segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Só a verdade é revolucionária


João Vaz, no jornal Diário as Beiras, edição de hoje. Passo a citar.

"O mundo dos médicos em Portugal é intrincado. Temos muitos médicos (45.000) mas poucos a trabalhar no Serviço Nacional de Saúde (SNS). “Não há falta de médicos no país. Há falta de médicos é no SNS”, afirma quem sabe. Adicionalmente, sabemos que os médicos se concentram nas grandes cidades, e daí termos falta de médicos de família na Figueira da Foz.Pessoalmente sinto essa falta, o meu médico de família reformou-se, na Unidade de Saúde Familiar de Buarcos (USF), e fiquei sem médico de família. Há seis meses que não sei a quem me dirigir se precisar de fazer exames ou ficar doente. Na minha ficha do SNS online não consta o “nome do médico”, o espaço está vazio. Haverá centenas ou milhares de pessoas na mesma situação que eu."

Fim de citação.
Afinal, ao contrário do que dizem alguns políticos locais em sessão de câmara, há mesmo falta de médicos no concelho
Pelo menos além do responsável pelo blogue OUTRA MARGEM e o eng. João Vaz, mais de 4000 utentes do SNS estão sem médico de famíla no concelho da Figueira da Foz.
O que comprova que o autor do blogue não tem por hábito dizer mal de tudo e de todos. Apenas regista, para memória futura, as coisas que vão acontecendo na FIGUEIRA, sem interesses pessoais, ou de grupo, a defender. Apenas o move o interesse por uma cidade de que gosta.

A verdade é como o azeite...

Nota: imagem via Diário as Beiras. Edição de 11 de Novembro de 2020.

Atente-se, no estado em que se encontra a duna logo a seguir ao chamado “Quinto Molhe”, a sul da Praia da Cova. Por vezes, ao centrar-se a atenção sobre o acessório, perde-se a oportunidade de resolver o essencial...

Porque a memória deveria contar...
Título: Escrito por António Agostinho, em 11 de Dezembro de 2006.
Fotos: António Agostinho, em 30 de Novembro de 2020.

Ponte da Figueira vai entrar em obras no próximo ano

Via Diário aas Beiras

Requalificação do areal urbano...


Querem saber porque é que a minha expectativa é de tal maneira exuberante, viçosa, viigorosa, deslumbrante e avantajada sobre a reparação dos equipamentos que já estão degradados no areal urbano? 

Porque tenho memória. É para isso que serve, no essencial, OUTRA MARGEM. Sei que isso incomoda quem pretende branquear o passado, mas esse problema não é do autor deste blogue. O autor deste espaço só tem um compromisso: com a verdade.

Recuemos, então a  6 de Janeiro de 2020.

"Na Obra de Requalificação do Areal/Valorização de Frente Mar e Praia - Figueira/Buarcos foram gastos 2 milhões de Euros na empreitada, com a obrigação do empreiteiro fazer a manutenção durante 5 anos.

Passaram quase 3 anos após a conclusão dos trabalhos.

Verificamos uma ciclovia a degradar-se de dia para dia, paliçadas caídas, postes delimitadores em madeira tombados, quase 50 % da vegetação e árvores estão mortas, foi reconstruido o lago do oásis, sem arejadores de água, para ficar pior que o anterior.

Foram tapadas as valas de Buarcos e Galante, com manilhas perfuradas, bastou chover mais que o normal e o resultado está à vista, mas o então vereador Dr. Carlos Monteiro em declarações à comunicação social, Novembro 2017, sobre as tampas terem saltado, considerou normal acontecer aquela situação, sendo que estávamos perante as primeiras chuvadas.

Venho requerer,

Seja solicitado ao autor do Projeto da Requalificação Valorização de Frente Mar e Praia - Figueira/ Buarcos, um relatório relativo sobre o estado atual que se encontra a praia se está de acordo com o projeto elaborado.?"

Sabem quem é apresentou, há quase um ano, este requerimento.

O vereador Ricardo Silva
Claro que o vereador da oposição ficou sem resposta. E para mal dele não esperou sentado.
Verdades são verdades. Factos são factos. Realidades são realidades. "Desconstruções na areia", são "desconstruções na areia". Em 2016. E hoje.
«Num contexto de incerteza sobre os impactos resultantes do desassoreamento da praia da Figueira da Foz, nomeadamente sobre o litoral de Buarcos, e do seu potencial como mancha de empréstimo, recomenda-se que o areal daquela praia não seja objecto de ocupações com carácter fixo e permanente»

Isto não vai acabar tudo bem...

