quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Marcelo

"A ideia de volubilidade opinativa anda associada à actividade de comentário político exercitada, em diferentes plataformas e quase ininterruptamente, há várias décadas. Trata-se de uma crítica que padece, ela sim, de superficialidade e infantilidade. É por demais evidente que quem faz comentário semanal não pode deixar de ter uma leitura (também) conjuntural. E é até natural que, ao longo dos meses e dos anos, possa variar nos juízos que formulou, alterar perspectivas que adoptou, corrigir julgamentos que emitiu. Não será decerto difícil encontrar, entre os milhares de registos de opinião produzidos por Marcelo Rebelo de Sousa, algumas mudanças de posição e até contradições. Como seria possível outra coisa em alguém que emite opinião semanalmente ao longo de décadas? Será expectável que alguém, culto e inteligente, tenha a mesma visão e uma opinião monolítica aos 30, aos 40, aos 50 ou aos 60 anos?" - Paulo Rangel, no jornal Público

Ok:«...só os burros não mudam de opinião».
Podemos fazer um esforço e esquecer todas as contradições e mudanças de opinião de Marcelo, como comentador, nos últimos 5, 10, 20, 30 ou quarenta e tal anos. 
Todavia, a meu ver, chega o cenário do vídeo abaixo, o que nele Marcelo diz e, sobretudo, o facto de ter a data de 10.9.2015, ou seja, ser de há apenas 4 meses e a 24 dias das legislativas de 4 outubro p.p.

 

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Uma foto desta manhã. Como é evidente, só para embelezar o blogue...

foto de António Agostinho
Como se vê na foto, há umas coisas a corrigir...
Mas não é isso que importa.
Em primeiro lugar, importava-me uma consideração técnica sobre a foto...
Saber, por exemplo, se isto, para quem conhece as técnicas, é uma boa foto.
Para um olhar leigo, tudo é mais fácil: ou se gosta ou não se gosta...
Eu não gosto do que vejo.
Contudo, se fosse um bom fotógrafo, talvez tivesse captado a foto de um ângulo diferente...
Seja como for, fica publicada para embelezar o blogue.

Antes da Última Ceia?

Nos evangelhos, a Última Ceia foi a última refeição compartilhada por Jesus com os doze apóstolos, antes da Sua morte e ressurreição.

"Passos acredita que voltará a ser primeiro-ministro".

"Não sou nostálgico, o poder nunca me subiu à cabeça, não mudei muito a minha maneira de estar, não mudei significativamente a minha maneira de pensar. As circunstâncias é que são diferentes e eu não deixarei de funcionar como líder do PSD nas novas circunstâncias em que o PSD está.

Julgo que o PSD está preparado para voltar ao Governo para fazer o que não teve a possibilidade de acabar de fazer e eu, como primeiro-ministro que fui, de completar um trabalho que deixei a meio em termos de reforma estrutural. Nesse sentido, sim, acho que há condições para que isso possa acontecer. Mas não tenho, relativamente ao futuro, ideias cabalísticas, não tenho a mania que tenho mesmo que ser primeiro-ministro. Se voltar ao Governo é porque este falhou e a alternativa do PSD é melhor, mais confiável para as pessoas.

Não vou ficar de braços cruzados à espera que isto dê mau resultado e que por inércia volte a chegar lá. É muito importante que o que deixámos por fazer possamos completar, mas que novas coisas e desafios possam emergir e merecer o voto e a confiança e o voto das pessoas. Essa é a minha missão como presidente do PSD."

Porque começam a rarear as oportunidades de se reviverem tradições, apareçam por lá...

Diário AS BEIRAS, dia 13.01.2016, página 10

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

“Organização do Carnaval aposta em recuperar tradições”...

A notícia, via Diário de Coimbra, pode ser lida aqui
Fica a dúvida...
Será a tradição “A Serra a Velha”, será a tradição “O Enterro do Bacalhau”, será a tradição  “A Queima do Judas”, será a tradição “A  Procissão do Senhor dos Passos”, ou será “A tradição João Ataíde”?...

Em tempo.
João Ataíde, presidente da câmara municipal da Figueira da Foz, considera que “o Carnaval de Buarcos da Figueira da Foz é uma tradição consolidada na animação turística do concelho.”

Carta aberta hoje enviada a Sua Excelência, o presidente da câmara municipal da Figueira da Foz

Excelentíssimo Senhor presidente da câmara municipal da Figueira da Foz

Desde já fica o pedido de desculpa pela ousadia de endereçar a Vossa Excelência, este protesto publico.
Faço-o, por reconhecer que Vossa Excelência, desde 2009, anda a gerir fundos públicos.

