Somos campeões mundiais em extensão e crescimento da rede de
auto-estradas desde 1990.
Portugal, está entre os países que mais investiram e que
têm maior número de km por habitante e área.
Contudo, à boa maneira portuguesa, segundo dados da União Europeia e OCDE, investe-se pouco em manutenção.
Só de 2008, até ao presente ano, a rede nacional cresceu 50%!..
Todos os estudos e comparações o mostram - Portugal tem uma
das maiores redes de auto-estradas da União Europa a 15, ao nível de
quilómetros por habitante e por área.
Como compreender que
um país com problemas em tantos sectores teve necessidade de construir tantas
auto-estradas!..
Cavaco Silva, Guterres, Durão Barroso, Santana Lopes, José
Sócrates, Paulo Campos, e alguns mais, devem ter a
explicação, pois, como sabemos existem outras soluções de mobilidade mais
baratas, como as adoptadas em Espanha, onde as autovias, com menores exigências
m termos de construção e traçado, coexistem com as autopistas.
Até há pouco tempo, o crescimento da taxa de motorização em Portugal foi o
principal sustentáculo da progressão de tráfego nas auto-estradas.
Todavia, sabia-se que a expansão não iria continuar para
sempre.
Primeiro: porque o número de automóveis por habitante, em Portugal, aproximou-se da média europeia;
segundo: a actual crise fez o resto.
Tudo isto não é novidade. Tudo isto foi estudado, em devido
tempo, pelos técnicos.
Mas, os políticos “amarrados” aos interesses instalados
fizeram orelhas moucas.
E, assim, se passaram mais de 20 anos de governação dos
partidos do chamado “arco do poder” – leia-se PSD, PS e CDS.
Ontem, na Figueira da Foz, o secretário de Estado das Obras
Públicas, Sérgio Silva Monteiro, ao usar da palavra no encerramento do fórum
sobre
"O potencial logístico da Região Centro e das suas infra-estruturas", um
encontro promovido pelas Comunidades Intermunicipais da Região de Aveiro e do
Baixo Mondego, Conselho Empresarial do Centro – Câmara de Comércio e Indústria
do Centro, Associação Industrial do Distrito de Aveiro, Associação Comercial e
Industrial da Figueira e comunidades portuárias de Aveiro e Figueira, que veio
substituir o ministro Portas, considerou
que
«exageramos no investimento
rodoviário» em detrimento da ferrovia.
Assim seja… Mas, eu fico no que me parece… E o que me parece é que andamos a ser "governados" por uma "tropa fandanga", escolhida pelos portugueses, em geral...