quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

O humor é uma arma difícil de manejar... (cito Fernando Campos: "não tem perdão nem inocência. Das duas, uma: ou é eficaz e consequente - e aqui recorre a todas as munições da inteligência - da subtileza à obscenidade, passando pela desmesura -, ou é amável e inofensivo...)

A ironia – "que, como muitos de nós sabemos, é um artifício da inteligência inacessível a uma imensa casta de imbecis - pode trazer algumas chatices".
Sei do que falo: dá-me um gozo tremendo, "quotidianamente, ter a satisfação de amesquinhar lautamente a mediocridade de alguns bonzos e revelar publicamente o ridículo dos pequenos mandaretes locais e das suas paroquiais freguesias ou clientelas..."

Como um dia, já lá vão quase 11 anos, o Fernando Campos  observou, o OUTRA MARGEM"para o Agostinho, trata-se de um testemunho de cidadania. Um veículo de intervenção cívica consciente, activa e assertiva, persistente, teimosa e irredutível na defesa das suas causas: a sua aldeia, tão desprezada; a sua praia, tão flagelada; o seu Cabedelo, tão abandonado; o hospital; a cidadania para todos.
E contudo, Agostinho não o faz por abnegação ou com aquele espírito de sacrifício tão apreciado pelos idiotas – não, Agostinho não corre o risco de ser condecorado plo presidente com a medalha-de-prata-de-qualquer-coisa - fá-lo por simples prazer e deleite - apenas pelo supremo, e afinal prosaico, gozo de exercer a liberdade e de o exprimir em português."

A sério. Estou preocupado. A Figueira, tal como há 11 anos, continua a ter medíocres, bonzos e mandaretes, e esta gente abomina a ironia. Ora isso, pode acrescentar mais tragédia, à tragédia que já é para os comerciantes da Rua dos Combatentes, a forma trágica como os processos das obras estão a ser conduzidos pelos "quens" de direito figueirenses...
Isso preocupa-me, pois por saber de experiência feito, conheço bem a desgraçada desgraça que é a classe política no poder local.

"Festeja - se hoje o Segundo Aniversário das obras da Rua dos Combatentes."

Como escrevi ontem: A realidade é indesmentível e fala por si

...a Figueira precisa de uma alternativa autárquica...

A perspectiva de uma vitória de Carlos Monteiro está a esvair-se à medida que o tempo passa.
E não irá acontecer pelos resultados obtidos nas últimas eleições presidencias pelo PS, pelo PSD, pelo Chega, pelo BE ou pela CDU...
Passará, inevitavelmente, pelo surgir de uma alternativa competente e credível nas próximas eleições autárquicas.
As condições políticas para que isso aconteça estão criadas: basta passar pelos locais onde este executivo camarário está a "obrar".

A realidade do que está acontecer nesses locais, desmente a ficção de quaisquer manobras de diversão ou desculpas. 

Isto, tem mesmo de mudar...

Mafalda Azenha: "dentre os clubes que utilizam as infraestruturas desportivas municipais, a Naval 1893 é o único que deve dinheiro ao município."

Imagem via Diário as Beiras
 

O enorme desafio que está colocado à esquerda: criar um projecto moblizador que capte o voto dos desiludidos...

Depois dos Açores, tornou-se visível que no futuro teremos uma recomposição partidária.

Uma análise ligeira dos resultados eleitorais, mostra que o crescimento do Chega provém essencialmente do eleitorado da direita tradicional, da abstenção e, provavelmente, também de jovens que votaram pela primeira vez. 

As transferências de voto provenientes do PS e dos partidos da esquerda serão marginais e muito localizadas.

Neste momento, as sondagens mostram que o PS continua a ter muito apoio junto da população. 

Portanto, a meu ver, dificilmente a curto prazo a direita terá acesso ao governo.

O Chega trouxe um problema ao BE e ao PCP: digamos assim, vai obrigá-los a apoiar o PS até ao fim da legislatura, mesmo que não gostem do resultado das negociações

Se, e quando, o PS gerar desencanto e frustração numa parte significativa do seu eleitorado - e isso pode acontecer, por exemplo, em resultado da gestão da crise actual e das políticas que nos forem exigidas pela UE como condição para o uso do Fundo de Recuperação, então poderá ocorrer uma transferência de voto do PS para o PSD. 