 «Mundo cão»...
"A selva laboral dos nossos dias" não é nada que não saibamos. 
Vivemos tempos muito difíceis. «A violência de classe de que está impregnada a "ciência" neoliberal e os argumentos "técnicos" esgrimidos em concertação social, que colocam displicentemente o mundo do trabalho como "variável de ajustamento" do que correr mal - ou não - nas empresas. O problema é que nesse "outro lado" estamos quase todos nós. E estaremos por muito tempo, porque este "mundo cão" acaba por engendrar e reforçar um certo modelo  de subdesenvolvimento. 
Torna-se cada vez mais evidente que, a breve trecho, virão aí inúmeros fechos e insolvências de empresas. »

É claro que a minha expectativa é de tal maneira exuberante, viçosa, viigorosa, deslumbrante e avantajada que, com a vossa licença, vou esperar sentado...

Lido na edição de hoje do Diário as Beiras

domingo, 29 de novembro de 2020

Para que serve a utopia...

 “A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar.”

Isto é Portugal, isto é Lisboa...

Web Summit. Estado não usou a pandemia para negociar custos (e podia)...

"Contrato permite dispensa de pagamentos e indemnizações, mas Câmara de Lisboa e Governo não invocaram pandemia.
O Estado português não invocou as alíneas do contrato assinado em 2018 com a Connected Intelligence Limited (CIL) para reduzir os custos da realização da Web Summit de 2020, que vai decorrer em formato digital entre 2 e 4 de dezembro, devido aos confinamentos e limitações de viagens provocados pela pandemia.
Paddy Cosgrave, fundador da Web Summit e líder da CIL, confirmou que o pagamento foi feito sem descontos, ainda antes de Fernando Medina, presidente da Câmara de Lisboa, assumir que o município tinha pago a totalidade do valor. Na reunião da Câmara Municipal de quarta-feira, Medina justificou essa decisão com a importância estratégica do evento."

Cabedelo: de manhã à tarde

Esta manhã:

 

Esta tarde:

Sem surpresas, Jerónimo de Sousa foi reeleito, mas com um voto contra (o que não existiu nas anteriores quatro eleições). João Ferreira entra na Comissão Política do Comité Central do PCP.

«A última parte do discurso do secretário-geral comunista foi dedicada às batalhas eleitorais do próximo ano, ficado nas eleições presidenciais: “Não nos estamos a preparar para o combate, estamos já a travá-lo”
A realização do Congresso, superando todas as críticas e vozes contra, foi um sinal para dentro: “o que estamos aqui a fazer e a afirmar é que as gerações de comunistas que nos antecederam têm nesta geração atual a determinação, garantia e afirmação que tudo faremos para continuarmos a ser um partido comunista que honra um partido comunista digno desse nome”

Nos 91 anos de Mário Silva

" - BOM DIA DE LIBERDADE, HUMANISMO, HONESTIDADE, ARTE, MEMÓRIA, SOLIDARIEDADE E HOMENAGEM A TODOS AQUELES QUE SÃO PESSOAS DE BEM! - 
CELEBRO HOJE, MAIS UM ANIVERSÁRIO DO HOMEM, ARTISTA, MESTRE DE SEU NOME MÁRIO SILVA - GRÃO MÁRIO. QUE SE NÃO TIVESSE PARTIDO HÁ QUATRO ANOS FARIA 91 PRIMAVERAS, COM UM JANTAR ENTRE AMIGOS. 
- AMANHÃ, SERÁ O DIA DE FESTEJARMOS A MAIORIDADE DO MONUMENTO EM SUA HOMENAGEM, DE MINHA AUTORIA ENCABEÇADO PELO BUSTO DE MESTRE AGUSTIN CASILLAS. 
- CHAMO A ATENÇÃO PARA AS IMAGENS PUBLICADAS, PORQUE TODAS AS OBRAS-DE-AUTOR SÃO DE RESPONSABILIDADE DO PRÓPRIO, RESERVANDO-SE AO SEU DIREITO DE AUTOR TODAS AS ALTERAÇÕES QUE O PRÓPRIO EFECTUE. 
- ASSIM SENDO - SABENDO E CONHECENDO A VONTADE DE MESTRE MARIO SILVA - ALERTO QUE ESTA SINGELA HOMENAGEM É DE MINHA AUTORIA ARTÍSTICA, COMO TAL PEÇO HUMILDEMENTE A SOLIDARIEDADE PARA COM TODOS OS ARTISTAS, NESTE MOMENTO DE PANDEMIA. 
- PARA QUE A CULTURA NÃO MORRA - QUIMADEIRA(ARTISTA PLÁSTICO). 
- COM OS MAIS RESPEITOSOS AGRADECIMENTOS, 29.NOVEMBRO.2020.

Via QUIM MADEIRA

A "última subida" de Vítor Oliveira

"Há irmãos que somos nós próprios que os escolhemos. O Vítor era um irmão que escolhi, um dos poucos que escolhi. Perdeu-se um extraordinário treinador, um homem muito inteligente, muito amigo, um coração de ouro que hoje o atraiçoou." - Manuel Cajuda

Um pensamento tão actual...

«O homem saiu da caverna, mas esta, verdadeiramente, nunca saiu do homem. Daí alguns dos maiores crimes contra a Humanidade terem sido cometidos pelas nações supostamente mais civilizadas: raspa-se um pouco desse verniz civilizacional e logo surge o grunho rupestre.»
Lido aqui.

