sexta-feira, 30 de setembro de 2022

Mattos Chaves "desfiliou-se do CDS"...

O conselheiro nacional do CDS-PP Miguel Mattos Chaves, que foi candidato a presidente e líder da concelhia da Figueira da Foz, desfiliou-se do partido por não se sentir útil, “sobretudo depois do último congresso”
 “Dirijo-me hoje a vós pelo facto de, depois de ter estado vários meses em reflexão, ter chegado à conclusão e decidido que era chegada a hora de pedir a minha desfiliação do CDS-Partido Popular, com efeitos a partir do dia 30 do corrente mês”, escreve o dirigente numa carta de desfiliação endereçada na quarta-feira ao presidente do partido, Nuno Melo, e ao secretário-geral, Pedro Morais Soares.
Fica uma pergunta: como não estou a ver Mattos Chaves a calçar as pantufas, qual será o próximo objectivo e passo político do ex-candiato, em 2017 e 2021, pelo CDS à Câmara Municipal da Figueira da Foz?
Onde quererá ainda chegar, politicamente falando?..

quinta-feira, 29 de setembro de 2022

Santana Lopes defende eleições antecipadas na Figueira da Foz

Via Diário as Beiras

«O presidente da Câmara da Figueira da Foz, Santana Lopes, defendeu hoje a realização de Eleições Autárquicas antecipadas, na sequência da suspensão dos mandatos dos quatro vereadores eleitos do PS.

O autarca eleito pelo movimento independente FAP falava na sessão da Assembleia Municipal, quando respondia a questões colocadas pela oposição.

Em democracia, é tão importante quando os eleitores elegem quem governa ou quem está na oposição. Quando há uma mudança destas, os eleitores devem ser ouvidos. Esta realidade não pode ser ignorada. Há atitudes de quem está na governação ou na oposição que atingem todos”, defendeu Santana Lopes.

O presidente da câmara ressalvou que não tinha falado com ninguém sobre o assunto, que se tratava de “uma reflexão pessoal”.»

ACTUALIZAÇÃO via Diário as Beiras:

«O líder da “bancada” do PS, João Portugal, partido que é oposição na câmara e tem maioria na Assembleia Municipal, não subscreveu a reflexão do autarca da FAP. “Não acho que tenha de haver eleições porque os vereadores [do PS] suspenderam o mandato”, sustentou o socialista. “O senhor também saiu da [presidência] da Câmara de Lisboa e não houve eleições [antecipadas]”, acrescentou João Portugal. Por outro lado, indicou que a lei não prevê atos eleitorais antecipados por aquelas razões. 

“Não vou comparar os motivos que levaram à [minha] saída da Câmara de Lisboa com os dos vereadores do PS”, ripostou Santana Lopes, que deixou a autarquia lisboeta para assumir o cargo de primeiro-ministro, quando Durão Barroso passou a presidir à Comissão Europeia.»

A alta velocidade das obras públicas em Portugal...

Notícia, via Jornal de Notícias, de 28 de Setembro de 2022.

«Linha do TGV ligará Porto a Lisboa em uma hora e 15 minutos».

"A linha de alta velocidade, que ligará o Porto a Lisboa em uma hora e 15 minutos, será construída por fases, tendo a sua conclusão prevista após 2030. Os estudos necessários ao arranque da primeira fase da obra, entre Porto e Soure, estão quase terminados, seguindo-se o envio dessas conclusões para a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) proceder à Avaliação de Impacto Ambiental, que se prevê estar terminada no próximo ano. Se tudo correr como o previsto, a Infraestruturas de Portugal conta lançar o concurso para a empreitada referente a esta fase em 2024, estando as obras no terreno no ano seguinte e concluídas em 2028. Só para esta etapa da obra está previsto um investimento de 2950 milhões de euros, dos quais mil milhões são financiados por fundos comunitários.

Quanto à segunda fase da linha de alta velocidade, que diz respeito à ligação entre Soure e Carregado, a construção deverá arrancar em 2026, prevendo-se que esteja concluída em 2030. Depois desse ano, ficará concluída a terceira fase, entre Carregado e Lisboa, altura em que a IP conta aumentar o número de passageiros entre o Porto e Lisboa para os 16 milhões."

Imagem: Jornal Público de 8 de Julho de 1998.

Mais de 24 anos depois, esta primeira página do Jornal Público continua actual. 
Poderia ter sido a capa de ontem.
Vamos lá ver se me aguento, para que o meu neto, que tem agora 16 meses, me leve um dia a passear de TGV entre Lisboa e Porto...
Talvez o TGV consiga ficar utilizável antes que os estudos de impacto ambiental para a construção do novo aeroporto de Lisboa estejam feitos...

