A última bebé a nascer no bloco de partos do HDFF (Hospital Distrital da Figueira) veio ao mundo poucas horas depois de se conhecer a data de encerramento daquele espaço.
Recorde-se: uma menina com 3.230 gramas, com mãe de nacionalidade russa, nasceu às 00h30 do dia 1 de Novembro de 2006, veio fechar um ciclo que durava há 59 anos e que foi criado para responder a uma necessidade de um concelho que se acreditava estar em desenvolvimento.
Entretanto, o que nos vale á a nossa capacidade "pró habitual desenrascanço"...
Nasceu mais uma criança numa ambulância dos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz, a caminho de Coimbra. Esta, viu a luz do dia pela primeira vez na madrugada de hoje, desta vez, ao quilómetro 29,27 da A14.
Estão de Parabéns os nossos Bombeiros (desta vez, foram Fábio Fernandes e Hugo Neves), pelo profissionalismo que, mais uma vez, demonstraram...
Nota de rodapé.
Recordar o processo que levou ao encerramento da Maternidade da Figueira da Foz, no momento em que o nosso Posto Médico continua ameaçado, mais do que actual, é importante...
Estes assuntos são sérios, como diz um amigo meu em tom de brincadeira...
Esta gente é de desconfiar. Nunca dizem a verdade toda. Não diziam que iam fechar a maternidade: era só o bloco de partos. Agora, se fecharem o bloco operatório, dizem que mantém aberta a cirurgia.
Recordem, o que (por enquanto) aconteceu ao Posto Médico da Gala.
Ora, isto é um princípio perigoso. Caricaturando um pouco: pelo andar da carruagem - e continuando a citar o meu amigo - ainda nos cortam o fornecimento domiciliário de água, mas dizem que não nos encerraram as torneiras dentro das nossas casas!..
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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1 comentário:
Argumento eterno: cortar as gorduras do Estado!
E engordar os privados,claro!
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