Falta de lampreia obriga Câmara de Penacova a cancelar festival
O Festival da Lampreia,
que normalmente decorria no final do mês,
foi cancelado devido à
falta de lampreia, disse aos jornais Álvaro
Coimbra, referindo que
o período para a lampreia vai até abril, mas
não se prevê que haja
uma grande alteração
face ao cenário atual.
Em 2022, o município
foi obrigado a suspender o festival também
face à escassez daquela
espécie que se reproduz
no rio Mondego, tendo
depois realizado o certame em abril.
“Um evento gastronómico pressupõe abundância e, neste momento, a lampreia é pouca e
muito cara”, aclarou o
autarca.
Por aquele concelho
ser conhecido como
uma referência na confeção da lampreia, Álvaro Coimbra decidiu
avançar com um colóquio para abordar o
declínio da espécie no
território português,
num evento que terá
também como intenção exigir medidas para
que o atual cenário seja
revertido. Organizado pela Câmara de Penacova e pela Confraria da Lampreia de Penacova, em colaboração com o Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, o colóquio irá decorrer no sábado, no auditório municipal. “Tendo em conta que somos conhecidos como a capital da lampreia, tínhamos de fazer alguma coisa e convidar a comunidade científica para debater esta questão”, referiu Álvaro Coimbra. Segundo o presidente da Câmara de Penacova, serão também convidadas “uma série de entidades públicas ligadas ao setor”, a quem serão apresentadas propostas de medidas para assegurar a preservação da espécie nos rios portugueses.
Álvaro Coimbra admitiu a possibilidade
de se proibir a pesca da
lampreia, salientando
que, para o município,
“em primeiro lugar,
está a preservação da
espécie”. O director do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (Mare) defende a proibição da pesca da lampreia, para garantir a recuperação de uma espécie que escasseia cada vez mais nos rios portugueses.
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