Depois de ver, durante anos e  anos, por parte da câmara municipal da Figueira da Foz, o desbaratar de dinheiros públicos, não posso conter mais a indignação quanto ao anúncio público da atribuição de mais 51.500 euros da autarquia que V. Excelência preside (mais apoio logístico, estimado em 16 mil euros, o que perfaz, no mínimo, 67.500 euros), o que constitui, em minha opinião, uma má utilização dos dinheiros que a autarquia e o estado nos exigem, enquanto contribuintes.
Do meu ponto de vista, o suporte financeiro de entidades privadas - como é o caso da Comissão que organiza o Carnaval de Buarcos em 2016 - não é, Vossa Excelência tem disso perfeito conhecimento, uma função ou obrigação do Estado ou de uma Câmara Municipal. 

Um espectáculo organizado é um produto comercial. 
A meu ver a Comissão do Carnaval deve fazer o investimento, realizar o evento e, quem quiser ir ver, paga. Quem não quiser, nada tem a pagar. Uma Comissão privada, criada para entreter os contribuintes, ou gera as mais-valias necessárias à sua existência, ou não é necessária. 
A lei a aplicar nesta matéria é a da oferta versus procura. 

Para não ir mais longe, aqui onde moro, na Cova-Gala, existem inúmeras carências, que me dispenso de mencionar, porque de certeza são do conhecimento de Vossa Excelência, dado o excelente diálogo que mantém com o presidente da junta de S. Pedro.
Não gosto de ser do contra, mas confesso que tenho muita dificuldade em compreender que Vossa Excelência e a sua equipa, durante anos, num período de crise, ainda por cima tendo encontrado em 2009 uma autarquia praticamente falida, se tenha podido ao luxo de gastar, sem retorno, o dinheiro que não existe para suprir necessidades básicas da população do concelho que Vossa Excelência dirige há 6 anos.

Com todo o respeito que Vossa Excelência me merece, enquanto cidadão, torno pública a minha exigência de outro critério na administração do dinheiro público que leve a CMFF a investir no essencial, em detrimento do espectáculo e do supérfluo. 
Eu sei que isto não é politicamente inteligente: o povo não iria compreender uma governação realista, pelo que Vossa Excelência é que deve estar correcto. 
O resultado das eleições de outubro de 2013 aí está para o provar.
De qualquer maneira, fica o meu ponto de vista.

Com os melhores cumprimentos
António Agostinho

Na Figueira é sempre carnaval: este ano, Saul é o rei e Luísa a rainha... (II)

"A organização promete corrigir alguns aspectos que mereceram críticas nas edições anteriores - o habitual longo atraso do início dos desfiles e a decoração dos carros
Porém, explicou o presidente da direcção, a caracterização das viaturas custa, no mínimo, três mil euros e os participantes recebem “apenas” 500 euros. 
Por falar em dinheiro, Saúl reina por quatro mil euros. A organização conta com 51.500 euros da Câmara da Figueira da Foz (mais apoio logístico, estimado em 16 mil euros), receitas das entradas (dois euros no desfile nocturno de sábado e três euros no domingo e na terça-feira), patrocinadores, exploração publicitária e venda ambulante no recinto
O Carnaval deverá custar 90 mil euros. Os reis são vestidos pela criadora figueirense Lúcia Fonseca."  
- Via AS BEIRAS.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Ser hoje de esquerda em Portugal é como ir ao McDonald's... Todos vão: é barato, quase todos gostam, ninguém resiste… Mas, faz mal... (II)

David Bowie condensado: canções para ouvir sem parar...

A doença e a morte são coisas escusadas e estúpidas que acabam por acontecer a todos.
É a vida...
Chateia-me – e profundamente - é a injustiça de ambas se abateram sobre crianças e génios e, só muito esporadicamente, sobre os bandos de sacanas que por aí andam e o que sabem fazer melhor é explorar-nos, até na doença...

Descargas põem em risco as populações do vale do Mondego: "presidente da câmara de Montemor-o-Velho critica gestão da barragem da Aguieira".

