Sócrates na noite eleitoral: |
quarta-feira, 8 de junho de 2011
E quem vive na vila?..
Em 23 de Abril de 2009, perguntei aqui:
"Se um ALDEÃO, é um indivíduo que vive numa aldeia.
Se um CIDADÃO, é um indivíduo que vive numa cidade.
Então, como chamar a um indivíduo que vive na vila?.."
Então, como chamar a um indivíduo que vive na vila?.."
Hoje, ao navegar pelo facebook, encontrei esta do meu Amigo Jorge Lemos, a que achei imensa piada:
“Quem mora na cidade... tem cartão de cidadão. E quem mora na aldeia? Terá cartão de aldeão?”
Já eu que moro na vila, não posso deixar de manifestar a minha curiosidade e complemento:
E quem vive na vila, terá cartão de vilão?..
Chegámos ao país da "laranjada"!..
O Governo é maioritariamente PSD. O Presidente da República é PSD. O Parlamento tem maioria PSD.
O Governador do Banco de Portugal é próximo do PSD. O Presidente da CMVM é do PSD.
O Presidente da CGD é PSD.
O Presidente da CGD é PSD.
A quem o devemos em primeiríssimo lugar?..
Pela minha parte, adeus e obrigadinho pela "mudança"...
António Costa não se deixou "entalar"...
... apesar de muito pressionado, "não é candidato à liderança do PS".
"António José Seguro e Francisco Assis serão os candidatos..."
Isto não está para brincadeiras…
Há uns dias atrás, ainda decorria a campanha eleitoral, ouvi que a troika vai exigir que o Governo pague aos seus fornecedores no prazo máximo de 90 dias!..
E se eles exigirem o mesmo às Câmaras Municipais, como por exemplo a da Figueira, que já está a “fazer uma gestão de sufoco”?..
E se eles exigirem o mesmo às Câmaras Municipais, como por exemplo a da Figueira, que já está a “fazer uma gestão de sufoco”?..
terça-feira, 7 de junho de 2011
Mais uma grande superficie comercial na Figueira da Foz?..
E quem se preocupa com “as tremendas dificuldades
Este poder só pode ser controlável pela sua democratização e pela vigilância dos cidadãos, embora ajudasse muito fazer-se como em Espanha criando um novo ilícito criminal: o delito urbanístico ou contra o ordenamento do território."
* “Figueira da Foz – erros do passado, soluções para o futuro”, páginas 57 e 58, António Tavares.
Via aldeia olímpica
Para já, estou a gostar: parece que está a querer cumprir o prometido…
"Passos diz que cumprirá acordo e irá mais além".
Não enganou ninguém...
Ele não disse várias vezes, durante a campanha eleitoral, que o programa podia ir para além das medidas da troika?.
Mas, sobre Passos Coelho, ainda não sabemos nada!..
segunda-feira, 6 de junho de 2011
A um anónimo já saudoso do Sócrates
Quem me conhece sabe que sou de esquerda desde pequenino.
Nasci na Cova-Gala, Aldeia de pescadores. Sempre fui pobre e humilde, jamais grosseiro. Sou, aliás, descendente de homens simples, tisnados pelo sol, secos e robustos e mulheres de convicções fortes. A família sempre foi sagrada. A família continua a ser sagrada.
Estou habituado ao contacto com o mar. O contacto com a terra obriga o homem a olhar para o chão. O contacto com o mar obrigou-me a levantar a cabeça. É por isso que sempre gostei de andar nesta vida de cara levantada.
Na minha família, os homens quando chegavam do mar não faziam mais nada. O resto competia à mulher.
Como descendente desta gente, sempre gostei de viver com simplicidade. Os meus antepassados viveram nos palheiros, a casa ideal para os pescadores, construída sobre espeques na areia, com tábuas de pinho e um forro por dentro aplainado. Cheiravam que consolavam, quando novas, a resina, a árvore descascada e a monte.
Teriam sido felizes ou infelizes os meus antepassados?
Nunca apurei isso lá muito bem...
Sei, isso sim, que eram desprezados pelo Estado, que os roubou, cobrando-lhes uma exorbitância de dizimo. Nunca tiveram direito a nada em troca: a um hospital, a uma maternidade, a uma pequena biblioteca, a um médico, a uma estrada, a uma escola, nada.
