“Isaltino Morais poderá não estar impedido de se recandidatar à câmara de Oeiras. O autarca tem sido apontado como um dos nomes abrangidos pela lei da limitação de mandatos, mas há dúvidas jurídicas sobre a sua inelegibilidade – a ponto de, ao que o i apurou, terem sido pedidos pareceres jurídicos sobre o caso.
Em causa está o facto de Isaltino Morais ter interrompido o mandato para o qual foi eleito em 2001 – um ano depois, suspendeu funções para ir para o governo de Durão Barroso. E em 2003, já sob o escândalo das contas na Suíça, acabou por apresentar a renúncia, pelo que, quando a lei da limitação de mandatos entrou em vigor, Isaltino não desempenhava funções autárquicas.”
Via jornal i
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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