António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
terça-feira, 30 de janeiro de 2007
Entre a apoplexia e a verdade
Concurso Grandes Portugueses: “um actor da série Morangos Com Açúcar figurou na lista dos 100 Grandes Portugueses”.
Foi um momento que poderia ter causado uma apoplexia no País!..
Mas não, nada se passou.
O País encarou calmamente a reposição da verdade: a presença de Hélio Pestana deu credibilidade a este concurso.
A realidade veio ao de cima: o povo português não se interessa só por grandes escritores, políticos, navegadores e salazar.
Reza a mitologia que Portugal já foi grande no mundo.
Que importa, que um País sem memória, ou cultura, se aventure na eleição de um “vulto excelente”...
Num país pequeno, não é preciso muito para se ser grande...
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1 comentário:
Num pais em que um concurso, onde são eleitos os dez maiores portugueses de sempre, são eleitos:António de Oliveira Salazar e Álvaro Barreirinhas Cunhal, para se escolher o melhor.
É sinal de que somos um país evoluído e mais não carece de comentários.
Beira-Mar
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