sábado, 17 de dezembro de 2016

As novas vias pedonais da praia à noite...

Passear, à noite, pelas novas vias pedonais da outrora Praia da Claridade, agora Praia da Calamidade, é termos a possibilidade de nos maravilharmos com a imagem que a foto sacada ao blogue do João Vaz mostra. 
O figueirense comum dirá que "é lindo"
Não haverá, para o figueirense comum, outra palavra mais impressiva e chave para exprimir o que sente perante esta imagem: "lindo"!
E o que é "lindo", para o figueirense comum, deve ser "lindo" mesmo... 
Presumo que não seja preciso escrever mais nada...
Toda a gente, incluindo eu, entende o adjectivo que bem poderia ter a qualidade de substantivo.

Que é feito do Passos audacioso que vergou Portas e Cavaco?..

"PSD disposto a negociar apoio a Assunção Cristas em Lisboa" - Jornal Público

Nota de rodapé.
Isto tem nome: "Cobardia política em todo o seu esplendor".

Poucas vezes interrompi a normalidade deste blogue, mas hoje é obrigatório fazê-lo...

"Conheço o António há umas décadas e enfrentamos juntos muita coisa. Entre nós nasceu e ainda hoje se mantém uma sólida amizade e penso que foi com ele que iniciamos uma aprendizagem de "escrevinhadores" em que tivemos o mesmo mestre, José Fernandes Martins.
Pela sua lucidez, poder de análise e sobretudo pela sua postura de seriedade e honestidade sou um leitor assíduo dos seus escritos e como o considero um homem de memória e fiel aos princípios de Abril, hoje tomei a liberdade de editar este seu texto que não é nem mais nem menos do que um grito de revolta contra aqueles que juraram defender os princípios de Abril mas todos os dias os colocam em causa."

Em tempo.
Não são precisas muitas palavras, para mostrar ao Rogério Neves, velho companheiro da vida e da escrita,  o quanto me sensibilizaram as  palavras que hoje me dirige no seu Marcha do Vapor.
Obrigado.

Da série, que certamente irá ter novos episódios, grandes primeira páginas!..

O melhor jogador do mundo de futebol de praia esteve ontem na Figueira da Foz, onde começou a brilhar ao serviço da seleção, no “Mundialito”.
A visita, a convite do presidente da câmara, João Ataíde, teve como pretexto a possibilidade de vir a dinamizar a modalidade na cidade, como o DIÁRIO AS BEIRAS adiantou em primeira mão. 
“É um sentimento de regresso a uma casa que, apesar de não ser minha, considero minha”, declarou Madjer ao jornal.
Madjer frisou ainda que “a Figueira da Foz é uma cidade com uma tradição enorme no futebol de praia”.

Entretanto, a agitação e propaganda da malta escolhida pelo bom povo para governar o concelho, continua a promover a governação rigorosa da Pólis – a tal que diminui a despesa e aumenta a receita. 
Entretanto, a agitação e propaganda da malta escolhida pelo bom povo para governar a Pólis, continua a promover o desporto no concelho, a tal promoção que faz com que faz que reste um único problema - ter pessoas, de todas as faixas etárias, a ter condições cada vez mais miseráveis para praticar deposto.
Mas, isso não deve ser lá muito importante: o povo gosta é de ir no embrulho - presumo que seja fetiche nacional, incluindo as ilhas adjacentes. 
Contra factos não há argumentos. 

Memória de uma Figueira gratificante

"Esplanada, americano e praia por perto... Uma Figueira de outros tempos..."
Sentimo-nos bem (eu, pelo menos sinto),  quando olhamos para um sítio do qual podemos escrever,  que dá um excelente postal ilustrado. 
Mas, essa beleza que apreciamos e que é tão importante nas nossas vidas, não vem apenas do lugar, mas, também, da vida que  pode ser sentida olhando para o tal postal ilustrado.
É um misto de tudo isto, a meu ver, que torna este local, que existiu na Figueira, tão gratificante para a memória!