Nesse dia, teremos aquilo que André Ventura anunciou na noite das presidenciais: governo do PSD + Chega.

As eleições presidenciais mostraram que uma parte significativa da direita virou as costas ao PSD e ao CDS, procurando alternativas mais liberais ou mais radicais e musculadas.

A receita já é antiga: "menos Estado na economia e menos impostos", uns. Outros, "querem isso, mas com mais molho, isto é com porrada e menos liberdades (é uma questão de grau e às vezes de tempo, como se viu no Chile...).

Este, é um momento delicado e perigoso: há gente que se sente abandonada com as políticas neoliberais implementadas pelo PSD e PS ao longo dos anos. Não vê outra alternativa que não seja o Chega - que é isto tudo que tivemos nos últimos mais de 30 anos, numa versão pior: mais molho, isto é com porrada e menos liberdades.

As esquerdas em Portugal e na Europa têm um enorme desafio pela frente: serem alternativa ao caminho que fizemos até aqui, para ultrapassar os obstáculos que impedem o nosso desenvolvimento. 

Precisa-se um projecto mobilizador de esquerda, que capte  uma parte importante do voto dos desiludidos com a sociedade que esta democracia criou.

Isso,  exige diálogo unitário e trabalho militante de base. 


Mas onde pára aquela militância que quem viveu os anos a seguir ao 25 de Abril de 1974, protagonizou em partidos como o MDP/CDE, o PCP e o PS?

Na Gala, logo a seguir ao 25 de Abril, o MDP/CDE, partido de que fui miltante, alfabetizou dezenas de pessoas idosas. E como foi importante para esses idosos, muitos com família no estrageiro, terem aprendido a ler para lerem as cartas que o filhos lhes mandavam dos países onde estavam emigrados sem terem de expôr a sua vida pessoal!..

Quem leu até aqui, pode pensar que isto são «estórias» do tempo em que os animais falavam. Infelizmente, porém, decorridos quase 47 anos,  a iliteracia continua roer a nossa Liberdade, a diminuir-nos como Povo e a afectar profundamente a nossa Democracia e a nossa rentabilidade.
Precisamos de políticos que trabalhem muito - e com muita ligação à realidade. 
Há muita coisa a fazer. Precisamos de políticos genuinamente empenhados na transformação do país. 

Autárquicas 2021: PSD e CDS excluem Chega de coligações, mas...

PSD e CDS vão assinar acordo-quadro que exclui Chega de coligações nas autárquicas. 
LUSA/MANUEL DE ALMEIDA

No final de uma reunião de cerca de hora e meia, realizada ontem, Rui Rio e Francisco Rodrigues dos Santos não quiseram referir-se nem a municípios concretos nem balizaram o número de coligações pré-eleitorais que esperam alcançar, que estará dependente da vontade das estruturas locais e da aceitação das direções nacionais. 
“Este acordo não vai dizer que só há coligações com o CDS e com mais ninguém (…) A única questão que estamos de acordo é que não haverá com o Chega, mas tirando o Chega logo se verá”...
Questionado sobre a razão dessa exclusão do partido liderado por André Ventura, Rio respondeu: “O Chega para ter conversas com o PSD tem de se moderar, o Chega não se tem moderado, não há conversa nenhuma”.
Na mesma linha, também Francisco Rodrigues dos Santos disse já ter sido “perentório” que “não haverá coligações com o Chega, nem em autárquicas nem em legislativas”.
Na manhã de ontem, porém, em entrevista ao Observador, tinha afirmado que o partido de André Ventura não é fascista. Confrontado com a possibilidade de colocar a sua assinatura ao lado da do líder do Chega num entendimento à direita, hesitou numa resposta direta começando a explicar: “Por exemplo, nas autárquicas não vamos ter acordos rigorosamente nenhuns com o Chega. Fui o único líder partidário à direita que o disse”
E nas legislativas? “Nas legislativas temos de falar. Até lá, quero que o CDS, com o PSD, tenham a capacidade de construir essa alternativa de poder”
Segundo o Observador, ficou claro que um entendimento com o Chega não é descartado por Francisco Rodrigues dos Santos que, pouco depois, em declarações na sede do seu partido tentava explicar-se melhor, dizendo que nas autárquicas o seu “parceiro preferencial” é o PSD. 
À noite, ao lado de Rio, quis “aproveitar” para clarificar “títulos que iludem e criam a percepção errada”, referindo-se ao que disse na entrevista ao Observador. 
Contudo, em vez de desmentir, a explicação resultou numa reafirmação. Primeiro, o líder centrista começou por dizer que “já disse que não haverá coligações com o Chega em autárquicas nem em legislativas”. Mas que a pergunta que lhe fizeram no Observador era “se haveria a possibilidade de reproduzir um entendimento de incidência parlamentar como o dos Açores”
“E a minha resposta foi que estou empenhado em dar músculo ao meu partido para reforçar o seu peso eleitoral para que conjuntamente com o PSD possamos formar uma maioria parlamentar à semelhança do que já aconteceu no passado para poder governar Portugal”
A pergunta feita no Observador tinh sido: “se poria ou não a sua assinatura ao lado da de André Ventura”, coisa que não rejeitou na altura nem nesta clarificação. Apesar de assumir que “não admite a intromissão de nenhum partido à direita do CDS” no acordo que quer solidificar com o PSD, “o CDS não rejeita um voto pela sua origem”, disse ao fim do dia questionado concretamente sobre o Chega. “Todos os votos que o CDS puder receber para validar o seu programa estamos disponíveis para os receber, não rejeitamos pela sua origem como de resto acontece todos os dias no Parlamento”. 
Portanto: neste momento, a meu ver, tanto no PSD como no CDS, a porta a entendimentos com o Chega não está trancada. 

