Aqui, já deixei a minha impressão pessoal da parte a que assisti desta reunião.
Acabei de ler outra opinião. Concordo com João Vaz quando escreve:
"A sessão foi algo longa e um pouco maçadora, há que repensar a forma como se expõe ideias e objetivos. Contudo, a repetição deste tipo de intervenções faz todo o sentido."
P.S. -
Depois de ouvir, durante quase três (3) horas, sem direito a perguntas, o presidente Ataíde, os vereadores Carlos Monteiro, Isabel Cardoso e António Tavares, não tive paciência para mais e vim-me embora perto da meia noite...
Lamento, mas já não tenho pachorra, nem cu, para aturar o amadorismo de quem deveria ser profissional e eficaz.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
7 comentários:
O blogue "O Ambiente da Figueira da Foz" diz que:
"Estranhei que alguns autores de blogs da nossa praça, presentes na sessão, também não tivessem tido a capacidade de se levantar e dizer aquilo que muitas vezes escrevem. Fica-me a ideia que na hora da verdade, os críticos se remetem a um comprometedor silêncio, têm medo da democracia aberta e do microfone ?"
Por outro lado é aqui dito que não havia direito a perguntas. Não percebo. Afinal de contas havia ou não direito à intervenção pública? E se não havia ou que é que as pessoas lá estavam a fazer?
Como escrevo no post.
"Depois de ouvir, durante quase três (3) horas, sem direito a perguntas, o presidente Ataíde, os vereadores Carlos Monteiro, Isabel Cardoso e António Tavares, não tive paciência para mais e vim-me embora perto da meia noite...
Lamento, mas já não tenho pachorra, nem cu, para aturar o amadorismo de quem deveria ser profissional e eficaz."
Decorridas quase três horas, depois de ter falado o presidente e a vereação executiva, deram a palavra a mais um orador, presumo que técnico da câmara. Foi quando me levantei e abandonei a sessão. Até esse momento, ninguém informou que havia direito a colocar questões por parte do público.
Porque não informaram os munícipes em geral e em devido tempo, logo no início, das regras em que iria decorrer este encontro com a populalação figueirense?...
Nem todos eram sócios, militantes, simpatizantes, ou simples avençados... Foram lá, apenas, por mim falo, para ser informados e esclarecidos?..
Ou esta reunião que, presumo, se destinava à população figueirense, em geral, regulava-se pelo regimento das reuniões camarárias?
Permitam-me o esclarecimento:
1. No próprio cartaz do evento estabeleceu-se uma fase de debate.
2. Na fase de perguntas e respostas, que começou duas horas depois do inicio da sessão, às 23h30, e não três como se diz aqui. Houve cinco intervenções pelo menos, e nenhuma de técnicos da Câmara. A primeira delas foi do dr. Miguel Amaral, a última do dr. Tocha Coelho, ambos foram críticos em relação à Câmara.
Não houve intervenções de técnicos da Câmara.
3. Qualquer cidadão foi livre de intervir.
João Vaz
Vamos ser sérios?
Vou citá-lo, senhor João Miguel Vaz:
"A sessão foi algo longa e um pouco maçadora, há que repensar a forma como se expõe ideias e objetivos".
Foi o senhor que o escreveu no seu blog, não fui eu. Ok?
Depois, eu já não tenho dúvidas sobre este executivo. Por exemplo, falemos das empresas municipais, que é um assunto que deveria interessar aos figueirenses. Num universo global de endividamento camarário de 90 milhões, representam mais de 20 milhões de euros de endividamento senhor engenheiro.
Porquê e para quê senhor engenheiro?..
Considera isso despiciendo?
Por exemplo a FGT. Na oposição os vereadores do PS defendiam a sua extinção, “era um fardo para o orçamento municipal”, segundo o vereador António Tavares em 2009 (Jornal O Figueirense em 30/04/2009).
Agora, tudo mudou. Fala-se em reestruturação, lá para 2011!..
Veremos, como diz o ceguinho, que sou eu, naturalmente!...
No passado recente, para justificar tamanho desperdício de recursos concelhios, dizia-se que era a incompetência!.....
Como entender, então, que este executivo, passado um ano, continue sem saber o que fazer e continue a trilhar o mesmo percurso?
Um ano “para arrumar o presente (passado recente, presumo eu), preparar o futuro”, não considera que já foi tempo de mais?..
Quando é que mudamos a página?...
Isso é que é importante senhor engenheiro.
Mais minuto, menos minuto, gasto com conversa da treta não!..
Aliás, ao fim e ao cabo, a homilia da passada sexta feira, não passou de uma ganda treta, por parte de quem a promoveu, e uma enorme estopada, para quem teve a infeliz ideia de lá se ter deslocado, por que apenas pretendia ficar esclarecido sobre o que se passa no seu concelho.
A mim não me apanham mais. Farto de propaganda ando eu.
Caro Agostinho,
A realidade ultrapassa-o pela esquerda. Queixou-se que não houve tempo para perguntas e debate...mas agora o assunto é outro, passou à FGT, tentando encontrar contradições no que se disse e naquilo que se faz agora.
A FGT de facto já não é o que era, acabou o desmando: reduziram-se em 6x os gastos. A extinção de empresas com dívidas a terceiros não se faz de um dia para o outro. Senão ...ficariam os credores a "ver navios".
Mas isso, não parece interessar-lhe.
Lamento que não consiga articular um pensamento alternativo ou uma crítica construtiva, para além da espuma das notícias e do sensacionalismo dos títulos de jornais. Limita-se a um "bota abaixo" que em nada contribui para a resolução dos problemas.
Parece-me que no passado sábado teve uma boa ocasião para fazer perguntas sobre as empresas municipais, mas não foi capaz de o fazer, não questionou, não perguntou aos responsáveis o que queria saber. É pena.
Cumprimentos,
J. Vaz
PS: Essa coisa do "senhor engenheiro" é passado, parece-me uma frase do antes do 25 de Abril. Pelo menos para mim, já não há "os senhores engenheiros....!" Há pessoas, senhores e senhoras, todas elas com defeitos e virtudes.
P.S:
Mais uma vez vou ser vencido pelo cansaço...
Cumprimentos
Agora percebo bem o tom negro/nocturno do novo símbolo que a autarquia escolheu. A sessão de perguntas e respostas com o Executivo tem, digamos assim, um horário pós-pós laboral(bota-abaixo). São as chamadas perguntas/respostas pela calada da noite (bota-abaixo) numa sessão de pura propaganda política (bota-abaixo).
Não compreendo a angústia do ex-vereador com as críticas e o bota-abaixo. Basta ir aos arquivos de alguns bloggers de inspiração socialista, para ver o que é bota-abaixo.
Precisamente por antever grandes doses de bota-abaixo e dada a sua inexequibilidade, aposto que o ex-vereador foi contra grande parte das promessas eleitorais com que o Partido Socialista ganhou as eleições.
Por falar em bota-abaixo, não sei se o ex-vereador ainda considera o asfaltar de estradas e ruas como "obra", como no tempo em que era Oposição. Ou se, pelo contrário, as aspas nas obras só se utilizam conforme se quer "bota-abaixar" ou "lamber botas".
Quanto às obras propriamente ditas, parece que vão ser platónicas: os munícipes que tentem ver as suas imagens através de sombras - qual Alegoria da Caverna - porque segundo se diz de forma despudorada, as mesmas não vão sair das trevas nem ver a luz do dia. Podiam era ter dito isso antes das eleições. Isso sim, era capaz de evitar algum "bota-abaixo".
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