANDEGAMENTO DE BENS IMPORTADOS. TRADUÇÃO DE DOCUMENTOS PARA OUTRAS LÍNGUAS.ATUALIZAÇÃO DE INFORMAÇÃO DIRETAMENTE EM BASE DE DADOS E PAGINAS WEB. TAREFAS CONTABILÍSTICAS. FACILIDADE DE TRABALHO EM AMBIENTES LINUX, REDES DE COMUNICAÇÃO, BASE DE DADOS E WEB.OUTRAS FUNÇÕES E TAREFAS:- NATIVO PERSA / FARSI. FLUENTE EM INGLÊS, PORTUGUÊS. CONHECIMENTOS AVANÇADOS DE ALEMÃO,ESPANHOL, ITALIANO E MANDARIM;- FÁCIL ACESSO AO IRÃO. COM HABITAÇÃO EM TEERÃO;- DISPONIBILIDADE PARA VIAJAR INTERNACIONALMENTE PERIODICAMENTE;- CONTATOS COMPROVADOS COM EMPRESAS DE PELES, ESPECIARIAS, MATERIAL ELECTRÓNICO E INFORMÁTICO;- CONHECIMENTOS DE PROGRAMAÇÃO DE APLICAÇÕES (JAVA, C, C#, VB), CONHECIMENTOS DE BASE DE DADOS (ORACLE, MYSQL, H2, MONETDB, MONGO), CONHECIMENTOS DE DESIGN WEB (HTML, CSS3, AJAX, JQUERY, PHP, PHOTOSHOP, AI, FW),CONHECIMENTOS DE REDES DE COMUNICAÇÃO (TCP/IP, UDP, VOIP, IPV4, IPV6);- CONHECIMENTOS DE NORMAS ISO9000, ISO9001 E SUA IMPLEMENTAÇÃO DENTRO DA ORGANIZAÇÃO;- CONHECIMENTOS DE LINUX (BASH);- CONHECIMENTOS AVANÇADOS DE CONTABILIDADE A NÍVEL INTERNACIONAL.”
E tudo isto por 485 Euros!
Acedam à Oferta Nº: 587970507, leiam com atenção, mas, por favor, não riam que o caso é mesmo sério...
“FUNÇÕES DE INTÉRPRETE EM NEGÓCIOS COM OUTROS PAÍSES (NOMEADAMENTE O IRÃO) E RELAÇÕES PUBLICAS. DISPONIBILIDADE PARA LONGAS VIAGENS INTERNACIONAIS (PERIÓDICAS) EM REPRESENTAÇÃO DA EMPRESA. TRABALHO DE SECRETARIADO (GESTÃO DE ENCOMENDAS). TRABALHO DE DESALFANDEGAMENTO DE BENS IMPORTADOS. TRADUÇÃO DE DOCUMENTOS PARA OUTRAS LÍNGUAS.ATUALIZAÇÃO DE INFORMAÇÃO DIRETAMENTE EM BASE DE DADOS E PAGINAS WEB. TAREFAS CONTABILÍSTICAS. FACILIDADE DE TRABALHO EM AMBIENTES LINUX, REDES DE COMUNICAÇÃO, BASE DE DADOS E WEB.OUTRAS FUNÇÕES E TAREFAS:- NATIVO PERSA / FARSI. FLUENTE EM INGLÊS, PORTUGUÊS. CONHECIMENTOS AVANÇADOS DE ALEMÃO,ESPANHOL, ITALIANO E MANDARIM;- FÁCIL ACESSO AO IRÃO. COM HABITAÇÃO EM TEERÃO;- DISPONIBILIDADE PARA VIAJAR INTERNACIONALMENTE PERIODICAMENTE;- CONTATOS COMPROVADOS COM EMPRESAS DE PELES, ESPECIARIAS, MATERIAL ELECTRÓNICO E INFORMÁTICO;- CONHECIMENTOS DE PROGRAMAÇÃO DE APLICAÇÕES (JAVA, C, C#, VB), CONHECIMENTOS DE BASE DE DADOS (ORACLE, MYSQL, H2, MONETDB, MONGO), CONHECIMENTOS DE DESIGN WEB (HTML, CSS3, AJAX, JQUERY, PHP, PHOTOSHOP, AI, FW),CONHECIMENTOS DE REDES DE COMUNICAÇÃO (TCP/IP, UDP, VOIP, IPV4, IPV6);- CONHECIMENTOS DE NORMAS ISO9000, ISO9001 E SUA IMPLEMENTAÇÃO DENTRO DA ORGANIZAÇÃO;- CONHECIMENTOS DE LINUX (BASH);- CONHECIMENTOS AVANÇADOS DE CONTABILIDADE A NÍVEL INTERNACIONAL.”
