“Quero
também aqui expressar gratidão àqueles que, por aí, me foram interpelando, uns
cumprimentando-me pelo jornal e pelos editoriais, outros cumprimentando-me
pelos “editoriais muito bem escritos”, que é como quem dizia não gostar assim
tanto do conteúdo deles.
Não
posso esquecer aquele grupo de leitores fieis que perscrutavam, sempre nos meus
escritos, uma agenda secreta, fantasmas vários de sentido oposicionista, eu sei
lá… mas, curiosamente, um a um, sempre sozinhos e afastados do grupo, vinham
ter comigo sugerindo “Oh, Gil, escreva sobre isto ou sobre aquilo!”.
Como
imaginam os leitores eu também retirei algum gozo – é este o termo certo,
certíssimo! – do exercício da direção de O Figueirense.
Por
fim, uma nota de especial carinho para aqueles que tenho como os meus mais
fieis leitores, pois que nos últimos três anos não passou uma sexta feira sem
que logo pelas nove da manhã não estivessem a devorar ferozmente “o quadradito”
que encima a pág. 2 de O Figueirense. Para, de seguida, percorrerem os gabinetes
do edifício público que transitoriamente ocupam, fazendo a interpretação
autêntica das maléficas intenções subjacentes aos meus editoriais.
Tenho
pena, pois agora têm, pelo menos, onze longos e penosos meses de ociosas manhãs
de sexta feira.
Termino
declarando ter a noção perfeita de que gente há que não gostou dos meus
escritos.
Esses
terão que ter a paciência por mais um mês, depois do que suspirarão de alívio:
Vêem-se livres de mim!”