quinta-feira, 20 de maio de 2021

Nem uma hora de audição: comissão de inquérito desligou ligação a Nuno Vasconcellos “em nome da dignidade”

«Vasconcellos disse por várias vezes que não estava ali como acusado, mas sim como “convidado”, e que não admitia o tom acusatório. O líder da Ongoing, grupo que tem de pagar €520 milhões ao Novo Banco, deixou perguntas por responder.
Aliás, o presidente do grupo falido disse que as dívidas perante o Novo Banco não eram dele, mas da Ongoing (em administração judicial e, por isso, sem ligação a si), e recusou-se a nomear empresários que tinham ajudado, através de um aumento de capital, a diminuir garantias bancárias perante o Novo Banco - disse apenas que um deles era “padrinho do filho”. Sobre sociedades ‘offshores’, pouco explicou de concreto.
Na audição, Nuno Vasconcellos elogiou Luís Filipe Vieira “um homem que se fez, um grande empresário”, incluindo-se num leque de grandes empresários que “durante 50/100 anos fizeram um ótimo trabalho. Lá vem a lenga lenga de que a culpa é dos empresários. Os bancos estavam cheios de dívida pública e a culpa é dos governos"
Via Expresso

Ryanair, a verdadeira oposição?..

Pode haver propaganda, mas não há milagres...

Vídeo sacado daqui

Vídeo sacado daqui

73 vigilantes de praia contratados pela Câmara da Figueira para a época balnear 2021

«A Câmara da Figueira da Foz, este ano, contrata 73 nadadores-salvadores para garantir a vigilância das praias do concelho, por mais de 270 mil euros. 
O município paga mais de metade deste valor, cabendo aos concessionários dos 17 apoios de praia pagar o restante. Os vigilantes das zonas sem concessão são pagos pela autarquia. 
Os nadadores-salvadores ganham 1100 euros por mês. A contratação está a cargo do município, garantindo, deste modo, a uniformização do preço do serviço. 
A época balnear com vigilância começa nas praias urbanas a 19 de junho e termina a 12 de setembro, enquanto nas restantes zonas de banhos tem início a 1 de julho, prolongando-se até 5 de setembro. 
A autarquia incluiu a Praia do Cabedelo na segunda fase, o que significa que as obras, em curso, terão de ficar concluídas antes. 
O concelho da Figueira da Foz, nesta época balnear, ostenta a Bandeira Azul nas praias do Relógio, Buarcos, Cabo Mondego, Costa de Lavos, Cova Gala, Cova Gala-Hospital, Leirosa, Murtinheira, Quiaios e Tamargueira. Costa de Lavos, na sequência de obras realizadas pela câmara municipal, recuperou a Bandeira Azul, que perdeu há mais de 12 anos por causa da construção, pela autarquia, de um muro na marginal, que a APA considerou ilegal»

David Justino: “O ‘congresso das direitas’ está a reconhecer o Chega como uma força política importante”

.. qual deve ser a atitude do PSD em relação a esse frentismo? 
Uma coisa é um partido que tem um deputado representado na Assembleia e outro que tem 70 e tal. A diferença está nisto. Não pode haver situação de igualdade em termos de parceria ou em termos de entendimento entre grupos que têm um deputado e o maior grupo parlamentar da oposição. 
Acha que o congresso beneficia o deputado André Ventura? 
Quando se fala no problema da normalização do Chega... 
O que o congresso está a fazer é reconhecer o Chega como uma força política importante. E eu, sinceramente, para mim, o Chega é um deputado, mais nada.

Autárquicas 2021: ponto da situação em 20 de Maio de 2021

 Via Diário de Notícias

O que fizeram ao Cabedelo! (2)

Um vazio humano, um vazio de sentimentos e um vazio de esperanças. 
Um silêncio insuportável. Uma nova realidade tão penosa, quanto desnecessária.

 O Cabedelo perdeu encanto e capacidade de sedução. O vídeo sacado daqui é esclarecedor.

Agora, é um local vazio de gente, vazio de sentimentos e vazio de esperança. 
O Cabedelo está morto. É um  vazio humano num cemitério de obras completamente desajustadas e que nada têm a ver com aquele local. 

