segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Victor Sacramento: "fiz a 3ª. classe e com 9 anos já ia com os velhos pescar para o rio. Aos 15 fui para as traineiras..."

Como deixei escrito em 30 de junho de 2012 aqui, conheço-o desde que tenho memória.
É primo direito do meu Pai, meu segundo primo, portanto.
Desde miúdo que me cumprimenta  da mesma maneira – “então primaço Tó…”  
E, ultimamente, logo a seguir: “como vai a tua Mãe?..”
Ainda hoje,  o "Querido avô" do Pedro Rodrigues continua uma figura, como, aliás,  a foto do Pedro Agostinho  Cruz,  fielmente retrata:  “alto; cabelo branco, literalmente, como a neve; forte como um touro - um homem do mar à moda antiga. Daqueles que já não se fazem”!.. 
Hoje,  as rugas do rosto e o preto que  veste (desde que lhe morreu a companheira de sempre,  não admite mais nenhuma cor no seu corpo),  são as chagas de uma  vida…
Hoje, 15-09-2014 o diário AS BEIRAS, na página 11, considera-o o protagonista”.
Vítor Pimentel 
"O antigo pescador de bacalhau andou 41 no mar. Hoje, com 83 anos, “é uma lenda viva… uma vida além mar!”. Assim é descrito na 4.ª revista “Con Textos” do Agrupamento de Escolas da Zona Urbana da Figueira da Foz, elaborada pela Escola Básica da Gala."
Como disse a determinada altura da entrevista que de deu à CON TEXTOS: "foi sempre uma vida difícil, com perigos. Era preciso uma boa condição física para conseguir puxar os bacalhaus mais graúdos, ás vezes ficava-se mal das costas e dos pulmões. O que valia muitas vezes era que os peixes comunistas que andavam por baixo por baixo e ajudavam o anzol a subir."

"Contradições intercalares" (pobre PS que devia ser um espelho na Aldeia e é apenas o espelho da "vila das maravilhas"...)

A freguesia de São Pedro, como é sabido, terá eleições intercalares no próximo dia 19 de Outubro.
Todo o processo que culminou com a demissão do executivo de António Samuel e a
necessidade de promover novas eleições foi inenarrável.
Tão inenarrável, pelo menos, quanto a constituição da lista que o Partido socialista vai candidatar nas eleições de Outubro, recentemente anunciada. Muitos daqueles que nas últimas autárquicas integraram a Lista Independente de São Pedro (LISP), fazem agora parte da lista do PS e foram extraordinariamente elogiados pela concelhia socialista, certamente num acesso de amnésia e incoerência. O Partido Socialista vem agora elogiar gente e parte de um passado que nunca apoiou e que criticou de forma aguerrida e contundente, tanto quando a LISP foi poder, como na campanha para as autárquicas de 2013, há menos de um ano. Frise-se “há menos de um ano”. 
É incrível como esses candidatos, que escolheram agora uma nova bandeira, passaram de bestas a bestiais e defenderão agora as cores de um PS que já os considerou incapazes e irreflectidos. Dá que pensar...
Saúdo a direcção concelhia do PSD por apresentar lista própria o que não acontecia desde 1997 e em especial João Bertier que teve a coragem de assumir uma candidatura pela positiva, sem necessidade de nenhum género de ajustes de contas. Desejo acima de tudo que a terra, cuja ascensão a Vila promovi, e a manutenção como freguesia defendi, saiba aproveitar para dar um passo em frente.”


Miguel Almeida, vereador da Somos Figueira, em crónica publicada nas BEIRAS.

Citando o El País...

«Un ex directivo del Santander liquidará los restos del Banco Espírito Santo»
Da Cunha es un experto en banca corporativa, especializado en operaciones financieras y con un perfil muy internacional. Durante 20 años años trabajó con el Santander, y, concretamente, junto a António Horta Osorio, en la génesis del Santander Totta en Portugal; posteriormente el Santander le destinó a Estados Unidos hasta que en octubre de 2013 se desligó de la entidad para fichar por Lloyd´s en Londres, junto a Horta Osorio.

domingo, 14 de setembro de 2014

Da Aldeia para a cidade...

