sábado, 3 de novembro de 2012

É o cumulo da simpatia esta senhora...


"Merkel pede mais cinco anos de austeridade e esforços"...

Aquele senhor magrinho


«O dr. Cavaco Silva, que, segundo corre por aí, é o Presidente da República, desapareceu. Não se vê na televisão. Os jornais não falam nele. Anda calado como um rato e escondido atrás de uma cortina. A população supõe que o bom do homem continua em Belém a olhar para o Tejo e a contar navios. Mas não tem a certeza. Há gente, armada de binóculos, que o tenta descobrir, sem o mais vago resultado. E há gente que perde o seu tempo e a sua paciência a especular sobre o que lhe sucedeu, se de facto lhe sucedeu alguma coisa. Já se demitiu sem ninguém saber? Emigrou? Caiu a um poço? É um grande mistério. Por assim dizer, um mistério histórico. Um facto é certo: Portugal elegeu um senhor magrinho para resolver os sarilhos da pátria e, agora que precisa dele, ele não está cá.»  

Vasco Pulido ValentePúblico, 3/11/2012, via Entre as brumas da memória

O emplastro do jornalismo on linne figueirense...


Um dia destes,  fiquei surpreendido com um post de Jorge Lemos sobre os emplastros do “jornalismo”, deduzo que figueirense.
Escreveu ele. Passo a citar.
“Eu sei cozinhar umas coisas, mas não sou cozinheiro. Sei fazer curativos, mas não sou enfermeiro. Sei coser, mas não sou alfaiate. Tiro umas fotos, mas não sou fotógrafo.
Mas tenho uma carteira profissional de jornalista.
Que me confere direitos, mas também deveres e responsabilidades.
E por que raio é que alguns iluminados, que escrevem umas coisas sem qualidade e a...cima de tudo, sem responsabilidade do que editam, se intitulam jornalistas?
Ou dizem ter um jornal?
Onde está a ética e respeito por uma profissão?
A empresa para onde trabalho paga as suas responsabilidades sociais.
Eu pago, e não é pouco, pela carteira profissional.
Pior do que estes emplastros do jornalismo, são os que os convidam para conferências de imprensa!
E os convites partem, muitas das vezes, de instituições públicas!
A dar cobertura a uma concorrência ilegal e desleal!
Mas anda tudo doido?”
Se calhar, Jorge, se calhar…
Pelo que percebi, o Jorge está indignado com o “palhetas” desta Figueira. E com razão.
Mas, olha Jorge, não sendo o teu caso (sem desprimor para ninguém, considero-te o melhor e o mais honrado jornalista que exerce a profissão na cidade da Figueira da Foz), eu, que já considerei  o jornalismo uma profissão nobre, democratizante, útil para a democracia e de alguma maneira reguladora de um determinado sentido humanista para a sociedade, neste momento, já não sou tão optimista.
Na realidade, a nível local e a nível nacional,  em geral considero que a maioria dos  jornalistas não passam de meretrizes histéricas ao serviço do gajo que, pontualmente,  paga mais. Assistimos, hoje em dia, àquilo que de mais básico o jornalismo tem para oferecer à sociedade: a vulgaridade, a javardice bacoca, a exploração da miséria humana e o gosto pela audiência.
O jornalista transformou-se numa “prima dona”  vaidosa, cuja única razão de existência é o share  televisivo ou venda média em banca.
O essencial,  não é a produção de informação que vise o esclarecimento e a verdade, mas sim enviezar e distorcer a opinião pública em função do grupo económico, ou do interesse político, que lhes paga a sopa.
Neste momento, não tenho nada contra  que se peguem em quase todos os jornalistas deste país e que os ponham a render em Monsanto ou, em versão caseira, na mata da estrada da Leirosa,  onde o putedo possa levar a cabo a sua função de servir de válvula de escape para os males e stress deste mundo.
Jorge, meu caro Amigo: pior que a esmagadora maioria dos jornalistas que conhecemos, só mesmo os emplastros do “jornalismo”.

Seguro já percebeu o que é a refundação?...

Depois da abstenção violenta e de outras expressões igualmente duras, temos agora ,  em "tom muito duro", a mensagem de Seguro em resposta à mensagem de Passos Coelho…
Como hoje em dia já não se escrevem cartas -  agora comunica-se por sms ou por e-mail, uma linguagem que mata mais a língua de Camões e Pessoa que o próprio Acordo Ortográfico - presumo que a resposta de Seguro não andará longe disto:

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Para ler com atenção...

A nossa democracia numa encruzilhada, um texto de Jorge Bateira, no jornal i.

E esta!..


“Quando o povo acorda é sempre cedo”...

Quando nas eleições legislativas de 5 de junho de 2011, cerca de 42 por cento dos eleitores se abstiveram e a esmagadora maioria dos restantes 58 por cento deram o seu voto aos partidos que assinaram o memorando da Troika, era sabido que tínhamos o destino traçado: passaríamos a ser um protectorado do FMI & Cia. e a ser “governados” (roubados, humilhados, aniquilados, entenda-se) segundo os seus ditames.

Para continuar a ler clicar aqui.

GOVERNO NÃO TEM LEGITIMIDADE PARA ALTERAR AS FUNÇÕES DO ESTADO

TEM DE HAVER ELEIÇÕES
A legitimidade em democracia representativa tem limites, apesar da natureza do mandato. O mandato do deputado, embora não seja imperativo (e é pena que não seja), também não é absolutamente incondicionado. 
O Governo não pode alterar as funções essenciais do Estado pelo ínvio caminho do corte nas despesas. O que o Governo se prepara para fazer, agravado pela colaboração de entidades estrangeiras, essas completamente deslegitimadas, representa uma perda de legitimidade, além de constituir também uma violação da Constituição. 
O garante máximo da Constituição – o Presidente da República que jurou cumprir e fazer cumprir a Constituição – tem de actuar, dissovendo o Parlamento e marcando eleições. 
Se nada fizer torna-se cúmplice da actuação do Governo e comete um acto de traição. Se houver traição nas mais altas esferas do Estado, tem a palavra o POVO soberano.

Via Politeia

Mário Silva, o decano dos pintores figueirenses...


 “A situação é má, na medida em que há colegas que estão a passar fome. A minha situação é péssima. Em 2011 vendi um quadro e este ano só ainda vendi um. Aliás, só vendi as tintas, porque o cliente trouxe a tela e praticamente só pagou as tintas”, afiança.
O mestre afirma, por outro lado, que está a vender “muito mais barato”, para poder continuar a trabalhar. “Um quadro que antes vendia por dois ou três mil euros, agora só me dão 500 ou 600 euros por ele”, exemplifica. Em 70 anos de carreira, Mário Silva garante que “esta crise não tem paralelo”. Até há dois, anos o pintor vendia, em média, um quadro por mês.

Com passas e bolos se enganaram os tolos...