O Cabedelo está morto. Mas está mesmo. 
Os espaços  onde passei  belas tardes, locais de alegrias e de esperanças, no fundo altares de almas, estavam vazios. Incomoda-me o vazio, incomoda-me a agonia do Cabedelo, incomoda-me gente que aceita com resignação a morte do Cabedelo. 
Triste Povo. Triste Figueira. Triste concelho. Triste Cabedelo.

quarta-feira, 19 de maio de 2021

“A Sondagem da Treta”

«A 4 de maio, o Diário de Notícias publicou o artigo “Santana à frente na Figueira tem em marcha a candidatura e está a deixar PSD nervoso“. O título do texto publicado era fundamentado pelo seguinte parágrafo:
O movimento de cidadãos tem estado, desde 6 de março, a fazer estudos de opinião junto dos figueirenses para saber as intenções de voto e, segundo o DN apurou, Santana Lopes aparece sempre em primeiro lugar, a uma distância confortável do candidato do PS e atual presidente da autarquia, Carlos Monteiro, e mesmo muitíssimo acima da intenção de voto no candidato apoiado pelo PSD, Pedro Machado, presidente da Entidade de Turismo do Centro.
Até hoje, a única informação disponibilizada na página do movimento sobre um hipotético estudo de opinião consta desta publicação encontrava-se neste link. No entanto, esse link já foi apagado. 
Obviamente, a parca informação constante na referida publicação levantava questões legítimas sobre a sua própria existência. Qualquer pessoa poderia ter feito uma publicação semelhante, sem uma ficha técnica que fundamentasse a existência de um estudo, bem como a sua credibilidade e validade.
O que é certo é que depois de reclamações e pedidos de esclarecimento junto do Diário de Notícias, foi confirmado que o artigo do DN de dia 4 de maio foi indevidamente publicado sem ter sido verificada a existência de uma ficha técnica. Posteriormente, a referida publicação foi apagada pelo movimento de Santana Lopes. O Polígrafo da SIC investigou o caso numa peça muito ilustrativa: “Candidatura de Santana Lopes divulgou sondagens não registadas e depois apagou?”.
A sensação com que ficamos é que há quem tenha uma profunda convicção de que a Figueira é uma aldeia de gente iletrada que se deixa levar por pseudo-sondagens grosseiramente apresentadas.
Pior, quem o fez sabe que pode gozar de alguma impunidade, visto que o movimento de Santana Lopes ainda não foi formalizado e por isso não pode ser levado à barra da justiça por este tipo de práticas indevidas.

Mas para já regista-se a intenção de produção de notícias falsas, que apesar de tudo é um mal maior dos dias que correm.»
Rui Curado da Silva. Para ler o artigo na totalidade, clicar aqui.

Novas multas nas praias entram hoje em vigor

Foto António Agostinho
A partir de hoje, quem não utilizar máscaras no acesso às praias, desrespeite as normas de distanciamento entre toalhas ou pratique atividades desportivas com o areal cheio será alvo de multas de 50 a 100 euros. O decreto- -lei que regula o acesso, a ocupação e a utilização das praias no contexto da pandemia foi publicado ontem e entra hoje em vigor. 
O primeiro-ministro, António Costa, frisa que, com o novo regime sancionatório, o Governo quer deixar claro que ninguém pode relaxar no cumprimento das regras sanitárias. “Sempre que relaxámos, a situação piorou”
Para além de multas para os banhistas, estão previstas também coimas para os concessionários, mas mais pesadas, de 500 a 1000 euros, se não higienizarem corretamente o espaço ou não afixarem as normas em locais visíveis. 
Em 2021, Portugal conta com 643 águas balneares, às quais estão associadas 574 praias (504 no Continente, 82 nos Açores e 57 na Madeira), onde a vigilância e a assistência a banhistas estão asseguradas por nadadores-salvadores.

Via JN

Alguém anda atentar liquidar o OUTRA MARGEM...

