terça-feira, 6 de setembro de 2016

A ausência do direito e dever do exercício da cidadania, é o maior problema da Figueira da Foz... (II)

De um órgão de informação espera-se que seja isento e objectivo. 
Isto, é básico no jornalismo informativo. 

Mas, o que se passa na Figueira? 
Como todos sabemos, os media estão condicionados. Divulgam aquilo que os poderes – politico e económico - pretendem, ou lhes interessa, e ocultam as vozes incómodas ao sistema.
Toda a gente sabe isto, mas é uma verdade "ignorada"... 

Faz falta numa Figueira, que se quer democrática e progressista, um projecto independente de informação humanista, que fale do concelho que realmente somos. Que fale dos problemas das empresas e dos trabalhadores, das associações patronais e dos sindicatos, da saúde, da educação, da segurança social pública, dos pequenos comerciantes que vivem cada vez com mais dificuldades, mas que continuam a sonhar e a lutar, das colectividades. Enfim, da vida real. 

Todos sabemos o mundo em que gravitam e funcionam os políticos figueirenses do chamado arco do poder.
Passam o tempo a divertir-se em jogos que apenas parecem visar um objectivo: “lixar-se” uns aos outros. 

Exemplo disso foi o caso das reuniões de câmara à porta fechada, que do meu ponto de vista, apenas teve como objectivo “lixar” o Miguel Almeida ao tirar-lhe protagonismo mediático... 
Quase que imagino o comentário, do presidente da câmara e da sua entourage, - vereadores da maioria e assessores - depois da concretização da jogada. Devem, entre o contentinho e o divertido, ter dito algo parecido com isto: “já lixámos o Miguel”

Falta, na Figueira, um projecto informativo que fosse a voz dos que, todos os dias,  lutam e constroem a nossa terra. Falta, na Figueira, uma voz que ultrapasse as fronteiras da Avenida Saraiva de Carvalho, do Casino, do Cae, do pequeno mundo da caridadezinha dos rotários e dos lions...
Falta, na nossa cidade, um projecto que dê protagonismo a um concelho que se chama Figueira da Foz e que tem vozes novas, irreverentes e incómodas.
Falta, na Figueira da Foz, como quase sempre faltou, um órgão de informação independente de todos os poderes.

Registo as três excepções de que tenho conhecimento: A Voz da Justiça, barca nova e A Linha do Oeste.

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