"O acordo ortográfico passa a ser obrigatório em Portugal, já amanhã"!
Ainda não adoptei, nem vou adoptar, este acordo ortográfico. Prefiro escrever com erros pessoais a fazê-lo com erros oficiais.
Além do mais, este "acordo ortográfico é uma merda".
E vai passar a ser oficial!..
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
terça-feira, 12 de maio de 2015
Não sei que escrever mais! Talvez falte apenas deixar um obrigado...
Como na Figueira os incautos não buscam a sapiência no museu nem no CAE - coisas que faltam noutras cidades - e preferem o Ruizinho de Penacova, antes que apareça alguém a dançar ao ritmo pimba do Emanuel, o que continua a fazer falta é agitar a malta...
Dentro da minha modéstia e pequenez, limito-me a citar algumas palavras de um homem, que ainda há poucos anos alguns julgavam um fantasma sem rosto, invisível e sem sentimentos, aparentemente frio e objectivo, mas que agora sabemos sensível, também escritor e vereador, que sabe pensar, que é mestre em lisonjear e ser servil ao poder, acima de tudo com o seu silêncio, em especial ao emanado do presidente, que passou a vestir-se como deve ser, que nunca levanta a voz, e que um dia apareceu num cargo de decisão política, onde serve zelosamente...
Dentro da minha modéstia e pequenez, limito-me a citar algumas palavras de um homem, que ainda há poucos anos alguns julgavam um fantasma sem rosto, invisível e sem sentimentos, aparentemente frio e objectivo, mas que agora sabemos sensível, também escritor e vereador, que sabe pensar, que é mestre em lisonjear e ser servil ao poder, acima de tudo com o seu silêncio, em especial ao emanado do presidente, que passou a vestir-se como deve ser, que nunca levanta a voz, e que um dia apareceu num cargo de decisão política, onde serve zelosamente...
“É evidente, para quem
acompanha os múltiplos
eventos do concelho, que
os figueirenses vivem de
costas uns para os outros.
Cada qual preocupa-se com
a sua “quintinha” e pressupõe
que não acontece mais nada.
Quantos figueirenses visitaram
a magnífica exposição
de Alberto de Lacerda que o
museu promoveu? Quantos
assistiram ao extraordinário
concerto de Fábio Falsetta
e Sandro Meo, no CAE, com
entrada gratuita?
Quantos irão agora visitar a
exposição de arte australiana
inaugurada pela embaixadora
deste país no passado sábado?
Como pode a atracão
principal da feira de sabores
ser o Ruizinho de Penacova,
quando temos grupos
musicais, corais, folclóricos e
outros de excelente qualidade?
Se, como diz Mário
Esteves, da associação, “é
preciso acordar, unir esforços
e sinergias”, pois que se faça,
mas o exemplo deve começar
lá por casa.”
Grandes primeiras páginas figueirenses...
Olhem bem para esta primeira página do jornal "A Voz da Figueira", datada de 11 de julho de 1996! Para verem melhor, cliquem na imagem.
Desde a década de 90 do século passado, comparável ao sucesso da passagem de grandes navios de cruzeiros pelo
porto da Figueira da Foz, só a passagem de aviões pelo aeroporto
de Beja!
Se leram com atenção, deram conta que, passados quase 19 anos, a Figueira continua o deserto que já então era na maior parte do ano!..
Pouco mudou, para melhor, e, nalguns aspectos, como na possibilidade do exercício da cidadania numa sociedade democrática, recuámos.
E o que é que o figueirense terá que fazer para tentar acabar com o deserto em que transformaram a cidade e o concelho?
Talvez começar por sacudir a areia da cabeça...
Os mais de 9 anos que o meu blogue tem de existência, provam que há muitas maneiras de os cidadãos tentarem intervir na sociedade em que se inserem, para além dos partidos.
Pouco mudou, para melhor, e, nalguns aspectos, como na possibilidade do exercício da cidadania numa sociedade democrática, recuámos.
E o que é que o figueirense terá que fazer para tentar acabar com o deserto em que transformaram a cidade e o concelho?
Talvez começar por sacudir a areia da cabeça...
