terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Saber fazer as coisas



A cena acontece numa taberna, daquelas manhosas, mesmo à antiga: paredes quase sem tinta, chão com serradura, balcão de madeira, vinho do pipo, á porta um ramo de loureiro, o balcão, recheado com carapaus fritos, chouriço, queijo, tem uma cortina para proteger do mosquedo os produtos...
Entro. Fumo de tabaco por todo o lado.
Encosto ao balcão, peço uma mini e admirado perguntei ao dono:
- Então como é: você não conhece a nova lei do tabaco? Não teme as multas?..
- Medo de quê?.. Tá a ver ali aqueles amigos a jogar ao dominó aos pontos?
- Estou!..
- Óh criatura, então ainda não entendeu?... Estamos numa sala de jogo, é proibido mas pode-se fumar.....

X&Q202


segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

“O ano de 2007 foi muito positivo para o Museu Marítimo de Ílhavo”

Foto sacada daqui
"No ano que agora terminou, os responsáveis do Museu Marítimo de Ílhavo pretendiam a sustentabilidade das tendências de crescimento e qualificação, bem como a internacionalização do projecto cultural.
Ora, em ambos os casos os objectivos foram “plenamente atingidos”, uma vez que foram 53 mil os visitantes que escolheram o local para conhecer as várias iniciativas culturais realizadas."

O Museu Marítimo de Ílhavo “é dos mais visitados do país e o museu municipal que mais público atrai em Portugal”.

A árvore e a floresta


Que conceito faz de mim (ou de nós...), um primeiro-ministro que, em Janeiro de 2008, afirma que tem «todos os motivos para dizer que o ano de 2008 será ainda melhor que o de 2007»?
Salvo melhor opinião, e lamentando não corroborar a opinião acima citada, creio não haver razões que nos levem a acreditar que 2008 será melhor. Pelo menos para a maioria.
Certamente - e ainda bem - que haverá excepções particulares, como a de José Sócrates.
Mas, isso, é a árvore; não é a floresta.
Isto está “porreiro, pá!”....
Mas é para poucos!..

X&Q249


domingo, 6 de janeiro de 2008

Morreu Luiz Pacheco

O escritor e crítico literário Luiz Pacheco, que faleceu sábado, no Montijo, vai ser cremado terça-feira, pelas 19H00, no cemitério do Alto de São João, em Lisboa, disse hoje à Lusa fonte próxima da família.

“No seu tempo, escrevia como poucos, meia-dúzia que também já desapareceu. Neste tempo, ninguém escreve como ele, no seu modo de adiar a literatura, escrever apenas pelo gesto, a estética da escrita.”

Leia aqui a entrevista de Luiz Pacheco à saudosa revista Kapa, publicada em Julho de 92.

Iniciados e Seniores

ÁGUIAS - COVA-GALA
Ver resultado e fotos aqui.
COVA-GALA /SEPINS
Ver resultado e fotos AQUI

aF4


Lembrança do Poeta Aleixo


Vós que lá do vosso Império
prometeis um mundo novo,
calai-vos, que pode o povo
qu'rer um Mundo novo a sério.

António Aleixo
PS - Um Amigo meu, que muito prezo, da área e apoiante do governo "socrateano", remeteu-me, por mail, este boneco.
Porreiro, pá.
Um abraço.

sábado, 5 de janeiro de 2008

Fazer anos começa a ser chato ...

Adosindo Basófias perguntou...
“Ó Sr Agostinho explique lá, se faz fabor, que a gente não entendeu...Afinal quem é o anibersariante, carago?”
E, eu, como me prezo de ser uma pessoa educada, vou responder ao meu Amigo.

Não foi só o Expresso que fez anos...
Ai, pelas 3 da tarde do dia 5 de Janeiro de 1954, nasceu este espécime...
Claro que não me lembro, mas a minha mãe, velhinha, mas felizmente ainda viva, contou-me...