Só há uma solução: mudar de vida

O Porto Comercial da Figueira da Foz e as nomeações políticas...
Li, na edição de ontem do Diário as Beiras, uma crónica de Ana Oliveira, que toca em algo que explica muito da estagnação que se vive na Figueira e no País.  Passo a citar.
"Nas atuais chefias, não existe nenhum elemento figueirense ou com ligações à Figueira, o que não nos favorece, é um facto! Mas não nos podemos esquecer que, o nosso Presidente da Câmara é detentor do cargo de presidente da assembleia geral da Administração Portuária da Figueira da Foz. E também não podemos ignorar a circunstância de todos estes cargos serem de nomeação política e o partido que lidera o país é o mesmo que comanda o concelho. Por isso é tão responsável pelo desinvestimento, a atual administração, como é o governo de António Costa e o executivo socialista camarário. 
Ao analisar bem a questão, está tudo errado! Se acho, por um lado, que mais do que uma representatividade figueirense, beneficiávamos muito mais com a autonomia da administração do porto comercial da Figueira da Foz em relação a Aveiro. Por outro lado, discordo com os critérios de nomeação de natureza política. No meu ponto de vista, os regras base de seleção dos elementos da administração deveriam ser a formação e aptidões especificas nas áreas ligadas ao mar, pescas e portos. O que torna a questão da representatividade irrelevante. Competência gera desenvolvimento, ou estarei errada?"

Há gente estudiosa, trabalhadora e competente, fora dos partidos políticos.
Contudo, continuar a não premiar a competência e o estudo, na vida real, é dar sinais errados ao Povo e à sociedade em geral. 
Premiar a partidarite, o seguidismo, o chico-espertismo, o desenrascanço, o lambe-botismo, o arranjinho, o "grupinho", é mais do mesmo.
Aliás, tudo coisas bem enraízadas também cá na aldeia e que temos de banir o mais rapidamente possível. 
Se não se mudar de vida, continuaremos como até aqui: a marcar passo.
Não podemos continuar assim: quando muda o Governo, mudam os dirigentes na administração do Estado. 
Quando alterna um partido, os da situação antiga são substituídos pelos da nova. No ciclo seguinte acontecia o mesmo, e assim sucessivamente. 
Esta é a imagem de Portugal desde os anos 80. Mas é também o velho retrato do país do século XIX, durante a monarquia liberal: bastava uma mudança de partido no Terreiro do Paço e alterava-se o perfil da administração e do funcionalismo de cima até abaixo: até carteiros e professores eram substituídos.
Na Figueira, basta atentar no número de funcionários camarários. A maior parte deles por fidelidades partidárias.

sábado, 28 de novembro de 2020

O tempo é hoje fator crítico

«A pandemia expôs disfunções nos nossos sistemas de emprego e da segurança social, mostrou "profissões essenciais" desvalorizadas e trabalhadores precários a serem despachados sem dó nem piedade, evidenciou quão desprotegidos estão profissionais cujas atividades são marcadas pelo individual, por sazonalidades ou por outras incertezas como é o caso no amplo setor da cultura. O tempo que aí vem perspetiva mais desemprego e reforço das condições para a imposição unilateral (pelo poder patronal) de relações de trabalho. Há urgência no reforço dos alertas e na mobilização social e política que trave esta subjugação crescente.»

E se as nomeações não fossem por fidelidade partidária, mas por critérios de competência?..

«Há que perceber que a barra e o estuário do Mondego, cuja manutenção e gestão é da responsabilidade da administração portuária, também serve o porto de pesca e a marina de recreio e que o conforto e segurança da navegação destas embarcações deverão estar sempre garantidos. Há que perceber que os molhes de proteção da barra, já prolongados várias vezes, têm retido as areias, fazendo com que a praia da Figueira cresça todos os anos e que as praias a sul dos molhes decresçam todos os anos. Devendo as areias dragadas nas manutenções do porto ser sempre transferidas para as praias a sul. Logo, a administração portuária deverá ter um fi gueirense de razão e coração!» 
Ana Carvalho 

«Ao analisar bem a questão, está tudo errado! Se acho, por um lado, que mais do que uma representatividade figueirense, beneficiávamos muito mais com a autonomia da administração do porto comercial da Figueira da Foz em relação a Aveiro. Por outro lado, discordo com os critérios de nomeação de natureza política. No meu ponto de vista, os regras base de seleção dos elementos da administração deveriam ser a formação e aptidões especificas nas áreas ligadas ao mar, pescas e portos. O que torna a questão da representatividade irrelevante.
Competência gera desenvolvimento, ou estarei errada?» 
Ana Oliveira 

Via Diário as Beiras

Não pretendemos ser alarmistas, mas isto continua complicado: cuidem-se.


 Via Diário as Beiras

«Cumpriu-se a democracia», disse a presidente da junta...

 Via Diário as Beiras