Os mais de 9 anos que o meu blogue tem de existência, provam que há muitas maneiras de os cidadãos tentarem intervir na sociedade em que se inserem, para além dos partidos.
Dizer que só através dos partidos se
pode fazer intervenção cívica é redutor.
Podemos fazê-lo através de diversos
meios. E aqueles que, como eu, para o
peditório dos partidos já deram há muitos anos, mas gostam da sua
Aldeia, do seu Concelho e do seu País – pelo menos, tanto como os
políticos partidários - e acreditam que têm coisas para dizer, há a obrigação de falar e
recordar promessas enganadoras e mentirosas e registar e sublinhar o que entendam mereça ser
elogiado. Sem colocar em causa a importância dos
partidos em democracia, acredito que há democracia para além dos
partidos.
Portanto, porque o conhecimento se constrói com pedaços de saber, fica uma primeira página do jornal "A Voz da Figueira" de 11 de julho de 1996, para os contentinhos que se masturbaram
com a vinda do "Corinthian", porque não conhecem o passado dos
políticos figueirenses, que sempre se limitaram, ao longo de
décadas, a bufar palavras incultas e promessas ocas e vãs.
Raios partam a minha memória!.. Quase me sinto a sufocar. Quem não conhecer os políticos figueirenses, que os compre...
segunda-feira, 11 de maio de 2015
Consequentemente...
Há quem, desde 1990, ande a navegar
neste miserável ritmo da vinda de cruzeiros dolente,
a viver numa quase mentira, acabando
por nem dar conta do que acontece realmente,
preferindo navegar em velocidade de
cruzeiro, mesmo sabendo que é mais um dormente.
Há, porém, quem diga que mais vale
olhar para a realidade do que viver uma ilusão que mente.
Há quem olhe e veja, na Figueira, o
pensamento único, a misturar-se alegre e elegantemente,
com o verbo, os versos e as rimas a misturarem-se calma e naturalmente...
Há, porém, quem não suporte os dormentes desta
cidade governada por sonhos de uma elite indigente.
Só a esperança, nos pode fazer renascer
a confiança, no futuro, plenamente.
Quem luta, sabe que o vento é uma mão
que esbofeteia os inertes, violentamente;
no fundo, a energia que pode alimentar a vida e
o sonho, navegando contra a corrente.
A esperança, é uma aragem de emoções,
que nos convida a viver completamente.
O cansaço, provocado pelo somatório
do tempo obscuro e pungente
pode ser rasgado. E o que parecia distante e utópico torna-se, como que por magia, o tempo presente.domingo, 10 de maio de 2015
A propósito de uma asa de um garrafão de vinho que me ficou hoje na mão lembrei-me dos Gaibéus...
foto António Agostinho |
Hoje, ao fim da tarde, ao arrumar uns
garrafões de tinto e branco, fiquei com a asa de um na mão.
Estão a ver a cena: 5 litros de bom tinto (tantos copos!..) foram à vida e fiquei com a cozinha numa lástima.
Primeiro, fiquei danado. Depois, parei para pensar e lembrei-me
dos Gaibéus (que são os jornaleiros da província portuguesa do
Ribatejo ou da Beira Baixa que vão trabalhar nas lezírias durante
as mondas) o primeiro romance de Alves Redol, que inaugura em 1939 o
neo-realismo em Portugal.
Este livro, que aconselho a leitura, retrata "um povo resignado que
luta afincadamente durante o tempo quente, antes da chegada do
Inverno, em condições extremas para fazer render os poucos cobres
que lhes pagam por tamanha dureza. Por um lado o trabalho árduo de
sol a sol, as doenças (malária), a fadiga e a teimosia em cada vez
se fazer o trabalho mais rápido para mais rendimento obter, a sede,
a fome, a pobreza extrema. Por outro lado, o modo como preenchiam as
escassas horas de lazer, os sonhos de uma vida melhor, os projectos
sem logro, o vinho para alegrar os espíritos."
A obra, lembro-me bem - e já a li há mais de 30 anos - marca o estilo de
Redol, autor que através das palavras denunciou as desigualdades
sociais e a exploração do homem pelo homem.
