terça-feira, 7 de junho de 2011
Para já, estou a gostar: parece que está a querer cumprir o prometido…
"Passos diz que cumprirá acordo e irá mais além".
Não enganou ninguém...
Ele não disse várias vezes, durante a campanha eleitoral, que o programa podia ir para além das medidas da troika?.
Mas, sobre Passos Coelho, ainda não sabemos nada!..
segunda-feira, 6 de junho de 2011
A um anónimo já saudoso do Sócrates
Quem me conhece sabe que sou de esquerda desde pequenino.
Nasci na Cova-Gala, Aldeia de pescadores. Sempre fui pobre e humilde, jamais grosseiro. Sou, aliás, descendente de homens simples, tisnados pelo sol, secos e robustos e mulheres de convicções fortes. A família sempre foi sagrada. A família continua a ser sagrada.
Estou habituado ao contacto com o mar. O contacto com a terra obriga o homem a olhar para o chão. O contacto com o mar obrigou-me a levantar a cabeça. É por isso que sempre gostei de andar nesta vida de cara levantada.
Na minha família, os homens quando chegavam do mar não faziam mais nada. O resto competia à mulher.
Como descendente desta gente, sempre gostei de viver com simplicidade. Os meus antepassados viveram nos palheiros, a casa ideal para os pescadores, construída sobre espeques na areia, com tábuas de pinho e um forro por dentro aplainado. Cheiravam que consolavam, quando novas, a resina, a árvore descascada e a monte.
Teriam sido felizes ou infelizes os meus antepassados?
Nunca apurei isso lá muito bem...
Sei, isso sim, que eram desprezados pelo Estado, que os roubou, cobrando-lhes uma exorbitância de dizimo. Nunca tiveram direito a nada em troca: a um hospital, a uma maternidade, a uma pequena biblioteca, a um médico, a uma estrada, a uma escola, nada.
No entanto, sem organização nem instrução, os meus antepassados eram gente tão pura, solidária, generosa e boa, que dormia com a porta aberta.
Quando chegavam a velhos e já não podiam trabalhar, como estavam abandonados pelo Estado, valiam-se uns aos outros como podiam. Na família e nos Amigos.
Os pescadores sempre foram de esquerda, generosos, imprevidentes e solidários.
É por isso que não perdoo a Sócrates ter subvertido as boas ideias que, nascidas na esquerda, se viram transformadas em operações de marketing, esvaziadas de sentido e convertidas a mero negócio.
Igualdade na educação, novas oportunidades, energias alternativas, democratização tecnológica, parcerias público-privadas, avaliação de desempenhos, mais o rol de negociatas, o trabalhar para a fotografia e para as estatísticas, o roubo descarado, aos pobres para dar aos banqueiros ricos e agiotas, o fanatismo, a intolerância, a ignorância, o modernismo para pacóvio ver (de que é exemplo o acordo ortográfico, uma bela forma de vender dicionários…), a demagogia a roçar o delírio, a promoção e enriquecimento ilícito de gente inclassificável, a parasitagem e a chulice de um Estado que deixou a maioria à beira da bancarrota, mas com os bolsos de alguns bem recheados…
Como posso esquecer isso senhor anónimo certamente usufrutuário do socretismo?
Sobretudo, não lhe perdoo, a si e ao seu patrono, que nos tenham entregue de bandeja à direita.
Ainda por cima, querendo-nos fazer crer que foi a esquerda, consequente e objectiva, que foi a culpada disso.
Passe bem!.. V. Exa. e quem o apoiar.
E o papo consigo termina aqui.
Nasci na Cova-Gala, Aldeia de pescadores. Sempre fui pobre e humilde, jamais grosseiro. Sou, aliás, descendente de homens simples, tisnados pelo sol, secos e robustos e mulheres de convicções fortes. A família sempre foi sagrada. A família continua a ser sagrada.
Estou habituado ao contacto com o mar. O contacto com a terra obriga o homem a olhar para o chão. O contacto com o mar obrigou-me a levantar a cabeça. É por isso que sempre gostei de andar nesta vida de cara levantada.
Na minha família, os homens quando chegavam do mar não faziam mais nada. O resto competia à mulher.
Como descendente desta gente, sempre gostei de viver com simplicidade. Os meus antepassados viveram nos palheiros, a casa ideal para os pescadores, construída sobre espeques na areia, com tábuas de pinho e um forro por dentro aplainado. Cheiravam que consolavam, quando novas, a resina, a árvore descascada e a monte.