Cabedelo, um lugar perigoso e deprimente

Recordando um post de 11 DE ABRIL DE 2008:

“O prolongamento em 400 metros do molhe norte do porto da Figueira da Foz foi hoje adjudicado, um ano depois do lançamento do concurso público que sofreu reclamações dos concorrentes e atrasos na análise das propostas.
A obra, considerada fundamental pela tutela e comunidade portuária, vai permitir a melhoria das condições de acessibilidade ao porto da Figueira da Foz e deverá estar concluída até Fevereiro de 2010.
Com um preço base de 12,5 milhões de euros, a intervenção compreende a extensão do molhe em 400 metros, bem como a ampliação do canal de navegação.”
Mas, será que alguém sabe, porque estudou, as REPERCUSSÕES QUE MAIS 400 METROS NO MOLHE NORTE terão na zona costeira na margem a sul do Mondego."

Passados mais de 14 anos a realidade está aí e não pode ser mais escondida.
Um estudo do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) e do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (CES-UC), apresentado ontem no Desportivo Clube Marítimo da Gala, alerta para o risco de inundações no Cabedelo. O trabalho foi realizado ao abrigo do “Projeto Mosaic.pt – Relevância e contributo para a análise de risco de inundação costeira”.
Imagem via Diário as Beiras

Entretanto, foram feitas aquelas obras no Cabedelo... O resultado está à vista:
A Figueira, em Setembro de 2022, depois da passagem durante 12 anos do PS pelo poder autárquico, é um caso sério e visível de destruição gratuita de uma cidade. 
Ao mesmo tempo, é um caso extremo de incompetência recheado de mentiras. 
Buarcos, a "baixa da cidade" e também o Cabedelo são prova disso. 
Sem esquecer o Jardim Municipal.
Como escrevi em 9 de Abril de 2017, muito antes do início das obras, "longe dos olhares, no silêncio dos gabinetes, o Cabedelo está a ser alvo de um atentado." 
O resultado está aí. A herança deixada no Cabedelo pelos executivos de João Ataíde e Carlos Monteiro, não vai ser fácil de concluir e gerir por Santana Lopes.
Espero que quando for a inauguração, a placa faça a devida justiça a quem "obrou" tal disparate.

Boa reforma Dr. Fernando Cardoso...

 Via Diário as Beiras

Primeiro o partido...

"...o PS numa situação de alguma fragilidade"

“Estou preocupado, porque (esta situação) fragiliza a posição do PS, nomeadamente o trabalho que tem de fazer para reconquistar a Câmara da Figueira da Foz”...

 Via Diário as Beiras

Populismo para palermas...

Ventura, o doutor, passa a vida a arengar os 3,8% de ciganos beneficiários do rendimento mínimo, mas tem o partido financiado pelos 1% beneficiários do rendimento máximo garantido.

quarta-feira, 28 de setembro de 2022

«Legados Saramaguianos» dão mote a conversa com José Luís Peixoto

Via Biblioteca Municipal da Figueira da Foz


"O Auditório Municipal será palco, dia 30 de setembro, pelas 21h30, no âmbito das comemorações do centenário do nascimento de José Saramago, de uma conversa, apelidada de «Legados Saramaguianos», com o escritor José Luís Peixoto, a qual terá como moderador o Professor Carlos Reis - coordenador das comemorações da Fundação José Saramago.

«Legados Saramaguianos» é uma iniciativa da Fundação José Saramago, à qual o Município da Figueira da Foz se associou, que tem como objetivo comemorar o centenário do nascimento de José Saramago, assinalado a 16 de novembro, através de um conjunto de sessões com escritores da geração do Prémio José Saramago, leituras de passos da obra saramaguiana e debate acerca da ficção em língua portuguesa
A entrada é gratuita, contudo, sujeita à lotação da sala.
A iniciativa integra também o programa comemorativo dos 140 anos de elevação da Figueira da Foz a cidade."

Cabedelo... (3)

 Via Diário as Beiras

Numa sociedade onde as eleições e a democracia são intrínsecas, andamos a votar em quem, porquê e para quê?..

Quando se navega sem destino, nenhum vento é favorável. (Séneca)

Via Diário as Beiras

A renovação do PS Figueira e as contradições de Carlos Monteiro

 Via Diário as Beiras

Carlos Monteiro, hoje no Diário as Beiras: “num sistema democrático, é normal que existam processos de renovação e é salutar que surjam novos protagonistas”.