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA NA FIGUEIRA DA FOZ

Lembram-se da propaganda em 2015:  "a Figueira da Foz dá mais um passo no domínio da eficiência energética na iluminação pública. A zona poente da Rua da República bem como toda a Rua Fernandes Tomás estão agora dotadas com LEDs de alta eficiência. Futuramente outras zonas serão abrangidas com iluminação Led, com o objectivo de reduzir os custos energéticos do município."
E o que aconteceu agora na entrada da cidade: postes novos,  postes velhos! 
E a máquina da propaganda falhou!..
Após outros casos, onde foi propagandeado a instalação de led,  com o intuito de poupar na conta luz, era de esperar nesta reabilitação instalar led nestas novas luminárias...
Mas tal não aconteceu...
O que irá acontecer no futuro - era assim que estava ontem à noite esta entrada da cidade - é 50 % das luminárias estarem apagadas, como acontece em quase toda a cidade.
Olhem que bonito cartão de visitas!
E assim se perdeu uma bela oportunidade de melhorar a eficiência energética na iluminação pública no concelho e a redução dos custos energéticos da autarquia.
Refira-se que o led é uma das mais importantes inovações que aconteceu na iluminação desde a invenção da eletricidade. Ilumina durante mais de 20 anos, pode ser integrado em lâmpadas, o que permite novos designs e usa uma pequena parte da energia das lâmpadas incandescentes.

Mar dum cão no Cabedelo

Foto António Agostinho. Mais fotos aqui.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Convento de Seiça...

"Essa história ainda hoje tem muito por esclarecer, é uma história onde lendas se cruzam com a realidade" - Rui Curado da Silva.

Políticos: apoiem as bactérias. Vão por mim: elas são a única cultura que a grande maioria dos vossos eleitores têm!


Nota da rodapé.
A cultura deste país, passou  para os estádios de futebol e para os programas baratos da TV...
Senhores políticos deste País: por isso, é isso que tem de continuar a ser apoiado com os milhões disponíveis...

O que vai ser da Figueira?..

foto antónio agostinho
É isso mesmo que me preocupa, Exas. e senhores deputados municipais, na sua maioria, políticos de aviário  - o futuro, nosso, da cidade e do concelho!..
Claro que desejo que seja o melhor possível, já que não tenho tendências masoquistas. 
Agora, querer saber dele, é muito diferente. 
Não acredito em quem está a preparar o nosso futuro, no presente.
Por outro lado, estou muito pouco interessado em saber o que me reserva o futuro, com gente como a maioria dos membros que compõem a Assembleia Municipal, como políticos que estão a dar um contributo - ainda que, felizmente, irrelevante - na sua construção.
Eles sabem lá o que foi o 25 de Novembro? Eles sabem lá quem foi Fidel?
E, no entanto, votam!..

Vamos ter eleições, presumo que em outubro do próximo ano, e queria deixar claro que estou, desinteressadamente, interessado nelas. 
Gostava de poder votar em políticos que fossem políticos, mas, isso, ao que julgo saber, é um bem escasso na Figueira. 
Não quero mais alternância, sem qualquer alternativa... 
Desculpem, mas estou farto...
Da maioria dos políticos figueirenses que conheço - e conheço muitos... - só acredito numa coisa de tudo o que dizem: o que eles dizem uns dos outros...

Estes, na sua maioria, políticos de aviário, precisavam era de  recuar uns anos, até antes do 25 de Abril de 1974, para saberem o que era viver num País onde não havia liberdade. Onde existia censura, a actividade política, associativa e sindical era quase nula e controlada pela polícia política, havia presos políticos, a Constituição não garantia os direitos dos cidadãos, Portugal mantinha uma guerra colonial e encontrava-se praticamente isolado na comunidade internacional. Onde a informação e as formas de expressão cultural eram controladas, fazia-se uma censura prévia que abrangia a Imprensa, o Cinema, o Teatro, as Artes Plásticas, a Música e a Escrita. 
Onde, realmente, não havia Liberdade.

Onde a actividade política estava condicionada, não existiam eleições livres e a única organização política aceite era a União Nacional/Acção Nacional Popular. Onde a oposição ao regime  autoritário de Salazar e depois de Marcelo Caetano, era perseguida pela polícia política (PIDE/DGS) e tinha de agir na clandestinidade ou refugiar-se no exílio.
Onde os oposicionistas, sob a acusação de pensarem e agirem contra a ideologia e prática do Estado Novo, eram presos em cadeias e centros especiais de detenção (Caxias, Aljube Tarrafal). 
Onde, realmente, não havia Liberdade nem Democracia.

Onde a Constituição não garantia o direito dos cidadãos à educação, à saúde, ao trabalho, à habitação. Não existia o direito de reunião e de livre associação e as manifestações eram proibidas. 
Onde, realmente, não havia Liberdade.

Portugal estava envolvido na guerra colonial em Angola, na Guiné e em Moçambique, o que gerou o protesto de milhares de jovens e se transformou num dos temas dominantes da oposição ao regime, com especial realce para os estudantes universitários.
Onde não havia Liberdade nem Paz.

