"Deco "apresentou-se no estágio do Mundial de forma miserável". A acusação, mais que tardia, vem da boca do ex-seleccionador nacional, Carlos Queiroz. O que diz muito do seu carácter - e também da sua incapacidade de liderança. Se Deco estava assim, compreende-se muito mal que tenha permanecido no estágio da selecção, que tenha viajado para a África do Sul e que tenha até alinhado a 15 de Junho como titular no primeiro jogo, contra a Costa de Marfim. Pior ainda: depois do fracasso nos relvados sul-africanos, Queiroz afirma agora que Portugal "não merece ganhar um Campeonato do Mundo" de futebol. Eu suspeitei disso mesmo em 2008, quando Gilberto Madaíl escolheu o ex-adjunto do United para treinador principal da nossa selecção. Muito antes deste seu longo ocaso, lamentável a qualquer título."
Via Delito de Opinião
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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