sexta-feira, 29 de julho de 2011

A praia da Figueira...

Manuel Teixeira, presidente da Associação de
Concessionários de Praia do Concelho da Figueira da Foz
A pergunta das BEIRAS:
O crescimento do areal urbano, acelerado pelo prolongamento do molhe norte, prejudica a actividade?
A resposta de Manuel Teixeira:
Esse é um problema gravíssimo. Este ano, alguns banhistas disseram-me que não voltam à Figueira da Foz por causa disso. Esta é a segunda época balnear que tenho verificado o crescimento do areal: há mais 90 metros de areia.
Não desespere senhor Manuel Teixeira. "O concurso internacional de ideias para o areal Figueira/Buarcos é lançado no início de setembro e tem um prazo de 75 dias. O primeiro classificado recebe 30 mil euros, o segundo 20 mil e o terceiro 10 mil. Ficam ainda reservados seis mil euros para três eventuais menções honrosas."  Portanto, há é que ter ideias... Se não surgirem, olhe invente!..

Caridadezinha

Portugal sempre foi um país pobre e periférico.
A epopeia marítima, essa grandiosa glória lusa, aconteceu apenas por ser insustentável e insuportável viver neste rectângulo à beira mar plantado.
Iniciou-se assim a diáspora portuguesa, que ainda hoje leva muitos dos melhores para bem longe.
Portugal padece de uma genética incapacidade nacional: a de conseguir construir uma sociedade evoluída seja a que nível for -  cientifico, técnico, cultural, social ou económico.
Por sua vez, os politicos sempre tiveram como meta preservar esta situação:  a sociedade de governantes e de governados, mantendo estes com rédea curta por via de favores e esmolas.
Construiu-se  - e mantém-se, assim, uma sociedade favorecida, dentro de uma outra, de desfavorecidos. A dos empregos pelo partido e não pela competência, dos negócios pelos interesses e não pela qualidade orçamental, da governação pelos favores e não pela liberdade do voto em consciência.
Enquanto país, somos o que somos, desde 1143. Os governantes, que continuam a conseguir manter os governados em rédea curta, asseguram a estabilidade do sistema.
É assim que se perpetua a pobreza, a caridadezinha e a humilhação de não podermos ser cidadãos de corpo inteiro.

Senhores vereadores da Câmara da Figueira isto só pode ser dos nervos!.. Ou estarei enganado?...

Está nas Beiras.
“Os vereadores deixaram em aberto a possibilidade de não voltarem a dar a palavra a Custódio Cruz, que já protagonizou várias altercações nas reuniões de câmara. As intervenções do comerciante, disse João Ataíde, “começam de uma forma relativamente aceitável e acabam sempre mal”.”
Confesso que estou perplexo. Estava convencido que a Câmara da Figueira estava solidária com os seus munícipes!..
Alerto, caso não se lembrem, que se silenciarem o Custódio Cruz estão a silenciar os comerciantes do mercado de cuja associação o Custódio é presidente, eleito democraticamente.
Senhores vereadores da Câmara da Figueira, vejam bem onde se estão a meter.
A democracia, mesmo a nossa, que pouco mais é do que permitir a cada um dizer o que pensa e poder decidir pelo voto quem quer que conduza os nossos destinos, continua a ser um bem inestimável…
Mesmo em dificuldades e em crise, ou com a crise, a Figueira continua a ser a Terra do Patriarca da Liberdade.
Quem é que assume a responsabilidade de suspender a democracia num órgão autárquico eleito democraticamente!..

quinta-feira, 28 de julho de 2011

A comunicação social

Quase todos sabemos que a comunicação social faz inchar as pessoas…
Algumas, quando as conhecemos ao vivo, tornam-se mesmo insignificantes!

Tenho ou não tenho razão?...

Não se protejam não!..  Eu sei que os perfumes estão pela hora da morte, mas esta Figueira tresanda mesmo a merda, por todos os cantos e lados!..