Hoje, é difícil imaginar como era Portugal antes do 25 de Abril de 1974. 
Mas, se pensarmos que, por exemplo, as escolas tinham salas e recreios separados para rapazes e raparigas, que muitos discos e livros estavam proibidos, que existiam nas Rádios listas de música que não se podia passar, que havia bens de consumo que não se podiam importar, que não se podia sair livremente do país, que sobre todos os rapazes de 18 anos pairava o espectro da guerra, será mais fácil compreender porque é que a Mudança  teve de acontecer e como é que Portugal se tornou diferente. 
Por exemplo, uma coisa simples e comezinha, como a Borda do Campo ainda sonhar em voltar a ser freguesia, isso deve-se ao 25 de Abril de 1974.

E, pergunto eu na minha santa e ingénua ignorância: sabem V. Exas., senhores deputados municipais, na sua maioria, políticos de aviário,  quem foram os que dentro do País lutaram, chegando alguns a pagar a ousadia com a própria vida?
Sabem V. Exas., senhores deputados municipais, na sua maioria, políticos de aviário, quem foram os maiores lutadores para mudar tudo no Portugal Amordaçado que existia antes do 25 de Abril de 1974?
Pois, temos pena: foram os comunistas portugueses quem realmente mais lutou num País sem Liberdade, sem Democracia, sem Educação, sem Saúde, sem Habitação, sem Paz e onde o Trabalho era miseravelmente remunerado. 

À pois, Suas Exas., senhores deputados municipais, na sua maioria, políticos de aviário: ser velho ainda continua a ser a única possibilidade descoberta para se poder viver muitos anos...

Oh!..

Leiam industrial!.. 
Se quiserem ver melhor, cliquem na imagem.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

A ideologia, pura e dura, na Assembleia Municipal da Figueira da Foz


Foto Luís Ribeiro

Hoje, pensava eu, ninguém se atreve a aplaudir o unanimismo.
A vida é constituída exactamente de diversidade que se deve manifestar em todos os domínios.
A troca de ideias e a discussão civilizada não nos devem perturbar, antes devem ser a regra a seguir como a atitude insubstituível.
Hoje, como sempre costumo fazer sempre que posso, fui assistir à sessão da Assembleia Municipal da Figueira da Foz e vim de lá completamente descansado.
Nada mais normal,  portanto, que  num órgão que não consegue discutir, com profundidade e esclarecimento qualquer questão relevante ou algo de útil para o nosso concelho, em várias horas de discussão estéril, aprovar por maioria uma saudação ao 25 de Novembro.
Nada mais natural também que, um órgão que não consegue, com profundidade e esclarecimento, discutir qualquer questão relevante ou algo de útil para o nosso concelho, em várias horas de discussão estéril, reprove um voto de pesar pelo falecimento de um ex-Presidente de uma República com que temos óptimas relações comerciais – no caso Fidel Castro.
Esta sessão da Assembleia  Municipal da Figueira da Foz, realizada no dia 15 de Dezembro de 2016, para mim foi uma sessão completa.
Completa, em  termos de completa mesmo, isto é, encheu-me as medidas; e em termos de agrado completo, isto é, nesse campo também me encheu as medidas.
Como dá para ver, o pluralismo está assegurado na Figueira.
Ter a consciência limpa é um sério sintoma de péssima memória.
E os políticos figueirenses, hoje, na Assembleia Municipal da Figueira da Foz, na sua esmagadora maioria, lá estiveram para mo confirmar.
A terminar:  gostei muito – e consegui entender – a intervenção do presidente Ataíde sobre o voto de pesar pela morte de Fidel Castro, que não foi aprovado pela Assembleia.
Sobretudo, demonstrou sentido de Estado.

Calma...

Já que ser coerente, significa para alguns ignorantes, "ser tão ignorante hoje como há 50 anos", apenas coloco esta legenda, em mais esta foto maravilhosa do meu saudoso Amigo Gilberto Vasco: "PRAIA DA SARDINHA".
Ponto final. Parágrafo.

Aos senhoritos desta maioria absoluta, recomendo chá de louro: cura bicos de papagaio...

"Talvez indispostos pela pressão da comunicação social e redes sociais, lá veio ontem a resposta da CMFF, via e-mail do Gabinete da Presidência, através dum texto, sem timbre da autarquia, sem estar assinada e num tom deselegante, numa apresentação, quanto a nós, indecorosa e indigna para quem tem a incumbência de representar o nosso Município." Carlos Tenreiro
Para ler melhor clicar na imagem 

Nota de rodapé.