"Rede de oxigénio"...

 O burro de Auschwitz

Telejornal RTP 1, minuto 15:38

José Rodrigues dos Santos:

«- "Os senhores estão a trabalhar com pacientes Covid numa altura em que os médicos do Serviço Nacional de Saúde estão a ser vacinados, e os políticos vão começar a ser vacinados na próxima semana, o Governo diz que os outros, os outros médicos, os do privado só serão mais tarde. O que é que o senhor pensa disso?"

Rui Maio, director clínico do Hospital da Luz:

- "Nós já somos vacinados, nós já recebemos vacinas, recebemos inicialmente vacinas para todas as pessoas que estão directamente envolvidas no tratamento dos doentes Covid e portanto podemos dizer que neste momento todos os profissionais de saúde que estão envolvidos directamente no tratamento dos doentes, quer sejam médicos, enfermeiros, técnicos, auxiliares, já estão vacinados, e conseguimos também alargar para outras especialidades de maior risco e que estão em contacto com estes doentes, nomeadamente pneumologia, gastroenterologia, medicina dentária, otorrino, enfim, especialidades de maior risco já estão vacinados neste hospital".» 

quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

Mensagem dos profissionais do HDFF

Via Município da Figueira da Foz

A realidade é indesmentível e fala por si: a Figueira precisa de uma alternativa autárquica

Imagem via Diário de Coimbra

Com os resultados obtidos no concelho da Figueira por Ventura, no domingo passado, não me admira que ande por aí pessoal do Chega a sonhar com um lugar na vereação, a seguir às próximas eleições autárquicas. 
Porém, muito dificilmente os resultados eleitorais das presidenciais permitem fundamentar e alimentar ambições  para as próximas eleições autárquicas. Para os Chegas e para os outros.
Neste momento, na Figueira as incertezas continuam a ser a realidade. 
O pessoal do PS que ficou fortemente perturbado com o resultado do Chega pode, por aí, ficar descansado.
O PS, como sabemos, não apresentou candidato nas últimas presidenciais.
A candidatura de Ana Gomes não uniu os eleitores do seu partido, nem ao nível nacional, nem ao nível local. 

Quanto às autárquicas de Outubro próximo.
A meu ver, para bem da Figueira e do concelho, Carlos Monteiro, que ascendeu a presidente por sucessão, não tem condições para a ganhar as autárquicas de Outubro próximo. O "senhor presidente por sucessão", se assim acontecer, nunca será um "presidente eleito".
Apesar de na Figueira, desde há muitos anos, só dois partidos elegerem vereadores (houve em 2009 o fogacho 100%...), algo poderá mudar.
Aliás, Carlos Monteiro e a equipa de vereadores que herdou, mostram já manifesta e precocemente sinais que andam nervosos e irritadiços. Quem estiver atento aos sinais, nota que andam preocupados. 
E têm razões para isso. Carlos Monteiro é um fraco candidato: foge às questões concretas e às responsabilidades políticas. Perante a realidade,  apresenta argumentos fora do contexto e algo delirantes, como se pode ver pelas respostas hoje publicadas no Diário as Beiras e no Diário de Coimbra, quando confrontado com o atraso das obras em curso no concelho, promovidas pela Câmara Municipal, cujo executivo integra há quase 12 anos: primeiro, como vereador; e, desde Abril de 2019, como presidente.
 