No entanto, sem organização nem instrução, os meus antepassados eram gente tão pura, solidária, generosa e boa, que dormia com a porta aberta.
Quando chegavam a velhos e já não podiam trabalhar, como estavam abandonados pelo Estado, valiam-se uns aos outros como podiam. Na família e nos Amigos.
Os pescadores sempre foram de esquerda, generosos, imprevidentes e solidários.
É por isso que não perdoo a Sócrates ter subvertido as boas ideias que, nascidas na esquerda, se viram transformadas em operações de marketing, esvaziadas de sentido e convertidas a mero negócio.
Igualdade na educação, novas oportunidades, energias alternativas, democratização tecnológica, parcerias público-privadas, avaliação de desempenhos, mais o rol de negociatas, o trabalhar para a fotografia e para as estatísticas, o roubo descarado, aos pobres para dar aos banqueiros ricos e agiotas, o fanatismo, a intolerância, a ignorância, o modernismo para pacóvio ver (de que é exemplo o acordo ortográfico, uma bela forma de vender dicionários…), a demagogia a roçar o delírio, a promoção e enriquecimento ilícito de gente inclassificável, a parasitagem e a chulice de um Estado que deixou a maioria à beira da bancarrota, mas com os bolsos de alguns bem recheados…
Como posso esquecer isso senhor anónimo certamente usufrutuário do socretismo?
Sobretudo, não lhe perdoo, a si e ao seu patrono, que nos tenham entregue de bandeja à direita.
Ainda por cima, querendo-nos fazer crer que foi a esquerda, consequente e objectiva, que foi a culpada disso.
Passe bem!.. V. Exa. e quem o apoiar.
E o papo consigo termina aqui.
Nasci na Cova-Gala, Aldeia de pescadores. Sempre fui pobre e humilde, jamais grosseiro. Sou, aliás, descendente de homens simples, tisnados pelo sol, secos e robustos e mulheres de convicções fortes. A família sempre foi sagrada. A família continua a ser sagrada.
Estou habituado ao contacto com o mar. O contacto com a terra obriga o homem a olhar para o chão. O contacto com o mar obrigou-me a levantar a cabeça. É por isso que sempre gostei de andar nesta vida de cara levantada.
Na minha família, os homens quando chegavam do mar não faziam mais nada. O resto competia à mulher.
Como descendente desta gente, sempre gostei de viver com simplicidade. Os meus antepassados viveram nos palheiros, a casa ideal para os pescadores, construída sobre espeques na areia, com tábuas de pinho e um forro por dentro aplainado. Cheiravam que consolavam, quando novas, a resina, a árvore descascada e a monte.
Teriam sido felizes ou infelizes os meus antepassados?
Nunca apurei isso lá muito bem...
Sei, isso sim, que eram desprezados pelo Estado, que os roubou, cobrando-lhes uma exorbitância de dizimo. Nunca tiveram direito a nada em troca: a um hospital, a uma maternidade, a uma pequena biblioteca, a um médico, a uma estrada, a uma escola, nada.
No entanto, sem organização nem instrução, os meus antepassados eram gente tão pura, solidária, generosa e boa, que dormia com a porta aberta.
Quando chegavam a velhos e já não podiam trabalhar, como estavam abandonados pelo Estado, valiam-se uns aos outros como podiam. Na família e nos Amigos.
Os pescadores sempre foram de esquerda, generosos, imprevidentes e solidários.
É por isso que não perdoo a Sócrates ter subvertido as boas ideias que, nascidas na esquerda, se viram transformadas em operações de marketing, esvaziadas de sentido e convertidas a mero negócio.
Igualdade na educação, novas oportunidades, energias alternativas, democratização tecnológica, parcerias público-privadas, avaliação de desempenhos, mais o rol de negociatas, o trabalhar para a fotografia e para as estatísticas, o roubo descarado, aos pobres para dar aos banqueiros ricos e agiotas, o fanatismo, a intolerância, a ignorância, o modernismo para pacóvio ver (de que é exemplo o acordo ortográfico, uma bela forma de vender dicionários…), a demagogia a roçar o delírio, a promoção e enriquecimento ilícito de gente inclassificável, a parasitagem e a chulice de um Estado que deixou a maioria à beira da bancarrota, mas com os bolsos de alguns bem recheados…
Como posso esquecer isso senhor anónimo certamente usufrutuário do socretismo?