Perdi 5 litros de boa pinga e tive uma
trabalheira dos diabos para limpar a cozinha, mas nem tudo foi mau: recordei Alves Redol.
Palavras inacabadas sobre a minha nova foto do blogue
Já andava farto da imagem do homem da
bicicleta.
Ontem, por mero acaso, a minha sobrinha
Beatriz tirou-me esta foto.
À noite, via facebook, a Beatriz, por
brincadeira, enviou-ma.
Ao olhar para a fotografia, pareceu-me
que estava fiel à minha actual anatomia e decidi dar-lhe utilidade.
Imagino, desde já, os comentários: “este gajo não
está na moda! Devia de ter vergonha. E juízo”...
É assim, porém, com esta roupa,
simples que me sinto bem.
As pessoas, eventualmente, não têm a
mesma opinião.
Aliás, pouco me importa a opinião dos
outros. Sempre foi assim a minha vida.
É por isso que, hoje neste espaço,
muitas vezes preenchido com futilidades, decidi publicar mais uma: o
meu eu actual - despretensioso e no real.
Ao olhar, consigo ver os defeitos.
Tenho, um dia destes de pensar na forma de os triturar com gentileza,
mas com eficácia. Contudo, esta putativa solução, por enquanto, é
apenas um horizonte com pernas, que corre como certas coisas que nos
acontecem nos sonhos, que nunca conseguimos apanhar, porque nos
estão sempre a fugir até acordarmos.
A minha identidade – vejo isso
nitidamente ao olhar para a foto - nada é diferente da de muita
gente que conheço.
Não percebo – penso que nunca vou perceber –
aqueles que dizem que não entendem a vida. A minha, entendi-a sempre: é simples,
transparente e preza a verdade como um louco.
Por vezes, ao olhar para certas
figurinhas que por aí andam a pavonear-se com alarde e empáfia, chego a
admitir que sou louco e que fugi de um qualquer hospício, com as
bochechas encarnadas, quase a explodirem e a enraivecer, por não
conseguir que saiam as palavras adequadas para esclarecer toda aquela
malta, ela sim, maluca de todo, que durante cerca de 40 anos tem
votado no “arco do poder”.
A fotografia, tirada ontem pela
Beatriz, é fiel à minha actual anatomia.
Posso não estar na moda, mas não
tenho vergonha disso.
Sinto-me bem com este rosto e com esta
roupa.
As pessoas, no entanto, podem não ter
a mesma opinião.
Pouco me importa a opinião dos outros.
Este espaço, cheio de futilidades, vai
continuar a ser, mais do que uma luz, apenas uma sombra no meio do
imenso escuro que nos rodeia.
No país do tédio...
"Chegamos ao final desta
legislatura com uma missão histórica cumprida", disse em entrevista ao JN, Marco António Costa, vice-presidente do PSD, que
deixou também a garantia que a coligação está firme e vai
bater-se por uma maioria absoluta nas próximas legislativas.
Depois de ver o video, confesso que
gostava de perceber o que faz de nós um povo tão especial!
Realmente, que nos leva a consentir que nos façam coisas que mais ninguém consentiria?
Realmente, que nos leva a consentir que nos façam coisas que mais ninguém consentiria?
Deve ser nos pormenores que nos
distinguimos dos outros povos...
Em Portugal, como prova a entrevista, o
tédio é o nevoeiro da alma...
Que tal privatizarem o nevoeiro, para
combater o aumento das importações de tédio?..
Alves Barbosa, Prémio Especial do Júri dos Prémios Nacionais "Bento Pessoa – Casino da Figueira"
O antigo ciclista Alves Barbosa, três vezes vencedor da Volta a Portugal, é o galardoado com o Prémio Especial do Júri dos Prémios Nacionais "Bento Pessoa – Casino da Figueira".
O júri dos prémios bienais “Bento Pessoa – Casino Figueira” esteve ontem reunido na Figueira da Foz, sob a presidência de Eduardo Marçal Grilo. Para conhecer a lista completa dos premiados, clique aqui.