Não sei quem, nem porquê, mas houve recentemente uma tentativa para tentar silenciar o OUTRA MARGEM.
Nada de novo. Ao longos dos anos já ameaçaram com queixas judiciais, já recorreram a hackers, já fizeram denúncias às plataformas das redes sociais Facebook.
Desta vez fizeram denúncias à rede Blogger. 
A  liberdade parece  incomodar aqui pela Figueira.
Contudo, nunca tinha sentido tanto nervosismo e desespero para silenciar o OUTRA MARGEM
Porque querem silenciar e se possível liquidar um espaço com mais de 15 anos de publicação?
A quem desagrada a verdade e a liberdade de expressão?
Podem continuar. No que depender de mim não me calarão.
Não vou abdicar do direito, que qualquer cidadão tem de agir sem coerção ou impedimento, segundo a sua vontade, desde que dentro dos limites da lei.

António Agostinho

Abdique, Rui Moreira

Via jornal Público
«Depois do despacho de pronúncia que leva o presidente da Câmara do Porto a julgamento pelo crime de prevaricação, deixou de haver qualquer argumento do direito, da razão ou da ética pública que sustentem a sua recandidatura. Rui Moreira tem direito à presunção da inocência e a lutar pela justiça que apregoa; mas a gravidade da sua condição vai muito para lá da justa luta de um homem pela sua verdade. A sua recandidatura tem um custo: o do descrédito da política. E um preço: o de ameaçar a imagem do Porto como cidade de valores. 

Ser acusado de prevaricação por, alegadamente, ter defendido os interesses da sua família contra os interesses do município e essa acusação ter sido reforçada com uma pronúncia, deixou de o afectar em exclusivo. Tornou-se um problema da democracia e, acima de tudo, um problema da cidade. Não se pode esperar que os políticos sejam modelos de virtude acima do homem comum; mas deve-se exigir que estejam acima de qualquer suspeita razoável. Não é o caso — como não é o caso de cerca de 20 autarcas do PS e do PSD na mesma situação. 

Rui Moreira pode argumentar que em causa está uma ingerência da Justiça na política, uma perseguição, o acumular de erros grosseiros. Está no seu direito. Mas há que encarar a realidade. As acusações gravíssimas do Ministério Público foram integralmente aceites pela juíza de instrução. Ser pronunciado, diz a lei e a jurisprudência, significa para o tribunal que, face aos indícios apresentados, “é muito provável a futura condenação do arguido” ou que esta será “mais provável que a sua absolvição”

As provas sugerem que, depois de chegar ao poder, o tratamento da sua empresa familiar, a Selminho, mudou. As testemunhas adensam dúvidas. Rui Moreira diz que nada mudou, mas não é verdade. A juíza de instrução validou na íntegra as acusações do MP. E isso faz a diferença. 

Pergunta-se, pois, como pode um autarca nestas condições ser candidato numa democracia adulta. Sem que contamine a campanha com a nódoa da suspeita. Impedindo que a cidade se discuta para lá do ego ou da honorabilidade do seu presidente. Deixando-a na dúvida sobre se a política pode ser um braço do tribunal. 

Rui Moreira não foi ainda condenado por um “juízo de certeza como no julgamento”, lê-se no despacho. É, por isso, inocente. Num assomo de devoção à cidade que o elegeu, deve continuar a lutar pela sua defesa não na qualidade de político, mas na condição de cidadão. A bem da democracia e do Porto que ele diz “amar”, era bom que não se recandidatasse.»

Desconfinem. Vão aos restaurantes e vão ao teatro. O dinheiro público apoia (alguns)...

 Imagem via Diário as Beiras

Podemos passar à frente? Um pica pau e uma mine e tenho o problema resolvido...

CIM-RC paga metade da conta do restaurante aos clientes

Com o objectivo de contribuir para a recuperação da restauração, hotelaria e turismo, a CIM-RC (Comunidade Inter-municipal da Região de Coimbra) apresentou ontem quatro medidas de apoio à restauração, destinadas aos 19 concelhos que a integram. Medidas no âmbito da distinção de “Região de Coimbra: Região Europeia de Gastronomia 2021-2022”, que visam reduzir o impacto da pandemia no sector e que passam pelo “Programa de Selecção Gastronomia e Vinhos”, a criação de um “Passaporte Gastronómico”, de um “Voucher Restauração” e de menus “Prova Região de Coimbra”.
Uma das medidas é um incentivo ao consumo, que consiste na entrega, aos clientes, de vales de desconto. Assim, quem consumir 30 ou mais euros terá um desconto direto de 15 euros. Ou seja, pode representar uma redução da conta para metade. 
O incentivo está limitado a dois mil vales, que podem ser levantados, pelos consumidores, nos postos de turismo dos 19 concelhos da CIM-RC e nas instalações da Turismo Centro de Portugal. 
Quem paga aquele incentivo aos restaurantes aderentes é a CIM-RC, com recursos próprios e fundos europeus. Se a adesão for boa, deverá ser renovado. 
Esta medida poderá vir a ser aplicada, também, à hotelaria, adiantaram o presidente da Câmara da Figueira da Foz e anfitrião da sessão de apresentação, Carlos Monteiro, e o secretário executivo da CIM-RC, Jorge Brito.