Esta gente dos paços do município ignora muita coisa.
Nomeadamente. A saber: o chá é a antítese da queca!..
O chá, no início, costuma estar quente e acaba frio. A queca, começa fria e, comigo, costuma acabar quente
Que falta de chá que deve haver no primeiro piso dos paços do município!..

O negócio do plasma: suborno e tráfico de influências...

Paulo Lalanda de Castro, até ontem responsável máximo pela Octapharma em Portugal, apresentou a demissão na sequência de buscas que tiveram lugar nas instalações da farmacêutica, relacionadas com a investigação sobre o negócio do plasma, esmiuçado pela jornalista Alexandra Borges (TVI), há pouco mais de um ano, na peça que podem ver em cima, cuja visualização é altamente recomendada...

Via Aventar

A democracia, não raras vezes, tem destas coisas: coloca o poder nas mãos de uma maioria absoluta incompetente...

«... olhando a Figueira percepciona-se uma cidade que continua apática e incapaz de incapaz de reinventar as suas novas funções. Na ausência de uma comunicação política objectiva e capaz, que nos mostre mais do que os olhos de qualquer cidadão Figueirense vê, o que salta à vista são “enfeites urbanos” de gosto duvidoso, estatuária avulsa, pintura mural nem sempre apropriada, azulejaria se calhar desnecessária, ajardinamentos “démodé” e passadiços luminosos…
A participação democrática dos cidadãos na vida das suas comunidades legitima as escolhas das equipas autárquicas e as políticas públicas implementadas por elas. É preciso mais pois o que se vê …“É muito poucochinho!”»
- Isabel Maranha Cardoso, economista, via o jornal AS BEIRAS.

Nota de rodapé.
Resumindo e concluindo. Nestes 40 anos de poder local, a Figueira e o seu concelho, infelizmente por culpa da maioria dos figueirenses - os que votaram sempre nos mesmos e os que se abstiveram -, é a demonstração viva de que democracia também pode ser um sistema que garante que  podemos escolher não sermos governados melhor do que merecemos!..
Que o mesmo é dizer: "é muito poucochinho"...
Se a política na Figueira é sempre mais do mesmo, isto é, eleição após eleição, o esperado sempre acontece, o que é falta ao figueirense para conseguir fazer aquilo que qualquer ser humano consegue fazer com facilidade?..
Ser capaz de aprender algo com a experiência!..
Tal como sabe que fazer amor não se pode confinar a escrever uma carta, o figueirense também tem de aprender que para fazer música não se pode limitar à leitura da  teoria musical...
Mas, digo eu, nunca é tarde para o figueirense aprender...

Abraham Lincoln: A democracia é o governo do povo, pelo povo, para o povo...


Hoje, dia 15 de dezembro de 2016, pelas 15 horas, 
realiza-se uma sessão da Assembleia Municipal.

A América não pára de nos surpreender!

DETALHE DE VISUALIZAÇÃO DO MAPA DAS ÁRVORES DE NOVA YORK
Nova York mapeou todas as suas árvores. E é possível saber a importância de cada uma delas...
Projecto mostra arborização das ruas da cidade em detalhes e calcula seus benefícios ecológicos e económicos.
Na avenida Sheffield, no Brooklyn, em Nova York, existe uma árvore da espécie Fraxinus (freixo, em português, ou ash, em inglês). Só ela retém 3,7 mil galões de água de chuva anualmente - e poupa aos cofres municipais, por ano, US$ 348 dólares ao reduzir a emissão de gases poluentes.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Figueira, entre o mito e a realidade... (III)

Neste espaço, já abordámos este assunto: aqui e aqui.

Portugal, a velha virgem?..

Nunca, como ontem, os portugueses tiveram tantas razões para estarem de bem com a vida e gozarem com uma intensidade despreocupada o dia! 
Até eu, que sou contido, venho aqui exibir uma certa felicidade que me contagiou.

Porém, tive a sorte de ter aprendido o que devia ver além da realidade, isto é, além daquilo que nos é permitido que vejamos... 
E, graças a isso, tenho tido a felicidade de ter conseguido alguns momentos fantásticos!

Como ontem, por exemplo!
Num só dia, Portugal teve um Secretário Geral da ONU e um Bola de Ouro!
E a cereja em cima do bolo: um PR e um PM, imensamente felizes!

Portugal, ontem, vá lá saber-se porquê, lembrou-me uma velha virgem, que é aquela mulher que viveu já muitos Natais, mas nenhuma Noite Feliz!

Que saudades já começo a ter do Portugal pessimista!
Pelo menos, o pessimista vive sempre feliz: quando acerta e quando erra.