Teriam sido felizes ou infelizes os meus antepassados?
Nunca apurei isso lá muito bem...
Sei, isso sim, que eram desprezados pelo Estado, que os roubou, cobrando-lhes uma exorbitância de dizimo. Nunca tiveram direito a nada em troca: a um hospital, a uma maternidade, a uma pequena biblioteca, a um médico, a uma estrada, a uma escola, nada.
No entanto, sem organização nem instrução, os meus antepassados eram gente tão pura, solidária, generosa e boa, que dormia com a porta aberta.
Quando chegavam a velhos e já não podiam trabalhar, como estavam abandonados pelo Estado, valiam-se uns aos outros como podiam. Na família e nos Amigos.
Os pescadores sempre foram de esquerda, generosos, imprevidentes e solidários.
É por isso que não perdoo a Sócrates ter subvertido as boas ideias que, nascidas na esquerda, se viram transformadas em operações de marketing, esvaziadas de sentido e convertidas a mero negócio.
Igualdade na educação, novas oportunidades, energias alternativas, democratização tecnológica, parcerias público-privadas, avaliação de desempenhos, mais o rol de negociatas, o trabalhar para a fotografia e para as estatísticas, o roubo descarado, aos pobres para dar aos banqueiros ricos e agiotas, o fanatismo, a intolerância, a ignorância, o modernismo para pacóvio ver (de que é exemplo o acordo ortográfico, uma bela forma de vender dicionários…), a demagogia a roçar o delírio, a promoção e enriquecimento ilícito de gente inclassificável, a parasitagem e a chulice de um Estado que deixou a maioria à beira da bancarrota, mas com os bolsos de alguns bem recheados…
Como posso esquecer isso senhor anónimo certamente usufrutuário do socretismo?
Sobretudo, não lhe perdoo, a si e ao seu patrono, que nos tenham entregue de bandeja à direita.
Ainda por cima, querendo-nos fazer crer que foi a esquerda, consequente e objectiva, que foi a culpada disso.
Passe bem!.. V. Exa. e quem o apoiar.
E o papo consigo termina aqui.
Legislativas 2011 (VIII)
O contributo da minha aldeia, Cova-Gala, freguesia de São Pedro, concelho da Figueira da Foz, na vitória "laranja":
PPD/PSD 33,91% - 454 votos
PS 30,1% - 403
B.E. 8,51% - 114
CDS-PP 8,29% - 111
PCP-PEV 7,62% - 102
PCTP/MRPP 2,09% - 28
PAN 1,34% - 18
PTP 0,6% - 8 0
MPT 0,45% - 6
PPM 0,37% - 5
PNR 0,22% - 3
PPV 0,15% - 2
PND 0,15% - 2
MEP 0,07% - 1
A aldeia, como se vê acima, contribui ontem com 454 votos para a vitória dos “sociais-democratas”.
Mas ontem já passou.
As obrigações a partir de agora é que vão doer.
Daqui a um ou dois meses, quando o que foi assinado pelo PS, PSD e CDS com a troika, desabar em cima das nossas cabeças, sempre quero ver quantos destes 454 “sociais democratas” da minha aldeia vão continuar a admitir que ajudaram a sair este Coelho da cartola!..
Um mosquito no quarto
"Não gosto de mosquitos. São seres horríveis. Têm não sei quantas patas, asas, um bico em forma de palha que usam para chupar o sangue das pessoas - tal como certos governantes deste país. Perdoem-me o desvio – e não têm alma. Não acredito que tenham alma. São repugnantes, irritantes, chatos, aborrecidos e mais uma quantidade de sinónimos que não vou escrever para não me perder em insultos.
Não tenho pena dos mosquitos. Tenho pena das moscas, apesar de saber que há por aí muita merda espalhada. Mas a merda de hoje – apesar de em maior quantidade – vale menos de metade da merda de outros tempos. Tenho pena das traças, apesar de haver cada vez mais roupeiros cheios e carteiras vazias. Tenho pena que se percam nas florestas de livros que as pessoas de hoje não lêem. A ignorância é uma bênção, e ao que parece as traças estão condenadas ao abismo da sabedoria. Não tenho pena nenhuma dos mosquitos. Vampiros de não sei quantas patas que se aproveitam do sangue alheio."