Carlos Monteiro, na passada quinta-feira, dia 22 "em declarações à FigueiraTV, justifica que pediu a suspensão de mandato de vereador na Câmara Municipal da Figueira da Foz para se dedicar profissionalmente, com a exigência de se inteirar dos assuntos nestes primeiros tempos, às novas funções como membro da Administração do Porto de Aveiro e da Figueira da Foz.

Carlos Monteiro aproveitou a conversa com a FigueiraTV para revelar que não está nos seus propósitos voltar a ser candidato à presidência da Câmara da Figueira da Foz, Município que já liderou, tendo perdido o acto eleitoral de 2021 para Pedro Santana Lopes."

Carlos Monteiro, "considera normal a renovação". Carlos Monteiro, "não se mostra interessado em voltar a ser candidato à presidência da Câmara Municipal da Figueira da Foz".
Então o que leva Carlos Monteiro a manter-se como candidato à concelhia do PS no próximo dia 8 de Outubro?
Face ao actual momento de necessidade de renovação  do PS Figueira, não seria lógico o exemplo vir de Carlos Monteiro para iniciar o processo?

"...a suspensão dos mandatos pelos quatro vereadores eleitos do PS prejudica a ação autárquica do partido na câmara"?

Via Diário as Beiras:
João Portugal
(líder da bancada socialista na AM): “Temos de aceitar e respeitar que as pessoas que tiveram mudanças nas suas vidas profissionais e, tendo chegado à conclusão que não conseguiam conciliar a profissão com o exercício autárquico, mais valia suspenderem o mandato do que estarem sempre a ser substituídos nas reuniões de câmara”
Fernando Cardoso (um histórico do PS da Figueira da Foz):  “Naturalmente, como é óbvio [afeta o desempenho da vereação socialista]”
António Alves (ex-presidente da Concelhia): “os vereadores, tendo sido eleitos, deviam manter-se todos na câmara municipal”
Carlos Beja, (o socialista que concorreu à Câmara da Figueira da Foz em 1997, contenda autárquica que teve Santana Lopes como vencedor):  «definiu a situação na vereação do PS como “um pouco bizarra”. E ressalvou que os órgãos do partido, quando elaboraram as listas autárquicas tiveram em conta que, os restantes candidatos estariam à altura das circunstâncias”»
Nuno Marques  (líder – e recandidato ao cargo – da secção de Buarcos do PS): “Prejudica, porque foram as pessoas eleitas para representarem os figueirenses e, pura e simplesmente, abandonaram o cargo, sem que haja incompatibilidade [entre a profissão e a vereação]”.
Maria José Moura (também se candidata à liderança da secção de Buarcos): “Quatro suspensões, é claro que coloca o partido numa posição difícil, [mas] a suspensão é um direito”, argumentou, ressalvando que desconhecia os motivos que levaram à suspensão dos mandatos. 
José Esteves (ex-presidente da Junta de Buarcos e São Julião):  “esta situação surpreendeu tudo e todos”. “Creio que houve alguma falta de tato político para se lidar com esta situação”

DEMOCRATICAMENTE a Itália guinou à direita

A Itália foi às urnas no passado domingo 27 de Setembro de 2022.
100 anos depois da Marcha sobre Roma e da tomada de poder por Benito Mussolini, os fascistas italianos conquistaram o poder. 
A pergunta ingénua que pode ser feita, é se isso se deverá aos méritos da clique política fascista  ou à irresponsabilidade da classe política situada do centro-esquerda à esquerda. 
Pergunta ingénua porque, por definição, é impossível encontrar méritos nas políticas defendidas por esta classe de gente política. A resposta à pergunta é então: não é por mérito das políticas defendidas por essa gente, é por demérito de toda a restante classe política, em particular da esquerda oficial italiana.
A Itália saiu destas eleições gerais de domingo com um novo governo de extrema-direita, liderado pela arqui-conservadora Giorgia Meloni, presidente dos Irmãos de Itália, um partido que tem vindo a ganhar destaque do nada desde as últimas eleições inconclusivas de 2018.
O partido de extrema-direita Irmãos de Itália (FdI), de Giorgia Meloni, venceu as eleições de domingo com 26 por cento dos votos, e a coligação que lidera obteve uma maioria clara no Parlamento, segundo resultados finais publicados esta terça-feira.
A Liga, de Matteo Salvini, conseguiu 8,8% dos votos (contra 13% em 2018), e a Força Itália, do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, 8,1% (14% em 2018), de acordo com os números do Ministério do Interior, citados pela agência francesa AFP.

Arquiteto José Isaías Cardos vai ser homenageado