E tudo isto por 485 Euros!
Toinos
foto sacada daqui |
A verdade é que não vamos perder a oportunidade de ouvir
Relvas todos os dias até que nos livremos deste governo. Quem não ouvimos há muito tempo é a Maria José Oliveira? Não sabem quem é a Maria José Oliveira? É
a jornalista que Miguel Relvas perseguiu e acabou por se demitir do jornal
Público. Será que António Barreto sabe o que é feito da jornalista? Ter-lhe-á
dado emprego na sua fundação ou prefere os livrinhos escritos pelo José Manuel
Fernandes?
Num país onde os jornalistas são perseguidos, onde os
portugueses perdem os mais elementares direitos e são tratados como uns
criminosos que ousaram pensar ter direitos, os nossos Toinos estão preocupados
com a liberdade de expressão do falso doutor Relvas!
Então agora uma canção tem equivalência a um abalroamento?...
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
Grândola Vila Morena ... o porquê a canção de Abril
Conto esta história na primeira pessoa, porque é a narrativa
de uma experiência de vida difícil de esquecer…
Há quem pense que foi a letra que fez do “Grândola” a canção
escolhida para “senha de avanço” na noite de 24 para 25 de Abril de 1974, que
foi o poema ou a figura de José Afonso, per se… mas não… se tudo isso pesou, e
pesou decerto, a composição do Zeca tornou-se o símbolo da revolução dos cravos
por um significado maior, que adquiriu menos de um mês antes. Foi num
acontecimento em que participaram muitos portugueses, de forma espontânea, mas
que passou relativamente despercebido na comunicação social de então, nesses
tempos em que a Imprensa, para falar de certas coisas, tinha que fazê-lo “nas
entrelinhas”…
Estava-se em Março de 1974.
A Casa da Imprensa organiza, no Coliseu dos Recreios, o
“Primeiro Encontro da Canção Portuguesa”.
Quase não aconteceu, porque a necessária autorização nunca
chegou. Segundo declarações de José Jorge Letria à Visão, trinta anos depois,
“O regime já estava nitidamente em fase de implosão. Quiseram derrotar-nos não
com uma proibição do Festival, mas com uma não-resposta. Até ao dia do
espectáculo ainda não sabíamos se tínhamos, ou não, autorização. Por volta das
17 e 30 do dia 29, quando cheguei ao Coliseu, já havia muita gente à volta, e
ao fundo da Avenida da Liberdade lá estava a polícia de choque… estava a
desenhar-se ali um confronto!”
O ambiente no país era tenso: menos de duas semanas antes
tinha ocorrido o golpe frustrado de 16 de Março, a censura dominava.
Eu trabalhava então como repórter free-lancer para o
programa “Limite” da Rádio Renascença (o tal que tocou o “Grândola Vila
Morena”) e fazia em média seis reportagens de exteriores por semana, com não
mais que uma a passar as malhas da censura.
Nessa noite, fui ao Coliseu, armado de gravador e uma grande
vontade de ouvir as vozes que os censores da rádio baniam.
O ambiente era quente, a despeito de uma primavera ainda
fria… os bilhetes tido sido todos vendidos e houve quem ficasse à porta. O
Governo fez deslocar para o Coliseu muitos agentes da ex-PIDE, que então se
chamava DGS, misturados com os espectadores.