Ler crónica completa via Os Filhos do Mondego
Não tenho pena dos mosquitos. Tenho pena das moscas, apesar de saber que há por aí muita merda espalhada. Mas a merda de hoje – apesar de em maior quantidade – vale menos de metade da merda de outros tempos. Tenho pena das traças, apesar de haver cada vez mais roupeiros cheios e carteiras vazias. Tenho pena que se percam nas florestas de livros que as pessoas de hoje não lêem. A ignorância é uma bênção, e ao que parece as traças estão condenadas ao abismo da sabedoria. Não tenho pena nenhuma dos mosquitos. Vampiros de não sei quantas patas que se aproveitam do sangue alheio."
Ler crónica completa via Os Filhos do Mondego
domingo, 5 de junho de 2011
RTP, uma estação paga pelos portugueses
A RTP anunciou um debate plural…
… e convidou Maria João Avillez, Emídio Rangel, João Marcelino e José Eduardo Moniz!..
Via 5dias.net
Nota:
Mudei para a TVI e apanhei com o Marcelo Rebelo de Sousa... E agora Rui Manchete!.. Vou desistir..
… e convidou Maria João Avillez, Emídio Rangel, João Marcelino e José Eduardo Moniz!..
Via 5dias.net
Nota:
Mudei para a TVI e apanhei com o Marcelo Rebelo de Sousa... E agora Rui Manchete!.. Vou desistir..
Vem aí a realidade!
foto Pedro Cruz
Mais tarde, as últimas semanas vividas em Portugal, talvez venham a constituir um case study de organização política.
Mergulhados numa crise profundíssima, não tivemos nem governo, nem Parlamento, nem oposição!..
Os portugueses viveram na doce inconsciência dos seres a quem basta existir para serem felizes.
Além do ruído, não se passou nada!..
Mas, tudo o que é bom acaba depressa.
Vem aí a dura e triste realidade...
Acordar vai ser um pesadelo.
O próximo governo vai ser um susto.
Entretanto, um resto de bom domingo e boa sorte para todos nós, que bem precisamos!..
sábado, 4 de junho de 2011
sexta-feira, 3 de junho de 2011
Já estamos em época de incêndios e esta promessa tem quase um ano!..
A ideia era fazer com que as cabras actuassem como «limpadores naturais» dos campos agrícolas abandonados e montes, «deixando livres de vegetação zonas de potencial perigo de incêndio». Alguém sabe por onde andam as cabras?... |
quinta-feira, 2 de junho de 2011
Obrigadinho pá!.. Proença convenceu-me de vez: vou votar CDU...
Voto desde que vivemos em democracia.
A meu ver, votar é muito mais do que um dever: é uma obrigação.
Votar, é colaborar na definição das prioridades necessárias para todos nós.
Gostaria de estar completamente enganado, mas a prioridade, nos próximos 4 anos em Portugal, passará por tentar amenizar o sofrimento agravado dos que sempre mais têm sofrido.
Já que as pessoas não fazem o que deveriam fazer – tornarem-se sujeitos da história e serem elas o verdadeiro motor das transformações sociais e politicas para mudar as suas vidas - o partido que melhores garantias me dá de continuar a lutar pela prioridade acima referida é o PCP.
No Portugal de 2011, olhando com atenção todo o espectro partidário, sem sectarismos, verifico que o espaço politico que ainda me merece respeito é o da CDU: por ser um espaço que, não sendo perfeito, continua a ser o mais solidário e honesto.
Neste tempo difícil, de apreensão, de desorientação, de medo e de angústia com que se olha o futuro, mais uma vez, são os únicos em condições de defender quem na realidade tem necessidade e tem forçosamente de ser defendido nos penosos dias que em breve vão chegar...
Nada, nem ninguém, nos deve desviar da obrigação e dever de votar. Este, é o momento, de simultaneamente julgar e escolher. Em Liberdade e em consciência.
Proença, o da da UGT, aquela que também fez greve geral no passado dia 24 de Novembro, convenceu-me de vez. Nas eleições de 5 de Junho, não sendo militante de nenhum partido, e existindo como na realidade existem, várias hipóteses de escolha para a alternância, foi preciosa a ajuda de Proença na escolha do sentido do meu voto: CDU.
Obrigadinho pá!..
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