António da Silva Barbosa, uma grande figura do ciclismo português, nasceu a 24 de Dezembro de 1931 em Fontela, freguesia de Vila Verde, Figueira da Foz. Com 16 anos de idade iniciou-se na prática do ciclismo, filiando-se na Associação de Ciclismo do Norte como aluno. Nesse ano de 1947 António da Silva Barbosa decidiu começar a usar o nome do pai, tornando-se conhecido por "Alves" Barbosa. A participação em inúmeras provas fez com que obtivesse sucessivas vitórias, nomeadamente na Mealhada, Abrunheira, Sangalhos, Caceira e o Campeonato Nacional Corporativo de 3.ª Categoria. Em 1951, 1956 e 1958 Alves Barbosa conseguiu vencer a Volta a Portugal. Na edição de 1952, o ciclista ficou impedido de participar por cumprimento do serviço militar, enquanto que nos anos 1953 e 1954, a Volta não se realizou. Em 1955, perdeu para Ribeiro da Silva por ter sido agredido por um espectador. Um ano e meio mais tarde tentou a internacionalização através da participação no Tour de França, onde se classificou em 10.º lugar. Em 1958, a par da Volta a Portugal, Alves Barbosa participou no filme O Homem do Dia. Nesse mesmo ano deixou as competições ciclistas, tendo-se mantido ligado à modalidade como treinador e Director Técnico Nacional de Ciclismo.
O júri dos prémios bienais “Bento Pessoa – Casino Figueira” esteve ontem reunido na Figueira da Foz, sob a presidência de Eduardo Marçal Grilo. Para conhecer a lista completa dos premiados, clique aqui.
António da Silva Barbosa, uma grande figura do ciclismo português, nasceu a 24 de Dezembro de 1931 em Fontela, freguesia de Vila Verde, Figueira da Foz. Com 16 anos de idade iniciou-se na prática do ciclismo, filiando-se na Associação de Ciclismo do Norte como aluno. Nesse ano de 1947 António da Silva Barbosa decidiu começar a usar o nome do pai, tornando-se conhecido por "Alves" Barbosa. A participação em inúmeras provas fez com que obtivesse sucessivas vitórias, nomeadamente na Mealhada, Abrunheira, Sangalhos, Caceira e o Campeonato Nacional Corporativo de 3.ª Categoria. Em 1951, 1956 e 1958 Alves Barbosa conseguiu vencer a Volta a Portugal. Na edição de 1952, o ciclista ficou impedido de participar por cumprimento do serviço militar, enquanto que nos anos 1953 e 1954, a Volta não se realizou. Em 1955, perdeu para Ribeiro da Silva por ter sido agredido por um espectador. Um ano e meio mais tarde tentou a internacionalização através da participação no Tour de França, onde se classificou em 10.º lugar. Em 1958, a par da Volta a Portugal, Alves Barbosa participou no filme O Homem do Dia. Nesse mesmo ano deixou as competições ciclistas, tendo-se mantido ligado à modalidade como treinador e Director Técnico Nacional de Ciclismo.
sábado, 9 de maio de 2015
Domingo, pelas 17 horas, há jogo grande no Cabedelo
O Cova-Gala tem uma tarefa difícil: evitar que a AAC/SF vença e se sagre a equipa campeã da época de 2014/15, da divisão de Honra da AFC, e suba, desde já, aos nacionais.
Via Grupo Desportivo Cova-Gala
Via Grupo Desportivo Cova-Gala
Terra e Mar
Mário Esteves e João Ataíde. Foto AS BEIRAS |
Duas palavras que são duas forças da natureza e do pensamento.
A Feira de Sabores Terra e Mar abriu ontem as portas no Parque das Gaivotas e, até amanhã ao fim da tarde, os visitantes vão ter oportunidade de apreciar os diversos serviços que o concelho oferece, no âmbito do turismo. Da doçaria tradicional aos enchidos, até às agências de viagens, há de tudo um pouco no pavilhão multiusos (Parque da Av. de Espanha).
Mas, o “prato” forte são os peixes da costa figueirense.
João Ataíde e Mário Esteves, presidentes da câmara e da Figueira com Sabor a Mar, entidade que organiza o evento, cortaram, ontem, a fita.
