António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
terça-feira, 14 de maio de 2019
Não consigo deixar de esboçar um sorriso de condescendência quando oiço uma pessoa adulta a falar em “pedir amizade” ou “aceitar amizade”.
Penso sempre nos papelinhos que se trocavam na primária, queres namorar comigo, sim, não ou, para os mais cautelosos, talvez.
De repente, somos todos crianças à procura de amigos.
Penso sempre nos papelinhos que se trocavam na primária, queres namorar comigo, sim, não ou, para os mais cautelosos, talvez.
De repente, somos todos crianças à procura de amigos.
segunda-feira, 13 de maio de 2019
O desplante
“País está chocado com o desplante com que Joe Berardo respondeu no Parlamento” sobre dívidas à CGD, disse António Costa...
Porém, há que dizê-lo…
"Aos indignados com a prestação do comendador Joe Berardo na A.R., relembro que a dívida contraída serviu para ajudar o governo de José Sócrates a travar uma OPA da Sonaecom à PT e fortalecer na disputa de poder pelo controlo do BCP a facção que permitiu a Santos Ferreira e Armando Vara liderarem o Banco. Tudo feito de acordo com os interesses dos donos disto tudo, em conivência com o PS. Vários ministros de então continuam hoje no governo…"SESSÃO PÚBLICA “TERTÚLIAS FIGUEIRENSES”
Serão oradores desta Tertúlia: Dr. Joaquim de Sousa, Drª. Isabel João Brites e António Agostinho.
A sessão será moderada por Pedro Vieira, da Rádio Beira Litoral.
A sessão será moderada por Pedro Vieira, da Rádio Beira Litoral.
Haverá debate público.
No mesmo dia em que elegeu Joe Berardo como grande figura no meio empresarial, Marcelo Rebelo de Sousa escolheu, também, Aníbal Cavaco Silva como principal personalidade na área política, em 2007, porque tinha sido um ano em que Cavaco “não cometeu erros”. Marcelo viria a suceder a Cavaco Silva na presidência em 2016.
"Cromos repetidos"
"E como não bastava tanta obra feita, foram plantadas centenas de
árvores, o parque verde da cidade foi inaugurado com pompa e
circunstância na Várzea de Tavarede e ainda… as refeições escolares
voltaram a ser confeccionadas nos estabelecimentos de ensino!
Perfeitamente anestesiado com tamanho empreendedorismo, o concelho nem reparou que parte dos serviços públicos afetos à tutela da agricultura e florestas instalados na cidade foi transferida para Montemor-o-Velho, não pergunta o que é feito do Centro de Rendimento para desportos de praia ou do Geoparque do Cabo Mondego, não questiona porque continua a água demasiado cara ou porque o Anel das Artes, essa joia, foi, afinal, suspenso, depois de tantas vezes “inaugurado”…"
Perfeitamente anestesiado com tamanho empreendedorismo, o concelho nem reparou que parte dos serviços públicos afetos à tutela da agricultura e florestas instalados na cidade foi transferida para Montemor-o-Velho, não pergunta o que é feito do Centro de Rendimento para desportos de praia ou do Geoparque do Cabo Mondego, não questiona porque continua a água demasiado cara ou porque o Anel das Artes, essa joia, foi, afinal, suspenso, depois de tantas vezes “inaugurado”…"
Teotónio Cavaco, no Diário as Beiras
SOSCabedelo vai à Comissão Parlamentar de Ambiente, Ordenamento do Território, Descentralização, Poder Local e Habitação
Audiência na Comissão Parlamentar de Ambiente 2019
"Dois anos após a audiência do movimento cívico SOS Cabedelo na Comissão Parlamentar do Ambiente, de onde resultou a recomendação para que o Governo tomasse medidas no âmbito da protecção da orla costeira e da segurança de pessoas e bens e que desenvolvesse, com carácter de urgência, acções de transposição sedimentar nas barras da Figueira da Foz e Aveiro, o nosso desejo e a vontade expressa no voto dos deputados na Assembleia da República em 10.3.2017 continuam por cumprir.
Dez anos após o prolongamento do molhe norte, contra os principais objectivos da obra, não só voltaram as restrições ao calado das grandes embarcações, como também se comprometeu a segurança da navegação, com as pequenas embarcações em constante perigo de naufrágio nos curtos espaços de tempo em que a barra abre. A uma escala territorial alargada, os impactos negativos com a acreção a norte e a erosão a sul, não dão quaisquer sinais de abrandamento. As intervenções em curso na costa continuam condenadas ao fracasso enquanto o deficit sedimentar persistir.