terça-feira, 18 de maio de 2021

"Quem tem menos acesso à cultura é quem vai estar a patrocinar a raspadinha do património"

«A 'raspadinha' do Património Cultural chega hoje aos quiosques: custa um euro e terá um prémio máximo de 10 mil euros. A iniciativa não é inédita e está longe de ser consensual. Os psicólogos criticam o Estado por promover um jogo de sorte e azar que pode criar dependência e que visa sobretudo os mais pobres.»

Erosão costeira carece de uma resposta urgente!

Foto António Agostinho

"A necessidade de intervenção na gestão e proteção da faixa costeira tem atravessado diversos Governos. Recordo que a 8 de setembro de 2009 foi aprovada pelo Governo liderado José Sócrates a Estratégia Nacional para a Gestão Integrada da Zona Costeira e que no mandato do Governo liderado por Passos Coelho, foram criados o Grupo de Trabalho do Litoral e o Grupo de Trabalho dos Sedimentos.

Com base nas conclusões extraídas dos relatórios de ambos os Grupos de Trabalho, a APA encarregou uma equipa da Universidade de Aveiro de elaborar o Estudo de viabilidade da transposição aluvionar das barras de Aveiro e da Figueira da Foz.

Recordo também, que paralelemente à normal concretização destes estudos e dado que este problema se tem vindo a agravar, por iniciativa dos deputados do PSD, foi aprovada a 17 de março de 2017 na Assembleia da República a Resolução número 64/2017, que recomenda ao Governo entre outras ações, que “durante o ano de 2017, apresente um estudo que avalie a implementação do bypass na entrada do porto da Figueira da Foz.”

No entanto, à data de hoje a situação vivida da costa sul do concelho da Figueira da Foz é dramática, tendo inclusive verificado o rompimento de vários geotubos, cuja função prende-se com a mitigação da erosão costeira, provocada pela força do mar.
É preciso agir com urgência e não podemos ficar a aguardar paulatinamente por estudos e mais estudos!"

Portugal, um país ao serviço de sua majestade ...

Continuamos a viver na ilusão da monocultura do turismo, dependentes das oscilações globais, até à próxima pandemia, ou outro acontecimento qualquer.
No dia em que milhares de turistas britânicos aterravam no aeroporto de Faro, o director da Região de Turismo do Algarve deixava no ar uma constatação que tanto serve de regozijo, como assusta.
Nada se aprendeu!..
Ontem foi notícia de grande impacto em Portugal a chegada de 5 500 passageiros, repartidos por 17 voos do Reino Unido para o aeroporto de Faro
Vale a pena pensar nisto: algo perfeitamente normal, desde a segunda metade da década de 60 do século passado, voltou a ser de novo notícia, meio século depois.

Cruzeiros no Douro

«Siza Vieira pagou do seu bolso, Cristina foi convidada por ser CEO da AHP. Amigo de Costa esteve como administrador da Mystic Invest.»
 

De ladrão a ladrão

«Escrever é uma maneira de nos escondermos, de não termos de aparecer, de podermos ficar rigorosamente sozinhos — mas podendo à mesma falar. 
Só lendo é que se pode estar com alguém sem ter de o ver ou ouvir. E, para mais, à velocidade que escolhermos, onde quisermos e, já agora, sem ser preciso bateria ou electricidade. 
Ler é uma forma de roubo legitimada por ser um ladrão que é roubado. O escritor-ladrão dispensou a nossa presença e, logo, nós podemos dispensar a presença dele e ficarmos só com o que ele deixou. 
E fazermos disso o que quisermos. 
É por isso que ler é tão bom.»