Andam em campanha há meses.  
Todavia, isso de pouco lhes poderá valer. 
A perspectiva de uma vitória está a esvair-se à medida que o tempo passa.
E não irá acontecer pelos resultados obtidos nas últimas eleições presidencias  pelo PS, pelo PSD, pelo Chega, pelo BE ou pela CDU...
Passará, inevitavelmente, pelo surgir de uma alternativa competente e credível nas próximas eleições autárquicas. 
As condições políticas para que isso aconteça estão criadas: basta passar pelos locais onde este executivo camarário está a "obrar"
A realidade do que está acontecer nesses locais, desmente a ficção de quaisquer manobras de diversão ou desculpas.

Com a ajuda da população...

 Via Diário as Beiras

Pescadores de lampreia enfrentam "pior ano de sempre"...

 Via Diário as Beiras

Já que não há culpados, vamos ao que interessa: para quando se prevê a conclusão das obras da Rua dos Combatentes?

Como se pode ver pela imagem via Diário as Beiras «a Concelhia do PSD, em comunicado, critica o atraso nas obras da Baixa da cidade, responsabilizando o presidente da câmara. “O doutor Carlos Monteiro falha sempre nas suas promessas, passando as responsabilidades dos atrasos para o empreiteiro que ele próprio contratou e renegociou”, acusa o partido da oposição. “Foi o PS e o seu executivo que, repetidamente, anunciaram o fi nal das obras. E asseguraram que as mesmas ficavam concluídas no final de 2020. Esta obra, sem qualquer estudo, é um puro esbanjamento de recursos públicos”, acrescenta o PSD.
“É uma verdadeira mentira que o empreiteiro tenha sido escolhido por mim. Houve um concurso público e o empreiteiro assumiu não ter condições para concluir a obra e propôs a cedência de contrato a outra empresa”, reagiu o Presidente da Câmara, Carlos Monteiro. Acerca do “esbanjamento de recursos públicos”, o autarca atirou: “Quem, em 2009, deixou uma divida de 92 milhões de euros e o edificado municipal completamente abandonado foi o PSD”.
Portanto...
Quem não tem culpa, seguramente, é a Câmara Municipal da Figueira da Foz. Nesta, como em todas as obras actualmente em curso... 
Porém, recuemos a 26 de Maio de 2018. Na opinião do PSD da Figueira da Foz, esta obra já então era exemplificativa da forma como é dirigido o concelho: "sem estratégia, sem auscultação das populações, sem a preocupação de melhorar o nível de vida das populações, sem criar atractivos para os empresários instalados ou que se queiram instalar com vista à criação de emprego, o qual tanta falta faz aos nossos jovens, não promovendo também a consequente fixação de mais população no nosso concelho."
Entretanto, daqui a pouco estão decorridos 3 anos, três. 

Refeições escolares é uma medida social decidida e paga pelo governo...

Imagem via Diário de Coimbra

1. Vão estar abertas na Figueira, como no resto do País, cantinas escolares para fornecer refeições aos estudantes que beneficiam de apoios sociais. 
2. Na primeira vaga também assim aconteceu. Tal como agora, por decisão do governo, que é aliás quem financia a medida.
3. Infelizmente, dada a situação dificil que estamos de novo a atravessar, o governo viu-se na necessidade de implementar novamente a medida.
4. Portanto: a medida é mesmo do governo, que fez, aliás, o que deve fazer: apoiar socialmente quem verdadeiramente precisa.
5. Fica o registo e o agradecimento a quem é devido. Fica bem agradecer a quem se deve agradecer. 
6. Os autarcas figuerenses, no poder desde 2009, dada a dimensão da obra que têm para apresentar em 12 anos, não precisam de apoveitar medidas decididas e pagas por outros para fazer propaganda autárquica.

terça-feira, 26 de janeiro de 2021

Atenção ao sinal

Fonte: PÚBLICO

«Em casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão, vox populi dixit
A realidade actual é feita de extremos económicos, com alguns (poucos) extremamente ricos e muitos no limite da pobreza (“10% das famílias mais ricas tem mais de metade da riqueza total em Portugal“). 
É este o estrume onde crescem as raízes do populismo. Que tem o apoio dos imensamente ricos e os votos daqueles que pouco têm, o que não deixa de ter a sua dose de ironia.»

