Em 2009, houve quem chegasse a imaginar que o Partido Socialista na Figueira seria uma coisa diferente...
Que o João Ataíde era um político progressista e o contrário do João Portugal.
E houve gente que, em 2009, de facto, nos quis fazer pensar que assim era.
Mas, quem esteve atento, viu o óbvio: nas caravanas de campanha, via-se gente feliz e sorridente acompanhando os abutres engravatados do PS figueirense.
Viu-se gente de esquerda que assinaram, deram o nome, estiveram nas listas e foram vereadores, porque nos queriam fazer que queriam construir a nova cidade.
O PS na Figueira, em 2009, depois de ter estado arredado da manjedoura, quis dar uma de partido aberto e p’rá frente, com independentes (...depois, alguns, filiaram-se em situações humilhantes...), que não foi caçar ao PSD ou ao CDS...
O PS na Figueira, em 2009, apelou à cidadania.
Alguns acreditaram que poderiam fazer a diferença, não só com o voto, mas fazendo parte das listas, ou em troca duma t-shirt ou do emprego pró rebento...
Em 2009, o PS figueirense teve apoios de artistas de vários matizes, incluindo juristas e economistas.
Foi moderno, mas passados meia dúzia de anos voltámos ao típico.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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2 comentários:
A sua expressão,utilizada ontem,resume tudo: "a Figueira está uma lixeira".
Tenho andado a pensar nisso.
E este texto só adensou as minhas dúvidas,questões e aparente falta de soluções.
Temos de acreditar. Carago!
partido boomerang
parte com arte
e regressa em desastre
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