Em setembro, de 4 a 6, repete-se o certame.
“É uma experiência que estamos a fazer”, explicou na oportunidade Mário Esteves, a propósito de se realizarem duas edições no mesmo ano.
A primeira estava programada para a abertura do referido festival, que começou no dia 1 e termina amanhã, mas a autarquia já tinha o pavilhão do parques das Gaivotas reservado para a data pretendida!...
Perante o que citei, só posso agarrar-me ao infinito e alargar o olhar.
É o que resta, pois para os coordenadores dos espaços públicos figueirenses, o fim só pode ser o céu.
Porém, como eu sou duma terra chamada Figueira, o autocarro do sonho já me deixou na paragem, em terra, há muito tempo.
Ai credo, que imundice, que porcaria, que nojo de sociedade (mas, como o que é preciso é ser “vencedor”, o resto que se lixe)...
"Apresenta-se ao serviço o líder do principal partido da oposição, se tiverem perguntas podem enviar um SMS", gozou um dia destes Portas...
Para Paulo Portas, no mínimo, a
dignidade pessoal é um conceito muito próprio.
Tem um jogo de cintura tão apurado
que, mesmo um vexame público, pode ser ultrapassado
achincalhando-se a si próprio.
Para tentar continuar no governo e ter
mais deputados do que o partido de que é presidente vale, para
Portas tudo tem um preço - até a dignidade!..
Esta atitude Portas, ao contrário do
que muitos possam pensar, não tem apenas a ver com ele e com o seu
partido: tem a ver com a democracia portuguesa.
Numa democracia, os cargos políticos e
a política não pode ser apenas uma actividade destinada a ser
exercida por heróis ou por crápulas.
Os primeiros, por serem Homens excepcionais, sairiam sempre incólumes de todos os ataques.
Os primeiros, por serem Homens excepcionais, sairiam sempre incólumes de todos os ataques.
Os segundos, também sairiam incólumes,
por serem protegidos pelas regras da indignidade da sociedade em que
vivemos, de que seriam eles próprios os mentores e os
gestores.
Porém, como a democracia em que gostaria de viver tem a ver com um regime de cidadãos que responderiam em igualdade de direitos e deveres perante a lei, os políticos têm de ser cidadãos comuns, empossados pelo voto da comunidade, em funções executivas ou de representação.
Porém, como a democracia em que gostaria de viver tem a ver com um regime de cidadãos que responderiam em igualdade de direitos e deveres perante a lei, os políticos têm de ser cidadãos comuns, empossados pelo voto da comunidade, em funções executivas ou de representação.
Eu sei que sou ingénuo, mas não
pensem que não sei que vivemos numa sociedade do faz de conta.
Por exemplo, as elites figueirenses – para não irmos muito longe e ser um exemplo de proximidade e acessível... - em voz alta, porém,
não muito alta, dizem: que imundice, que porcaria, que nojo de
sociedade...
Mas, em voz baixa, baixíssima, pensam:
ora, o que é preciso é “vencer”, o resto que se “lixe”...
Esta é a realidade em que vivemos.
Por isso, é que os homens sem palavra e sem dignidade são os melhores e os que triunfam - na Figueira e no País...
sexta-feira, 8 de maio de 2015
Mais português que isto não há!..
Nem eu, nem este blogue, somos de intriga mas, li no jornal que "Funcionária do Fisco compromete Passos, São Bento contesta"...
Fisco detecta acesso a dados do primeiro-ministro no final de 2014, que funcionária justifica com pedido do próprio. Gabinete de Passos Coelho nega “tratamento de favor”.
A ser verdade, ser português é isto mesmo: até um primeiro ministro, num assunto pessoal, em vez de pensar à grande e exigir à patroa (a ministra das finanças), mete uma cunha (a uma funcionária das finanças)...
Fisco detecta acesso a dados do primeiro-ministro no final de 2014, que funcionária justifica com pedido do próprio. Gabinete de Passos Coelho nega “tratamento de favor”.