Sobretudo, não lhe perdoo, a si e ao seu patrono, que nos tenham entregue de bandeja à direita.
Ainda por cima, querendo-nos fazer crer que foi a esquerda, consequente e objectiva, que foi a culpada disso.
Passe bem!.. V. Exa. e quem o apoiar.
E o papo consigo termina aqui.
Legislativas 2011 (VIII)
O contributo da minha aldeia, Cova-Gala, freguesia de São Pedro, concelho da Figueira da Foz, na vitória "laranja":
PPD/PSD 33,91% - 454 votos
PS 30,1% - 403
B.E. 8,51% - 114
CDS-PP 8,29% - 111
PCP-PEV 7,62% - 102
PCTP/MRPP 2,09% - 28
PAN 1,34% - 18
PTP 0,6% - 8 0
MPT 0,45% - 6
PPM 0,37% - 5
PNR 0,22% - 3
PPV 0,15% - 2
PND 0,15% - 2
MEP 0,07% - 1
A aldeia, como se vê acima, contribui ontem com 454 votos para a vitória dos “sociais-democratas”.
Mas ontem já passou.
As obrigações a partir de agora é que vão doer.
Daqui a um ou dois meses, quando o que foi assinado pelo PS, PSD e CDS com a troika, desabar em cima das nossas cabeças, sempre quero ver quantos destes 454 “sociais democratas” da minha aldeia vão continuar a admitir que ajudaram a sair este Coelho da cartola!..
Um mosquito no quarto
"Não gosto de mosquitos. São seres horríveis. Têm não sei quantas patas, asas, um bico em forma de palha que usam para chupar o sangue das pessoas - tal como certos governantes deste país. Perdoem-me o desvio – e não têm alma. Não acredito que tenham alma. São repugnantes, irritantes, chatos, aborrecidos e mais uma quantidade de sinónimos que não vou escrever para não me perder em insultos.
Não tenho pena dos mosquitos. Tenho pena das moscas, apesar de saber que há por aí muita merda espalhada. Mas a merda de hoje – apesar de em maior quantidade – vale menos de metade da merda de outros tempos. Tenho pena das traças, apesar de haver cada vez mais roupeiros cheios e carteiras vazias. Tenho pena que se percam nas florestas de livros que as pessoas de hoje não lêem. A ignorância é uma bênção, e ao que parece as traças estão condenadas ao abismo da sabedoria. Não tenho pena nenhuma dos mosquitos. Vampiros de não sei quantas patas que se aproveitam do sangue alheio."
Ler crónica completa via Os Filhos do Mondego
Não tenho pena dos mosquitos. Tenho pena das moscas, apesar de saber que há por aí muita merda espalhada. Mas a merda de hoje – apesar de em maior quantidade – vale menos de metade da merda de outros tempos. Tenho pena das traças, apesar de haver cada vez mais roupeiros cheios e carteiras vazias. Tenho pena que se percam nas florestas de livros que as pessoas de hoje não lêem. A ignorância é uma bênção, e ao que parece as traças estão condenadas ao abismo da sabedoria. Não tenho pena nenhuma dos mosquitos. Vampiros de não sei quantas patas que se aproveitam do sangue alheio."
Ler crónica completa via Os Filhos do Mondego
domingo, 5 de junho de 2011
RTP, uma estação paga pelos portugueses
A RTP anunciou um debate plural…
… e convidou Maria João Avillez, Emídio Rangel, João Marcelino e José Eduardo Moniz!..
Via 5dias.net
Nota:
Mudei para a TVI e apanhei com o Marcelo Rebelo de Sousa... E agora Rui Manchete!.. Vou desistir..
… e convidou Maria João Avillez, Emídio Rangel, João Marcelino e José Eduardo Moniz!..
Via 5dias.net
Nota:
Mudei para a TVI e apanhei com o Marcelo Rebelo de Sousa... E agora Rui Manchete!.. Vou desistir..
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