A primeira coisa que vi quando cheguei foram dois
cavalheiros da censura a verificar as letras do que ia ser cantado – o visado
era Adriano Correia de Oliveira, depois seguiram-se todos, sem excepção – o
Zeca lá conseguiu ordem para cantar o Milho Verde e uma música alentejana que
não pareceu perigosa aos senhores do lápis vermelho, o “Grândola”…
Do palco, a música abraçou um Coliseu com cerca de sete mil
pessoas.
Ali estiveram Carlos Alberto Moniz e Maria do Amparo, Pedro
Almeida, Fausto, Barata Moura, Vitorino, Adriano Correia de Oliveira, Zeca
Afonso, Carlos Paredes, José Jorge Letria e Manuel Freire.
Tudo foi normal até à chegada ao palco do “cantor
andarilho”. Zeca cantou o Milho Verde e a plateia pediu as canções que mais
gostava… “Os Vampiros”, foi um grito que ouvi várias vezes.
Nessa altura, decidi sair dos bastidores e fui para a
plateia, gravar tudo mais de perto.
José Afonso ia dizendo que não podia cantar o que o público
queria… “Não pode ser, percebam… vamos cantar outra coisa”…
Foi então que se começou a fazer História.
Zeca cantou o Grândola. A meio, a plateia juntou-se-lhe,
depois o resto do Coliseu, e também os artistas que tinham estado em palco –
voltaram, deram-se braços, cantaram juntos, numa fila que enchia a boca de
cena.
A canção estava no fim, por essa altura… e foi natural que
nem chegasse a terminar, recomeçando agora a sete mil vozes!
Eu corria de pessoas em pessoa, recolhendo testemunhos que
não conseguia ouvir, microfone encostado às bocas…
O som era avassalador, uma música simples, uma letra que
todos sabiam, sete mil peitos em riste… até àquilo que foi a mais
impressionante manifestação espontânea que assisti em toda a minha vida!
Já o Grândola ia em fins de segunda volta, aconteceu o
inesperado…
… a certa altura, em vez de a música continuar alentejana, o
próximo verso foi o primeiro do Hino Nacional – assim, sem pausa, sem
transição, sem que ninguém tivesse dito nada… parece que foi um sentimento
colectivo que sete mil pessoas tiveram!
Grândola Vila Morena transformou-se em Heróis do Mar e foi
cantado da primeira à última estrofe, sete mil portugueses de pé a fazer vibrar
a sala com o hino da pátria amordaçada, numa repentina liberdade assumida ali e
então.
Nada poderia ter sido mais claro, nenhum grito faria mais
sentido.
Foi um momento que ficou escrito em letras de memória para
quem lá esteve, um momento inolvidável, uma pedra de História.
Tinha nascido a razão maior por que “Grândola Vila Morena”,
menos de um mês depois, se tornaria a escolha natural para uma senha que iria
abrir as portas a um pais novo!»
Pedro Laranjeira
As carreiras...
Um dia destes ouvi isto a um apoiante confesso de Miguel Almeida - Teo Cavaco de seu nome. Há anos, curiosamente, ouvi a mesma frase proferida por António Tavares - neste momento, vereador a tempo inteiro no executivo do dr.
João Ataíde…
Um gajo como eu ouve
estas coisas e percebe que faz bem em não se meter na política...
Nas campanhas
eleitorais diz-se tudo e mais alguma coisa… Às tantas, ainda era acusado por não ter uma carreira…
Atrapalhava qualquer um (Miguel Relvas não conta, é a excepção …), embora, no meu caso, não por ser mentira, mas, antes, porque seria uma certíssima afirmação.
Nem todas as profissões - seguir aquilo em que se acredita - permitem a profissionalização. Às vezes, são
apenas a resposta a uma vocação. A uma vontade. À satisfação de um gosto. Enfim, a uma realização pessoal.
Isso, claro, só tem valor para o próprio. O resto, o tal
viver disso, já exige dos outros validação e reconhecimento traduzido em contratos
e salários.
Seja como for, todas as carreiras profissionais acabam da
mesma maneira: normalmente, acabariam na
reforma - é certo que, algumas delas, doiradas... (Bom, já não é bem assim: nos tempos que correm, podem também desembocar no desemprego…)
Já aquilo que se é, na essência, é-se enquanto a vida dura e a despeito da
actividade pró “money”...
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