A ser verdade, ser português é isto mesmo: até um primeiro ministro, num assunto pessoal, em vez de pensar à grande e exigir à patroa (a ministra das finanças), mete uma cunha (a uma funcionária das finanças)...
A vida, em comunhão com a natureza, com as alegrias e agruras que isso implica, não pode tolerar histórias protagonizadas por "estes animais" ...
Uma narrativa dramática que ilustra a
bestialidade do ser humano.
Divertiram-se a disparar sobre gato e
colocaram vídeo na net!..
Mafalda Campos, fundadora da AMOVER,
lamenta que estes casos sejam "representativos da realidade
portuguesa".
A jurista garante que, no que toca à defesa dos
animais, "Portugal está 150 anos atrás de países
desenvolvidos", como a Alemanha ou Inglaterra, e que precisa de
uma legislação mais forte que iniba os infractores.
"Os jovens
já não são propriamente miúdos e se a melhor coisa que têm para
fazer é atirar em gatos, alguma coisa está errada”.
E vivemos em democracia...
“Quem diz o que pensa está lixado”,
é o título da primeira página do Jornal de Negócios que hoje
publica a entrevista feita a Fernando Dacosta, escritor e antigo
jornalista.
Ah pois!.. Vocês pensavam que a melhor qualidade
da democracia era a de tolerar?..
Ah pois!.. Vocês pensavam que a melhor qualidade
da democracia era a de vivermos numa sociedade onde ninguém faz sangue, onde não há repressão e gente morta pelas injustiças?..
A democracia é deliciosa e boa e é maravilhosa quando dá tempo de antena a Santanas que são Lopes, a Cavacos que
são Silvas, a Paulos que são Portas, a Passos que são Coelhos, a
Dias que são Loureiros e a outros Antónios que são Costas.
O título de primeira página da
entrevista (que ainda não li) dada pelo Dacosta, que é Fernando,
deve vir na esteira disto, que é o que penso: a vitória da actual
política de Salazar recauchutada, fica a dever-se, mais coisa menos
coisa, ao incumprimento de Abril, à miséria paroquial em que vivemos, ao
defraudar de expectativas que esta democracia atraiçoada e de
«baixa intensidade e qualidade» desencadeou por quem esteve no
poder disfarçado de esquerda.
As cicatrizes das nossas vidas ficaram
mais expostas, por causa dessa mentira que os mesmos querem
continuar.
Estas palavras ferem, como devia ferir o
inferno a quem nos conduziu até aqui: a verdade da realidade, não merece menos do que isto...
Não somos detentores de nada. Não
possuímos nada. Nem os bens que julgamos serem nossos – dinheiro,
carros, casas, etc.. Nem, no final, o nosso corpo. Nem, no final, a nossa alma. Neste momento, nem à verdade temos direito. Neste momento, nem já, ao menos, a uma ilusão.
No fim, não somos nada. Não resta nada.
Para alguns, durante algum tempo,
enquanto alguém se lembrar da nossa passagem por aqui, seremos
fantasmas de mentiras que criámos e sombras de ilusões que
alimentámos.
A memória do que resta da maioria de
nós – restam os que conseguem libertar-se da lei da morte: Camões,
Pessoa, Eça, Cunhal, talvez Saramago... - é como as nossas vidas:
oca e vazia, por fora e por dentro.
O “Corinthian" chegou e já foi embora, mas entretanto houve a sessão de boas vindas...
foto descaradamente sacada daqui |
Os americanos pisaram chão figueirense
ao som do rancho da Casa do Povo de Maiorca e ao sabor do chá de
limonete e da doçaria local. Por outro lado, ficaram também a conhecer a
hospitalidade figueirense e as aptidões de dançarino do “mayor”
João Ataíde, quando o autarca se juntou aos estrangeiros e ao
rancho numa dança tradicional, na recepção realizada no porto. A
administração do porto e da Associação Comercial e Industrial da
Figueira da Foz (ACIFF) e representantes de várias entidades também
deram as boas-vindas aos turistas.
Depois, os turistas fizeram-se à
estrada, em autocarro, e a comandante do navio,
recebeu os convidados e os jornalistas.