Forte de Santa Catarina nos anos 70 - aguarela de Cunha Rocha
Do que que tenho assistido ao longo dos últimos 36 anos, constato que a informação local já conheceu melhores dias.
Nos dias que passam parece-me acomodada, amorfa, parda e desinteressante – oxalá que não, mas, talvez mesmo em vias de extinção.
Dirão os mais cínicos, que não se perderá grande coisa.
Não partilho, totalmente, dessa opinião: fará falta ao concelho, à política, à sociedade, à defesa de interesses (alguns deles...) legítimos, à divulgação do que a Figueira possa ter de bom, ou mau.

Ao longo dos 36 que posso recordar, por conhecimento directo, os políticos figueirenses, que à medida que foram arrastando o concelho para o abismo, também se encarregaram de ir amordaçando as opiniões e debate de ideias que se iam produzindo localmente.
Factualmente, posso afirmar sem temer ser desmentido que, desde o presidente Joaquim de Sousa, passando por Aguiar de Carvalho, Santana Lopes, Duarte Silva  e João Ataíde, o poder local sempre lidou mal com a opinião pública e, pior ainda, não gosta de ser contestado.

A informação local sempre foi frágil e com profundas debilidades na sua sustentação económica. Na Figueira, poucas pessoas lêem jornais e o mercado publicitário é restrito.
Lembro-me, aí pelos finais da década de setenta do século passado, que uma das formas dos jornais conseguirem equilibrar as contas era a chamada «publicidade institucional».
Na altura, publicavam-se na Figueira o Mar Alto – série II, A Voz da Figueira, o Diário de Coimbra – já produzia uma página diariamente sobre a Figueira -, O Figueirense, O DEVER e o BARCA NOVA.
Havia um acordo, digamos assim, táctico entre a Câmara e os jornais e, essa tal publicidade institucional era repartida tanto quanto possível igualitariamente pelo universo das seis publicações.
As coisas andaram assim até um dia em que numa das edições foi publicada qualquer coisa que desagradou ao “mayor” local e pimba – essa publicação foi riscada da partilha da publicação dos editais camarários.
A seguir, foi o que já se sabia: ficou economicamente na corda bamba e poucos anos depois fechou “a tasca”.
Podem rir a bandeiras despregadas, mas, entretanto, o panorama da informação figueirense pouco mudou. Ou, se mudou, porventura até terá sido para pior.

O episódio real que contei um pouco acima, pode ter graça mas, mas também contribuiu para empobrecer a Figueira e o resto do concelho – pouco a pouco, fomos remetidos para o silêncio opressivo, para o despotismo, para o sufoco social e, isso, não ajudou às soluções necessárias aos problemas locais.
A Figueira parou e a decadência foi inevitável. 
De sobra, temos cada vez mais areia. Na praia e na cabeça dos figueirenses...

Não tendo, como nunca tive, interesses políticos ou simpatias partidárias, compreendo os silêncios que se fizeram sentir ao longo dos anos na Figueira.
Isto, é a tal vidinha, também política, mas não só, à figueirinhas.

Stock da Cunha sucede a Vítor Bento no Novo Banco...

Há sempre uma solução: neste caso, melhor era impossível...
O país, no fundo, resume-se nisto: um stock da cunha!..

X&Q1217


Novos bancos estão a envelhecer a uma velocidade estonteante!..

Público: “Divergências com Carlos Costa e Governo sobre estratégia do Novo Banco levam à demissão de Vítor Bento”. 
Diário de Notícias: “Banco de Portugal trabalha para nomear nova equipa”...

Bom domingo

sábado, 13 de setembro de 2014

A minha colaboração no quarto número da revista CON TEXTOS do Agrupamento de Escolas da Zona Urbana da Figueira da Foz

Fica o meu obrigado a quem de direito: a Cova e a Gala têm um passado de que todos nos devemos orgulhar.
É bom ter memória. A nostalgia não é boa se não for acompanhada de lucidez. Sem lucidez a nostalgia é perigosa. A lucidez é que permite que a memória esteja no sítio que deve ocupar. 
A memória nostálgica é perigosa, é mesmo muito perigosa, porque significa imobilismo, significa amargura, significa sempre dor. Enquanto que a lucidez permite-nos assumir a memória voltando a dar-lhe vida como período do nosso passado que é útil e bom recordar.

