segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Na Figueira, no fundo, vai haver vida para além da “lei inevitável” do Miguel… Assim, como há vida para além da INEVITABILIDADE da morte… E assim como há vida para além da INEVITABILIDADE do cagalhão…


Crónica de Miguel Almeida, hoje no Diário as Beiras:

"A assembleia municipal aprovou na passada sexta feira a proposta subscrita pelo PSD, Figueira 100% e presidentes das juntas de Lavos e São Pedro, que agrega 4 freguesias do nosso concelho. 
Importa explicar, que estas agregações NÃO ERAM UMA OPÇÃO ERAM UMA OBRIGAÇÃO. Resulta de uma lei, QUE APESAR DE DELA DISCORDARMOS, ESTAMOS CONDENADOS A CUMPRI-LA.
 
Havia dois caminhos possíveis. Um defendido pela câmara e pelo PS, que se traduz na ausência de qualquer proposta, ou seja, ignorar a lei e permitir que “Lisboa” decidisse por nós. Um outro, mais difícil é certo, que representa não alienar a responsabilidade que a todos os deputados municipais cabe, e serem os figueirenses a decidir o que fazer com o seu território.
O primeiro caminho, levaria á agregação de 6 freguesias, o segundo e usando as prorrogativas da lei, permite agregar 4.
 
Preferimos correr o risco da incompreensão de alguns, ainda que TODOS SOUBESSEM QUE ESTA MEDIDA ERA UMA INEVITABILIDADE."

Em tempo.
O Miguel, pensa que teve, na passada sexta-feira, o sentido de "inevitabilidade" a seu favor.
Desde que o conheço – e já lá vão uns anos – pressenti que o Miguel, ele sim,  seria uma inevitabilidade para a Figueira - a sua hora haveria de chegar.
Isto, porém, na Figueira, sempre causou  em alguns, que não em mim, inclusive, no próprio PP/PSD, mau humor, aborrecimento e tédio.
Mas, na passada sexta-feira, depois da votação, também pressenti na sala onde decorreu a sessão da Assembleia Municipal, que quem votou a INEVITABILIDADE, a seguir, quase, ou mesmo todos, sentiram aquele alívio próprio do destino cumprido.
Era uma medida inevitável!.. 
Inevitável como a morte, como diria o Miguel… Para mim, porém, inevitável, no fundo, mas sim como um cagalhão.
Parafraseando o próprio Miguel Almeida, como diria Sá Carneiro “a política sem alma é uma chatice, sem ética é uma vergonha”...

Ele (leia-se Passos Coelho) não sabe para onde vai....

Nas eleições ontem realizadas nos Açores, na Ilha do Corvo, o PPD/PSD teve 0 (ZERO) VOTOS!..
Caro votante do PSD, você pode contribuir para, no futuro, ter de volta o seu partido do coração.
Por isso, em próximas eleições, o seu voto no CDS (se estiver mais à direita do espectro) ou no PS (se estiver mais à esquerda) continuará a ser, na realidade, um voto no PSD...
Melhor: para ter de volta o SEU PSD...
Passos, está visto, deve ter o GPS sem pilhas ou avariado, ao contrário do que pensa, não sabe para onde vai..

Isto começa a ficar "lixado"... (II)

"Autarcas do PSD arrasam Passos Coelho após derrota nos Açores."
"2013. Orçamento oficial vai ser diferente mas esmagamento da classe média está assegurado."
Em tempo.
Isto começa mesmo a ficar mesmo  "lixado"...
Vejamos...
Açores: um maioria absoluta com 53 mil votos
Foi o que conseguiu o PS. Votaram cerca de 99 mil eleitores
Não há dúvidas: os Açores não gostam da agitação incendiária e excitada do tipo Fóssil Arménio, detestam essa retórica destrutiva repleta de esteróides emocionais. Por isso puniram brutalmente o Fóssil BE [menos 1%] e o Fóssil PCP [de 3.14% para 1.9%]. Também não devem gostar da covardia e deslealdade tacticista, demasiado sensível à volubilidade da rua [para construir seja o que for dentro de uma coligação] do CDS-PP, igualmente punido e a doer [menos 2%]. Perde Portas. Perde Louçã. Perde Jerónimo. Do que os Açores gostam mesmo e o que votam é... no mesmo, reforçando o mesmo: os partidos da Troyka Memorandista, com o doentio PS à cabeça e o PSD a nove pontos percentuais. É assim e não poderia ser de outra maneira. 

sábado, 13 de outubro de 2012

Se eu acreditasse em teorias da conspiração diria que tudo isto não passou de um complô...

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Nota: onde está Quinta dos Vigários
leia-se,  Moinhos da Gândara e onde
está Gala S. Pedro
"A proposta do PSD/Movimento Figueira 100%/presidentes de junta independentes Carlos Simão (S. Pedro) e José Elísio (Lavos) contempla a agregação de S. Julião (9686 habitantes) por Buarcos, criando uma única freguesia urbana, com 18.288 mi habitantes."
Em tempo.
Sejamos claros: o "negócio" principal que interessava a todos - leia-se 100%, PSD e PS de João Portugal - era salvar Tavarede...
E isso foi conseguido...
Portanto, todos os objectivos foram conseguidos... Os pormenores para obter o desiderato final é que, a meu ver, para além de um pouco escabrosos, foram igualmente delicados, melindrosos e  desagradáveis,  mas isso não é de admirar dados os principais protagonistas em cena...
O resto, foi areia atirada para os olhos dos figueirenses...
Vejam quem se tramou com a "brincadeira"?...
Um abraço solidário aos presidentes das Juntas de S. Julião, Buarcos, Brenha, Borda do Campo e Santana.

Ontem, depois do Rússia/Portugal...