Ajudas às Associações do Porto...

 

COVID-19: casos estão a aumentar

Na Figueira, conforme edição de hoje do Diário as Beiras, a sitiução é esta: 


A Direcção-Geral da Saúde, ontem, como tem feito nas últimas segundas-feiras, divulgou o relatório de incidência de casos de Covid-19 por 100 mil habitantes em todos os concelhos do país, desta vez com o acumulado de casos entre 5 e 18 de Janeiro. Na região estamos assim:

Humildade ("Humilde é a erva dos caminhos... Todos a pisam.") *

"No rescaldo das Eleições Presidenciais do passado dia 24 de Janeiro de 2021, a Comissão Política do CHEGA Figueira da Foz, após uma análise cuidada dos resultados obtidos pelo candidato a Presidente da República, André Ventura apoiado pelo CHEGA, o referido orgão, foca-se agora nas as próximas eleições Autárquicas de outubro de 2021, o presente órgão local deixa a seguinte análise e compromisso para com todo o Concelho da Figueira da Foz:
O CHEGA, irá apresentar-se nas próximas Autárquicas como uma alternativa válida, sólida e coerente ao executivo Socialista que governa o nosso Concelho desde 2009. 
Iremos apresentar um programa autárquico diversificado, pretendendo implementar soluções que permitam melhorar substancialmente a vida dos munícipes e de todos aqueles que, apesar de não residirem, contribuem para o desenvolvimento social e económico do Concelho. O nosso programa irá incidir no vetor da economia e seu desenvolvimento, no vetor social, educacional,segurança, turístico e acima de tudo, na modernização do concelho, em especial das zonas deslocadas do chamado “Centro Urbano”. 
O CHEGA acredita que irá superar a votação que obteve nas presidenciais, reforçando assim o seu papel de relevo no plano Politico-Partiidário."
Querem ver que, esse grande socialista, que é o "nosso" Presidente da Câmara, vai acordar sobressaltado... 
Sempre ouvi dizer que nunca se deve dormir à sombra da bandalheira… 
Desculpem, da bananeira.
* O título, é um poema de Joaquim Namorado.

DISCUSSÃO PÚBLICA | Proposta da 5.ª alteração à 1.ª Revisão do PDM da Figueira da Foz

 Via Município da Figueira da Foz 

segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

Sou apreciador de uma boa piada...

Paulo Freitas Lopes a sair da casca...
No Chega aplicam o nome literalmente. Chega de inventar... 
Vamos, mas é ver o que outros já inventaram... 


"A foto é de 1943 e foi sacada daqui
Na altura, vivia-se em plena II Grande Guerra. 
Aqui, neste cantinho à beira-mar plantado imperava o desemprego, o medo, o racionamento, a miséria e a fome. 
Éramos gente cabisbaixa, vencida e resignada, entregue a um destino sem sentido e ferida na sua dignidade. 
Valia o altruísmo de alguns a quem doía a visão da fome e da miséria. Estávamos em 1943 em plena Cova num local que alguns, porventura, ainda reconhecerão. 

Hoje, que temos de novo "o regresso da sopa dos pobres como modelo social", outros,  reconhecerão o mesmo olhar e a mesma resignação em largos milhares de nós. 
Hoje, todos sabem que o Programa Alimentar de Emergência cresceu paralelamente à redução das prestações e do âmbito do rendimento social de inserção (RSI), que apoia cada vez menos pessoas apesar do evidente aumento das necessidades. 
Todavia, todos os especialistas consideram que um grande alargamento do RSI seria a medida mais justa, mais respeitadora da dignidade das pessoas, mais promotora da sua autonomia e até mais benéfica para a economia nacional. 
Porque é que o Governo gosta de distribuir sopa, mas reduz o RSI? 
Porque o RSI proporciona uma autonomia que o Governo não quer promover. 
O RSI serve para fazer sopa ou para um bilhete de autocarro. 
A sopa é só sopa.