Um país de merceeiros

Nos dias que correm, citando o Notícias d´Aldeia,  temos um país absolutamente desgraçado, onde os poderosos, através de chefias intermédias que o povo pateta julga escolher, saqueiam o trabalho, a dignidade de um povo totalmente imbecilizado por via de políticas apropriadas para o efeito.
os encarregados operacionais do saque, certamente com a justificação da recorrentemente invocada competitividade da economia, preparam-se para liberalizar os despedimentos. como já aqui disse, trabalhadores com vários anos de empresa, podem considerar-se imediatamente despedidos logo que estas leis – se assim se lhes pode chamar – entrem em vigor.
em nome de uma alegada competitividade que paga os mais baixos salários da europa pelo esforço do trabalhador, e os mais altos do mundo aos exploradores. compreende-se assim que as fortunas, numa época de crise mundial, cresçam obscenamente neste chiqueiro.
convém lembrar que aqui o salário médio dos trabalhadores, é metade do que se paga na europa. já o dos ditos gestores destas empresas que não podem pagar 500 € por um mês de trabalho, ganham mais 32% que os homólogos americanos, 22,5% que os franceses, mais 55% que os finlandeses, e mais 56% do que os suecos.”
Enfim,  continuamos um país de merceeiros.

O perfume das palavras

Sei que já não sou jornalista, como apropriadamente  teve a amabilidade de mo recordar um enorme vulto do  jornalismo  figueirense e nacional da actualidade, em cordial e amável telefonema, num destes últimos dias…
Contudo, embora não seja jornalista, ficou-me o “bichinho”
Sei, portanto, da importância apelativa do perfume do título da “peça” para prender a atenção e identificar o leitor com o sujeito da notícia.
Perante este título - “Passos empenhado num "acordo de médio prazo" com parceiros sociais”, fiquei com a sensação que se gastaram palavras a mais.
Teria bastado - “Passos empenhado”, e estaríamos em presença de um primeiro ministro com quem o povo se identificaria  na perfeição...

Já perante este título – “Ânimos exaltados de Custódio Cruz levam a suspensão da reunião”, fiquei com a sensação de que se pouparam  muitas palavras, que seriam necessárias  para o povo se identificar com o sujeito da notícia.
Por exemplo estas do Miguel Costa:
“Meu amigo Custódio, sei que muitas vezes dizes que não é necessário que nos preocupemos contigo, mas todas as pessoas (mesmo tu...), devem receber palavras e actos de amizade sempre que a situação justifique.
Como nunca é a altura errada para fazer a coisa certa, aqui vai este acto de amizade.
Pobre democracia esta que está alicerçada em pessoas que procuram apenas os seus interesses, que baseiam a sua vida em favores e contra favores, e em que o interesse dos outros e da comunidade é apenas usado hipocritamente em qualquer comício ou conferência de imprensa.
O resultado do nosso país é fruto destes "auto-intitulados" políticos ( e também auto doutores...), que de politica apenas fazem a sua e dos seus, e que vão continuando a viver na base da mentira e da incompetência.
Mas como acredito que a felicidade da nossa vida depende da qualidade dos nossos pensamentos e acções, estas personagens lá no fundo não deixam de ser uns tristes e uns frustrados, que quando estiverem para morrer vão de certeza lamentar a forma como viveram a vida.
Tu de certeza que não vais e nem lamentas a forma como vives a vida.
Meu amigo tal como sabes só fracassamos quando desistimos, por isso termino com aquele abraço e uma frase que li algures:
"Um vencedor é apenas uma pessoa que se levantou uma vez mais do que as vezes que caiu".

Numa sociedade como a figueirense, que tresanda a merda, por todos os cantos e lados,  vale-me o  perfume das palavras!

X&Q1061

E nós cada vez mais pobres!..

Américo Amorim continua o homem mais rico de Portugal!..  
A revista ‘Exame’ publica na quinta-feira a lista dos 25 mais ricos em Portugal. Américo Amorim mantém a liderança, pelo terceiro ano consecutivo, com um património de 2188,4 milhões de euros. Num ano em que os ricos ficaram menos ricos, com as fortunas a cairem em média seis por cento, Amorim contraria a tendência geral, com uma subida de 9,1 por cento face ao ano anterior.

A silly season é a silly season...

O que nos vai valendo são estas fabulosas notícais para distrair o pagode!..