Em tempo.
Lançamento da Revista Con Textos n.º4. Para ver a reportagem fotográfica, clicar aqui.

Na Aldeia... (XVIII)

Os barões bem instalados,
sucessivamente eleitos pela plebe "aldeana", 
andavam ultimamente frustrados,
por não poderem fazer o que lhes dava na real gana.

Tinham perdido o poleiro ambicionado,
por isso, ao arrepio do que permite a decência humana,
olvidaram-se do quanto apregoaram,
em campanhas em que enganaram! 

São as tais jogadas engenhosas,
daqueles que foram governando,
com manhas habilidosas.

O ano passado ficaram com as calças na mão,
tal foi a desilusão...

Porém, a recuperação foi breve e vai ser forte,
tal foi a falta de engenho e arte,
de quem conquistou o poder na ocasião...

Os mesmos de sempre – o sistema, para abreviar,
não conseguiram mais esperar,
tal era já a sede e a fome de mandar!..

Pela conquista do poder vale tudo na Aldeia!.. 
Para eles, todos deviam ter a mesma ideia...
A mim, se para tal tiver engenho e arte,
resta-me levar esta falta de vergonha a toda a parte! 

E.b.de Gala

A  EB de Gala, faz hoje o lançamento da revista Con Textos do Agrupamento de Escolas da Zona Urbana da Figueira da Foz.  A cerimónia tem lugar no Centro de Formação Náutico, na Gala, pelas 10h, depois de uma travessia de barco, no rio Mondego.

Abriu o mercado de transferências de outono?..

O Governador do Banco de Portugal já está a fazer contactos para substituir Vítor Bento, José Honório e João Moreira Rato na administração do Novo Banco. 
A notícia, surpreendente, é a manchete do Expresso deste sábado. 
Os três administradores manifestaram-se várias vezes indisponíveis para liderar um projecto diferente daquele para o qual tinham sido convidados. Carlos Costa quer vender o mais depressa possível, a equipa de Vítor Bento não concorda.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

A morte é privada, o cadáver é público...

Problemas de sarjeta*, continuam a massacrar os comerciantes da baixa figueirense...

«Chuva sempre houve, não é novidade», indignava-se, ontem, de harmonia com o Diário de Coimbra, Isabel Sousa, uma das comerciantes da Rua da República mais afectada pela segunda inundação naquela artéria da baixa da cidade no espaço de cinco dias. 
«Fizeram a pedonalização contra a vontade dos comerciantes, “roubaram” 20 cm à altura da rua e nós é que sofremos os prejuízos, estamos fartos», lamentava, enquanto enxugava, desolada e sem grande sucesso, os móveis e as mercadorias danificados pela água que invadiu a sua retrosaria. 

Em tempo. 
Do dicionário. Significado de sarjeta*: "Escoadouro nas ruas para as águas, geralmente da chuva."  
"Estado de grande decadência."

Na Aldeia... (XVII)

Já apresentámos neste espaço, via comunicação social figueirense, três das quatro listas que vão concorrer às intercalares da freguesia de São Pedro de 19 de outubro próximo.
A meu ver, pelo que já se sabe, é absurdo o que está a acontecer na Aldeia: quem esteve de alma e coração com o PSD, durante largos anos, agora está com o PS!
Depois, temos aquela estranha lista do PCTP/MRRP!
Depois, como nenhum órgão da comunicação social figueirense deu a conhecer qualquer informação fundamentada sobre a lista da CDU às intercalares do próximo dia 19 de outubro na freguesia de S. Pedro, lista essa, aliás, que foi a primeira a ser presente ao Tribunal da Figueira da Foz - tal aconteceu na passada quinta-feira, dia 4 do corrente mês de Setembro - fica aqui a composição da lista CDU e a foto da "cabeça de lista".

Maria Manuela Ramos 53 anos - Operária Fabril;
Mário João Pimentel 40 anos - Operário Fabril / Trabalhador estudante;
Nelson Delgado 51 anos - Professor;
Maria de Lurdes Fonseca 58 anos - Auxiliar Acção Educativa;
Ruben Falco Costa 27 anos - Desempregado;
Jaqueline P. Laureano 25 anos - Desempregada;
Manuel Paixão 65 anos - Marítimo;
Domingos Matias Pereira 26 anos - Optometrista;
Conceição Laureano 49 anos - Empregada Balcão;
Samuel Patrão 29 anos - Designer Gráfico;
Cristina Miranda 49 anos - Auxiliar Limpeza;
Rita Mendes 32 anos - Recepcionista.