Promovendo campanhas de propaganda sem escrúpulos, o Governo e a direita em geral, conseguiram difundir a ideia de que o RSI promovia a preguiça e atrofiava a iniciativa, além de gastar recursos gigantescos. Era e é mentira, mas a campanha ajudou a estabelecer a sopa dos pobres como modelo social alternativo. 
Mota Soares prefere dar sopa e anunciar que os pobres podem fazer bicha para a sopa. 
É bom para o Governo e lava a alma. 
É maravilhoso ter muitos pobres a quem dar sopa, porque quem dá sopa aos pobres pratica a caridade e quem pratica a caridade está na graça de Deus.
É por isso que Mota Soares exulta com a sopa dos pobres. 
Por isso, e porque sabe que na bicha da sopa só estarão os filhos dos outros. 

Uns anos depois da foto acima, no final dos anos 50 e anos 60, que é onde consigo recuar nas minhas memórias vividas, a Cova e Gala não era pacata, era obediente
Como são obedientes todos os povos que vivem em ditadura. 
E quem não o era – sim, por aqui houve sempre “marginais”... - foi vigiado, perseguido e preso. 
Os covagalenses eram trabalhadores. Mas, não só: também foram escravos
Basta conhecer o que foi a sua vida no mar, como, por exemplo, na "faina maior"... 
Os covagalenese, em geral, não conseguiam poupar. 
Por uma razão simples.
Vivíamos na miséria. Morríamoos cedo, comíamos mal, não tínhamos direito à saúde nem à educação. Na sua esmagadora maioria éramos  analfabetos, doentes e subdesenvolvidos.
Como diziam as senhoritas da elite figueirense da altura -  "credo que porcos, feios e maus que eles são"!..
Por isso, quem sabe, porque viveu lá, como era a vida da esmagadora maioria dos covagaleneses, do tempo de Salazar e Caetano, não tem saudades."
Não é impagável este chega?

O PLURALISMO PORTUGUÊS, VISTO PELO LADO DO HUMOR TEM OUTRO ENCANTO...

Como vimos ontem à noite, o painel de comentadores da TVI para as emissões presidenciais foram Paulo Portas, Miguel Sousa Tavares, Manuela Ferreira Leite, Fernando Medina e Rui Moreira

Na SIC, permitiram a entrada de um intelectual de esquerda, que acompanhou dois facilitadores de direita e de extrema-direita. Os comentadores foram Francisco Louçã, Luís Marques Mendes, José Miguel Júdice.

Entretanto, no chamado serviço público, foi quase igual. na noite eleitoral da RTP tivemos uma jornalista de direita, um jornalista de extrema-direita e um jornalista a moderar três apoiantes mais ou menos assumidos de Marcelo (talvez um ou outro seja apoiante do candidato da Iniciativa Liberal) e um apoiante de Ana Gomes.
Apoiante de João Ferreira não comenta.
 
Resumindo: em 12 comentadores de televisão (11 homens e uma mulher), tivemos 8 comentadores de direita, dois de centro-centro-centro-esquerda, apoiantes mais ou menos assumidos de Marcelo, e dois de esquerda, apoiantes de Ana Gomes e de Marisa Matias. É o pluralismo a que temos direito.
Apoiantes de João Ferreira não podem comentar. 
Estes são os factos.
Mas houve algo de que só tive conhecimento esta manhã, via Samuel Quedas...
«Ia começar a escrever um texto venenoso sobre a diversidade da escolha das televisões quanto às suas listas de comentadores para a noite eleitoral.
Como gosto de ser justo, telefonei pessoalmente para a RTP, para a SIC e para a TVI… que me juraram ter estado desde há dias e até há poucos minutos a tentar convidar, respectivamente, José Casanova, Álvaro Cunhal e Octávio Pato para participarem… mas estes, de forma algo malcriada e arrogante, nunca se dignaram sequer atender os telefones.
Fiquei muito mais tranquilo.»

Podiam era ter feito mais um pequeno esforço e ter telefonado ao Ruben de Carvalho...