Governo miserável

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Conhecido o Orçamento Preliminar – porque o prazer redobra com preliminares –, torna-se evidente que o governo recuou: já não nos vai cortar o braço direito; também não nos vai cortar o braço esquerdo; nem a perna direita e, muito menos, a perna esquerda. Vamos ficar apenas sem a cabeça. (Daqui)
Em tempo.
coordenador geral da União das Instituições Particulares de Solidariedade Social (UIPSS) do Porto defendeu, em Leiria, que as organizações sem fins lucrativos terão de deixar de gerir a pobreza e passar a resolvê-la ativamente.(Daqui).

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sexta-feira, 12 de outubro de 2012

A Figueira anoiteceu hoje com um enjoativo cheiro a naftalina...

Assembleia Municipal votou hoje o putativo futuro mapa das freguesias.
Foi aprovada a proposta conjunta apresentada pelo PSD, Figueira 100%,  Presidente da junta de freguesia de S. Pedro e Presidente da junta de Lavos.
A  extinção das Freguesias de S. Julião, Brenha, Borda do Campo e Santana foi aprovada com os votos contra do PS,  da CDU e da presidente da junta de freguesia de Santana (PSD).
O presidente da junta de freguesia de Tavarede (PS) absteve-se.
Ficou assim a votação: 22 votos a favor; 19 contra; e 1 abstenção.
Resultado:
BUARCOS  AGREGA S. JULIÃO;
ALHADAS AGREGA BRENHA;
PAIÃO AGREGA BORDA DO CAMPO;
FERREIRA A NOVA AGREGA SANTANA.

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É daqui a pouco...


Reviver o passado na Figueira da Foz em 2013…


O tempo passa a correr.
Por mais que tentemos auto convencer-nos que não somos nós que estamos velhos, "os putos é que saem à noite cada vez mais novos", não há nada a fazer. 
Os anos passam e pesam, mas não ensinam nada.
Oxalá esteja completamente equivocado, mas as próximas autárquicas na Figueira, em 2013,  vão provar isso mesmo…
O problema da Figueira, neste momento, antes do mais, é político e económico, mas, quanto a mim,  é igualmente cultural.
É que, ao contrário do Rui Curado da Silva, eu sei que a memória dos figueirenses, que não deveria ser curta, na realidade, infelizmente, é mesmo muito curta.

Em tempo.
Para ler a crónica de Rui Curado Silva, clicar em cima da imagem.

Gente fina é outra loiça...

«Qualquer dia querem que o presidente do Grupo Parlamentar do PS ande de Clio quando se desloca em funções oficiais», comentou Assis, citado por um deputado socialista.
Em tempo.
Apetecia-me perguntar algo mais contundente ao palerma que disse esta alarvidade.
Mas, como hoje até é um dia especial para mim, deixo apenas esta questão: o que é que este gajo terá contra a Renault?..

"Ou vai ou racha"!..

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Ou morremos, ou ficamos completamente arrasados!..
"Isto é um terramoto. Só falta saber se é 7 na escala de Ritcher, que é destruidor, se 8, que é arrasador", disse Bagão Félix, sobre as propostas de orçamento de estado, nomeadamente ao nível do IRS.

A democracia e o poder local

Qualquer dia,  por cá, ainda
aparece um Tiririca!..
Pior do que tá não fica!

“A democracia só é possível e duradoura quando os cidadãos efectivamente sentem que têm directa interferência na gestão das comunidades em que imediatamente se  situam”.
Esta,  é uma afirmação do então deputado Jorge Miranda,  proferida no plenário da Assembleia Constituinte, em 14 de Janeiro de 1976.
Jorge Miranda, com esta frase,  destacava a necessidade do envolvimento dos cidadãos na vida politica local.
Por essa altura, entendia-se que  fomentar a participação popular defendia também a Constituição, que aliás previa a interferência das organizações populares de base – nomeadamente associações de moradores – no exercício do poder local.
Essa participação cívica foi defendida pela maioria dos deputados da Constituinte, de tal forma que ainda hoje as Comissões de Moradores estão previstas na nossa Constituição, apesar de  já terem desaparecido da nossa realidade local.
Como sabemos, nos dias de hoje, a participação directa e imediata dos cidadãos não vai além das eleições de quatro em quatro anos. Daí, resulta um défice democrático e a ausência de uma autêntica cultura de debate sobre os problemas locais.
E chegámos aos dias de hoje e constatamos que muitas das  esperanças que o 25 de Abril de 1974 nos trouxe, não passaram de ilusões.
Sobrou  o pessimismo e o alheamento cívico, que deu lugar a todos os oportunismos.
Os cidadãos  afastaram-se  da política, sobretudo da política local, que é a que mais directamente interfere nas nossas vidas.
Veja-se o que se passou na última Assembleia Municipal, com o debate da  chamada reforma administrativa  Vamos ver o que se passará hoje na continuação do ponto dos trabalhos suspenso na passada segunda-feira…
Isto, a meu ver, coloca uma questão fundamental, que é a questão do regime: a democracia só poderá vingar se se apoiar em  fortes instituições municipais e regionais com efectiva participação popular.
Não é com jogadas politicas de gabinete que se ganham as pessoas para a democracia e se resolvem os problemas das populações.
Isto só serve para afastar os cidadãos da vida politica local e nacional.
Na Figueira, tal como de um modo geral no resto do País, o  comportamento dos políticos e dos partidos, tem contribuído para que os cidadãos se afastem da política. Eles, os políticos, que deveriam ser  instrumentos de desenvolvimento, tornaram-se ao longo dos anos em meros instrumentos de caça ao voto -  ou melhor de caça aos empregos, para si e para os seus “fiéis”, para alimentarem o seu pequeno poder…
Os cidadãos, na Figueira e no País,  não se afastaram da política - foram afastados.