Uma foto da cheia de 27 e 28 de Janeiro de 2001
"Não compreendemos e não aceitamos que sejamos confrontados ao início da manhã de hoje com esta situação de cheia iminente. Quem gere a barragem da Aguieira não a pode deixar encher e depois largar a água como se não houvesse pessoas e bens a jusante. Não há o mínimo respeito pelas populações", disse à agência Lusa Emílio Torrão
O autarca criticou ainda a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), questionando o porquê da chamada Estação do Foja [sistema de bombagem que pode retirar água do rio Foja, afluente da margem direita do Mondego e despejá-la no leito principal do rio] não estar a funcionar. 
Recorde-se, que os habitantes de zonas inundáveis no Baixo Mondego, que há anos detinham a chamada "cultura de cheia", entretanto, perderam-na, no essencial porque as obras de regularização do Baixo Mondego, levaram os moradores a acreditar na "segurança", que na prática, não é bem verdade. 
As cheias centenárias desta região continuam a ser uma realidade, existem, vão ocorrer novamente, desconhece-se, tão somente, quando, e em que grau de grandeza ou perigosidade.
Por explicar continua o seguinte: depois de tantos milhões e milhões de euros gastos na regularização do rio, porque é que o Mondego continua a ser um "problema" para as populações ribeirinhas do Baixo Mondego logo que chovam 3 ou 4 dias seguidos? 

Actualização
Clicando aqui, podem ver, via facebook de Jorge Camarneiro, algumas imagens do Rio Mondego, ponte de Alfarelos, leito abandonado, Casal Novo do Rio, e leito periférico direito, zona ribeirinha em frente ao parque de Merendas em Montemor-o-Velho.

Na Figueira, há mais vida para além do carnaval...

"...existem na Figueira da Foz problemas estruturais de espaços mal concebidos. A escolha dos materiais (pedra das escadas escorregadia, madeira com limos), a configuração (arestas vivas, vãos largos sem corrimão) e o pensamento do projectista/dono da obra não estão alinhados com as necessidades da população. Quem anda a pé pela cidade facilmente se apercebe da ausência de políticas proativas de mobilidade. 
Apesar de alguns esforços - pintura da sinalização vertical; passadeiras elevadas (mas pouco) - está ainda quase tudo por fazer. O rol de inconformidades com o DL 163/2006 (acessibilidades) é muito extenso. Contudo, mesmo em obras recentes (margem do rio/Forte/ passeios) continua a CMFF a não obedecer às regras básicas da mobilidade."

Via O Ambiente na Figueira da Foz

A Naval, dez anos depois da aventura da subida à primeira divisão...

Associação Naval 1º. de Maio, uma longa vida difícil, mas honrada, vítima de um passado recente lamentável.
Um Clube, que andaram a fazer entrar por portas pequenas, para alguém querer parecer muito mais alto do que na realidade era. 

Na Figueira é sempre carnaval: este ano, Saul é o rei e Luísa a rainha...

Depois de no sábado ter sido tornado público o nome do Rei – o cantor Saul Ricardo – também a Rainha do Carnaval de Buarcos/Figueira da Foz já é conhecida.
Das oito candidatas, Luísa Marques, de 31 anos, foi a que reuniu o maior número de votos.
A jovem está há vários anos ligada às escolas de samba e é ensaiadora de um grupo de dança.
A apresentação oficial dos Reis do Carnaval decorre hoje, pelas 18H00, no Posto de Turismo Municipal, na avenida 25 de Abril, espera-se, como tem sido habitual, com a presença do presidente da benemérita autarquia figueirense, que ano após ano, vai colaborando, com o dinheiros dos nossos impostos, para a organização do carnaval local.
Como o executivo figueirense insiste em ser o maior contribuinte líquido - também com o meu dinheiro – para esta e outras palhaçadas ao longo do ano, eu, embora sabendo há muito que não vale de nada, porque tenho esse direito, continuo a manifestar o meu protesto.
É óbvio que me é indiferente que cada um se divirta como melhor lhe apraz, de acordo com os seus gostos e necessidades intelecto-culturais, desde que seja com o seu próprio dinheiro.

domingo, 10 de janeiro de 2016

Ser hoje de esquerda em Portugal é como ir ao McDonald's... Todos vão: é barato, quase todos gostam, ninguém resiste… Mas, faz mal...

Marcelo Rebelo de Sousa, ontem, durante um evento de contacto com os eleitores no Pavilhão Centro de Portugal, em Coimbra, realçando a sua experiência política disse que a sua preocupação em "estar próximo", em ouvir as pessoas é garantir que "todos se sintam representados".
Marcelo Rebelo de Sousa frisou que pretende ser um presidente que "estabeleça o diálogo, a tolerância e a ponte entre os portugueses e não um que divida Portugal em dois hemisférios".