“Vocês vivem no paraíso”,
elogiou a anfitriã e comandante do navio Vera Zee Desmovic.
“Nós sabemos que vivemos no
paraíso”, gracejou, por sua vez, o presidente da câmara, visivelmente bem disposto.
Pudera, o dia tinha começado bem: depois das resmas de cruzeiros que nos últimos anos demandaram a Figueira – está já previsto, mais um
para outubro, será o quarto, depois do de ontem: o primeiro foi em
1990 e o segundo em 2010 - Braga da Cruz, presidente da administração
dos portos da Figueira da Foz e Aveiro, tinha já mostrado disponibilidade em criar
melhores condições para receber pequenos cruzeiros, desde que a
procura o justifique. O que, aliás, vem também ao encontro dos desejos da ACIFF.
Aliás, uma cidade como a Figueira,
servida por várias autoestradas, comboio e porto de mar que até já recebe
cruzeiros, só pode aspirar a voos mais altos.
E o futuro, que vai ser ser risonho, está já
aí.
“O aeroporto virá a seu tempo”,
disse João Ataíde aos jornalistas: “há aceitação - por parte da
Força Aérea - para se criar uma gare civil na base aérea de Monte
Real, desde que haja uma empresa que a queira explorar”, deixou
cair ontem o autarca da Figueira da Foz visivelmente satisfeito com
os resultados da passagem deste cruzeiro pelo porto da cidade de que
é “mayor”, e que ontem não deixou os seus créditos em mãos alheias e mostrou o seu «charme» aos turistas do cruzeiro.
Os figueirenses, limitaram-se a ver o
navio... Já a recepção preparada pelo Município
e pelo Porto da Figueira da Foz, com a colaboração de vários
operadores figueirenses, como as fotos que podem ver clicando aqui demonstram, foi muito apreciada pelos visitantes: não é todos os dias que se podem provar as nossas Brisas da Figueira, beber chá de
Limonete e apreciar os dotes artísticos do "mayor" da Figueira !..
Não sei se alguém colocou, ontem, ao "mayor" da Figueira esta pergunta:
- Então, bem disposto presidente?
Se assim aconteceu, a resposta foi de certeza esta:
- Sempre!Se assim aconteceu, a resposta foi de certeza esta:
Pronto... não volto a questionar...
O navio saiu ao final da tarde de ontem. Pode ser que para outubro haja mais...
Comparável ao sucesso da passagem de navios de cruzeiros pelo porto da Figueira da Foz, só a passagem de aviões pelo aeroporto de Beja!
O navio saiu ao final da tarde de ontem. Pode ser que para outubro haja mais...
Comparável ao sucesso da passagem de navios de cruzeiros pelo porto da Figueira da Foz, só a passagem de aviões pelo aeroporto de Beja!
quinta-feira, 7 de maio de 2015
"Os homens sem qualidades", que conseguem fazer tudo a que se propõem... Isto, só em Portugal!..
Falta de vergonha, mesmo falta de vergonha é isto:
"Não é mais uma questão de cu e de calças, de bota e de perdigota, ou do que é que uma coisa tem a ver com a outra. Não é também só uma mera questão de lata. É mesmo de falta de vergonha!
A mesma velha falta de vergonha. Da Tecnoforma, dos rendimentos escondidos em despesas, da Segurança Social. Ou a da reserva da privacidade na doença, tão facilmente mandada às urtigas ao sabor do mais rafeiro eleitoralismo!"
Conclusão e moral desta "estória" (se esta "estória" tem alguma moral): a biografia de Passos Coelho não passa de uma mentira, a acreditar em Portas, que já a desmentiu!..
Resta saber se o desmentido seguiu por SMS...
Contudo, o importante é o que continua por explicar em torno da imunidade de Dias Loureiro: "A antiga directora do DCIAP afirmou não poder dizer por que é que o processo do ex-ministro não foi encaminhado para a Judiciária."
O importante era saber o que leva Passos Coelho a elogiar tão frequentemente Dias Loureiro!..
Será porque "conheceu muitos mundos"?..
O importante era saber o que leva Passos Coelho a elogiar tão frequentemente Dias Loureiro!..
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