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Um abraço Custódio: o importante é chegar à praia

Vivemos numa sociedade cada vez mais individualista e egoísta.
Cada um tem a sua vidinha, cada um remete-se ao seu cantinho.
E as coisas vão rolando, pelos vistos, cada vez pior para a maioria dos portugueses...
Mas existem alguns portugueses que não são assim tão comodistas… 
Quanto a mim, isso não tem mal nenhum. Deveria ser o normal.
Anormal é fingir que não se têm sentimentos, que não se toma posição, que não se tem alma.
Continuo sem partido e assim penso continuar.
A política não é a minha praia. As minhas convicções são todas líquidas.
 Desta política sou apenas consumidor e crítico tacanho, porque aí não me move a paixão.
Quanto ao resto e resumindo: sou quase sempre de esquerda, não tenho partido, mas tomo partido.
É por isso que aprecio gajos como o Custódio Cruz, dispostos a morrer na praia.
Morrer na praia, meu caro Custódio, é sempre uma vitória do náufrago, uma demonstração de vontade.
É precisa muita coragem para nadar até ao derradeiro sopro de vida.
 Para estar disponível para morrer num  areal.
 Ainda por cima, estupidamente desproporcionado, agreste, árido e grande, como este o da nossa Figueira.
Morrer na praia, se isso vier a acontecer, será sempre um passo em frente.
Dantes morria-se no mar.
Ainda haveremos de aprender a matar a morte.
Ainda haveremos de aprender a ganhar.
Ainda haveremos de aprender a não ter nem mau perder nem mau ganhar.
Porque um dia chegaremos lá com vida, vamos ter de aprender a viver na praia.
Um abraço Custódio

Jornalismo arrogante e vaidoso...

É uma subespécie que anda por aí!..
Esta, é a opinião de um simples cidadão que se limita a observar criticamente a realidade que o rodeia.
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, já dizia o poeta; e por cá, as convicções têm a constância das marés. 
O que falta à política - e, de certa forma, à sociedade portuguesa - não é seriedade, rigor, honestidade ou habilidade. Quer dizer, também falta um pouco disso tudo, mas falta ainda mais do que isso. Falta espinha dorsal.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Eu sei que os perfumes estão pela hora da morte, mas esta Figueira tresanda a merda!..

Hoje de tarde, realizou-se uma importante reunião de Câmara que encheu de público o salão nobre dos paços do concelho da Figueira da Foz.
Eu estive lá, como a foto que saquei daqui comprova. Leiam, clicando aqui, o que o jornalista da LUSA considerou de relevante noticiar da reunão!
Eu sei que os perfumes estão pela hora da morte, mas esta Figueira tresanda a merda!..

Em actualização:
Outros pormenores sobre a reunião aqui,   aqui,   aqui,  aqui,  aqui,   aqui,  aqui,   aqui.

"Colossal" confusão?..


Talvez não!..
Uns entram e outros saem!..
Mas não há problema para nenhuns..
Todos ficam a rir-se: os que entram, vão ter anos de abundância; os que saem, trazem a abundância duma "colossal" indemnização.
E sem "doping"!
Resumindo e concluindo: mudam algumas  moscas, mas esta merda continua na mesma!

Mercado da Figueira


«Não há razão para que o bem não possa triunfar sobre o mal, basta que os anjos se organizem mais ou menos como a máfia.»

X&Q1060

A liberdade de ser vulgar

A direita está em crise.
Sobretudo, em crise de ideias e crise de espírito auto-crítico.
Depois de ganhar as eleições ficou com medo.
Este post é um exemplo disso.
Mas não só.
É também um exemplo do mau gosto.
Não pensem, porém, que defendo a censura do mau gosto.
Claro que não.
Sou um defensor acérrimo da liberdade do mau gosto. Da liberdade de ser vulgar. Da liberdade de não ter piada.
Considero, aliás, essa liberdade um direito inalienável!..
E tudo isto sem uma palavrinha sobre a passagem de 7 para 11 administradores na CGD!..

Pelos blogues do concelho...

foto Pedro Cruz
"As acessibilidades às Praias do Cabedelo e Cabedelinho", no Marcha do Vapor.