Por exclusão de partes, o voto na lista que tem como primeira figura a candidata Maria Manuela Ramos é, na actual conjuntura, a escolha natural de quem não se revê no estado de coisas a que chegou a Aldeia.
Portanto, é com toda a naturalidade que declaro, desde já,  que vou votar na Maria Manuela Ramos que vai concorrer numa lista CDU.
Faço-o, por muitas razões. Contudo, vou deixar aqui apenas expressas oito.
Muito mais do que querelas partidárias, futuros políticos ou profissionais dos profissionais da política local, ou dos filhos ou filhas, a única coisa que me interessa é a melhoria da vida de cada um de nós e da Aldeia.
Vamos então às razões:

1 – porque a Maria Manuela Ramos, é uma excelente candidata - é interessada, empreendedora e nunca esteve ligada ao «status quo» vigente na Aldeia.

2 – porque a Maria Manuela Ramos, se mostra capaz de reaproximar as novas gerações da Aldeia (que têm dado sinais crescentes de descrédito em relação à política e às instituições locais) de uma participação política, social e cívica que terá, num futuro próximo, uma configuração completamente diferente da que estamos habituados.

3 – porque a vitória (que sei difícil de acontecer, mas não impossível...) da Maria Manuela Ramos,  seria um sinal simbólico muito positivo para a Aldeia: constituiria uma prova de que a Aldeia pretendia olhar de frente para o futuro.

4 – porque a Maria Manuela Ramos tem poder de persuasão – porque não dizê-lo, mesmo de sedução... - que se revela trunfo decisivo para, nos dias que passam na Aldeia, mobilizar vontades e conseguir consensos.

5 - porque a Maria Manuela Ramos é uma Mulher combativa e corajosa.

6 - porque a Maria Manuela Ramos, pode não conseguir mudar a Aldeia... Mas, seguramente, ela própria, também não vai mudar.

7 - porque defender a abstenção,  é demitir-se dos problemas da Aldeia. 

8 - porque a malta de esquerda não se abstém: vai votar.

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Que orgulho caro Olímpio...



“A minha sorte na tropa foi ser barbeiro,
senão tinha batido com os costados em África.”

O «meu» barbeiro foi entrevistado!..

"Junto à estrada, a barbearia São Pedro excita a curiosidade – gosto de barbeiros, bons conversadores de ofício e normalmente bons “pisteiros” para a história e as histórias de cada terra.
Lá dentro, Olímpio Fernandes, homem de viçosos e pouco cansados 74 anos, recebe-nos com bonominia: “Ah, jornalistas, eu sempre fui jornalista amador, coitadinho de mim.”
Coitadinhos de nós todos, caro Olímpio, amadores do jornalismo, mais valia a navalha e o pincel de barbear que é ofício mais certo no soldo e nas boas histórias que passam na cadeira onde se dão as melhores entrevistas – a cadeira do barbeiro.
Foi exactamente isso que fiz, sentei-me ali, na mesma almofada coçada onde os pescadores e os pecadores de São Pedro desfiam as suas glórias e misérias e recordam a bravura de um mar que também é morte: “Aqui ouvi grandes histórias de homens que enfrentaram a morte no seu quotidiano. Isto é terra de pescadores e de gente rija, mas que aqui na cadeira do barbeiro faz o seu desabafo.” Mas desta vez, a história honra o barbeiro e não o cliente aventureiro. O barbeiro Olímpio Fernandes, antigo cabeleireiro de senhoras, jornalista amador, blogger, homem inquieto e por isso cidadão activo e figura das terras de São Pedro e além-mar." 

Para continuar a ler a entrevista de Rui Pelejão, ao "Olímpio, o barbeiro de Ernest Hemingway", basta clicar aqui.

"Suecos decepcionados com sistema de educação"

Um artigo do Diário Económico que devia ser do conhecimento de todos, em especial dos professores e encarregados de educação.

X&Q1216