Na altura não havia televisão, muito menos blogues. Havia rádio, mas um bocado incipiente, tecnologicamente falando. Dos jornais, nem vale a pena falar.

Na época, aparentemente tudo corria bem: não havia Serviço Nacional de Saúde, muito menos, urgências ou maternidades a encerrar... Nem, sequer, a guerra colonial ainda havia começado...
Carestia de vida?... Nem pensar... Pelo menos, não se dava por isso. Os jornais, nesse tempo, não falavam disso. Azedume para com o primeiro-ministro? Nada, ou pelo menos ninguém dava conta disso!...
Neste Pais à beira mar plantado, nesse tempo, apenas se podia exaltar o auto contentamento provinciano e balofo do primeiro-ministro.
Felizmente, hoje em dia não é assim, as coisas mudaram, os tempos mudaram, os tempos são outros, não há nada disso!...

É claro que eu, velho já como o caraças, por vezes tenho a tentação de dar nome a certos bois: de vez em quando, pecador me confesso, dá-me ganas de apontar certos políticos como aldrabões, certos empreendores como exploradores, este ou aquele autarca como corrupto...
Mas, como a idade já pesa e meu deu algum tininho, considero melhor exaltar as excelsas qualidades e o trabalho exemplar do executivo camarário figueirense e a independência, competente e profícua, do executivo da Junta de Freguesia de São Pedro.
Aliás, não faço nada de mais: a vida está para quem sabe elogiar, adular, enfim, para quem sabe “dar graxa ao cágado”. Numa palavra: ser um sabujo...

Jornalistas e críticos, daqueles que criticam a sério, quase que já não existem no País, quanto mais na Figueira...
Levaram cá um sumiço!...

Bem como disse de início, não foi só o Expresso que fez anos...
Entretanto, longa vida para todos. O que não vai ser nada difícil de conseguir, pois Correia de Campos, esse competente ministro da saúde e nosso benfeitor, está a tratar-nos superiormente da dita...
Façam o favor de ser felizes.
Um abraço do
António Agostinho

Inacreditável!..

Segundo o Fala Barato, o desperdício de luz no sintético do parque de merendas é algo que é perfeitamente evitável.
Depois do artigo ser publicado nunca mais se fez luz, incluindo no período de férias escolares, quando este espaço recebia algumas dezenas de jovens.
Hoje, dia 5 de janeiro, chove a cântaros, não há férias nem miúdos, no entanto há luz...
Vamos lá perceber isto.

Infantis



A bola não rolou...


X&Q246


Soneto de Aniversário


Passem-se dias, horas, meses, anos
Amadureçam as ilusões da vida
Prossiga ela sempre dividida
Entre compensações e desenganos.

Faça-se a carne mais envilecida
Diminuam os bens, cresçam os danos
Vença o ideal de andar caminhos planos
Melhor que levar tudo de vencida.

Queira-se antes ventura que aventura
À medida que a têmpora embranquece
E fica tenra a fibra que era dura.

E eu te direi: amiga minha, esquece...
Que grande é este amor meu de criatura
Que vê envelhecer e não envelhece.

Vinicius de Moraes

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Futebol local

A fúria do mar e a protecção da orla costeira


A protecção da Orla Costeira Portuguesa é uma necessidade de primeira ordem.

Já levantámos o problema neste espaço, por diversas vezes, como por exemplo, aqui, aqui e aqui, pois esta questão é grave.

De ontem para hoje, as marés vivas e o mar alteroso, fizeram os estragos que pode ver com mais pormenor fotográfico aqui.

O mar chegou à estrada que dá acesso ao Cabedelo. O molhe sul está a ser reforçado... Mas, poucos metros para sul, a costa está vulnerável...

Mais uma vez, fica o alerta: em S. Pedro a erosão da orla marítima constitui um problema - e grave.

BCP e CGD ...


Tenho cá um pressentimento que a malta prefere "esta Pornografia hardcore"...

X&Q248