Em tempo.
" Marcelo anda tão à esquerda que ainda vai acabar a fumar na cama..." 
Segundo Marcelo, "líderes partidários na campanha é que não é bom para ninguém"...
É só "love".

Um retrato do País

Oficialmente, arrancam hoje as duas semanas de campanha eleitoral para a ida às urnas a 24 de Janeiro próximo.
Pelo andar da carruagem, só se os portugueses acordarem,  teremos o milagre da não eleição de Marcelo, na primeira volta, no próximo dia 24.

Desde logo, porque na actual corrida a Belém, os grandes partidos estão ausentes e os candidatos reivindicam o seu estatuto de independentes face às máquinas partidárias. 
Tudo isto é atípico, mas não de menor importância: o que está em discussão democrática é a  eleição do cargo do mais alto magistrado da Nação.

A presente desvalorização da função presidencial, pelos portugueses, pelos maiores partidos e pelos órgãos de informação (a imagem fala por si), tem a ver necessariamente com a incapacidade demonstrada durante anos pelo Presidente Cavaco Silva.
Mas isto não explica tudo. 

Pouco assisti dos debates, realizados no decorrer da pré-campanha, entre os candidatos presidenciais. Mas, do pouco que vi, pareceu-me tudo algo confrangedor e pobre.
Basta ter constatado o seguinte: a independência foi apresentada como o milagre que poderá regenerar o sistema.

Por outro lado, a proliferação de debates, sem conteúdo, foi uma desoladora novidade desta pré-campanha. 
Até agora não existem - pelo menos, que eu desse por isso -  ideias estimulantes, os insultos foram soezes e camuflados e ninguém parece saber o que anda por ali a fazer, à excepção de Marcelo.
O seu objectivo é simples e claro: ser eleito à primeira volta

Como, no que depender de mim, isso não acontecerá, e como gosto das coisas transparentes e a intervenção cívica assim o exige, decidi-me, em tempo, pela candidatura de Sampaio da Nóvoa.

Resumindo.
Da pré- campanha para as presidenciais de 24 de janeiro de 2016, pouco se aproveitou. 
Infelizmente, é um retrato fidelíssimo do país.

Antes do amanhecer...

Só ontem, foi possível ao núcleo duro da família, comemorar o meu aniversário.
Como somos uma família  pobre, tivemos de esticar o possível.
A todos - eles sabem quem são - que me proporcionaram uma noite feliz, fica o meu obrigado. 

sábado, 9 de janeiro de 2016

Dunas a sul da Cova estão a ser destruídas pelo mar...

      Tarde de hoje.  Foto de António Agostinho. Mais fotos aqui.

Fica o alerta

O texto, é a transcrição da crónica do Engº. João Vaz, hoje publicada no diário AS BEIRAS.
O relato fala por si. 
Não é necessário acrescentar mais nada.
Fica uma palavra de solidariedade para o Eng. João Vaz e família, fica o alerta e fica o voto de rápidas melhoras ao sinistrado.
Leiam.

"06.01.2016. 
Escadas da esplanada Silva Guimarães, ligação entre o Grande Hotel e o Casino. 
Dia de chuva, piso molhado, a pedra da escada parece “gelo” escorregadio. 
Não há piso antiderrapante. 
Não há contraste no focinho dos degraus. 
O corrimão abrange só meio vão de escadas. 
Não há respeito pelas normas de acessibilidades (quem fez o projecto? Quem aceitou a obra?). 
Há centenas de pedaços de vidro partido, espalhados pelos degraus, cinco dias depois da festa. 
O “guião parece ter sido escrito” para que os acidentes viessem a ocorrer. 
O ex-professor de educação física, ainda em boa forma física para os seus 77 anos, desce as escadas. 
O corrimão termina e deixa de poder apoiar-se. 
Desviasse dos vidros, escorrega e cai. 
Traumatismo craniano, laceração na zona da nuca, perfuração do tímpano, perda auditiva e choque. 
Ambulância, ida às Urgências; horas de observação; TAC e transporte para os HUC em Coimbra, onde está internado nos Cuidados Intensivos. 
Há familiares e amigos preocupados. 
O Decreto Lei 163/2006 define as normas de acessibilidade a que o espaço público deve obedecer. Contudo, é o instrumento legal menos respeitado no país. 
Câmaras e juntas ignoram o direito dos cidadãos a um espaço público seguro e acessível a todos. 
Entretanto, são vários os acidentes graves que esta falta de cumprimento provoca. 
Aconteceu ao meu pai, poderia ter acontecido a qualquer um de nós."