Oito anos após a proposta do Movimento Cívico SOSCabedelo para transposição sedimentar da barra (Movimento Milénio 2011), com a instalação de um sistema de transposição sedimentar contínuo - Bypass; cinco anos após a recomendação do Grupo de Trabalho do Litoral para a implementação de uma estratégia baseada na reposição do ciclo sedimentar; dois anos após a recomendação da Assembleia da República para que o Governo apresentasse "um estudo que avalie a implementação do Bypass na entrada do porto da Figueira da Foz"; mais de um ano sobre a publicação do Programa da Orla Costeira, que prevê a execução do estudo e a reposição do ciclo sedimentar, o Gabinete do Ministro do Ambiente refugia-se no equivoco para não avançar com os compromissos a que o Governo está obrigado, nomeadamente no que concerne às transposições sedimentares anuais.
Um ano após a nossa segunda audiência na Comissão Parlamentar do Ambiente, reiterando o alerta da tragédia eminente e denunciando os desvios à política de protecção costeira, assistimos ao anúncio de investimentos milionários para a transposição com dragagens sem que a avaliação da ponderação sobre o sistema a adoptar seja conhecido, bem como ao desvio do financiamento que deveria servir a "reposição do equilíbrio na dinâmica sedimentar ao longo da costa". Assistimos às manobras da Administração para contornar a lei, à quebra dos compromissos assumidos com os deputados na Assembleia da República e com os cidadãos nos fóruns da participação pública.
Dia 14 de Maio de 2019 vamos à Comissão Parlamentar de Ambiente, Ordenamento do Território, Descentralização, Poder Local e Habitação denunciar estas práticas que, para além de hipotecarem o futuro, diminuem a democracia."
Via SOSCABEDELO
"Mais um by-pass à Damasceno"...
... desta vez em Lares!
"Trata-se dum ramal para a Central Termoeléctrica da EDP, em Lares!
O Damasceno não está com meias medidas e INUTILiZA uma Boca de Incêndio para fazer um ramal, primeiro do lado esquerdo da estrada depois passa para o lado direito da estrada, a Céu Aberto!"domingo, 12 de maio de 2019
"portugal sentado (retrato de um país)"
Imagem e título via O SÍTIO DOS DESENHOS |
Vivemos uma época estranha: a inteligência parece estúpida e a estupidez inteligente.
É de desconfiar de ambas, por uma questão de prudência...
O gozo de Berardo no Parlamento...
Retrato da vacuidade figueirense
De um modo geral, passeia ante todos nós o seu diletantismo e falta de escrúpulos. Estes e a coerência são conceitos de que conhece apenas a película utilitária. No mais, o sorriso matreiro (e descarado) de sempre, o andar gingão e descontraído próprio daqueles a quem a vida corre bem.
E, de vez em quando, um susto...
E, de vez em quando, um susto...
sábado, 11 de maio de 2019
Cenas do dia a dia...
Ao entrar no restaurante, pediu um lugar à janela.
Passou a refeição a olhar para o telemóvel...
Passou a refeição a olhar para o telemóvel...
Universidade sénior...
Via jornal Diário as Beiras
"Fui convidado para dar quatro aulas na Universidade Sénior da Figueira da Foz. O desafio era novo para mim, como motivar pessoas com um longo percurso profissional a prestar atenção ao que eu tinha para dizer. A solução passou por aulas interativas, com recurso à visualização dos assuntos do ponto de vista global e local, debate e apropriação dos conceitos. Por exemplo, falámos da qualidade da água que bebemos, além dos desafios globais, debateu-se o tipo de análises que faz a empresa Águas da Figueira. Será fácil, através dos dados fornecidos, interpretar se a água é boa? Ou os parâmetros analisados são tão complexos e extensos que impedem ao consumidor final perceber se está mesmo a beber água de qualidade?Durante a aula concluiu-se que seria uma excelente ideia visitar a Estação de Tratamento de Água da Figueira, situada em Vila Verde. Isto para dissipar dúvidas e garantir que os alunos pudessem efectivamente apropriar-se do conhecimento, a qualidade da água, a sua origem, tratamento e vantagens do seu consumo relativamente à água engarrafada. Vantagens do ponto de vista ambiental, menos plástico e menor consumo de energia e mais controlo analítico. Após quatro aulas conclui que a Universidade Sénior é importante. Além de aproximar pessoas, permite que estas possam “arejar”, ventilando as suas experiências, confrontando-se até com alguns dos seus mitos. Quase no final de uma das aulas alguém confessou que “depois da meia-noite a água na Figueira sabe muito a cloro, e não se pode beber”, mito ou realidade?"
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